Forbidden Love escrita por carol_teles


Capítulo 15
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Ei pessoal! Ainda estou viva, viu? Sei que demorei, mas finalmente estou postando esse capitulo novo. Devo dizer que a história está no fim, mas talvez eu demore a postar os outros capitulos. Sorry, sou meio lezada.
ESpero que aproveitem.

AVISO: HENTAI!!!



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Ren e Kyoko voltaram para casa em silêncio. Apenas lembrando dos momentos que tiveram aquele dia.

— Você não achou que iria escapar do jantar, certo? – Kyoko pergunta, entrando no apartamento de Ren. Ren sorri.

— Você me pegou. – ele diz, sorrindo e indo para a sala, ligando a TV. Mas Ren não estava prestando atenção. Ele se virou no sofá, olhando para a cozinha, assistindo Kyoko preparando o jantar. O pensamento deles casados e Kyoko preparando suas refeições todos os dias, eles acordando juntos todos os dias, vivendo na mesma casa, cuidando de seu filho; invadiu a mente de Ren, que sorriu inconscientemente.

— Aqui está. – Kyoko diz, depois de alguns minutos, colocando duas tigelas de sopa na mesa em frente a Tv.

— Obrigado. – Ren sorri, sentando-se a frente dela.

Eles comem silenciosamente, cada um preso em seus pensamentos. Quando acabam, Kyoko leva as louças para a cozinha, indo lavá-las, enquanto Ren senta-se de novo no sofá, pensando se seria certo ele pedir para ela dormir com ele. Ele não queria parecer desesperado ou então assustá-la. Mas estava se perguntando por quanto tempo agüentaria aquilo.

Kyoko voltou para a sala e sentou-se ao lado de Ren. Hesitante, ela apoiou sua cabeça contra o peito dele. Ren olhou para ela, um pouco surpreso, mas logo sorriu, passando o braço pelos ombros dela, trazendo-a para mais perto. Eles ficaram observando um casal na Tv, declarando seu amor um para o outro e dividindo um beijo de amor. Ren pegou o controle, pronto para mudar.

— Não! Espera um pouco. – Kyoko toma o controle da mão dele e inclina-se em direção a Tv, os olhos fixados na tela.

— Kyo...

— Xii! – Ren se cala, surpreso. Kyoko observou atentamente como a cena mudava, e o homem guiava a mulher para seu quarto. Os dois estavam nervosos. Quando eles entraram no quarto, a mulher levantou a cabeça, tímida. O homem olhou para ela, compreensivo e murmurou palavras de conforto, tentando acalmá-la. Gentilmente ele a deitou na cama, beijando-a.

Kyoko se inclinou ainda mais para frente, enquanto Ren olhava para a Tv sem expressão. Ren tinha certeza de que existia uma força maior que lhe pregava essas travessuras, e que agora mesmo, estava rindo dele.

Kyoko observou o homem despir a mulher lentamente e então...

— Desculpe. – Ren pega o controle da mão dela e desliga a Tv.

— Ah! Por que você fez aquilo? – Kyoko olha para Ren, que estava com os braços apoiados nas pernas, e escondia o rosto com uma das mãos.

— Kyoko, acho melhor você ir embora. Agora. – Ren diz, sem olhar para ela.

— Eh?

— Por favor. – Ren faz uma voz quase suplicante.

— Ok...ay... – ela se levanta, dando um último olhar para Ren, preocupada. Então ela pega sua bolsa e cachecol, indo para a porta.

Ren escuta o leve barulho da porta sendo destrancada e levanta-se, correndo, fechando a porta antes que Kyoko pudesse abri-la totalmente. Kyoko se vira, olhando para Ren e percebe que a maneira que ele lhe olhava estava diferente. Aquele não era o olhar gentil e carinhoso que Ren tinha. Parecia mais...selvagem. Faminto.

 

(N/A: Daqui pra baixo começa o Hentai! Quem não gostar de ler, pule essa parte. ^^)

 

— Game over. – ele diz, antes de beijá-la fervorosamente. Kyoko dá um passo para trás, surpresa, e bate contra a porta. Ren se aproxima mais, imprensando seu corpo contra o dela, enquanto uma de suas mão estava no pescoço dela e outra em sua cintura. Ele levanta o rosto dela um pouco de modo a tornar o beijo mais intenso, e coloca uma de suas pernas entre as delas, tirando a mão que estava no pescoço dela e colocando-a na parede, apoiando-se. Kyoko agarra a blusa de Ren com força, respondendo ao beijo. Um alarme dispara na mente de Ren, avisando-o que se aquilo continuasse, ele não se conteria mais e acabaria roubando a inocência de Kyoko.

