Moon Crying escrita por Metamorphosis


Capítulo 1
One-Shot


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal!
Estou aqui com a minha primeira One-shot... então se tiver algum erro pode me fuzilar ou apenas dê uma sugestão para que eu a melhore.
Por favor, leiam as notas finais...
Boa leitura.



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Moon Crying

 

 

 

 

 

Eu estou na estrada
Costumava a caminhar com você
Caminhando abaixo da lua
Enquanto cantava uma triste melodia

 

 

 

 

 

Era mais um dia que começava para todos. Os raios de sol entravam pela janela juntamente com uma pequena brisa que sacolejavam as cortinas brancas do quarto em questão assim como faziam aos fios avermelhados do rapaz que ainda dormia na cama. Incomodado com a luminosidade que tomava conta do ambiente, se remexeu para o outro lado da cama, esticando o braço para o espaço vazio ao seu lado pousando sua mão sobre o lençol resmungando.

 

_ Koi! Fecha a janela e a cortina! – pediu ainda de olhos fechados, não obtendo qualquer tipo de resposta. Sua mão apertou o lençol, em fim, percebendo a falta de algo, ou alguém ali.

 

O Ruivo, então, levou sua mão de encontro ao rosto; esfregando, com as costas da mesma, em seus olhos. Os abriu com certa preguiça avistando, primeiramente, borrões para depois conseguindo avistar a paisagem de seu quarto vazio.

 

_ Ah! Tinha me esquecido. – Takanori murmurou para si mesmo tomando para si um esboço tristonho para sua face. Apoiou as mãos sobre a cama e inclinou o tronco para trás no intuito de que tudo não tivesse passado de um sonho – ou pesadelo – e a pessoa que mais queria ver, saísse de dentro do banheiro com uma toalha sobre a cabeça, como estava acostumado.

 

Dando-se por vencido, levantou-se da cama com o corpo coberto apenas por uma bermuda. Passou pelo corredor indo para a cozinha. Forçou-se a tomar o café, em seguida tomou um banho, colocando uma roupa mais quente, saindo do apartamento em seguida.

 

 

 

 

 

Eu não queria colocar essa expressão no teu rosto
Embora tenha te amado
Eu fiz você ficar triste
E prantos rolaram aquele dia

 

 

 

 

 

Dirigia seu carro há horas em busca de um destino final, mas nada, para ele, lhe era mais interessante do que o abraço apertado de seu amado. Era tão aconchegante, tão quente e acolhedor, mas em apenas uma frase que saiu na pior hora, acabou com toda a felicidade que planejavam construir juntos. O Havia magoado e havia si magoado, por uma besteira fora de hora.

 

_ Kai! Por que você sempre tem me ouvir quando não deve? – indagou ao ar, olhando para a rua por seu pára-brisa.

 

Seus olhos embaçaram e em um movimento rápido, levou o carro para o encosto de uma calçada, estacionando rapidamente o veiculo. Desligou o que pode, debruçou-se sobre o volante e desmanchou em um choro copioso. As pessoas passavam ao lado do carro escutando os soluços altos de Takanori ecoar pelo veiculo. Logo, em um surto de revolta e remorso, o ruivo desferira um soco no volante acionando a buzina, assustando quem quer que passe ao lado do veículo.

 

~|Flash Back: POV Takanori|~

 

Eu não entendia o porquê de aquela discussão ridícula tinha começado, mas – do nada – ela começou no meio da cozinha da casa dos meus pais. Kai estava fazendo o jantar, já que minha mãe não tinha mais condições físicas para tal. A brutalidade e a ironia da conversa começaram após o abraço caloroso e cheio de melindres de meu irmão mais velho e de Kai. Sim, Yutaka é fofo, ainda mais quando sorri exibindo aquelas covinhas. Mas isso não dava o direito de meu irmão ficar se engraçando todo para o lado do Kai, ainda mais sabendo que estávamos juntos.

