Forbidden Love escrita por carol_teles


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Galeraaaaaaa!!
Sofri uma crise de criatividade!!! Quase morri para escrever esse cap e ainda acho que está meio brega! Me desculpem!! Hontoni gomenasai!!! TT_TT
Mas por favor leiam e deixem reviews! Se estiver ruim, podem me xingar e dizer que está uma droga. Mas deixem conselhos de como melhorar por favor!!
Se vocês gostarem, digam também. Porque sinceramente, eu não sei o que pensar.
Obrigado a todos que estão lendo!! E um dia, acreditem, eu vou dominar o mundo com Skip-beat!

SKIP-BEAT!!! Dominação mundial!!! *risada maligna*
*levapedrada*



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No próximo dia, exatamente ás 8 da noite, Kyoko estava sentado, na sala da seção Love Me, olhando para o Script em suas mãos. Com certeza era uma ótima história. E ela realmente se relacionou com a personagem. Mas de alguma forma, ela estava hesitante em aceitar o papel. Ela já havia feito vários romances, mas nenhum deles tinha tanta intensidade no amor demonstrado pelos personagens. O problema não eram as cenas de beijo, ou de abraço, mas sim o sentimento que estaria presente. Ela já tinha decifrado seu personagem e entendido muito bem os sentimentos dela, apenas não sabia se poderia interpretá-los direito. Ela não sabia o que era amar alguém que não se podia amar.

“Ren”

Ou ela sabia. Enquanto estava na América, Kyoko nunca pensou muito em seus sentimentos por Ren. Lógico, lembrou de seu querido sempai e muitas vezes usou os bonequinhos dele para se repreender, mas evitou restritamente pensar na descoberta que tinha feito antes de partir. Bom, pelo menos ela não teria que se preocupar muito em saber se Ren gostava dela do mesmo jeito ou não, já que ele admitiu para Bo já ter uma garota de quem gostava.

“Alguém que não consegue atuar, não é necessário no set”

- oko... Kyoko! – a garota é tirada de seus pensamentos.

- Hã? Moko-san?

- O que deu em você?

- Nada. Só viajei por um instante. O que está fazendo aqui?

- Ainda estou entalada nessa maldita seção, se lembra? Tenho trabalho a fazer.

- Eu vou te ajudar, Moko-san! – Kyoko se levanta animada e Kanae nem pensa duas vezes para aceitar. Ter uma ajudinha não era nada mal.

Enquanto Kanae limpava o chão, Kyoko ia colando pôsters de uma banda japonesa que havia acabado de fazer sua estréia, Ice Hearth.

- Sobre o que era o drama que o presidente falou ontem?

- Ah, isso. – Kyoko entra em depressão e Kanae se afasta alguns passos – Mokooo-saan – Kyoko fala com um voz de fantasma, assustando todos por perto – Como é amar alguém que não se pode amar?

- Há? O que é isso?

- Eu não sei o que fazer! Eu já fiz vários papeis românticos, mas nunca um que tivesse esse sentimento tão profundo!

- Espera, do que você ta falando?

- Moko-san, eu tenho que interpretar uma garota que ama alguém que não pode de maneira alguma amar essa pessoa.

- Por que?

- Por que é proibido!

- E daí? Apenas siga o script.

- Não é esse o problema. Eu não sei se vou conseguir mostrar todos os sentimentos dela. Amar alguém, mas não poder demonstrar nem desfrutar do amor.

- Isso é meio triste, não é?

- Eu sei!

- Mas se você ama essa pessoa tanto assim, não é o suficiente só ficar do lado dela?

- Agora que você disse...

- Espera, eu pensei que você amasse o Tsuruga-san. Não é um amor proibido pra você? – Kanae pergunta e Kyoko olha de olhos arregalados pra ela.

- HÀ?! Eu amar o Tsuruga-san?! Isso é impossível!

- Kyoko, olha pra você. Você está tremendo, suas mãos estão suando, daqui eu estou ouvindo seu coração e você está vermelha. É mais do que obvio.

- Moko-san... – Kyoko começa a chorar.

- Ah, o que? O que?

