The Other Side escrita por lizzy_16, isabellatmassei
Notas iniciais do capítulo
Hey pessoinhas do meu coração, esse capitulo foi escrito pela Isa a minha co-autora e tenho que dizer esta muito bom, muito melhor que o meu.
Conversamos lá em baixo....
Se minha madrasta fosse o problema maior tudo bem, mas o problema mesmo estava sendo o que vestir pra ir na festa. Não sabia se ia comportada demais, ou desleixada demais. Meu Deus, sou só uma adolescente, porque tem que ser tão difícil impressionar alguém?
- Claire? – cochichou Oliver por detrás da porta.
Corri abrir a porta e franzi o cenho quando vi ele vestido não tão casualmente.
- Vamos a festa ainda, meu benzinho – disse pedindo que ele entrasse.
- Hm, acho que hoje apenas você vai sair.
- O que?
- Maria está doente.
Olhei pra ele e me questionei se não era apenas uma desculpa esfarrapada.
- Doente do que?
- Dor no peito.
Meu Deus. Sentei-me devagar em minha cama e peguei em sua mão.
- Ela vai ficar bem, não vai?
- Acredito que sim – respondeu com um sorriso pálido.
- Agora não quero ir também.
Ele acariciou minha mão e a beijou repetidas vezes.
- Vá, aproveite por nós dois.
- Mas...
- Mas nada, vá naquela festa e faça o que eu faria – ele parou pra pensar e preferiu ajeitar a frase – Não faça nada errado.
Dei um leve sorriso e tirei minha mão das suas. Aquela proximidade com ele era totalmente estranha pra mim.
- Pode me ajudar com a roupa? Não tenho a mínima idéia do que vestir – disse indo até o closet.
- Claire, você é linda. Qualquer roupa caí bem em você.
Senti minhas bochechas esquentarem e abaixei meu rosto para que ele não visse como era dominada por ele.
- Ei, vai com uma roupa dessas que seu pai colocou ai. Não quero que me tenha como xereta, mas quando as roupas chegaram eu simplesmente dei uma espiada.
- Sem problemas. Mas Ollie, (lê-se Oliver) tem muitas roupas aqui, o que acha de vir dar uma olhadinha?
Ele se levantou e com um sorriso, começou a olhar as roupas que ficavam distribuídas por todo o cômodo e fez uma cara de perdido para mim.
- Vamos começar por ali – opinei apontando para a parte detrás de meu closet.
Ele assentiu e começou a fuçar em todos os cantos possíveis a procura da roupa perfeita pra uma noite não tão perfeita sem Ollie.
- Achei uma – disse ele me passando uma fantasia de palhaço que trouxe de minha ex-casa.
- Ei, não caçoe da fantasia. Dancei com ela quando tinha 9 anos.
Rimos e voltamos a procurar. Quem dera se mamãe estivesse aqui. Ela já teria me arrumado a roupa perfeita e provavelmente me maquiado, me penteado e me hidratado do jeito dela. Sentia falta dela.
- Achei – disse segurando um cabide com um vestido preto super básico.
- Muito simples pra você.
Dei de ombros e voltei a procurar.
- Acho que vi uma blusa linda aqui... – disse ele se esticando por detrás de mim e com isso praticamente me abraçando.
Voltei meus olhos para os seus e pude ver um brilho jamais visto. Eu estava... Eu estava apaixonada!
- Fique paradinha que estou quase alcançando – disse ele aproximando seu corpo do meu e roçando seus lábios nos meus.
O gosto dele. O gosto era tão bom que quase me perdi em minha droga preferida.
- Alcançou agora? – sussurrei com um tom de zombaria na voz
- Alcancei. Sabe o que alcancei?
Fiz que não com a cabeça e tentei aproximar meus lábios dos seus denovo. Fail.
- Alcancei minha... Alma gêmea.
Oliver super amoroso e meloso? Eu não conhecia esse lado dele, mas com toda a certeza poderia dizer que estava gostando.
- Me beija e cala a boca – disse me virando para ficar totalmente de frente para ele e enlaçando-o com meus braços.
- Você é linda – sussurrou ele contra meus lábios.
- E você é atrevido.
E ele me tomou em seus braços e me beijou arduamente. Seu fogo queimava em meu corpo e o meu... Bem, o meu já tinha incendiado tudo.
- Eu tenho que ir olhar minha tia.