 

_ Não entendo por que toda essa sua raiva, Taka! Seu irmão só meu deu um simples abraço! – disse ele elevando o tom de voz enquanto mexia na panela com uma colher de madeira. – Sua implicância com isso é difícil de entender.

 

_ Difícil de entender? – perguntei indignado. Levantei da cadeira onde estava, fui até ele, tirei sua mão da colher, o virei e o olhei nos olhos. – Você sabe por que não gosto que ele se aproxime de você! Por que não me escuta quando digo que ele me roubava qualquer namorado, ou namorada, que tive antes de você?

 

_ Takanori, está me machucando! – disse se desencilhando de mim e se afastando em poucos passos. – O que deu em você?

 

_ O que deu em mim? – retruquei elevando mais meu tom de voz e o encarando. – O que deu em mim foi o simples fato de ver você todo excitado só com um abraço do meu irmão! Se quiser me largar pra ficar com ele, não fica fazendo joguinho, termina logo comigo e corre para os braços dele!

 

_ Olhe aqui, Matsumoto Takanori! Eu não sou desse tipo de pessoa! Eu estou namorando você por que gosto de você, mas se for para acontecer isso toda vez que viermos à casa de seus pais para uma reunião de família eu prefiro não mais ter nada com você! – Ele falou com os olhos tão marejados e com um tom de voz que demonstrava toda a sua raiva que sentia de mim. Ele tirou o avental que estava amarrado em seu corpo, jogou sobre o balcão, em seguida tirou a aliança que oficializava nosso relacionamento, jogou em mim e saiu da cozinha. Em seguida pude ouvir o barulho da porta da frente da casa sendo aberta e fechada logo em seguida enquanto que eu apenas me mantive atônito com a atitude dele.

 

 

~|Fim do Flash Back: POV Takanori|~

 

Takanori ainda chorava dentro de seu carro estacionado a frente daquele restaurante, mas não da mesma maneira que antes. Apenas encarava o volante sentindo as lágrimas brotarem naturalmente por seus olhos e escorrerem por seu rosto alvo e rechonchudo.

 

 

 

 

Não posso te contar o quanto
Eu quero te ver, não importando o quanto eu tente

 

 

 

 

 

Quando percebeu que ainda estava parado dentro do carro, levou suas mãos ao rosto na tentativa de enxugar as insistentes lágrimas que escorriam por seu rosto. Quando, por fim, conseguiu cessar o choro, levantou sua cabeça para avistar o local que estava; reconhecendo o restaurante no qual tinha estacionado seu carro à frente. Uma coincidência tão incomum para o que estava acostumado a fazer, e por fim concluiu que seu coração tinha tomado posse dos movimentos de seu corpo e o levou de encontro ao local de trabalho de seu amado.

 

Mas... Como faria para falar com Kai? O Moreno era o cozinheiro do restaurante e não poderia parar seus afazeres só para atendê-lo, ainda mais ele. Não, isso não o impediu outras vezes, Kai sempre deu um jeito de se afastar do serviço, nem que fosse por meia hora. Como iria encará-lo? O que falaria? Como agiria? Como Kai reagiria ao saber que ele estava ali? 

 

 



 

 

Pensei que você era só
Se eu tivesse "percebido”
Se eu tivesse sido capaz de "levemente estender minha mão”
Então a "cordialidade" e o "tempo”
Seriam "horas", certo?

 

 

 

 

 

Na noite daquele mesmo dia, Takanori foi para o endereço que julgava ser a casa de Kai. Apertou a campainha freneticamente demonstrando todo o seu nervosismo, escutando em seguida um grito de “Já vou” ecoar do interior da casa. Era ele. Ele não fez questão de mudar de endereço só para que não o reencontrasse. Talvez tivesse uma nova chance de se redimir; talvez tudo pudesse ser como antes da discussão ou até mesmo melhor.