- Eu tentei! Tentei muito esquecer! Mas não consegui! O que eu faço?!!

- Mooo! Do que você está reclamando? Você sabe muito bem como é ter um amor proibido. Apenas use no set e pronto!

- Moko-san!!! Você é a melhor amiga que eu poderia ter! Mas eu nunca poderia usar o Tsuruga-san assim.

- Mooo, para com isso! Se você sabe como interpretar não tem do que reclamar, certo?! Apenas vai lá e seja você mesma.

- Moko-saaaan!

- Kyoko, eu vou dizer isso só uma vez, por isso, escute atentamente.

- Sim, sim!

- Você é uma atriz maravilhosa e de um jeito muito estranho, sempre consegue achar um jeito de interpretar o personagem perfeitamente. Além disso, você sabe perfeitamente como é amar alguém que não se pode amar, pelas suas palavras, então não tem do que reclamar.

- Moko-san!!! – Kyoko tenta abraçá-la ,mas é impedida – Você também é uma atriz maravilhosaaaa!!!

- Mooo, já entendi! – Kanae tinha o rosto um pouco vermelho pelo elogio.

- Você tem razão! Eu posso fazer isso!

- Esse é o espírito! Vai lá e acaba com eles!

- Moko-san, eu não posso fazer isso. Vai destruir o set. – Kyoko diz com um rosto inocente.

“Ai meu deus! Mesmo depois de dois anos ela não muda nada!”

- Esquece, ta?

- Obrigada, Moko-san! – Kyoko se despede e vai embora. Maria aparece de um lugar totalmente desconhecido.

- Você não gosta do Ren-sama, não é?

- Nem um pouco. – Kanae diz, sorrindo maliciosamente.

- Mas você já sabe dos sentimentos dele, não é?

- Com certeza. Só a Kyoko não sabe ainda. – Kanae suspira.

- E você não quer juntá-los?

- Talvez sim. Talvez não. Ele é uma falha no amor. E a Kyoko já sofreu demais. Não quero que ele a machuque mais.

- Mas Ren-sama nunca faria algo desse tipo.

- Você já viu ele quando perde o controle, certo? E só acontece quando ele está com a Kyoko.

- Sim. – Maria abaixa a cabeça, lembrando de quando Ren descobriu que Kyoko havia feito o PV de Shou, Prisioner.

- Mas talvez eles sejam perfeitos um para o outro.

- Você não está se contradizendo?

- Talvez. – Kanae ri maliciosamente. – Que tal nós darmos um empurrãozinho neles?

- Eu gosto da idéia. – Maria sorri maliciosamente.

- O que vocês estão fazendo? – elas escutam uma voz atrás delas e se viram, encontrando Yashiro, com a sobrancelha levantada.

- Perfeito! Você está nessa.

- Eh? O que?

- O grande plano “Vamos juntar Onee-chan e Ren-sama e fazê-los admitir que se amam!” – Maria diz fazendo uma pose confiante com chamas nos olhos.

- Estou dentro. Nem que eu gaste minha vida nisso, temos que fazê-los ficarem juntos! – Yashiro diz, também em chamas. Kanae olha para os dois e suspira.

“Onde é que eu fui me meter?”

 

No próximo dia Kyoko acorda mais cedo, já que teria o encontro com o resto do elenco do drama. Ela estava de alguma forma animada. E estava muito ansiosa para contar isso para Ren. Ela se levantou e olhou a sua volta, encontrando um quarto de hotel em perfeito estado. Kyoko se levantou e tomou um banho rápido, vestindo uma de suas saias americanas que sua amiga Julie lhe deu. Era bem curta, mas Kyoko já estava acostumada. Pegou seu casaco, sua bolsa e conferiu se estava tudo ali dentro. Celular, ok. Carteira, ok. Corn, ok. Script, ok.

- Yoshi, estou pronta! – Kyoko sai do quarto de luxo e fecha a porta. Na recepção entrega sua chave e sai, já tendo um táxi a sua espera. Kyoko agradece o segurança e ganha um olhar envergonhado do homem.

Depois de meia hora, Kyoko estava entrando na TBM. As pessoas logo a reconheceram e os homens lhe lançavam olhares nada decentes. Kyoko olhou para o relógio. 8:52.