- Eu tenho que me arrumar pra festa.
Ele acariciou meu cabelo e beijou a ponta do meu nariz.
- Eu poderia ficar aqui a noite toda que nunca me cansaria – sussurrou ele enterrando o rosto em meus cabelos.
- Mas temos que ir – disse o afastando de mim e dando uma risada maquiavélica.
- Menina má, volte aqui e se despeça corretamente.
- Esse closet é grande, quer apostar uma corrida? – disse me alongando para a corrida.
Ele passou os braços envolta de minha cintura e me puxou de encontro a seu corpo quente.
- Você não ganharia tão fácil.
- Pode apostar que eu iria sim – revidei mordendo sua bochecha com minha força de formiga.
- Ei, doeu, viu? – disse ele me chamando de volta para ele – Tenho que ir agora. Quando você estiver arrumada vai lá no meu quarto e se despede direito. Vem cá, me dá um beijo – disse ele aproximando seu rosto do meu.
Lhe dei um beijo longo e tentei não me atrapalhar na hora das caricias. Denovo: Sou apenas uma adolescente.
- Estou indo agora, pare de abusar de mim – disse ele sorrindo e indo de encontro a porta.
Quando ele enfim saiu pela porta, me deixei sentar em meu puff e suspirar pesadamente. O que foi aquilo? Deus, eu estava totalmente dormente, principalmente meus lábios. Aquele Oliver mexia...
- Claire – disse ele aparecendo na porta do nada. QUE SUSTO MENINO! – Se assustou? – e caiu na risada.
- Idiota. O que foi?
- Eu... Eu gosto muito de você.
Corei e me levantei do puff em um salto rápido.
- Eu te amo – me vi dizer isso e esbugalhei meus olhos como reprovação. Que boca maldita!
- Você o que?
- E- eu...
Não tive tempo. Oliver mais uma vez estava ocupando minha boca com seus beijos frenéticos.
- Ei, e aquela coisa de olhar sua tia e eu me arrumar?
- Tem razão. Estou indo, mas... Te amo – disse e saiu definitivamente.
Reformulando pergunta: O QUE FOI ISSO?
Oliver + Claire = WTF
Não, eu sabia que gostava dele e que tínhamos alguma química juntos, mas amor? O que eu fui falar? Amor era algo tão grande e tão... IMPORTANTE. Claire, você devia estar muito envergonhada. Você alimentou esperanças que estavam brotando no coração do Ollie. Ele só disse que gostava de mim e eu reagi com um ‘TE AMO’, qual era o problema comigo?
Voltar atrás agora não ia dar, me tranquei no banheiro e decidi que não sairia de lá até estar linda e pronta pra festa. Quem sabe não acabava bebendo o suficiente pra esquecer essa burrada.
Saí do banho e chinguei céu e inferno por ainda não ter a roupa para ir. Coloquei minha roupa favorita de antigamente e agradeci por estar apresentável. Quando estava maquiada, penteada, hidratada, perfumada e ajeitada, desci as escadas em um salto e estava pronta pra ligar para o taxi quando me lembrei de que o Oliver havia pedido que eu passasse em seu quarto.
Achei melhor ligar logo para o taxi e esquecer a idéia louca de passar lá. Piorar aquela situação? Nem ferrando. Liguei para o taxi e em menos de 5 minutos ele já estava lá.
- Eaton Mews, por favor – disse enquanto sentava no taxi.
No caminho tentei não pensar muito no que havia acontecido, me foquei no fato de não conhecer ninguém na festa, com exceção de Ella. O que faria lá sozinha? Ella estaria com o resto do pessoal e eu ficaria num canto com o copo de cerveja na mão? Qual é?
- Chegamos senhorita. Ficou... 34 reais – disse ele com a mão estendida.
E agora? Fico ou peço pra ele voltar?
- Senhorita?
- Ah, toma – disse colocando a nota de cinqüenta na mão dele e saindo do taxi às pressas.
- E o troco?
- Fica pra você – gritei enquanto corria até a casa de Ella.
Eu conhecia superficialmente Clarisse e Julia, mas tinha a sensação de que elas me queriam no grupo por outra razão quaisquer. Eu não era tão feia e tinha um nível de superioridade alto, pelo fato de meu pai ser rico. Interesseiras? Talvez. Mas eu não pagaria pra ver.