 

A porta se abriu com Kai sorrindo, mas seu sorriso foi se desmanchando gradativamente ao ver o ruivo a sua frente o encarando, com o rosto corado e sem graça. Ficaram se encarando por um tempo, seus olhos conectaram-se de tal forma que pareciam tentar ler a mente um do outro. Os olhos castanhos de Kai brilhavam, mas não deixavam de expressar a surpresa que sentiu ao ver Takanori a sua frente. Os olhos castanhos de Takanori não ficavam longe no quesito brilho. Como Kai podia continuar lindo depois de tudo o que aconteceu com eles? Isso, certamente, fazia com que o ruivo se sentisse ainda mais culpado em relação à discussão.

 

Seus olhos ainda estavam conectados quando os dois sentiram uma brisa leve abatê-los e tirá-los de seus pensamentos, cada um olhou para um lado, com suas fazer rosadas. Takanori então percebendo a deixa, colocou-se firme, olhou para Kai novamente e esboçou o sorriso mais doce que pode fazer.

 

_ Podemos conversar? – perguntou logo de uma vez, vendo Kai sorrir um pouco acanhado e dando passagem para que o ruivo entrasse na casa.

 

Entraram na casa juntos, sentaram-se cada um em um ponto da sala, Takanori sentado no sofá a frente de Kai e o moreno sentado a frente do ruivo em uma poltrona. Encararam-se corados novamente até que Kai quebra o silêncio desta vez.

 

 

 

 

 

Se essas palavras chegarão até você
Quero pensar em você quando cantar

 

 

 

 

 

_ O que queria conversar comigo? – indagou encarando Ruki.

 

_ Bom... Eu... – gaguejou o menor enquanto que sentia o tremor em suas mãos e pernas. – Eu queria... Saber... Saber como você está! Ver você e... Pedir-te para voltar para casa!

 

_ Voltar para casa? – indagou o moreno encarando o ruivo a sua frente. – Você é muito esquisito, Taka. Você briga comigo, me joga para fora da sua vida e do nada quer que eu volte... Qual é a sua?

 

_ Eu... Eu sei que... Que o que eu fiz ou o que eu falei foi errado, e, se eu tivesse ficado quieto, estaríamos juntos ainda, mas... Mas eu... Eu só estava querendo defender nosso namoro! – explicou.

 

_ Que bela forma de defender! – ironizou Kai recostando no encosto da poltrona e cruzando os braços pela frente de seu peito. – Desculpe, mas vou recusar!

 

O moreno viu o ruivo criar uma expressão decepcionada em seu rosto fazendo o coração de Kai apertar ainda mais do que já estava. Sentiu uma vontade enorme de dizer que esqueceria tudo, se jogaria nos braços de seu chibi e voltariam naquele exato momento para a casa em que moravam; mas o que Takanori lhe falou na casa de seus sogros o havia machucado, o havia magoado; precisava se reencontrar para depois saber o que fazer.

 

_ Entenda, Takanori! Eu preciso de um tempo! Tudo foi muito recente! – falou Kai enquanto via o ruivo se levantar do sofá.

 

_ Eu sei! Desculpa! Eu... Eu vou te deixar em paz! – finalizou o ruivo pondo-se a caminhar na direção da porta, abrindo-a e fechando-a em seguida.

 

 

 



Essa noite, eu percebi mais uma vez
Que ainda estou apaixonado por você...


 

 



Yutaka não sabia mais o que fazer. Seus olhos embaçaram, seu nariz ficava vermelho e formigava; logo as lágrimas apareceram seguidas dos soluços fortes. Chorou como havia chorado no dia em que brigaram; chorou vendo a pessoa que mais amou se distanciar cada vez mais sem ao menos ter noção do quanto ela lhe fazia falta. Não fazia nem duas semanas que tinham terminado e só o fato de saber que, ao acordar não mais veria aquele rosto rechonchudo sorrir para ti ou não receberia aquele abraço cheio de carinho quando estivesse cozinhando, já era uma tortura.

 

_ Por que teve que dizer aquilo seu idiota? – falou Yutaka levando seus joelhos de encontro ao seu tronco, os abraçando forte e enterrando o rosto, molhado pelas lágrimas, no mesmo.