Kyoko se surpreende ao sentir Ren quebrando o beijo. Mesmo que todo o corpo de Ren e seu coração dissessem para ele continuar, ele não faria nada contra a vontade de Kyoko. Ele nunca se perdoaria se a machucasse. Mas arrependimento era a última coisa na mente de Kyoko. Ela puxou Ren pela blusa, ficando de pontas de pé e o beijou com a mesma intensidade do beijo anterior. Os olhos de Ren se arregalaram um pouquinho. Ela sabia mesmo o que estava fazendo? Todas as dúvidas de Ren foram expulsas de sua mente com apenas três palavras de Kyoko.

— Eu te amo. – Kyoko sussurrou, roçando seus lábios contra os deles. Ren olhou para ela, procurando algum tipo de hesitação, mas não existia nada. A única coisa no olhar dela era amor. Ren sorriu carinhosamente e acariciou o rosto dela, antes de levantá-la pela cintura e beijando-a, levá-la para seu quarto. Ren abriu a porta com uma mão, enquanto outra segurava a cintura de Kyoko. Ele fechou a porta com um leve chute e levou a mulher em seus braços para sua cama king-size. Ele lhe deitou na cama, sempre gentil, e ficou por cima dela, as pernas e braços de cada lado do corpo dela, apoiando-o.

— Tem certeza? – Ren pergunta, recebendo uma risadinha de Kyoko – O que?

— Parece até que é sua primeira vez. – ela dá um sorriso maroto.

— Vou te mostrar. – Ren dá seu triunfante sorriso de imperador da noite, beijando Kyoko apaixonadamente. Lentamente sua mão vai deslizando pela cintura dela e entrando por debaixo de sua blusa, subindo pela barriga e chegando ao sutiã dela. Ren se afasta, sorrindo maliciosamente.

— O que será que você está escondendo aqui debaixo? – Ren pergunta, enquanto puxa a blusa de Kyoko para cima, tirando-a e jogando para longe. Ren sustenta o olhar de Kyoko por um momento, então vai descendo sua visão, admirando o corpo dela. Como ela tinha crescido desde que ele a conhecera. Seu olhar paralisa no sutiã dela, vermelho de rendas. Desde quando ela usava esse tipo de roupa tão...sexy?

Ele sorri, descendo e distribuindo beijos pelo pescoço dela. Kyoko passava suas mãos pelas costas de Ren, e podia perceber, mesmo ele estando de blusa, que suas costas eram musculosas. Kyoko morde o lábio inferior ao sentir a língua quente de Ren contra a pele de seu pescoço, descendo. Ren fez um rastro com sua língua pelo pescoço dela e foi descendo até a barriga dela, alternando entre beijos e leves mordidas. Ren colocou uma de suas mãos na coxa de Kyoko, descendo e subindo sensualmente, para então ele desabotoar o botão da calça dela. A garota olhou para ele, observando ele lhe despindo. Incrivelmente, aquilo não lhe envergonhou, pelo contrário, ela ficou excitada com a idéia de ter seu corpo nu contra o de Ren.

Ren brincou um pouco com o elástico da calcinha de Kyoko, que também fazia par com o sutiã; mordendo-o, enquanto uma de suas mãos acariciava a perna de Kyoko e outra passava pela barriga dela, subindo e levando o corpo de Ren junto, que foi subindo e deixando um rastro de beijos. Kyoko arquejou ao sentir Ren chupar de leve sua barriga, deixando uma marca avermelhada ali. A primeira marca de amor. Ren olhou para ela, sorrindo satisfeito e Kyoko sentiu um calor inexplicável tomar conta de si. Ela puxou Ren pela gola da camisa, beijando-o com intensidade, ao mesmo tempo em que usava seu corpo para empurrar o de Ren, agora ela ficando por cima dele.

