It Was Written In Blood escrita por deehpepper


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Dedicada principalmente a NeeYumi, Nah e Maria.



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  Morrer. Definitivamente essa era a palavra que ecoava em minha mente. Depois de tantos anos esperando virar pó, eis que surge ele. Um ser com fios cor borgonha, seus orbes nunca sairão de minha mente, um o oposto ao outro. Um irradiava calor, ira, o outro tão frio quanto o ártico, juntos transmitiam toda a sua dor. Ele chegou ao mais profundo abismo, carregando em seu peito apenas sentimentos vis. Sua alma estava perdida no negro corrosivo, pérfido.

  Em seus braços havia um pequenino, ainda tão frágil quanto um humano e de seu corpo exalava medo. Cuspia palavras ríspidas tentando me contaminar com seu plano de vingança.

  A sede de sangue estava consumindo minha mente com rapidez. Inadvertidamente tomei o corpo do pequenino que havia recebido o mesmo nome que eu. Era a única forma de me estabilizar completamente naquele momento. Então entreguei minha vida e meu destino aqueles dois, não havia mais nada a perder. Fiz minhas próprias memórias adormecerem para que não pudessem entrar no caminho.

  Pouco tempo depois Juuri teve uma menina, uma linda menina. Perfeita. Não há outra palavra neste mundo para descrevê-la. Antes de chegar só havia noites em meu mundo, seu sorriso era o sol que iluminava o breu em que me encontrava. Então, ele voltou para tentar me deixar na escuridão de outrora. Não obtendo êxito completo em sua vingança ele retornou, restara ainda eu e meu pequeno sol. Juuri deu sua vida para salvá-la e adormecer seu lado vampírico fazendo então com que ela se esquecesse de mim. Seguindo suas instruções a levei para a Academia Cross, para o diretor e amigo Cross Kaien cuidar da razão do meu existir.

  Anos depois aparece um pequeno humano que me faria conhecer o abismo em que estou agora. Kiryuu Zero, um reles humano recém-transformado. Um Nível E, um monstro que persegue o cheiro sangue, que age impulsivamente para satisfazer seus instintos. Ele me fez conhecer o inicio do abismo em que me encontro atualmente. Ele também conseguiu um feito que estou até hoje para descobrir, fazer Yuuki ama-lo.

  Tentei todo o possível para fazê-la ver o erro que era viver com aquele Kiryuu, despertei seu lado vampírico, o que piorou as coisas pra mim, ela com a ética humana não poderia amar seu próprio irmão. Com isso fui caindo lentamente no abismo, sem mais opções tomei uma atitude drástica. Esmagar o inseto. Eu não iria perdê-la para meu inimigo "Jamais!" Consumido pelo desejo de vingança fui procura-lo. Em uma batalha épica, ambos feridos mais continuamos. Yuuki logo viria intervir, a essência de sangue poderia ser sentida a quilômetros. Resolvi acabar com tudo de uma vez fui pra cima de Zero e o mesmo efetuou três disparos certeiros que iriam atingir meu coração em cheio mais algo amorteceu o impacto das balas sob meu corpo servindo-me de escudo minha amada, o sol da minha vida. Se ela fosse atingida por qualquer outro arma não a faria mal algum, mas ela foi atingida pela temida Blood Rose. Meu pequeno sol feneceu em braços, lembro-me com exatidão de suas últimas palavras.

  - Eu s-sempre ti amei onii-san. - De seus olhos ainda saiu uma única lágrima que morreu em seus finos lábios. A minha luz se apagou, meu mundo enegreceu novamente e como não posso caminhar no escuro não me restam opções além esperar a vinda de algum anjo da morte.

(Rido's P.O.V)

  Cheguei rapidamente àquela mansão. Há quanto tempo não apareço neste lugar. Nesse momento vejo o filme de minha vida aqui. Uma rápida olhada para a fachada, vejo que apenas uma janela está aberta coincidentemente onde um dia fora meu quarto. Dou um salto em poucos segundos estou sob o parapeito me deliciando com uma visão do paraíso. "Será que feneci?"

  Kaname estava deitado sob o divã que ficava alinhado com a janela, sua perna direita estava flexionada, sua mão esquerda estava acima de sua cabeça enquanto a direita segurava firmemente uma peça de xadrez: a rainha. Olhava fixamente para o pequeno objeto, que dentro de instantes viraria pó se continuasse aplicando tal força sob o mesmo.

  Fios desfiados, alguns caíam sob seus olhos amendoados, um pecado a meu ver ser privado de observar tão belos orbes. Estava com uma calça escura que evidenciava apenas algumas partes de suas pernas bem torneadas. Sua camisa clara encontrava-se com alguns botões abertos, revelando parte de seu tronco juvenil. Subindo um pouco mais aquele pescoço tão igual ao dela, sua pele tão alva que nem os raios solares ousam tocá-la. Diante de tão perfeita criatura permaneci imóvel a analisá-lo.

  - Não sei como você consegue - Pronunciou rompendo o silêncio que habitava o local. - A dor que habita meu ser irá me consumir por completo. Às vezes me pego pensando, como você consegue suportá-la?