 

Como queria correr de encontro ao seu ruivo e dizer-lhe o quanto ainda o amava, o quanto o queria por perto; uma atitude que seria muito difícil de ser realizada, visando que seu orgulho ferido não o deixaria mover um músculo. A única coisa que poderia fazer agora era chorar tudo o que queria chorar e dar um tempo para si mesmo.

 

O Moreno levantou-se de sua poltrona, caminhou de encontrou em passos lentos até a janela de sua sala que dava para a rua, afastou calmamente a cortina da janela para poder ver o que se passava no lado de fora de sua casa e viu o que menos queria ver. Takanori ainda estava lá, mas não olhava para a casa. O Ruivo debruçou-se na lateral do veiculo e desabou a chorar mais do que seu corpo poderia. Não conseguiria voltar para casa, àquela hora da noite, morrendo de vontade de chorar e com o risco de atropelar alguém ou de sofrer um acidente. Estava ali desde que terminou sua pequena e inútil conversa com Yutaka.

 

 

 

 


Se eu tivesse "Percebido"

Se eu tivesse sido capaz de "suavemente estender a minha mão"

Então o "Calor" e o "Tempo"

Teriam sido "nosso", certo?

 

 

 


Takanori estava em um verdadeiro desespero, sua vida, para si, não tinha mais qualquer sentido. Queria gritar, já que as lágrimas não lhe ajudavam mais, mas o nó que tinha em sua garganta não o ajudava. No trabalho já fora chamado a atenção várias vezes por não conseguir prestar atenção no que fazia e por em risco o próprio emprego que ralou tanto para conseguir; tudo por que não conseguia tirar Yutaka de sua mente. Tudo estava fugindo ao seu controle, não se alimentava direito, não trabalhava direito, não prestava mais tanta atenção em nada; preocupando a sua família e amigos, mas nada lhe tinha mais sentido.

 

_ Cara, o que você tem? – indagou o moreno sentado em uma cadeira estofada na frente da mesa de Takanori. Mas o mesmo não respondeu, continuou a olhar para o monitor de seu computador como se ali buscasse o alivio para o seu coração. – Está com uma cara péssima!

 

_ Não me diga que está ainda assim por causa dele? – falou um rapaz loiro e de faixa tampando-lhe o nariz que estava sentado em outra cadeira ao lado do moreno. – Cara, já faz três semanas desde que nos contou daquela conversa que teve com o Kai, por que não vai falar com ele?

 

_ Não é tão simples, Akira! – falou quando finalmente voltou seu olhar para os rapazes a sua frente. – Ele quer um tempo e eu estou dando isso a ele! Eu devia estar me preocupado com outras coisas, mas a única coisa que consigo fazer é lembrar a discussão e sofrer ainda mais.

 

_ Você tem que conversar novamente com ele, ou nunca que vai sair desse martírio em que se enfiou!  - Falou o moreno enquanto que ajeitava seu palito.

 

_ Para você, falar é fácil, Yuu! – começou Takanori debruçando-se sobre a mesa e escondendo seu rosto por entre seus braços. – Vai ser difícil para mim... Quero dizer tudo o que eu tenho que dizer, mas quando o vejo a minha frente, eu simplesmente travo. Sem falar o medo de... De que ele já tenha outro alguém para me substituir.

 

_ Pare de ser idiota! Todo mundo sabe que vocês se amam, e não devia ser uma discussão que afetaria o relacionamento de vocês! – ponderou Yuu levantando-se da cadeira e pondo-se a caminhar a passos lentos na direção de Takanori.

 

_ Yuu tem razão! – concordou Akira também se levantando de sua cadeira, mas ficando parado o frente da mesma vendo a movimentação do moreno. – Você já deu o tempo que pode agüentar esperar, tem que ir falar com ele.

