A serpente levou o pecado ao mundo, e também trouxe dor e ódio para sua própria cauda.

Yoghotama e seus 11 discípulos amaldiçoados foram aprisionados em uma pedra, A Pedra da Punição, era uma pedra calcária com cerca de 80cm de altura, tinha formato cilíndrico possuia um raio de 10cm, ficava em uma pequena ilha e essa por sua ficava em uma gruta, essa pedra estava cheia de escrituras esculpidas em toda a sua volta, os símbolos sagrados que os trancava no inferno, a pedra ou a porta para Yoghotama.

A serpente antigamente em seus tempos no paraíso possuia longas asas que a permitiam voar pelos ares a fora, as serpentes em várias mitologias sempre representaram um sinal de sabedoria e poder e o eram até Ele criar o homem e a mulher, em seu amor a serpente tentou Eva a comer o fruto do conhecimento da árvore do bem e do mal, ou seja, ofereceu ao ser que considerara o mais perfeito a ter o conhecimento e à sabedoria Dele, Ele vendo isso castigou a serpente que para Ele era o símbolo de sabedoria, castigou a serpente queimando lhe as asas com um fogo que queimou por cem dias e cem noites, sem cessar por um momento. E transformando a serpente em um velho corcunda e cheio de deformidades, em Seu imenso perdão deu-lhe uma missão para se redimir: guardar por setenta anos para cada dia em que o fogo queimou suas asas e mais sete anos paras cada noite, A Pedra da Punição.

A serpente era um anjo! O anjo tentado, o anjo sábio, o anjo que amou o homem antes Dele, mas acima de tudo o anjo traidor Dele.

Cem anos se passaram na gruta da Prisão, e suas vozes tentavam a serpente:

-Tire-nos daqui! VÊ O QUE O TEU DEUS TE FEZ!!! Removeu-lhe suas belas asas, Anjo Sábio, o tempo D’ele e dos homens acabou!!!

E com resposta branda todos os dias a serpente-lhes respondia:

-O que Ele fez foi por amor, afinal todo pai que ama repreende!

-Quanto amor!!! Ouvia-se o tom iônico dos anjos caídos debochando.

Na gruta havia um espelho no qual a serpente podia observar o paraíso prometido por Ele desde que cumprisse sua missão, vez por outra via seus irmãos anjos rindo a voar nas nuvens e pensava com rosto que parecia esboçar um sorriso (afinal era marcado todo pelas suas deformidades das queimaduras) quando poderia desfrutar daqueles prazeres antigos. Mas seu espelho estava muitas vezes voltado para ele o anjo que lhe ensinara tudo Lúcifer o antigo serafim que fora o mais próximo Dele do qual recebeu ensinamentos e este sofria incontáveis penas no inferno, e por vezes a serpente ficava com raiva e ódio Dele.

Um dos anjos malditos se aproveitava desses momentos de fraquezas, para tentar-lhe:

-Como vai teu mestre? Também recebendo muito amor Dele?

-Cala-te demônio vil cuidado com suas palavras tolas, você também traiu o Grande Senhor, e antes de amor nosso Deus é justo.

-Justo? O que Ele te fez é justo?Apenas por teu amor à criação Dele, Ele tem o direito de queimar-lhe as asas e impor penas a ti? Que Deus é esse Giriel (nome da serpente)?

-Cala-te demônio invejoso porquê a mim o Grande Senhor deu-me perdão e penas levas enquanto a ti dor e sofrimento eternos, você que quis se igualar ao Teu Mestre, ao Teu Criador, ao Teu Senhor e ao Teu Pai! Sendo que ninguém o pode, e somente a Ele se da graça, Amém!

O anjo maldito soltou um urro grutal de dor e em seguida silenciou-se.

Ó Deus o que fiz de tão errado? Responda-me! Pensava em clamor. O que te fizemos? Chorando em dor suas duas mentes: a consciência e sua subconsciência entravam em conflito.

Ele nos criou devemos nossas vidas a Ele. Não, Ele também nos deu a morte. Não, Ele também nos deu de direito o paraíso e a capacidade de voar, coisa que nenhum ser humano é capaz de fazer! Não! Espere Ele não nos deu o livre arbítrio, a capacidade de escolher entre duas coisas, bem e mal, céu e terra, cara ou coroa, água ou vinho, pau ou pedra, colorido ou sem cor, forte ou fraco, paz ou guerra, lua ou sol, noite ou dia, claro ou escuro, corpo ou mente, rico ou pobre... Não! Ele nos ama e a prova disso é de que enviou o seu filho... Não! Ele o enviou para a humanidade e não para nós! Não! Nós fomos feitos do Seu grande amor! Nós não temos duvidas ao contrario dos homens que com sua liberdade acaba ele mesmo se desgraçando, eles não são como nós seres que têm a plena certeza da existência de Deus, agora afasta pensamento maligno! Dizendo estas palavras os pensamentos cessavam e a serpente voltava seus olhos ao espelho que também era a chave de seu trabalho. O espelho que lhe seria tentado milhares talvez milhões de vezes antes de cumprir o seu ônus.

O Deus que tudo vê, viu seu momento de fraquejo, e enviou um longo cajado à Giriel cuja à ponta queimava em chama e disse:

-Giriel estes teus pensamentos lhe vêm do mal toda vez que um desses teu pensamentos lhe vier a mente pega a ponta ígnea do cajado esfrie um pouco na água da gruta e queime sua coxa com ela.

-Agradeço ó Grandioso, que Teus Nomes sejam louvados eternamente no paraíso, amém.

E a luz que a pouco iluminara toda a gruta cessara

deixando o cajado no chão, era um cajado longo com 1,6m de altura, fino, todo de madeira exceto pela ponta metálica que parecia estar em constante ignificação.

Moisés para impressionar o faraó jogou seu cajado ao chão e eles viraram cobras, Giriel ao receber seu cajado assinou sua sentença e deu mais um passo para seu infeliz destino.