Sou uma pessoa muito má, super má – de certo modo isso me agrada. Sou aquilo que chamam de Encantador de Pessoas. Separo vítimas para se apaixonarem por mim, escolho uma por uma, com muita delicadeza – a qual eu não tenho, mas quando se trata disso eu mudo completamente -, passo o dia observando-as e sempre deixo a minha marca: O assobio. Saio atrás delas assobiando uma música que elas gostem e sempre vejo um sorriso estampado no rosto delas ao ouvirem a sua música predileta. Vou conhecendo-a pouco a pouco, porque assim minha vida se transforma em míseros fatos – e eu adoro fatos, atos e coisas do gênero. Bom, depois que a vítima está perdidamente apaixonada por mim, você deve imaginar o que acontece depois. Não tenho dó e nem piedade, sou uma pessoa vazia por dentro, com um destino traçado que ninguém em sã consciência queria ter. Vou parar por aqui porque acabei de encontrar minha próxima vitima. Mas me parece que essa vai ser diferente. Não sei como, mas vai.

Fato um: Minhas frases prediletas: “Quem acredita sempre alcança” e “Quando eu quero, eu consigo.”

 Fato dois: Primeiramente conhecendo a vítima.

Fato três: Planejando o ataque.

Fato quatro: Localizando a vítima.

Fato cinco: Conversando com a vítima.

Fato seis: Sendo ignorado pela vítima, o que me deixa mais curioso – e de certo modo, com raiva.

Fato sete: A vítima pega confiança aos poucos.

Fato oito: Primeira conversa a sós com a vítima.

Fato nove: Separação forçada.

Fato dez: A vítima tem uma decepção.

Fato onze: Uma aproximação esperada.

Fato doze: A vítima se desespera.

Fato treze: O encantador confunde a vítima.

Fato quatorze: Uma conversa mais aproximada, com assuntos mais íntimos.

Fato quinze: A vítima é muito mais dócil com o encantador do que qualquer outra.

Fato inesperado: O encantador se apaixona perdidamente pela vítima.