Quando Ren percebeu o que ela estava fazendo, não pode deixar de se sentir excitado. Era a primeira vez dela, mas ainda assim ela se mostrava confiante e demonstrava querer descobrir o corpo de Ren sozinha. Ren já havia feito amor, ou melhor, transado, pois nenhuma das mulheres com as quais ele dormiu, ele tinha amado; com várias mulheres. Ele procurava sempre pelas mais experientes, pois uma virgem só daria problemas para os dois. Ele havia perdido sua virgindade aos 12 e desde lá havia experimentado vários tipos de mulheres. Mas nenhuma de suas experiências com elas se comparava ao que ele estava sentindo agora. Com Kyoko. Ele podia perceber que ela não sabia nada sobre o corpo de um homem, mas era incrível como com um toque, Kyoko acendia uma chama dentro de Ren, fazendo ele desejá-la cada vez mais.

Kyoko sentou-se entre a virilha e a barriga de Ren, com cuidado para não machucá-lo. Ela estava curiosa. Queria saber que tipo de expressão Ren fazia quando sentia prazer. Queria saber se ele estava tão excitado como ela. Kyoko passou a mão por seus cabelos, levando-os para trás e viu como Ren observava cada movimento dela atentamente, com os lábios um pouco separados e os olhos cheios de luxuria. Kyoko abaixou seu tronco, sentindo sua barriga encostando-se à blusa de Ren e seus seios roçarem contra o peito dele. Ren observou o rosto de Kyoko ficando cada vez mais perto e esticou seu pescoço, ansiando pelos lábios delas. Mas ao invés deles, Ren encontrou o dedo indicador de Kyoko, fazendo ele abrir os olhos surpreso. Então ele sentiu os dedos da outra mão dela contra o cós de sua calça, ameaçando entrar, o que causou a barriga de Ren se contrair. Kyoko voltou a sentar, colocando as duas mãos dentro do pulôver de Ren e foi deslizando suas mãos para cima, passando por todas a extensão de músculos de sua barriga e peito, levantando a blusa. Ren esticou os braços, permitindo Kyoko a tirar sua blusa, que foi jogada longe.

Kyoko se abaixou, beijando a jugular de Ren, e foi acariciando todo o pescoço dele com seus lábios, meio hesitante, inexperiente. Mas aquilo excitava muito Ren. Então ela o beijou na boca, sendo correspondida imediatamente por Ren. Ele sentiu a mão de Kyoko subindo por sua barriga, numa caricia intima. Ele passou seus braços pelas costas dela, e foi descendo, chegando até a bunda dela. Ren pensou que isso assustaria Kyoko, fazendo ela se afastar, mas não. Ela respondeu a isso intensificando o beijo. Ren continuou a passar suas mão pelas costas dela, e devagar, foi levantado seu tronco, sentando na cama com Kyoko em cima de si. Ele levou sua mão direita ao fecho do sutiã dela, enquanto a outra mão permanecia na bunda dela. Kyoko se afastou de Ren o suficiente para ele conseguir arrancar o sutiã dela, jogando-o no chão. Ren encarou os seios de Kyoko, cheios, durinhos e definidos. Ele reparou que seus mamilos estavam rígidos e vermelhos, significando que Kyoko estava excitada. Isso arrancou um sorriso malicioso de Ren, que abocanhou um de seus seios com a língua.

— Ahhnn! – Kyoko gemeu alto, cravando suas unhas nas costas de Ren. O gemido de Kyoko chegou aos ouvidos de Ren como música, incentivando-o a arrancar mais daqueles gemidos musicais dela. Ren chupava um dos mamilos dela, enquanto sua mão acariciava o outro, envolvendo-o e apertando de leve. Kyoko tentava seu máximo para não deixar escapar nenhum barulho de sua boca, mas era simplesmente impossível.

Então Ren sentiu. Ele tinha uma ereção. Ele encarou Kyoko nos olhos por alguns segundos. Não conseguia acreditar que estava com uma ereção. Aquilo nunca havia acontecido antes, não importando o quão selvagem fosse o sexo. Todas as suas ereções só se formavam quando ele estava perto de penetrar a mulher. Mas agora... Eles mal tinham começado as preliminares e ele já tinha uma ereção. Ren se perguntou como Kyoko conseguia aquelas reações dele.

“Não é como se eu não tivesse tido uma ereção antes quando estava com ela...”