“Faltam ainda 8 minutos. Ótimo.”

- Com licença. – Kyoko se aproximou da recepcionista que lhe olhos com os olhos arregalados.

- S-s-sim?

- Eu gostaria de saber onde fica a sala 605.

- Ah, Kyoko-sama, sim, me falaram que logo chegaria. É no 6º andar. Dobre a direita e é no final do corredor.

- Muito obrigada. – Kyoko sorri gentilmente e se dirige ao elevador. Ao entrar, tira o script da bolsa e dá uma olhada. Ela havia passado o dia anterior lendo a história, mas ainda sentia a vontade de lê-la novamente. Era uma história incrível. Mas ela estava curiosa para saber quem seria seu par.

Ela saiu do elevador e foi andando pelo corredor. Quando abriu a porta viu alguém que não esperava.

- K-k-kei?! – Kyoko olhava para o garoto na sua frente. Ele tinha sido um de seus melhores amigos na América. Tinha cabelos pretos e olhos azuis. Vestia uma calça Jean, com all stars e uma camisa branca com o nome de uma banda americana.

- Aiko!!! – então ela viu atrás dele Julie.

- Julie! – e do lado dela viu outra pessoa totalmente inesperada. – T-t-tsuruga-san?!

- Bom dia, Mogami-san – Ren falou, tentando não parecer tão surpreso.

- Aiko! Eu senti tanto a sua falta, meu amor! – Kei puxou Kyoko para um abraço e lhe deu um beijo. Na boca.

Todos encararam surpresos e Ren nem sequer conseguia se mexer. Mas então perceberam que Kyoko havia colocado sua mão no meio, impedindo o beijo.

- Kei! O que eu disse sobre isso?!

- É errado e talvez as pessoas entendam mal. – ele disse com a cabeça baixa, igual uma criancinha.

- Aiko! Ou melhor, Kyoko-chan. – Julie abraçou ela que retribuiu.

- O que estão fazendo aqui?

- Nós somos atores, Kyoko-chan. Estamos aqui para trabalhar. – Julie diz, sorrindo maliciosamente. Então sussurra – Você não me disse que o seu querido sempai Tsuruga Ren era o maior gatinho.

- Julie!

- Aiko! Por que não me contou que seu nome era Kyoko? Você é a Na-chan!

- Ahahaa, desculpe.

- Você é tão mal comigo! Mesmo eu te amando tanto!

- Ora, ora, ora! Parece que já temos nosso triângulo amoroso! – uma voz grossa ecoou pela sala e todos se viraram para a porta, encontrando o diretor Date Hirotaka.

- Diretor. – todos fizeram uma breve reverência e se sentaram. Por azar, Kyoko ficou na frente de Ren, com Julie e Kei de seus dois lados. Kyoko estava tendo dificuldades para ignorar a aura assassina de Ren. Tudo bem, ela estava realmente desesperada.

- Bom dia a todos. Para aqueles que não me conhecem, meu nome é Date Hirotaka e eu vou ser o diretor deste drama. Eu sou muito conhecido por ser bastante rígido no trabalho, certo, Kyoko-chan?

- S-sim. – Kyoko responde, se lembrando dos dias em que trabalharam juntos e de como o diretor refazia a cena até estar perfeita.

- Eu não quero assustar ninguém, mas eu escolhi vocês por acreditar em suas habilidades na atuação. Mas se eu não obtiver o resultado esperado, ou algum de vocês causar problemas no set, eu não vou pensar duas vezes para demiti-los. – a aura que emanava de Hirotaka assustou a todos, que permaneceram calados.

- Vocês não precisam ficar assim. Eu não vou engolir ninguém. – Hirotaka diz rindo e o ar ameniza. – Bom, alguns de vocês aqui presentes não receberam o script, apenas sabem quais seus papeis, certo? – algumas vozes responderam sim.

