Turnabout Land escrita por Kotomi


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

---se precisar eu edito depois *preguica* u__u lembrete a mim "pegar o resto dos caps com o DH para por aki"



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Novamente, o caos se instalou na corte. Ninguém conseguia deixar de comentar o quão absurda era a nova testemunha. Um programa de computador, depondo num Tribunal de Justiça? Ninguém era capaz de acreditar nisso!

- Ordem! Ordem! – gritou o juiz, batendo seu martelo freneticamente – Eu terei ordem!

Demorou algum tempo, mas os berros do Juiz eventualmente tiveram algum efeito. A corte acalmou-se.

- Sr. Wright – disse o Juiz, rouco – Eu compreendo a situação, mas convocar um programa de computador para depor... Isso é loucura!

- Meritíssimo – eu respondi – Abra, o bot que habita esse notebook, clama ter visto algo que ninguém mais viu a respeito do assassinato. Pelo menos, foi isso que o Sr. Shinji me informou ontem.

- Sr. Shinji – disse o Juiz – O que o Sr. Wright diz é a verdade?

- Sim, é – ele respondeu, levantando-se – Abra me disse que queria entrar para a história, sendo o primeiro notebook a depor num tribunal.

Nesse momento, o notebook começou a saltitar. Uma mensagem apareceu em sua tela.

- e quem vai falar o q eu vi sou eu mesmo, uai – dizia a mensagem – se eh assim com pessoas, pq naum com bots?

- Sr. Edgeworth – disse o Juiz – E qual sua opinião sobre esta testemunha?

- Definitivamente é uma testemunha fora do comum, Meritíssimo. – respondeu o promotor, de braços cruzados – Mas ele é a nossa única esperança de descobrir a verdade por trás deste caso. Eu digo que deveríamos, no mínimo, tentar escutá-lo.

- Nesse caso, - anunciou o Juiz – declaro um intervalo de vinte minutos, para que a promotoria prepare esta testemunha.Corte dispensada!

O Juiz bateu seu martelo uma só vez. Eu, Mia e Deagá nos reunimos em uma das salas de espera. Nós também tínhamos de nos preparar para o que Abra viria a dizer em seu depoimento.

- Muito bem, Phoenix. – minha mentora disse – Você viu uma pequena chance de salvar seu cliente a aproveitou ao máximo. Estou orgulhosa.

- Mas ainda não acabou, não é? – eu retruquei – Nós não fazemos a menor idéia do que Abra dirá à corte.

- Será mesmo? – ela respondeu – Se você acredita na inocência do seu cliente e Abra disser a verdade, Phoenix...

- As duas versões serão muito similares. Ou isso, ou haverá contradições no que Abra disser.

- Exatamente. Se você quiser se preparar para o que Abra possivelmente diga, você tem apenas...

- Que falar com meu cliente.

Mia sorriu e fez que sim com a cabeça. Acho que ela estava feliz por ver meu progresso como advogado após todos esses anos. E também, não é como se faltasse motivos para eu conversar com Deagá: eu precisava descobrir o que diabos as impressões digitais dele estavam fazendo na arma do crime.

- Deagá, posso lhe fazer algumas perguntas? – eu disse.

- Sim, claro. – meu cliente respondeu, com sua mão esquerda em sua cabeça.

- Primeiro, a pergunta mais importante sobre este caso. Eu preciso que você me responda a verdade. Entendido?

- Certo.

- Como suas impressões digitais apareceram na arma do crime?

- Eu não faço idéia. Não me lembro de ter encostado em nenhuma arma como aquela em toda minha vida.

Para qualquer pessoa normal, Deagá pareceria um tremendo mentiroso agora. Clamando numa ter tocado numa arma que tinha suas impressões digitais? Mas elas provam que ele a tocou!

A diferença é que, por um certo motivo, eu dificilmente poderia ser chamado de “normal”. Esse motivo era meu Magatama: se Deagá mentisse, eu deveria conseguir ver suas Psyche-Locks. Mas nenhum cadeado apareceu; ele realmente não se lembrava de ter tocado aquele o revólver! E, ainda assim, suas impressões digitais foram parar lá. Esse era outro mistério que eu teria de resolver.

- Certo. Agora você poderia, por favor, me dizer mais uma vez o que aconteceu naquela noite?

- Ah, eu basicamente recebi aquela mensagem privada, fui até o tópico, encontrei GBcrazy e... AAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHH! – ele gritou, agora botando também sua mão direita em sua cabeça.

- O que foi?! – eu perguntei – Você se lembrou de algo?

- Quando aquele Detetive disse que eu fiquei inconsciente por falta de oxigênio, ele estava tão enganado quanto alguém que manda Blissey contra Alakazam, apenas para tomar Trick em seguida!

- Erm, sim?

- Na verdade, eu tomei uma pancada na cabeça, como um Focus Punch, e depois... Eu só lembro de acordar sendo levado para o Centro de Detenção.