- Claire? – chamou uma voz masculina do outro lado da rua.
Voltei meus olhos para a pessoa que havia me chamado e me surpreendi ao ver com quem falava. Sean LeBlanc. O Sean, aquele lá... O MAIS POPULAR DA ESCOLA. E detalhe: Ele sabia meu nome e me chamou no meio da rua, então é um bom sinal, né?
- Ta indo pra festa da Ella?
- To – respondi cambaleante. Meu Deus, era o Sean falando comigo.
Ele sorriu e me cumprimentou com um beijo no rosto.
- Está bonita hoje.
- Obrigada. Hm, vamos? – perguntei apontando para a casa de Ella (lê-se mansão)
- Vamos – disse ele me olhando com olhos penetrantes. Ele tossiu e voltou a falar – Você é nova na escola.
- Sou.
- Não foi uma pergunta – revidou ele dando uma risadinha maquiavélica.
- Ta me zoando, né? Deixa você...
- Qual é, Claire? To brincando só, você é bravinha, hein?
Dei um riso forçado e dei uma cotovelada nele.
- Essa doeu, Claire. Quer brigar? Vamos brigar!
Não deixei que ele começasse uma briga de tapas porque provavelmente sairia em coma daqui, então só dei um sorriso para ele e levantei as mãos me rendendo.
- Fracote – murmurou ele
- Do que você me chamou?
Ele riu mais descontraidamente e se deixou levar por nossa conversa inocente.
- Sabe Sean, achei que você era bem metido... – falei e me arrependi no mesmo instante.
- Sabe Claire, achei que você era mulher de peito...
- E sou!
- Quero ver. Vai brigar?
- Precisamos mesmo brigar? – disse arregaçando as mangas da blusa.
- Se você quer me provar que não é fracote... SIM, nós temos!
- Meu soco de direita é ótimo – murmurei ajeitando me corpo pra luta.
- Prove! – ele gritou e me pegou pela cintura me girando.
- AAAAAAAH!
- Ta tonta? – disse ele girando e girando.
EU ESTAVA TONTA. (E acredito que você também deva estar).
- PAAAAAAAARE!
Ele me colocou no chão e olhou pra mim com olhos interrogativos... Na verdade eram 4 olhos interrogativos. Tudo estava em dobro.
- Ta passando mal? – perguntou ele tocando meu rosto com a ponto dos dedos.
Seu toque fez cócegas em minha pele e ri de súbito. Ele assustado pela minha reação tirou a mão e me deu um soco de leve no braço.
- Você é tonta ou quer um real?
- Agora estou tonta – disse caindo ligeiramente na risada.
- Se você está bêbada antes de beber, imagina quando te embebedar.
Arregalei os olhos e agradeci por minha visão estar ok agora.
- Você vai me embebedar?
- Claro, faz parte.
- Faz parte do que? – perguntei descontraída.
- Parte do meu plano.
Eu quis gritar: DÁ PRA SER DIRETO? Mas fui educada e continuei com as perguntas:
- Esse plano tem nome?
Ele parou e me segurou pelo braço. Com um tom de zombaria falou:
- Como conquistar Claire, parte 1.
Sorri e voltei a andar até a mansão. Sean não era tão engraçado, não sei porque fazia essas brincadeiras idiotas.
- Estou falando sério – gritou ele, já que havia ficado para trás.
- Ta.
- Vai deixar eu te embebedar pelo menos? – perguntou ele me alcançando.
- Não vou ter controle dos meus atos.
- Não quero que tenha.
- Não quero que tente.
- Não quero que se negue.
UFA. Enfim, estávamos na porta da casa de Ella e Sean tinha praticamente discutido que iria SIM me embebedar e me conquistar.
- Já veio aqui antes? – perguntei
- Uma vez pra fazer um trabalho.
Assenti e toquei a campainha. Logo Ella apareceu toda despenteada e nos convidou para entrar. Ella estava deslumbrante em uma blusa regata branca e uma saia cintura alta preta. Invejei-a e arrastei meu olhar para a sala dela, que agora era mais uma pista de dança suja de bebida alcoólica e de marcas de pé sujos.
- Vieram juntos? – gritou Ella em meio a tanto barulho.
- Er, não! – respondi embaraçosa
- Encontrei ela na porta.
Olhei para Sean e mandei um caloroso abraço mental, ele havia me salvado de horas de fofocas com as meninas.
