Pra que Decidir? escrita por Kathar


Capítulo 1
Quê?!


Notas iniciais do capítulo

L Kathar criando mais fics para serem continuadas.... *Apanha*



Espero que gostem!!!



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Diogo dormia tranquilamente, seu corpo semi-nu repousava sobre sua norme cama de casal, seus lençóis alvos estavam levemente manchados de sangue, assim como o travesseiro também claro.

 

Não, não estava morto, pelo contrário, dormia profundamente.

 

Tinha dezessete anos, estava no auge de sua juventude, os cabelos eram naturalmente ruivos, curtos, espetados para cima, no entanto, uma franja discreta para a frente, no maior estilo ‘Cleópatra’ tirava-lhe um pouco do ar de rebelde e emprestava-lhe uma face mais calma, tranquila, talvez até com um certo toque de inocência.

 

Os olhos eram esverdeados, de um tom claro, folha, semelhante a uma esmeralda demasiadamente brilhante, era realmente uma pena que estavam fechados. Alguns diziam(na maioria das vezes eram mulheres) que conseguiam se perder naquelas orbes bonitas e grandes, oh sim, eram olhos grandes, expressivos, mas que podiam camuflar com perfeição as reais emoções do rapaz.

 

O que o ruivo não sabia, era que seus olhos não lhe serviriam de muita coisa, afinal, dentro de três meses a doença que tinha acabaria com sua vida, a ceifaria sem dó nem muito menos piedade.

 

A data estava muito próxima, mas mesmo assim o ruivo de nada sabia, por seus pais serem ausentes demais, ele nunca havia lhes contado do que sentia, sintomas, dores e mais muitas coisas. Diogo não achava que seria nada muito grave, assim, preferia deixar aquilo em segredo.

 

Cursava o terceiro ano do ensino médio, não tinha um bom relacionamento com as pessoas da sala, salvo algumas excessões, seus amigos mais íntimos.

 

Ouviu alguns ruídos e remexeu-se na cama, os barulhos cessaram, mas mesmo assim ele podia sentir presenças ali perto, bem perto de si.

Não poderiam ser seus pais, afinal, estes já deveriam estar dormindo a um bom tempo, talvez fosse só imaginação sua. De toda e qualquer forma, abriu suas orbes esmeraldas, assustando-se imediatamente.

 

Num canto distante de seu quarto, ele via dois vultos de longos cabelos, estes estavam envolvidos pelas sombras, mas por terem cabelos compridos, o garoto ficou intrigado.

 

 

Cara! Tem duas garotas no meu quarto!” – Não falou, pensou nisso. Virou-se para seu relógio, verificando o que já imaginava, exatamente 3 horas da madrugada.

 

 

Como aquelas pessoas haviam entrado em seu quarto?

 

 

“—Em primeiro lugar…” – Pigarreou a pessoa cujos cabelos eram aparentemente lisos. “—Nós não somos garotas…”

 

 

Ele saiu das sombras, dando alguns passos a frente, ainda era muito escuro, Diogo não tinha certeza de nada, só de que os olhos daquele outro garoto eram carmesins e extremamente brilhantes. Sua voz era calma, mas estranhamente assustadora.

 

 

“—Em segundo…” – Bradou a outra voz, esta era mais doce, mesmo com o outro dizendo aquilo, Diogo achava que era uma garota. Estava errado, claro. “—Seu relógio está meia-hora adiantado.”

 

 

A pessoa de cabelos cacheados deu um passo a frente e apareceu ajoelhada em frente ao relógio do ruivo, com um toque neste, os números digitais começaram a se mover velozmente, retrocedendo. Agora, o número que piscava irritantemente era ‘2:31’.

 

O primeiro garoto caminhou até o interruptor do quarto, pressionando-o.

 

O que o ruivo viu, foi algo que poderia fazer qualquer um se encantar e apesar de Diogo não ser qualquer um, ele ficou boquiaberto, paralisado com as visões que teve.

 

O primeiro dos garotos, não parecia ser muito mais velho que ele próprio, os cabelos eram negros como breu, ébano, a pele era muito clara, até tanto quanto neve. Isto pode soar um pouco familiar, mas não poderão saber o porque no momento. Os olhos eram carmesins, brilhavam mesmo com a luz acesa, eram semelhantes a rubis colocados rente a labaredas alegres, dançantes.

 

O corpo parecia bem desenhado, as roupas que usava eram mínimas, uma calça preta, simples, com uma camiseta no mesmo estilo, da mesma cor.

 

Não imaginava realmente como conseguira confundí-lo ou por um segundo pensar que ele era uma garota, impossível, completamente impossível.

 

A expressão se mantinha dura, mas havia um toque de sensualidade em seu rosto, algo que não passaria dspercebido para ninguém. Era bonito, e como era.

 

A segunda pessoa ainda permanecia um mistério para Diogo, isso porque suas feições eram estranhas, seriam impossível para alguém definir se era um garoto, ou uma garota.

 

Os cachos grandes e loiros caíam até sua cintura, sobre parte de sua testa havia uma franja lisa, posta de lado. A pele era aparentemente normal, branca, mas não tão pálida quanto a do moreno que ali estava. Os seus olhos eram negros, mas continham um certo brilho, como se fossem inundados com esperança e ao mesmo tempo pureza.

 

Suas roupas eram mais compostas que a do primeiro garoto, uma calça branca, de um tecido leve, ladeada por um casaco longo, cujas mangas ultrapassavam um pouco suas mãos e o fim do casaco quase tocava no chão, era um sobretudo pesado, mas branco, cheio de bolsos internos e externos, fechado.

 

 

“—M-Mas como voc-“ – Foi interrompido pela pessoa loira, que seria impossível definir o sexo.

“—Prazer…” – Sorriu, mostrando-lhe dentes muito brancos. “—Abel Charles de Lancaster, Mestre de Avis.”

 

 

Era possível ouvir um barulho, algo como uma solitária palma, fora o rapaz de cabelos negros que batera em sua própria testa, num sinal de reprovação. Diogo estava atordoado demais para prestar atenção em atos singelos como o do moreno.

 

 

“—Mas pode me chamar somente de Abel.” – Fez uma reverência, começando a se afastar e sentando-se em uma beirada da cama grande.

“—Meu nome é Dante, Dante Alistair, se bem que sobrenomes e títulos…” – O rapaz de madeixas negras fuzilou o loiro de longos cachos com os olhos. “—Não são importantes.

 

 

Não é nem preciso comentar que o ruivo estava atordoado, na verdade não entendia coisa nenhuma, porque aqueles dois estavam em seu quarto em plena madrugada?

 

 

“—Antes que pergunte algo…” – Continuou Dante. “—Nós estamos aqui para cuidar de sua morte, única e exclusivamente dela.”

 

 

Diogo fechou os olhos, sentindo um peso terrível em sua cabeça, além de vozes confusas adentrando em seu ouvido sem o menor nexo.

 

Abriu os olhos muito verdes, mas isto não foi suficiente, a vista começou a escurecer e o peso de sua cabeça obrigou-o a cair novamente no travesseiro fofo.


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Notas finais do capítulo

Capítulo bem pequeno, sim, porque estou tentando fazer coisas menores e mais rápidas.

Espero que gostem ^////^ ♥