- A história roda em volta de Saionji Takumi e Saionji Yumiko, dois irmãos que freqüentam a mesma faculdade. Sua família é composta por Saionji Shouta e Saionji Hideo. A mãe morreu em um acidente trágico quando Yumiko tinha 5 anos. Takumi tem 3 melhores amigos: Shibuya Kazuya, Sanjo Akatsuki e Takashi Sui.. Juntos são “Four King”. Pensem nisso como uma gangue.

- Vai ter cenas de luta? – Kei pergunta.

- Sim. Continuando: Takumi e Yumiko são irmãos, mas apesar disso, se amam igual um homem e uma mulher. Takumi se culpa por isso e para esquecer o amor pela irmã, ele age como um playboy. Não vai ser difícil atuar isso, não é, Ren? – todos os olhares se voltam para Ren e Kyoko paralisa. Ren seria seu par.

- Sim. – Ren responde com um sorriso.

- Mas Yumiko também não é santa. Ela é bem popular e recebe muitas confissões, já tendo ficado com vários garotos.

- Ela é do tipo sexy? – Julie pergunta.

- Mais ou menos. Bem, o que Yumiko não sabe, é que ela é adotada. Um dos amigos de Takumi gostam de Yumiko, e bem, acontecem algumas brigas pela garota. Bom, já deu pra perceber que vai ser uma história bem agitada e cheia de surpresas.

- Date-san, quem vai ser a Yumiko?

- Bem, vamos por ordem. Vão se apresentando e dizendo seus personagens. Eu sou Date Hirotaka, sou o diretor.

- Sou Peter Smith – diz um garoto em volta dos 12 anos – Vou interpretar Saionji Shouta.

- Itsumi Momose. Interpreto Kawashi Rika, amiga de Yumiko.

- Tsuruga Ren. Sou Saionji Takumi.

- Ichijou Kaito. Interpreto Sanjo Akatsuki, amigo de Takumi.

- Mathew Parker. Interpreto Takashi Sui, amigo de Takumi.

- Kate Green. Interpreto Nakayama Midori, amiga de Yumiko.

E assim foram se apresentando.

- Kei Hill. Interpreto Shibuya Kazuya, amigo de Takumi.

- Mogami Kyoko ou Fumiko Aiko. Interpreto Saionji Yumiko. – todos olham para Kyoko, que sorria confiante. Ren congela ao escutar isso.

“Tenho certeza de que tem coisa do presidente nisso!”

- Sou Julie Clark. Interpreto Nomiya Hikari.

- Acabou? – diretor pergunta, olhando para todos.

- Diretor Ogata, eu percebi que o está faltando o pai, Saionji Hideo. – Itsumi diz.

- Ahhhh! Essa é uma bela surpresa! Ele deve estar cheg...

- Eu cheguei! – um homem de óculos escuros aparece na porta. Cabelos loiros e olhos claros, com um terninho simples, mas de marca.

- Ah, Kuu! Foi mais cedo do que eu esperava. E onde ela está?

- Estou aqui, Hirotaka-san. – uma mulher linda aparece atrás de Kuu. Ela usava uma saia longa, com uma blusa de mangas, estilosa. Seus cabelos loiros e cacheados caiam por suas costas e seus olhos verdes pareciam sorrir.

- Julie Hizuri. – eles se abraçam

Kyoko fica olhando a cena e depois repara em Ren. Ele estava congelado, como se estivesse passando mal. Não ousava levantar o olhar.

- Tsuruga-san. – Kyoko sussurra o nome dele – Tsuruga-san, você está bem?

- Eh? – Ren levanta o rosto.

- Está se sentindo mal?

- Não, Mogami-san. Estou bem. – Ren responde e levanta a cabeça, olhando para Julie. Olhando para sua mãe. Julie por outro lado, olhava seu filho, impressionada.

- Ele é mais lindo do que você disse, Kuu. – Julie diz, andando até Ren, que observava a mãe hesitante. Fazia 9 anos que não a via. – Muito prazer, Ren. Sou Julie Hizuri.

- O p-prazer é meu, Julie-san. – Ren se levanta e aperta a mão dela.

- Bem, agora que estamos todos aqui, deixe-me apresentá-los. Esse é Kuu Hizuri, mas vocês já devem conhecê-lo. Ele interpretará Saionji Hideo, o pai de Takumi e Yumiko. E essa, é sua esposa, Julie Hizuri, que interpretará a mãe biológica de Yumiko.

