— Itachi. — Seu parceiro chamou-o. — O que é? — Perguntou em voz baixa. Encontravam-se em um vale. Kisame sentava-se sobre um pedra coberta de musgo; o outro sentava-se sobre a grama e utilizava a pedra como encosto, observando a Vila à frente do lago com uma expressão serena em sua face. — Uchiha Itachi. — Ele tinha certeza de que aquela voz feminina não era de Kisame. — Kisame, vá. — Disse em tom autoritário. Kisame levantou-se e sumiu por uma trilha que levava de volta à Vila da qual tinham acabado de voltar. — O que quer? — Perguntou à ela enquanto levantava-se, lentamente. Estava de costas para ela. — Uchiha Sasuke. Onde ele está? — Por que eu deveria saber? Ele quer me matar, mas acho que você já sabe disso. — Sim, eu sei. — Mais alguma coisa? — Deu alguns passos, parando à frente dela. — Não. — Ela ia virar-se para ir, mas ele segurou-a pelo braço. — Me solte. — Disse, voltando seu olhar para ele. — E se eu não soltar? — Perguntou em tom debochado. — Me solta logo! — Disse, mais alto. — Não irei lhe soltar, Haruno Sakura. — Como sabe meu nome? — Você era do Time de meu irmão. Acha que eu não iria saber seu nome? — Ele a puxou mais para perto, colocando o braço livre na cintura dela. — Sabe, eu também queria saber onde ele está. Ah, e você é muito diferente dele. Nunca dariam certo, ao meu ver. — Viu a expressão séria do rosto de Sakura se desmanchar em uma expressão triste. A Chunnin desviou o olhar dele, encaminhando-o ao chão. — Isso não é verdade! — Disse sem muita certeza em sua voz. — Você sabe que isso é verdade. Só não quer admitir. — Disse calmamente, soltando o braço dela e levando a mão livre à face da mesma. Suspirou baixo e puxou-a delicadamente, fazendo Sakura olhá-lo. Ela corou ao direcionar os olhos verdes aos negros dele. — Por que corou? — Não te interessa. Me deixe ir. — Disse imitando o tom autoritário que ele usara antes. — Já disse que não vou te soltar. Entenda. — Ah, que saco! Me solta logo! — Gritou. — Você fica ainda mais linda quando grita. — Disse, provocativo. — Me solte! Assim poderei continuar procurando pelo Sasuke mais cedo! — E o que irá fazer ao encontrá-lo? — Eu... — As palavras lhe fugiram. — Eu... Não sei. — Ela abaixou sua face, fechando os olhos. — Como eu pensei. — Ele disse em voz baixa, puxando a face da garota, novamente. Desta vez, não lhe deu tempo para fazer alguma coisa: aproximou seu rosto do dela, até seus lábios encontrarem-se com os da mesma. × Separaram-se pouco tempo depois. — Como eu esperava. — Ele suspirou. — Você não gosta do meu irmão. Você só gosta do que não sabe sobre ele. Assim, o mesmo ocorre comigo. — A ação seguinte ocorreu muito rápido: em um momento, Sakura escutava-o, quase atentamente, e, no seguinte, sua mão direita acertava a face do Uchiha e deixava uma marca avermelhada com o formato de sua mão. — Você sabe que é verdade, Sakura-san. Em momento algum tentou me empurrar. — Eu disse para você me soltar. — Palavras... Você poderia ter me batido a qualquer momento. Por que fazê-lo justo quando eu disse aquilo? Simples. Você me bateu por que eu disse a verdade e você não gostou. Não queria que ninguém descobrisse isso e, quando eu o fiz, você ficou estressada. — Terminou, cruzando os braços. Silêncio. — Ora, não estou certo? — Perguntou-lhe usando o tom debochado de antes. Suspirou, estendendo-lhe a mão esquerda. — Junte-se a mim. Não é uma boa proposta, mas... — Olhou-a. Ela parecia pensativa. — Ah... — Disse em voz baixa, e passou a demonstrar-se indecisa. — Não sei... Tem os meus pais... Gostaria de avisá-los... — Por que avisá-los? Para que eles passem o resto da vida te procurando, mesmo que você já esteja morta? Sim, há esse risco, Sakura-chan. — Okay... — Ela suspirou, levando a mão direita de encontro à dele e a segurando em seguida. — Eu vou. — Ótimo. Vamos avisar Kisame. — Deu alguns passos. Sakura o seguiu e logo sumiam pelo mesmo caminho que Kisame tomara.