 

Yuu andou até o lado da cadeira de Takanori e alisou sua cabeça, enroscando seus dedos nos fios avermelhados do rapaz, o fazendo levantar os olhos lentamente para enxergar o amigo que lhe acariciava e sorria, tentando transmitir todo apoio que ele tinha. O pequeno, em um impulso, levantou-se rapidamente de sua cadeira e abraçou forte o maior que não recusou o afeto do amigo, o abraçando também, sem deixar de acariciar-lhe os cabelos.

 

_ Vai falar com ele, agora. – falou Yuu em seguida despejava um beijo no topo da cabeça de Takanori, sussurrando logo em seguida. – Qualquer coisa liga para mim ou para o Akira.

 

 

 

 


Se eu pudesse voltar a esse dia
Isso seria tudo que eu precisaria
Hoje à noite eu percebi uma coisa, mais uma vez
Que eu ainda estou apaixonado por você...
 

 

 

 

 


Takanori entrou em seu carro, atravessou quase toda a cidade até parar o veículo a frente da casa de Yutaka. O moreno já havia voltado do restaurante, afinal já era tarde da noite, mas o moreno permanecia acordado. Ele, assim como Takanori, não conseguia viver normalmente. Os pratos que cozinhava no restaurante só saiam certos, pois o moreno tinha um assistente que lhe ajudava, mas se não fosse por isso, Kai já teria perdido seu emprego.

 

O moreno estava sentado na sala zapeando de canal em sua televisão, já que nada lhe interessava. Até que ouviu a campainha. Obviamente, ao sabia quem era, e nem desconfiava de quem fosse pelo horário que era. Levantou-se do sofá, caminhou até a porta a abrindo assim que a alcançara. Ao abri-la, sentiu seu coração apertar fortemente ao ver aquele ruivo a sua frente, tentando sorrir para o maior.

 

_ Taka... – sussurrou olhando nos olhos de Takanori.

 

_ Eu sei que é tarde e que eu deveria ter esperado até amanhã, mas... – começou o ruivo ficando cabisbaixo na tentativa de tomar coragem para falar novamente, logo levantou sua cabeça, encarando Yutaka seriamente. – Mas eu não agüento mais ficar sem você!

 

Kai não conseguia falar nada, sua expressão era de pura surpresa. A única coisa que pode fazer foi dar passagem para que Takanori entrasse em sua casa para que conversassem sem qualquer interferência de seus vizinhos. Os dois alcançaram a sala e se sentaram da mesma maneira que fizeram na última conversa que tiveram; Kai sentado na poltrona na frente de Takanori e o ruivo sentado no sofá de frente para o moreno.

 

 

 

 


Essa noite, eu quero olhar para o vasto céu
E andar junto com meu amado
Para aquele lugar onde a lua brilha.
Eu quero sempre, sempre estar ao seu lado


 

 

 


Takanori abaixou sua cabeça, respirou fundo com seus olhos fechados e, em fim, levantou sua cabeça pondo-se a encarar Kai que o observava apreensivo.

 

_ Eu... Errei! Errei feio com você! – começou o ruivo enquanto que seus dedos de sua mão direita brincavam com a manga de sua camiseta branca social. – Falei o que não devia e acabei te magoando, sem pensar nas conseqüências e no sofrimento que passaríamos separados.

 

Takanori fizera uma pausa, cabisbaixo, para recuperar o ar que lhe faltava com aquela luta interna com seus sentimentos na tentativa de se manter firme para conversarem sem soltar uma lágrima se quer. Yutaka sorriu enquanto segurava suas lágrimas, aproveitando que Takanori não o encarava. Levou uma de suas mãos ao seu rosto, limpando as teimosas lágrimas que insistiram em sair de seus orbes castanhos.

 

_ Estou aqui... Para... Para lhe pedir desculpas! Para te dizer que eu fui um grande idiota, apesar de você já saber disso! – falou Takanori levantando sua cabeça e rindo baixinho junto a Yutaka. – Mais... Mais eu vim aqui, principalmente, para te pedir que volte... Minha vida não tem mais sentido sem você...