- E por que você não me contou isso ontem?

- Eu estava tão ocupado pensando no próprio assassinato, que me esqueci disso, que aconteceu pouco após ele. – meu cliente respondeu – Peço desculpas.

- Então o assassino, além de matar GBcrazy, te deixou inconsciente. Ele teria muito tempo para fazer o que quisesse nesse período... AAAAAAAAAAAAAAHHHHHHH! – eu gritei, com meu queixo desabando. Agora esse caso estava começando a fazer algum sentido!

- Sr. Wright! O que foi?!

- Ele teria tempo até mesmo para... Encostar a arma do crime em suas mãos, Deagá. Deixando suas impressões digitais nela!

- Agora eu entendo por que falam tão bem de você, Sr. Wright. – ele disse, sorrindo – Essa dedução faz tanto sentido quanto usar Gliscor para counterar Heraross!

Eu não fazia a menor idéia do que aquilo queria dizer, mas entendia a felicidade do meu cliente. Finalmente, estávamos conseguindo virar este caso a nosso favor. Se o assassino realmente “forjou” as impressões digitais daquela forma e Abra viu o crime... Ele teria visto isso também! Eu tenho certeza!

É uma pena, porém, que aquela atmosfera alegre tenha durado apenas alguns segundos. Deagá imediatamente me olhou com uma expressão muito séria. Até aquele momento, eu imaginava que ele fosse capaz de tamanho grau de seriedade.

- Agora que já respondi suas perguntas, Sr. Wright – ele disse – Eu gostaria de fazer as minhas próprias.

- Claro. – eu respondi – Sinta-se à vontade para me perg...

- Elas não são para você. – ele respondeu – São para sua amiguinha, Maya Fey. – ele disse, virando-se para Mia – Aliás, esse nem ao menos é seu nome verdadeiro, é?

- Mas é claro que é, Deagá! – Mia respondeu, com uma voz infantil.

Mais uma vez, encontrei Psyche-Lock neste caso. Mas não havia por que me preocupar; Mia estava mentindo sua identidade apenas para não confundir meu cliente com toda aquela história de incorporação de espíritos. Os dois cadeados que guardavam o segredo de Mia eram cadeados que eu não precisaria quebrar.

- Não... – ele disse, desviando seu olhar para o chão – Você não é a Maya. Você é... – ele ergueu a cabeça e olhou direto nos olhos de Mia – Mia Fey!

O QUÊ?! O primeiro dos dois cadeados de Mia foi quebrado por essa afirmação. Mas mais assustador era o simples fato de Deagá conhecer Mia. Onde eles poderiam ter se encontrado?

- Mia era minha irmã mais velha. – minha mentora respondeu – Acho que você está apenas me confundindo com ela.

- Eu nunca confundiria esse seu rosto com o de ninguém, Mia Fey. – agora, o tom de voz de Deagá alternava entre raiva e tristeza – Não depois daquele caso... Não depois do Incidente BF-4!

Eu fiquei boquiaberto... Aquilo era inacreditável. Deagá havia quebrado a segunda Psyche-Lock de Mia. Mas por que apenas citar “Incidente BF-4” foi o bastante para isso? O que era esse incidente e qual era a relação dele com Mia e Deagá?!

- Não há por que eu continuar a esconder isto... – ela disse – Você ainda se lembra... Sim, eu sou Mia Fey.

- Srta. Fey – meu cliente disse – Eu não faço idéia de o que você faz aqui, mas tenho um único pedido: deixa a minha defesa nas mãos de quem realmente for capaz. Não se meta.

Dito isso, meu cliente foi embora. Tudo isso não fazia o menor sentido... Eu não conseguia começar a imaginar algum tipo de sentido para o que acabara de ocorrer. Deagá, além de conhecer Mia, insultou sua capacidade como advogada! Mas Mia era provavelmente a melhor advogada de seu tempo... Como isso era possível?!

- Mia... – eu disse, hesitante – O que foi isso?!

- Ele esteve envolvido num caso que eu trabalhei 4 anos atrás... A polícia chamou esse caso de “Incidente BF-4”.

- Mas para Deagá ter reagido assim... Que tipo de caso foi esse?

- Um assassinato. Mas nada muito fora do comum.

Eu... Eu não podia acreditar...! Uma outra Psyche-Lock apareceu quando Mia disse essa frase. No total, cinco cadeados guardavam seu segredo. Eis o grande problema: esse era o maior tipo de Psyche-Lock que eu já havia visto... E era o tipo que sempre guardava os piores e mais assustadores assombrosos segredos. Esse Incidente BF-4... Que tipo de assassinato ele poderia ser?!

Mas não havia tempo para pensar nisso. O intervalo havia terminado. Agora, eu podia ter uma única preocupação: provar a inocência de Deagá!


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