Kyoko sente seu queixo cair. Não conseguia acreditar! Ela faria um filme com seu Oto-san e oka-san!

Alguns meses depois de Kyoko chegar na América, Kuu apareceu em sua casa, convidando-a para visitá-lo. Kyoko foi e lá encontrou a mulher mais bonita que já havia visto. Julie era a mãe que ela sempre quis. Gentil, simpática, cuidadosa, engraçada, carinhosa. Kyoko adorou os dias que passaram juntas, além de ter descoberto muito mais coisas sobre Kuon.

- Kyoko-chan! // Kuon! – Julie e Kuu dizem ao mesmo tempo. Todos olham para ela, que se levanta sorrindo.

- Oto-san! Okaa-san! - Kyoko vai até eles, abraçando-os. – Vocês não me contaram que viriam para cá. Ainda mais para fazer o mesmo filme!

- Era uma surpresa. – Julie diz, sorrindo. – Nee, você não me disse que o seu sempai era tão lindo. – Kyoko fica um pouco vermelha e Julie ri.

- Ok, ok, depois vocês conversam. O elenco desse filme é um pouco grande e como muitos aqui não se conhecem, é melhor ter um entrosamento antes das filmagens começarem.

- Que tal ir para as fontes termais? – alguém sugere.

- Ou então para a praia?

- Não, nós iremos para Okinawa durante as filmagens.

- Que tal Kyoto? – Kuu sugere.

- É uma boa idéia. Alguém discorda? – todos ficam calados. Todos sabiam que Kyoko era um ótimo lugar. Ren olhou para Kyoko que tinha uma aura depressiva ao seu redor.

- Mogami-san? Está tudo bem?

- Eh? Ah, sim, está tudo ótimo. – Kyoko diz sorrindo.

- Mogami-san, desde quando tem o hábito de mentir para mim?

- Eh?

- Está com algum problema, não é? Você sabe que pode me dizer. – Ren diz, sorrindo gentilmente.

- Tsuruga-san...

- É algum problema com o drama? – Ren pergunta. – Está em dúvida como interpretar os sentimentos da personagem?

- Não. Na verdade estou muito feliz que você é o meu par, Tsuruga-san. – Kyoko sorri timidamente e depois coloca um sorriso confiante – Eu vou lhe mostrar tudo o que aprendi. Não vou ser controlada pela sua atuação, Tsuruga-san. – Kyoko diz, com o punho fechado, diante de um desafio.

- Estou ansioso por isso, Mogami-san. – Ren sorri.

- Kyoko, não vai apresentar ele para seus amigos? – Julie chega, junto de Kei.

- Ah. Tsuruga-san, esses são Julie e Kei. Eles moravam junto comigo no apartamento lá na América.

- É um prazer. Obrigado por tomar conta dela. – Ren diz, dando seu sorriso mais brilhante, fazendo Julie corar até o mais profundo de sua alma.

- É lógico que eu cuidaria dela. Afinal, ela vai ser minha esposa. – Kei diz, sorrindo para Ren.

- Eh? Mogami-san, você me disse que ia ser a minha esposa. Já fui trocado? – Ren pergunta, fingindo tristeza, mas respondendo ao desafio de Kei.

- Tsuruga-san! – Kyoko estava totalmente corada – Não brinque desse jeito! Eu sei que é divertido me perturbar, mas coloque limites! – Ren ri da expressão dela.

- Sim, sim. – Kyoko olha para de trás de Ren e todos a percebem olhando para Itsumi, que estava lhe chamando. – Vá lá, Mogami-san.

- Com licença! – Kyoko corre até lá, sorrindo e começa a conversar com Itsumi e os outros atores.

- Ela é sempre assim. Toda animada e interativa. Uma ótima amiga.

- Sim... – Ren a encara por alguns segundos e olha para seus pais. Não sabia nem o que dizer se fosse conversar com eles. Não sabia como encará-los. Principalmente sua mãe. Como ela estava? O que ela pensou do vídeo que Kuon havia feito? Ela estava feliz por vê-lo? Ou ela não queria mais nenhum contato com ela? Ela estava sofrendo?