 

Yutaka não conseguiu resistir mais na luta com as lágrimas e foi vencido por elas. O moreno se levantou de sua poltrona chorando, sentou-se ao lado de Takanori e o abraçou fortemente, tendo seu ato correspondido da mesma maneira. Choraram juntos, abraçados um ao outro.

 

Instantes depois, Takanori se afastou um pouco do corpo de Kai, levando suas mãos ao rosto e enxugando suas lágrimas com as costas da mesma. Voltou a encarar Yutaka que sorria para ele exibindo seu par de covinhas que tanto sentiu falta. Levou uma de suas mãos até o rosto do moreno, o acariciando enquanto que a covinhas iam desaparecendo lentamente e as bochechas do rapaz ficar rosadas. Seus rostos se aproximavam vagarosamente, no mesmo ritmo em que seus olhos se fechavam. Sentiam suas respirações, descompassadas, encontrarem-se para em fim chegar o encontro de seus lábios, selando-se. Era um simples beijo que se iniciava, mas que significava muito para ambas as partes.

 

Enquanto um acariciava o rosto do outro, Takanori passa sua língua sobre os lábios de Kai que, aos poucos, os foi entre abrindo dando passagem para a língua do ruivo e permissão para que o beijo se aprofundasse. Uma das mãos do moreno escorregou do rosto para a nuca de Takanori, dando a entender que o que mais necessitava era sentir o gosto do beijo de seu amado.

 

Suas línguas se encontraram e as mesmas massageavam uma a outra de uma forma calma e carinhosa. Estavam necessitados do amor um do outro, mas decidiram manter um beijo terno que ao mesmo tempo era necessitado. Takanori deslizou suas mãos para de encontro à cintura de Kai, o puxando para mais perto de seu corpo, o abraçando forte. Yutaka, por sua vez, passou seus braços pelo pescoço do ruivo, aprofundando ainda mais o beijo.

 

 

 

 


Segure minha mão e nunca a solte...

 

 

 

 

 

Enquanto ainda se beijavam, a mão direita de Takanori se soltou do corpo e Yutaka, passando a acariciar o tronco do moreno, seguindo para o braço esquerdo e chegando a mão esquerda do outro, desprendendo-a da outra mão. Suas mãos entrelaçaram-se pousadas sobre o colo de Takanori enquanto que o beijo era encerrado por necessitarem de ar. Seus olhos se abriram, brilhavam tanto quanto a lua no céu aquela noite e se conectaram. Sorriram ao perceberem o quão próximos estavam um do outro.

 

_ Posso te pedir uma coisa? – perguntou o ruivo em um sussurro que foi mais do que necessário para que Kai o escutasse.

 

_ Pode! – respondeu o moreno, também em um sussurro.

 

_ Nunca mais solte minha mão! – pediu Takanori ainda segurando a mão esquerda de Yutaka e a acariciando com o polegar e assistindo a própria caricia, sendo imitado por Kai. – Sem segurar-te a mão, me sinto sozinho e perdido, visando tantos caminhos e não saber para onde ir. – voltou a olhar para Kai.

 

_ Pode deixar! Não soltarei mais sua mão! – disse enquanto apertava um pouco sua mão de encontro com a do ruivo. – Sem você também me sinto perdido. Você é tudo o que eu preciso para ser feliz.

 

Naquela noite de lua cheia, com poucas nuvens em torno do majestoso satélite terrestre, uma chuva calma começara a tomar conta da cidade enquanto que aquele casal se amava no quarto daquela pequena casa acinzentada. Suas vidas foram colocadas a prova e não souberam lidar com a pressão, mas ao receberem uma segunda chance, conseguiram consertar seus erros para, em fim, poderem viver juntos.

 

 

Fim


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Notas finais do capítulo

E então? Gostaram?
Eu gostei, chorei pakas enquanto escrevia e achei que iriam gostar...
o/ Primeiro RukixKai que eu escrevo...
Para quem não sabe, a música é Moon Crying da Koda Kumi que titula a fanfic. Foi nela que me inspirei em fazer a historia e espero que tenham gostado.
Por favor...
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