Caixa das Ilusões escrita por _-_Flora_-_


Capítulo 5
Verdade


Notas iniciais do capítulo

O cap não é muito grande, mas é emocionante.



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Quando abri meus olhos, estava novamente naquele lugar.  A escuridão era imensa.
A única diferença é que eu estava segurando a caixa. A caixa cheia de ilusãoes.
A luz branca apareceu, no fundo preto. Dela saiu uma figura com um manto, desta vez preto.
Ela foi se aproximando, como da primeira vez.
" Seja forte! " fiquei pensando. Quando a criatura chegou bem perto, pude ver seus olhos. Cheios de culpa.
Ela olhou para a caixa. Seus olhos vermelhos fixos nos detalhes de ouro.
Fiquei vendo seu rosto. Não tinha expressão. Ela não respirava. A única coisa viva naquele lugar era eu.
Ela olhou para mim. Por impulso, dei um passo para trás.
Ela fez um gesto com as mãos, pedindo para me aproximar.
Eu não confiava em criaturas que eu vejo em sonhos, mas me aproximei mesmo assim.
Da última vez que estive lá, minha voz não saía. Mas eu precisava tentar.
-- Quem é você? -- perguntei tão baixo que duvidava que ela ouvira.
-- Você não precisa saber. -- ela disse.
Sua voz era abafada, como na primeira vez. Ela estava escondendo a verdade.
Mesmo estando com medo da criatura, eu não podia desistir tão cedo.
-- Por que me deu esta caixa? -- olhei para a caixa e depois para seu rosto.
Ela não havia gostado da pergunta. Mas viu que eu queria saber a verdade.
-- Eu não queria ter feito isso. Mas precisava deixar em um lugar seguro.
Seguro? Não entendi o que ela quis dizer com " seguro ".
-- A caixa precisa estar segura de que? -- perguntei, desta vez mais alto do que antes.
-- Você não vai querer saber. Só posso dizer que não é " de que". É " de quem ".
Era evidente que ela não queria que eu soubesse a verdade. A única coisa que eu sabia é que a caixa precisava estar segura de uma pessoa.
-- Só mais uma coisa. -- eu disse. -- Se isso é só um sonho, por que a caixa estava de baixo do meu travesseiro?
Seu rosto agora apresentava uma expressão. Tristeza. Pena. Ela estava com pena de mim. Mas eu queria que ela me dissesse a verdade. Por mais dolorosa que fosse.
-- Isso é só um sonho, não é? -- eu perguntei, agora com medo em minha voz.
-- Está errada.
Ao dizer essas palavras, ela desapareceu na luz. E esta, desapareceu também.
Eu estava sozinha novamente. Sozinha na escuridão.
Por que era tão difícil aceitar a verdade?
Ajoelhei-me no chão. Fiquei olhando a caixa.
A escuridão era total. Não via nada. Não sentia nada. Queria que houvesse algum sinal de vida naquele lugar.
Senti novamente aquela mão gelada em meu ombro. Aquilo me fez dar um pequeno pulo.
Pude sentir sua respiração em meu rosto. Isso fez meus pelos se arrepiarem.
Mas eu me sentia bem. Eu não me sentia sozinha. E aquilo era bom. Era a melhor coisa no sonho.
Mas tudo começou a ficar embaçado. Não sentia mais aquela mão.
Tudo estava girando.
Acordei sendo chaqualhada por meu pai.
-- Melayne! Por que não disse que tinha chegado? -- ele disse, com raiva.
Escondi a caixa debaixo do travesseiro. Não queria que ele soubesse a verdade.
-- Eu estava cansada. Queria... dormir um pouco. -- eu disse. Eu não era boa mentirosa.
Ele pareceu não acreditar. mas saiu do quarto.
Peguei novamente a caixa. Eu queria abri-la.
Mas, um segundo antes de encostar meu dedo na fechadora, lembrei do que a criatora tinha dito.
"Não abra esta caixa. Nunca". Foi isto que ela disse quando me deu a caixa.
Eu precisava esconde-la em algum lugar. Um lugar em que ninguém achasse.
Escondi na caixa em que estava o meu diário. Ela era trancada com chaves.
A caixinha estava segura. Por enquanto.


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Notas finais do capítulo

Suspense! Quero reviews!



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