- Hey, Ren! – Hirotaka chama – Venha aqui.

- Ah, sim. Com licença. – Ren diz para Julie e Kei e se afasta.

- Ele é lindo! Além de ser um perfeito cavalheiro! – Julie diz, com as mãos no rosto.

- Oh, Shut up! Ele não é essas coisas toda.

- Ciúmes? Talvez a Aik- não, Kyoko-chan seja levada por ele.

- Cala a boca. Por que não cuida dos seus próprios problemas?

- Não sou eu quem não consegue pegar uma simples garota. – Julie diz, gozando dele.

“Bem, de normal ela não tem nada. Aquela garota é a mais estranha que já conheci”

- Ei! Não menospreze minhas habilidades! Nessa viagem eu definitivamente vou fazer ela perceber os sentimentos dela por mim e nós vamos namorar! – chamas saiam dele e Julie suspira, se afastando e deixando ele sozinho, indo para perto de Kyoko. Após alguns minutos, Kyoko se aproxima de Julie e Kuu.

- Ah, é tão nostálgico ir para Kyoto.

- Oto-san?

- Eu fui com o Kuon para lá quando ele tinha 10 anos. Ele era tão fofo! – Kuu começa seu próprio drama e Julie e Kyoko riem.

- Nee, Kyoko-chan, o que você acha do Ren? – Kyoko se assusta pela forma intima de chamar, mas deve ser pelo costume americano.

- Ele é um ótimo sempai!

- Só isso?

- E amigo!

- Só?

- Eh?

- Nada mais? Não gosta dele?

- É claro que sim! Ele é meu respeitado sempai! O melhor ator que já vi! Um Deus da atuação! – os olhos de Kyoko brilham ao falar de Ren.

- Nossa, uma admiração muito grande você tem ai. Tem certeza de que não virou amor? – um sorriso malicioso aparece no rosto de Julie.

- O-o-o-okaa-san! É impossível isso acontecer! Eu nunca me apaixonaria pelo Tsuruga-san! Eu não sou digna nem de pensar em ter esse sentimento por ele! É simplesmente um pecado!

- Por que? Ele é um homem, você é uma mulher. Vocês se conhecem, são amigos, respeitam um ao outro. O que tem de errado nascer amor daí?

- É impossível! É algo muito desrespeitoso para meu sempai! Além, disso, seria vergonhoso para ele ter alguém como eu gostando dele!

- Kyoko-chan... – Julie suspira. Aquela garota é das difíceis. – Você não pode se menosprezar. Você é uma mulher maravilhosa e tenho certeza de que qualquer homem ficaria honrado em ser amado por você.

- Okaa-san... – as lágrimas começam a sair dos olhos de Kyoko.

- Eh? Koyko-chan? O que foi?

- N-não, é nada. É só que é a primeira vez que me dizem algo assim. Normalmente dizem que eu sou plana, chata e feia.

- Quem disse isso?! Esse cara só pode ser cego!

- Com certeza. – Ren chega, sorrindo.

- T-tsuruga-san! – Kyoko olha para ele pelo canto do olho e encontra o sorriso brilhante. O sorriso falso.

“Por que? Por que ele está sorrindo assim? O que eu fiz?”

- Ah, Ren, você sabe de quem ela está falando? – Julie pergunta, sorrindo. Ainda não acreditava que estava conversando com seu filho.

- Sim.

- Como ele é?

- Não tenho palavras para descrevê-lo.

- T-t-tsuruga-san, você e-está bravo?

- Bravo? Por que eu estaria bravo?

- E-eu n-n-n-não sei. – Kyoko estava tremendo. Aquele sorriso era assustador.

- Eu não estou bravo por você ter perdoado ele tão facilmente Mogami-san, se é isso que pensa. – o sorriso aumenta.

- Você o perdoou? Por que, Kyoko-chan? Ele foi tão mal com você!

- Ele pediu desculpas. E nós não somos mais crianças para continuar com essa briga. Se ele não gosta de mim, então pronto. Não é como se ao perdoar ele eu admiti que ainda amo ele.

