Eu não queria ir nesta noitada. Preferia passar meu tempo com coisas mais úteis como meditar e aumentar meu cosmos, mas a pressão dos amigos foi maior.

Me vi arrastado por Saga, Mu, Aioros e Kanon para um bar no centro da cidade, muito calmo e bem frequentado, me disseram. Mas ao chegarmos lá, encontramos a maior bagunça e bebedeira, promovida pelos demais cavaleiros, que infelizmente tiveram a mesma ideia.

Resolvi ficar longe daquilo, afinal como o Cavaleiro mais próximo de Deus, tenho uma reputação a zelar. Fui acompanhado pelos demais, que também quiseram ficar um pouco longe da algazarra promovida por Milo e Máscara da Morte em um canto.

Foi quando uma garçonete apareceu e começou a nos servir, sem que fizéssemos o pedido.

—A primeira rodada é por conta deles. -me informou, apontando com o olhar nossos colegas.

Não fizemos de rogados e começamos a beber. Logo vieram mais doses de uísques. Nota mental: nunca mais beber uísque.

Quando percebi, estava sob o efeito do álcool e muito zonzo. Ria muito como se tudo fosse engraçado e olhava para as mulheres presentes de uma maneira que em meu normal não o faria. Seria desrespeitoso. Mas como não reparar naquelas mulheres de roupas tão curtas e decotadas? Acho que os seios da garçonete não eram naturais, aquele tamanho não era normal!

Por Buda...o que estou pensando?

Bem, eu conversei com a garçonete. Isso me lembro nitidamente. Falou de uma festa em outro bar, e que logo largaria seu trabalho e nos levaria lá. Milagre eu me lembrar disso, já que eu somente olhava para o busto avantajado dela. Qual era o nome dela? Loira, olhos verdes...belos seios...

Todos já alterados pelas altas doses de uísques e outras misturas alcoólicas, acompanhamos a moça. Ela parou em um lugar e disse que tínhamos que nos arrumar. Não entendi direito o que ela disse, mas concordei com cada palavra dela.

Ela me vestiu com uma roupa ridícula de pirata, e me levou ao outro bar. Bebi mais...bebi muito, sempre acompanhado dela. Não lembro de ter visto o pessoal, mas acho que Aioros conversou comigo em algum momento. No outro eu vi a garçonete.

E me arrastou para um canto do bar, nos beijamos...acabo sorrindo com a lembrança, espero que os outros não notem isso.

A garçonete me levou para os fundos do bar, lindamente vestida de Sininho. E continuamos a nos beijar e acho que fomos além disso. Tudo foi um borrão. Não me lembro bem e... BUDA!

Espero que não entrem em meu quarto agora. Acho que eu a deixei em minha cama, quando os bêbados voltaram da festa e fizeram algazarra na minha casa. Me obrigando a encontra-los...e Aioros tinha uma maldita garrafa de uísque. Bebi de novo.

Disfarço enquanto todos estão perdidos em suas lembranças. Será que dá tempo de mandá-la embora antes que os servos entrem no templo? Ainda preciso me lembrar de seu nome...e perguntar se aqueles seios são reais mesmo. Esta dúvida está me consumindo.

Uísque nunca mais!

 Continua...