Ren empurrou Kyoko para o lado, levando seu corpo junto com o dela e deitando por cima dela. Ele teve a certeza de manter sua cintura longe do corpo dela, tomando cuidado para que ela não descobrisse o quão excitado ele estava. De novo ele envolveu o seio de Kyoko com a boca, fazendo a garota arquejar. Kyoko colocou suas mãos na cabeça de Ren, sentindo as mechas do cabelo dele, macio e sedoso, entrelaçarem-se aos seus dedos. Aquilo excitou Ren, que resolveu avançar um passo. Ele deslizou uma mão pela barriga dela, descendo, até chegar à feminilidade de Kyoko. Ren mexeu de leve seus dedos por cima da calcinha e Kyoko jogou a cabeça para trás, deixando barulhos de prazer escaparem por seus lábios.

Kyoko não conhecia aquela sensação. Era como se Ren estivesse aceso uma fogueira no corpo dela e cada vez que seus dedos passavam pelo seu sexo, essa fogueira aumentasse o calor. Kyoko entrelaçou seus dedos no lençol, apertando com força. Ren percebeu isso. Ele sorriu maliciosamente e se afastou, tirando os dedos da feminilidade dela, deixando uma sensação de solidão se instalar em seu corpo. Kyoko abre os olhos, procurando por Ren e vê ele jogando sua calça longe, ficando só em seu boxer. Kyoko percebe o volume dentro do boxer e fica surpresa. Ela nunca imaginou que Ren ficaria tão excitado com aquelas caricias, já que quem estava recebendo todo o prazer era ela, e não ele. Kyoko se sentiu mal por ser tão inexperiente e não poder dar o prazer que Ren estava lhe dando, mas essa sensação só durou alguns segundos. Em questão de segundos, Ren havia tirado a calcinha de Kyoko e agora estava lhe observando.

— Você é linda, Kyoko. – Ren sorri gentilmente, abaixando-se e depositando um suave beijo em seus lábios. Ren vai beijando o pescoço dela, lentamente, e chupando de vez em quando, o que causava certos tremores no corpo dela. Por alguma razão, a feminilidade de Kyoko parecia estar pegando fogo.

— Ren... – Kyoko geme o nome dele, fazendo ele levantar a cabeça. Assim que ele viu aquela expressão, entendeu. Sorrindo maliciosamente, Ren deslizou sua mão até o sexo dela, agora seus dedos em contato direto com ele. Ren acariciou de leve, sentindo seus dedos ficando molhados. Kyoko soltava gemidos entrecortados, segurando o lençol com força. Ele acariciou a parte interna de sua coxa, percorrendo a entrada da vagina, sem entrar. Ren beijou Kyoko na boca, enquanto penetrava um de seus dedos dentro dela. Ele entrou devagar nela, apenas superficialmente, saindo de leve. Então ele penetrou mais um dedo.

— Está gostando, Kyoko? – Ren pergunta, sorrindo maliciosamente – Você já está tão molhada... – Ren vê o vermelho preencher as bochechas dela e vai mais fundo ainda na feminilidade dela.

— Ahnn! Ren... – Kyoko não conseguia formar uma frase completa. Seu corpo parecia estar em chamas. De repente Kyoko solta um gritinho. Ren havia achado. Havia encontrado o ponto sensível dela.

— É aqui, Kyoko? – ele pergunta, acariciando o mesmo ponto e recebendo como resposta um gemido. Ren beija o pescoço dela, enquanto a penetrava com os dois dedos. Então ele sussurra no ouvido dela – Eu vou te dar muito mais prazer, Kyoko. Muito mais. – Kyoko sentiu um calafrio percorrer sua espinha. A voz sensual de Ren em sua orelha fazia o corpo de Kyoko pedir mais. E ela queria mais.

Ren se abaixa, levantando as pernas dela e deixando um rastro com sua língua. Ele foi descendo, até encontrar a feminilidade de Kyoko. Ren deu uma leve lambidela, sentindo o corpo de Kyoko estremecer. Ren lambeu o clitóris dela vagarosamente, enquanto fazia as pernas de Kyoko ficarem entrelaçadas em seu pescoço, e então pressionou sua língua contra ele, envolvendo-o.

Então Ren introduziu sua língua dentro de sua vagina. Kyoko cobriu sua boca com a mão, tentando abafar os gemidos, mas isso não agradou Ren. Ele queria escutar a voz dela. Escutar ela gemendo de prazer pelo que ele fazia.

— Não faça isso. – Ren pega a mão dela, colocando-a em cima da cabeça dela – Não segure sua voz.

— M-mas... – Kyoko olhou para ele com as bochechas vermelhas.