- Sean, quero te apresentar para os meus tios – pegou na mão dele e o puxou para dentro da pista.
O que os tios dela faziam aqui? Não tenho a mínima idéia. O que ela queria apresentando ele para os tios? ... Compromisso com Sean. Mas o que eu tinha a ver com isso? Nada. Então peguei a primeira lata de cerveja que vi e dei 3 goles seguidos. Amargo demais, mas ia tomar como água nessa noite.
Sentei em uma cadeira que estava distante da pista de dança e fiquei observando o pessoal se esfregando uns nos outros. Pensei em Ollie. Pensei em seu beijo e pensei na burrada que tinha feito. Daí afastei os pensamentos rapidamente pensando: Preciso me embebedar, e muito!
Estava bêbada, jogada num canto da casa de Ella e estava conversando com alguém a muito tempo. Não, eu não sabia quem era. E não, eu não sabia o que ele estava falando. Sim, é ele porque a voz era grave e esse era o motivo do meu atual riso. Eu estava rindo como uma hiena, e sem parar.
- Bem louca? – gritou ele tirando uma mecha de cabelo do meu rosto.
- HAHAHAHA.
- Pare de rir sem motivo, assim fica fácil te conquistar.
Estanquei. Era Sean. Ele estava ali e eu estava fazendo papel de idiota. DROGA!
- Sean? – perguntei como uma tonta.
- Quem achava que era? Papai Noel?
- HAHAHAHA – droga Claire, pare de rir – Sean, você bebeu também?
- Preciso estar sóbrio para te possuir – respondeu ele em meu ouvido me fazendo rir e gemer em um uníssono ridículo. Claire Waldorf estava fazendo papel de idiota.
- Me leva pra casa?
Ele se afastou automaticamente e coçou a cabeça repetida vezes. Pensei : Piolho. Mas só ri e engoli em seco.
- Já? – perguntou ele tristemente.
- Estou bêbada e corro riscos de ser possuída. Estou com medo – sussurrei como se contasse um segredo à ele.
Ele colocou minha cerveja na mesa improvisada e segurou em minha mão.
- Tem medo de mim?
- Nã- ão – gemi e amoleci meu corpo já totalmente mole.
- Então fica aqui nos meus braços – disse ele envolvendo minha cintura com suas mãos fortes – e tudo vai ficar bem. OK?
- Tenho que ir, meu pai vai ficar preocupado.
- Eu ligo pra ele.
- NÃO! – gritei
- Ok gata, relaxa. Tem certeza de que quer ir?
- Se você puder me levar...
- Vamos lá – disse ele me pegando em seu colo e me levando até seu carro.
Eu ouvi algumas pessoas rirem e outras cochicharem, mas eu não estava nem ai. Estava preocupada só em não falar mais besteiras na frente de Sean.
- Estamos chegando – disse ele tocando meu rosto.
Só podia ter dormido porque não vi o caminho.
- Você sabe onde moro? – perguntei ligeiramente mais situada.
- De certa forma todos sabem onde seu pai mora. Ele é conhecido.
Corei de vergonha e me ajeitei no banco do carro.
- Se divertiu hoje? – perguntou ele zombando da minha cara.
- Eu fiquei sentada bebendo, só.
- Esqueceu de uma coisa. Você conversou a noite toda comigo.
- Ah é? – perguntei dando de ombros.
- E gostou.
Dei de ombros denovo e senti o tranco quando o carro parou.
- Já me viu bravo? – perguntou ele me fulminando com o olhar.
Dei um riso abafado e esperei ele dar a volta no carro e abrir a porta do passageiro para mim. Quando coloquei o pé no chão quase cai tamanha minha tontura.
- Ei, cuidado mocinha – disse ele rindo – Quer ver minha braveza?
- Mostre.
Então ele envolveu seus braços gentilmente em minha cintura e beijou a ponta do meu nariz. Desceu delicadamente seus lábios até minha boca e me tomou definitivamente. Sua língua procurava a minha e explorava cada espaço em minha boca.
- Você é inacreditável, Claire – berrou Oliver da porta de minha casa.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Merecemos comentarios???
E gente queremos mais comentarios do que recebemos nos capitulos anteriores, então...novo capitulo significa mais reviews
Não sei mais o que falar então vou indo...espero que tenham gostado do capitulo.Bjus