  - Nada que o tempo não cure. - Disse sendo direto. Essa é a única verdade, o tempo é o que cura todos os males. Agora ele começa a girar o objeto em sua mão.

  - Você não se a..arrepende? - Falou tentando medir suas palavras.

  - Não. Fiz o que pensei que deveria ser feito. - O silencio volta a reinar o ambiente, então resolvo adentrar ao local, talvez assim conhecer um pouco mais sobre "meu sobrinho". Mais ao canto observo o tabuleiro de xadrez, estava faltando uma peça no tabuleiro, a rainha que estava na mão de Kaname. Observando mais atentamente, não entendo muito sobre xadrez mais do pouco que compreendo não havia mais jogadas possíveis, o rei estava em xeque. Volto a fita-lo, sem me dar conta estou a um passo de distância dele.

  - O que você sentiu quando ela partiu? - Continuou a olhar para o nada.

 - Me senti aliviado, se eu não a tivesse ninguém mais a teria. O amor é egoísta e destrói quem o tem, eu apenas fui mais uma vitima dele... - Disse sentando ao seu lado. Nesse momento estava encarando seu pescoço. A luz do luar o deixava ainda mais belo se isso fosse possível, assim como deixava minha doce Juuri. Eu o teria de qualquer forma. - ...assim como você. - Sussurrei esta ultima frase em seu ouvido. Senti seu corpo retesar e em seguida se arrepiar por inteiro, então ele me encarou. - Você sentia que havia algo mais forte que viria a nos unir, mais do que uma relação mestre e servo.

 - A dor, o sofrimento, a agonia de sobreviver sem viver? - Parece que ele pensou bastante sobre isso.

  - ... - Fiquei mudo por alguns instantes, os segundos escutando sua voz me faziam delirar.

  - Estou a cada dia mais próximo do daquilo que não queria me tornar. - Continuou.

  - Você está próximo do que você realmente é. - Proferi. A verdade está em sua frente e você se recusa a vê-la.

  - Não, não serei assim. - Nesse momento as palavras saiam cuspidas de sua boca.

  - Agora você tem um motivo pra viver. - Disse impensadamente, fazendo-o assustar-se com tal afirmação. "Acho que ele esqueceu-se de minhas promessas proferidas diante de seu caixão".

  - E que motivo seria este? - Disse indo pra ponta do pequeno sofá.

  - Você está olhando para ele. - Disse convicto que ele se renderia aos seus instintos. - Não tente negar, não é o que seu corpo está dizendo. - Tomei seus lábios, unindo-os em um beijo suave e quente ao mesmo tempo. Minha mão que encontrava em seu braço subiu lentamente para sua cerviz, pra fazer carinho no mesmo, enquanto com minha outra mão juntei seu corpo ao meu. o ar se fez necessário então o beijo foi rompido. Kaname me olhava com um misto de surpresa e ira tão conhecida por mim. As palavras saíam de minha boca como se tivessem vontade própria, não conseguia medir meus atos. Estava completamente atraído por ele.

  - Não ouse con... - Pousei meu dedo sob seus lábios interpondo que prosseguisse com aquela afirmação - Você fica mais lindo de boca fechada. - Digo retirando meu dedo de seus lábios. Não sei se conseguiria ir até o fim com isto. Seus olhos me hipnotizavam. As bocas ainda grudadas em um beijo que de tempos em tempos necessitava de ar, permitindo assim que, seus lábios tivessem disponibilidade de aventurarem-se também por seu pescoço e toda a região alcançável.

(Kaname's P.O.V)

  Ele estava deitado em cima de mim, cuidando para não soltar o peso de seu corpo sob o meu. Seus olhos correram por todo meu corpo com uma expressão quase abobalhada e se prenderam em meu rosto dando lugar a um enorme sorriso que mesclava entre o nervosismo e a malicia, provavelmente algo muito semelhante ao que eu estampava. Suas mãos me apertavam e seus lábios molhados iam de encontro a minha pele diversas vezes, ora próximo ao queixo, ora chegava a extensão de minha clavícula, permitia que sua língua deslizasse macia por minha pele, escolhendo seus próprios caminhos e sempre os fazendo de volta com ainda mais desejo, e eu me deixava perder em sensações.

(Rido's P.O.V)

  Então fito seus olhos mais uma vez e vejo os olhos dela*, deixo me entregar por meus sentimentos. Mordi seu pescoço, mergulhando em sensações de puro prazer. "Se não for minha não será de mais ninguém" *. Aquela maldita voz ecoando em minha mente, volta trazendo aqueles pensamentos que destruíram minha existência. Rasgo o seu peito, retirando o que ainda lhe mantia vivo. Seu coração. Então ele encara meus olhos e diz:

 - Obrigado! - Vejo seu corpo desaparecer de meus braços lentamente, tornando-se apenas cinzas, simples cinzas. E senti uma estranha vontade de chorar, não lágrimas de tristeza, mas sim de alivio.

Eu pude ver o sol desaparecer do seu rosto, dos seus olhos, da sua vida. (8)


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Notas finais do capítulo

Ele estava se referindo a Juuri. Aber was scheissen.
Qualquer erro me comuniquem decidi não revisar senão não iria ter coragem de postar.
Obrigado a quem leu
Küss.



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