— Eu quero ouvir cada som que sai dos seus lábios. Cada gemido que você solta por mim. – Ren percorre o pescoço dela com a língua, descendo pelos seios dela e brincando com eles. Então ele vai descendo e deixando um rastro de beijos pela barriga dela, alcançando o sexo de Kyoko de novo. Ele introduziu sua língua lentamente, e como uma escavadeira foi descobrindo o interior da mulher. Ao ouvir um pequeno gemido, Ren introduziu sua língua ainda mais fundo, mexendo-a dentro de Kyoko.

— Não... Ren... Eu vou... – Ren escutou a voz dela e um sorriso pervertido escapou por seus lábios. Ele passou sua língua pelo clitóris dela, enquanto dois de seus dedos penetravam em sua vagina, rapidamente, sem nunca perder o ritmo. Ren percebeu o primeiro tremor percorrer o corpo dela e sorriu. Ele tirou seus dedos de dentro dela, e introduziu novamente sua língua. Ele chupou a feminilidade de Kyoko profundamente e ela não agüentou mais, gemendo e gozando. Ren ficou em seus joelhos, e lambeu seus lábios e dedos maliciosamente, observando a expressão de prazer no rosto de Kyoko.

— Foi bem rápido, não? – Ren pergunta, sorrindo maliciosamente. Kyoko tinha os lábios um pouco afastados, a respiração ofegante. Tudo nela dizia que estava pronta para o grande final e tudo no corpo de Ren dizia que ele não agüentaria por muito tempo se não possuísse a mulher a sua frente agora mesmo.

Ren tira sua cueca, ficando totalmente nu. Kyoko olha para a ereção dele e Ren percebe. Ele se abaixa, levantando o queixo dela e dá-lhe um leve beijo na boca.

— Não se preocupe. Pode doer um pouco no começo, mas logo passa. Prometo que vou ser gentil. – Ren sorri carinhosamente, tirando os fios de cabelo do rosto dela, molhado pelo suor e acariciando sua bochecha. Ren dá um beijo na testa dela e outro na boca, demorando em cada um deles.

— Espere. – Kyoko pede, afastando Ren, que a encarou preocupado.

— O que foi? Eu fiz algo errado? – ele escaneiou o corpo dela, procurando algum machucado ocasionado por ele.

— Não, Ren. Eu quero tentar algo antes. – Kyoko empurra Ren do modo a fazê-lo sentar e então, vira-o, fazendo ele deitar de costas na cama e ela ficando por cima dele.

— Você quer nessa posição? – Ren pergunta, surpreso – Pode doer mais.

— Não Ren. Não estamos fazendo isso agora. – Kyoko sorri maliciosamente – Você se aproveitou de todo o meu corpo. Agora é minha vez. – ela sussurra contra a orelha dele, e o membro de Ren reage imediatamente, latejando.

— Eu realmente não acho que nós temos tempo para isso, Kyoko. – Ren diz entre dentes, sentindo Kyoko distribuindo beijos pelo seu pescoço e descendo para seu peitoral.

— Bem, agüente. Ou não. – ela solta uma risadinha, fazendo Ren tremer ao sentir a respiração dela contra seu peito.

Kyoko desliza a mão pelo peito de Ren, lentamente, desenhando cada músculo perfeito do homem. Kyoko beija um dos mamilos de Ren e sente-o ofegar. Ela levanta a mão, tocando o outro enquanto sua boca brincava com o mamilo direito de Ren. Ela se lembrou do que Ren fez a ela e se baseou naquilo. Lambeu, mordiscou, beijou, acariciou com os lábios; fez tudo o que imaginava e queria com o corpo de Ren. Ele tentava se controlar ao máximo e deixar a mulher descobrir seu corpo, mas estava difícil. Mal sabia ele que aquilo era só o começo.

Kyoko foi descendo as mãos e sua boca foi acompanhando. Ren ficou rígido ao sentir uma das mãos dela envolver sua ereção, que no momento, latejava dolorosamente. Ele soltou um gemido ao sentir a mão deslizando por seu membro perigosamente, subindo e descendo vagarosamente.

— Você não t-tem... que fazer isso... ahh... – Ren fecha o punho com força ao sentir os lábios de Kyoko na cabeça de seu membro.

— Mas eu quero fazer isso. – ela murmura e Ren morde seu lábio ao sentir a respiração de Kyoko batendo contra a ereção, que parecia ter ganhado vida, desejando sentir mais daquela sensual mulher.

