O Menino que Sobreviveu escrita por gelmo


Capítulo 6
A Ordem da Fênix




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Harry, Rony e Hermione seguiam Tiago e o Sr. Weasley colina abaixo, os homens iam taciturnos, sem dizer uma única palavra, enquanto os garotos tinham de praticamente correr para acompanha-los. Harry temia a reação da mãe, pois o pai, que sempre fizera troça de suas traquinagens, estava agora furioso. O garoto podia percerber isso pelo seu modo de andar, e foi observando o pai, tentando imaginar qual seria seu castigo, que notou algo que o deixou com mais medo ainda. Tanto o Pai, quanto o Sr. Weasley, empunhavam suas varinhas como se estivessem prontos para um duelo.

Após quinze minutos de caminhada, chegaram finalmente na Toca, onde a sra. Weasley e Lilian Potter os esperavam na porta em frente ao jardim

- Lilian querida, você quer conversar com eles, ou prefere que eu mesma faça isso?

- Deixe-me fazer as honras Molly.

Os olhos de Lilian eram apenas duas fendas de tanta fúria; suas palavras eram intercaladas por rápidas estocadas da varinha, que produziam um estampido surdo e baixo:

- O que...

-... Vocês...

-... Tem...

-... No lugar...

-...  Do cérebro?

Como nenhum dos três era louco para ficar parado esperando, trataram de subir as escadas correndo, procurando abrigo no quarto de Rony:

- Pô Harry, não sabia que sua mãe era tão boa em azaração assim. – reclamou Rony examinando no espelho, o par de orelhas de burro que lhe crescera.

Harry também examinava as suas, enquanto espantava uma mosca com o rabo que lhe estourava as calças. Após tentarem todas as contra-azarações que conheciam, desistiram de tentar remover os adornos que a sra. Potter lhes colocara, e resolveram discutir oque tinham ouvido no St. Mungus.

- Com quem vocês acham que Snape falava? Inquiriu Hermione.

- Não sei, mas o que realmente me deixou curioso, foi o fato dele estar com a espada de Grifindor, uma vez que ele foi um Sonserino. – Rony não conseguia esquecer a famosa espada perdida da Grifinória - o que você acha Harry?

Harry, que mantinha-se calado quanto aos acontecimentos, deu sua opinião pela primeira vez:

- Sinceramente? Não sei, mas tinha algo naquela sala que não devia estar lá.

- O que você sentiu? – Perguntou Hermione.

- Não sei Mione, mas era como se houvesse algo, ou alguém nas sombras que sugasse minha vida, minha alma, sei lá... É difícil explicar, mas era como se eu não devesse estar ali, entende? Um perigo, uma desgraça iminente.

Hermione não entendeu o que o amigo quis dizer, mas percebeu o quanto o fato o perturbara, e resolveu não tocar mais no assunto por hora. Rony, no entanto, já abria a boca para retrucar, quando foi interrompido pela porta, que se abriu de repente, para dar passagem aos gêmeos, Jorge e Fred:

- Dia, vocês se importam se usarmos seu quarto como quartel general de espionagem? Mamãe isolou o nosso quarto magicamente, a recepção esta péssima lá.- disse Fred.

- Tremenda falta de confiança na gente, isso magoa, sabia? – completou Jorge que trazia nas mãos a caixa de cereal mais esquisita que Harry já vira na vida; era toda preta e tinha um imenso olho que tomava metade da caixa, e logo abaixo tinha uma boca, que sorria matreiramente para eles.

- O que é isso? Perguntaram os garotos em uníssono.

- Nós chamamos de “Curiosivim”, seu amigo fofoqueiro que te conta tudo que você quer saber, mas não pode estar presente pra descobrir.

- Tudo que você tem de fazer é colocar um desses no local, - Jorge tirou do bolso uma caixa bem menor, de quatro lados iguais, cada um dos lados trazia um olho e uma orelha, e na parte superior uma ventosa – E depois sintonizar nosso amiguinho aqui para ver e ouvir tudo que se passa. É claro que a primeira coisa que fizemos ao saber das noticias foi espalhar essas belezinhas pela casa toda, pois tínhamos o pressentimento que mamãe não nos deixaria ouvir a conversa deles da maneira convencional.