A aura ao redor de Ren ficou escura e os demônios de Kyoko começaram a surgir.

- Estou feliz por você Mogami-san. – Ren diz, e sai de perto.

- O-o q-que eu f-fiz?

- Ah ah, ciúmes é algo tão patético.

- Ciúmes? Quem está com ciúmes?

- Não se preocupe Kyoko-chan. Ren deve apenas estar nervoso por causa do drama.

- Nervoso? Por que?

- Kyoko-chan, ele vai estar trabalhando com atores muito habilidosos sob a direção do diretor Date, que tem fama aqui e na América. Estar nervoso é normal.

- Você está nervosa, oka-san?

- Um pouquinho. Mas esse vai ser nosso segredo, né? – ela coloca o dedo indicador nos lábios, em um sinal de silêncio.

- Sim.

- Ok, pessoal! – o diretor chama a atenção de todos – Nossa viagem será na sexta e voltaremos no domingo. Em Kyoto direi como será programada as gravações.

“Sexta? É depois de amanhã! Nossa, tenho que me preparar”.

- Quero todos em frente a LME exatamente ás 7 da manhã. Assim não perderemos tempo. Bom, estão todos dispensados.

- Hai! – todos respondem. Kyoko se despede de todos e dá um rápido tchau para Ren sem olhar em seus olhos, indo embora o mais rápido possível. Ela passaria o resto do dia treinando suas cenas no hotel.

- Ren, ela está com medo de você. – Kuu chega perto do filho, olhando para a ‘filha’ que saia apressada.

- Eu sei. – Ren diz, suspirando – Não posso fazer nada.

- Apenas não assuste ela tanto, se não, suas chances vão diminuir.

- Eu não tenho chances para perdê-las. Ela nunca me veria desse jeito.

- Nunca se sabe. Julie também foi muito dificil de se conseguir.

- Hum? Eu fui difícil ou você não tinha coragem de me chamar para sair? – Julie chega por trás dos dois.

- Ahahaha. Você ouviu?

- Kuu, nós temos que ir. Boss quer nos ver. – a sobrancelha de Ren treme ao ouvir isso.

- Por favor, digam a ele para parar de jogar esses joguinhos e de se intrometer na minha vida amorosa. Acho que já sou grandinho o suficiente para poder tomar conta de mim mesmo.

- Tenho certeza disso. Mas nós, pais, sempre pensamos em vocês como crianças. – Kuu diz, sorrindo.

- Sim. – Ren se arrepende das palavras.

- Não precisa ficar assim, Ren. Nós entendemos você muito bem e lhe apoiamos em qualquer decisão que tomar.

- Sim, obrigado. – o celular de Ren toca e depois de alguns segundos ele deixa a sala.

- Com licença. – Julie, amiga de Kyoko chega perto do casal.

- Sim? – Julie pergunta, sorrindo.

- Ele... gosta da Kyoko-chan, não é?

- Por que pensa assim?

- O olhar dele para ela. O jeito que ele age perto dela. E eu vi aquele ataque de ciúmes. – Julie ri um pouco.

- Sim, acho que ele gosta. Mas é a primeira vez que o vejo, então não o conheço direito.

- Sério? Vocês pareciam tão íntimos.

- Deve ser impressão sua.

- É... Posso pedir um autografo? Eu sempre fui sua fã.

- Claro. – Julie se afastou e logo o casal também foi embora, indo para a casa, ou melhor, mansão de Lory.

- Takarada-sama, Hizuri-sama estão aqui para vê-lo.

- Ahh, pode deixá-los entrar.

- Sim. – depois de alguns minutos Julie e Kuu entram e os três se encaram.

- Seu seqüestrador! Ladrão de filhos! – Julie diz, com raiva – Como pode levar meu filho, meu único filho daquele jeito?!

- Eu apenas o tirei da vida de sofrimento que estava tendo, Julie. – Lory responde e Julie se cala. Era verdade. Kuon estava sofrendo ao lado dos pais. – Sentem-se. Vou lhes contar a vida do garoto como Tsuruga Ren.

 


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Notas finais do capítulo

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