Kyoko começou usando suas mãos primeiro. Ela apertava e acariciava a ereção de Ren lentamente, para então mudar repentinamente a velocidade de suas mãos, o que ocasionou muitos gemidos escaparem pela boca de Ren. O homem estava enlouquecendo de prazer.

Então Kyoko decidiu provocar mais o homem. Começou a insinuar seus lábios pela ereção, beijando-o ou então só deslizando os lábios sensualmente por todo o membro.

— K-kyoko...

Ela deu uma espiada e viu que Ren tinha os olhos fechados, o maxilar rígido e os punhos fechados com força no lençol. Ela sorriu e voltou a focar-se no que estava a sua frente. Lentamente, ela deslizou a língua, subindo pela ereção e chegando até a cabeça, para então envolvê-la com sua boca.

— Ahh! – Ren gemeu alto ao mesmo tempo em que soltava um palavrão em inglês. Kyoko começou a chupar lentamente, descendo e subindo, usando sua língua para provar mais de Ren.

— K-Kyoko... ahhh...

A garota estava surpresa com o quanto Ren estava gemendo. Era tão bom assim?

— Mmmmh? - o timbre de voz dela percorreu o membro de Ren, mandando calafrios por todo o corpo do homem, que levantou a mão, pousando na cabeça dela e estimulando-a a continuar.

— Ahh... Kyoko... Mais... – Ren mexia suas mãos, mostrando a ela como queria, buscando sentir mais daquele prazer delicioso. Ela, vendo isso, juntou as mãos à boca e começou a acariciar a ereção de Ren com os dois. De vez em quando suas mãos desciam um pouco, massageando e acariciando os testiculos do homem, fazendo-o gemer. Então ela percebeu algo viscoso deslizando para sua boca e sorriu satisfeita. O corpo de Ren gritava que ele teria um orgasmo.

— Kyoko, esp- ahh! – Ren ofegou ao sentir seu membro completamente dentro da boca da mulher. – Espere... – ele se apoiou nos cotovelos, então se sentando e afastando Kyoko de sua ereção.

— oww – Kyoko reclama com um sorriso safado – Só porque estava bem pertinho...

— Você, senhorita, é uma mulher muito safada. – Ren diz, tirando alguns fios de cabelo do rosto dela, grudados pelo suor.

— E você adora isso. – Kyoko sorri, engatinhando sob as duas pernas para mais perto de Ren, que num rápido movimento a deita, ficando por cima dela.

— Eu adoro mais quando você é quem está gemendo de prazer. – Ren sorri, limpando o canto da boca com o dedo. Percebendo que ela estava relaxada, Ren usou suas duas mãos para afastar as pernas de Kyoko e encaixou-se entre elas. Kyoko olhou para Ren e recebeu um sorriso malicioso em troca.

— Minha vez.

Ren encostou sua ereção contra a feminilidade dela e Kyoko sentiu novamente aquele fogo interno ser aceso. Lentamente e gentilmente, Ren deslizou para dentro de Kyoko, que fechou as mãos com força no lençol. Parecia que algo estava rasgando dentro dela. Então Ren tirou sua ereção de dentro dela.

— Ah! – Kyoko olhou para ele e Ren sorriu, penetrando-a de novo.

Ele ficou fazendo isso até ver ela se acostumar. Penetrava apenas a cabeça da ereção, então tirava, e depois penetrava um pouco mais fundo. Kyoko já estava começando a ficar irritada. Por que ele não ia logo? Não podia ver o quanto ela o queria dentro dela?

— Ren. Eu juro por Deus que se você continuar com isso, eu mesma vou dar um jeito de.. AH! – Kyoko gemeu alto ao sentir a ereção de Ren totalmente dentro de si.

Ren sorriu para Kyoko maliciosamente, parando e aproveitando a sensação de finalmente se tornar um com a única mulher que amou em toda sua vida e a única que amaria.

— Estava dizendo algo? – ele pergunta, vendo ela gemer baixinho.

Kyoko abriu os olhos devagar e deu de cara com um belo sorriso carinhoso e cheio de amor de Ren. Sorrindo, ela levantou mão, fazendo um sinal com o dedo indicador, chamando Ren. Ele se abaixou, sem sair de dentro dela e sentiu os braços de Kyoko passarem por seu pescoço, puxando-o para perto e beijando-o. Kyoko esticou o pescoço e sussurrou contra o ouvido de Ren.