- Ideal para se espiar o banheiro feminino, a sala dos professores antes de uma prova, ou uma reunião extraordinária da Ordem da Fênix.

- Ordem da Fênix? O que é isso? - Perguntou Hermione, que nunca tinha ouvido falar de tal coisa.

- É uma organização, fundada por Dumbledore, - explicou Rony, que vivia esquecendo que a amiga, por ter nascido trouxa, não sabia de muitos detalhes da comunidade mágica – Para lutar contra Você-sabe-quem, quando ele estava no auge do poder.

- Exato – interrompeu Jorge – Agora se vocês fizerem silencio, acabei de sintoniza-los.

Nesse momento, os cinco viram o olho que piscou rapidamente, e a pupila sumiu, dando lugar a uma cena da cozinha dos Weasley, a visão era panorâmica, como se estivessem empoleirados em cima dos armários. Em volta  da longa mesa, encontravam-se Lilian e Tiago Potter, Molly e Arthur Weasley, Severo Snape, Remo Lupin, Ninfadora Tonks, Sirius Black, Olho Tonto Moddy e mais três homens que os garotos não conheciam. A boca no aparelho começou a falar com a voz de Tiago:

- O que Dumbledore acha disso?

- Ele como sempre, não revelou seus planos, mas tem certeza que foi obra de Voldemort. – explicou Olho Tonto.

- Mas por que agora? Faz dois anos que ele voltou, e até o momento tem agido em segredo. Não faz sentido se mostrar agora e causar todo esse alvoroço e pânico. – Arthur Weasley andava de um lado para outro enquanto indagava.

- Alguma coisa o forçou a agir mais cedo do que ele tinha planejado. Alguma seção do ministério foi violada, além do gabinete do próprio ministro? -  Quis saber  Lupin.

- Agora você fez a pergunta crucial, Remo – explicou um homem negro, com um imenso brinco de ouro na orelha – A seção de arquivos de Azkaban foi arrombada e uma lista com o nome de praticamente todos os bruxos das trevas dos últimos quinhentos anos foi roubada.

- Essas, infelizmente, não são as noticias mais inquientantes. – entrou na conversa Tonks.

- Ela tem razão – retarguiu Olho Tonto – O Primeiro Ministro trouxa parece estar sobre uma maldição imperius.

- Por que você diz isso? – perguntou a sra. Weasley.

- Por que dois bruxos foram mortos pela policia trouxa essa manhã, parece que por ordem do próprio ministro. Eles foram declarados inimigos públicos.

- Meus Deus, que horror, quem eram?

- Então Molly, isso é que não faz sentido algum. Foram dois comensais da morte. Parece que Voldemort esta eliminando seus próprios homens.

- Ao contrario Sr. Shacklebolt – ouviu se a voz arrastada de Snape – Faz muito sentido.

- O que você quer dizer com isso Ranhoso? Perguntou Sirius.

Era difícil saber quem desprezava mais a quem. Ambos se encararam por vários segundos, antes de Snape responder, dirigindo-se a todos na sala, mas com o olhar fixo em Sirius.

- Vocês devem se lembrar que Tom Riddle absolveu a energia vital do garoto Longbottom. Ele agora, também é o Lord das Trevas. Seria inteligente supor, que ele esta eliminando os comensais que se mantém fiéis ao seu predecessor.

Um silencio pesado e desconfortável pairou na sala por vários minutos, e foi quebrado repentinamente, quando alguém bateu à porta. Num movimento rápido, doze varinhas foram sacadas e apontadas em direção as batidas, numa coreografia impressionante, como se todos houvessem ensaiado o ato. Sem dizer palavras, o Sr. Weasley se dirigiu até a porta e perguntou:

- Quem é?

Uma voz conhecida de todos respondeu:

 - Sou eu, deixem-me entrar.

O sangue gelou nas veias de todos, a sra. Weasley, derrubou sua varinha e cobriu os olhos chorando. No quarto de Rony, os garotos deram um salto para trás, e Hermione soltou um grito de pavor.

Pois todos tinham reconhecido a voz de Neville Longbotton.

 


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