— Finalmente somos um só. – Ao ouvir isso, Ren abraçou a garota com força, enterrando sua cabeça no pescoço dela, sentindo o cheiro delicioso de Kyoko invadindo-o. Ren não podia descrever o quão feliz estava naquele momento.

— Meu deus, como eu te amo... – Ren falou baixinho, mais para si mesmo.

Gentilmente, Ren começou a se mexer dentro dela e ouviu Kyoko soltar alguns gemidos baixos em seu ouvido. Lentamente, ele foi aumentando a velocidade das investidas, deslizando para dentro de Kyoko cada vez mais forte, sendo estimulado pelos gemidos dela. Ela era tão apertada. Tão quentinha e molhada. Se pudesse, Ren ficaria ali, dentro dela, pelo resto da noite. Mas não conseguia. Só com o esforço de penetrá-la, Ren podia sentir o sangue pulsando em seu membro, e seu corpo se revoltando e gritando para ele ter um orgasmo. Fazia tanto tempo e as sensações que Kyoko lhe proporcionava eram tão boas, que Ren só queria ser envolvido nelas e se deixar controlar. Mas ele nunca trocaria essa chance de fazê-la gozar pela primeira vez na vida pelo prazer próprio. Ele tinha certeza de que quando Kyoko gozasse, seu corpo responderia imediatamente e ele estava ansioso para isso.

Ao se acostumar com a sensação, Kyoko começou a mover sua cintura no mesmo ritmo de Ren, provocando a Ren que um gemido rouco escapasse de seus lábios. Kyoko não pode esconder o quão satisfeita aquele gemido de Ren lhe deixou.

Ren tinha um jogo pessoal. Ele penetrava Kyoko rapidamente e quando ela estava alcançando o auge, ele ia parando, vendo a garota olha para ele com irritação, então ele começava a penetrá-la com força novamente. Ele adorava ver aquele olhar de quem queria mais em Kyoko, apesar de ele mesmo não estar consciente de sua expressão que revelava o quanto desejava Kyoko. Ren percebeu que cada vez que penetrava Kyoko, sua ereção parecia aumentar de tamanho, o que causava certa dor. Se ao sentir a boca dela em sua ereção ele já ficava excitado e tinha que se controlar para não gozar, imagine estando dentro da mulher que amava.

— Kyoko... – ele gemeu, penetrando nela com mais força.

— Kuon... Mais... Ahnn... – ele escutou o gemido ofegante de Kyoko e usando as pernas para se apoiar na cama, usou as duas mãos para levantar a cintura dela, fazendo a penetração mais profunda. Ren sentiu todos os seus músculos se contraírem, avisando que ele estava perto do clímax.

— Ah, Kyoko... Tão bom... Eu te...amo...tanto...! – gemidos saiam pela boca de Ren.

— Kuon... Ahh...

— Você finalmente... finalmente é minha...só minha... Ahh... Kyoko...Urghh... É como se eu... ahnn... estivesse no... ahh... paraíso... – Ren falou entre gemidos e investidas dentro de Kyoko, que simplesmente movia seu corpo mais rápido ainda, se adaptando aos movimentos dele.

— K-kuon... Ah... Mais...forte... Rápido... Kuon...!

Ren obedeceu imediatamente com um gemido de prazer, penetrando em Kyoko de forma violenta e sem controle, indo até o mais fundo dela e voltando rapidamente, para depois ir mais fundo ainda. A cama se movia junto com os dois e fazia barulhos que preocupava Kyoko se ela iria quebrar ou não. Mas ela estava sentindo tanto prazer ao finalmente se unir a Ren completamente, que não ligaria nem mesmo se houvesse um terremoto. Ela só queria continuar e ter mais daquela viciante sensação.

Ren gemia o nome dela cada vez que a penetrava e talvez, ele estivesse gemendo tanto quanto ela, quem sabe até mais. Ren levantou as pernas de Kyoko em direção aos seus ombros, e se abaixou, conseguindo alcançar a boca dela ao mesmo tempo em que sua ereção tocava a o ponto mais sensível dentro de Kyoko assim como pressionava seu clitóris. Ren beijou Kyoko como se ela fosse desaparecer a qualquer momento e sentiu um tremor percorrer tanto seu corpo como o dela, e com um gemido alto, os dois alcançaram o êxtase, gozando violentamente.

Ren caiu em cima de Kyoko de forma mais gentil possível, ficando em uma posição confortável para ele e que não machucasse a mulher embaixo de si. Ele ofegava, o mesmo acontecendo com ela. Eles ficaram assim por alguns segundos, até conseguirem estabilizar suas respirações e seus batimentos cardíacos.

— Eu te amo, Kyoko. – Ren sussurra contra a orelha dela, abraçando-a.

— Eu também te amo, Kuon. – ela diz, sorrindo. Depois de dividirem um último beijo, Ren sai de dentro dela, apesar de desejar continuar lá para sempre; e deita-se ao seu lado e a traz para perto, apoiando sua cabeça em seu peito e puxando o lençol para cobri-los.

 

(N/A: o hentai acabou!! Podem ler normalmente. ^^ Mas quem não leu perdeu cenas queeeeeeeenteeeees! >.<)

 

Kyoko e Ren aproveitam aquele momento, que parecia ser um sonho para os dois. Kyoko abre os olhos, olhando para o relógio e descobre ser quase 2 da manhã. Então seus olhos percorrerem o quarto, subindo pela cama e pelo lençol. Kyoko percebe um volume no lençol, como se tivesse algo ali. Ela encara curiosamente, imaginando o que seria aquilo. De repente, o volume se mexe e os olhos de Kyoko se arregalam. Ela observa ‘a coisa’ subindo em direção a ela, parando de vez em quando.

Ren percebe Kyoko aumentar a força do abraço e olha curiosamente para ela, percebendo seu olhar de pavor.

— Kyoko? O que houve? – Ren pergunta preocupado. Será que ele tinha lhe machucado quando estavam fazendo amor? Talvez ele tivesse sido muito rude. – Kyo...

— Kyaa! – Kyoko pula em cima dele, encolhendo-se contra o peito dele. Então ele percebe algo se movendo debaixo do lençol. Ren encara curiosamente e olha para Kyoko em seu colo, que observava aquilo também, nervosa. Ren levanta o lençol, e encara ‘a coisa’ surpreso.

— Milk! – Kyoko suspira aliviada, pegando o gatinho em seus braços. - O que está fazendo aqui?

— Ah, isso talvez seja minha culpa. – Ren diz, sorrindo – De manhã você me pediu para alimentá-lo, só que na sua casa não tinha leite.

— Ahh. – Kyoko olha para o gatinho em seus braços, sorrindo. Ele se encolhe contra os seios dela e Ren o encara sem expressão. Era só sua impressão ou aquele gato estava fazendo aquilo de propósito?

— Aqui. – Ren pega o gatinho do colo de Kyoko – Vou colocar um pouco de leite para ele. – Ren sorri, levantando-se.

— Espera! – Kyoko quase grita, segurando o lençol.

— Sim?

— Por que você ta levando o lençol?

— Por que eu estou nu. – Ren diz, sorrindo.

— Mas eu também. – ela retruca baixinho.

— Esse é outro dos motivos. – Ren sorri maliciosamente, levantando-se e saindo do quarto.

— Ren! - Kyoko pega o travesseiro, cobrindo o próprio corpo, envergonhada. Depois de alguns minutos, Ren volta ao quarto, encontrando Kyoko encolhida na cama com os dois travesseiros a sua volta, cobrindo-a. Ren ri e fecha a porta, impedindo qualquer possibilidade de Milk entrar ali novamente. Ele vai até a cama, sentando-se ao lado de Kyoko. Então ele tira os travesseiros que a cobriam, fazendo ela gritar em surpresa.

— Vamos lá, vem aqui. – Ren abre os braços e o lençol, convidando-a. Kyoko praticamente se joga em Ren, envergonhada. Ela puxa o lençol, cobrindo seu corpo e escolhe-se.

— Você não devia esconder seu corpo de mim, Kyoko. Só faz com que eu queira vê-lo ainda mais. – Ren diz, sorrindo.

— E você deveria aprender a controlar o seu corpo. – Kyoko diz, desviando o olhar de Ren.

— Eh? – Ren olha para ela sem entender.

— Ali embaixo. – Kyoko aponta sem olhar. Ren olha para o novo ‘volume’ que se destacava no lençol. Ele olha para ela e vê o rosto dela vermelho.

— Parece que você acabou de ganhar um 2º round. – Ren diz, sorrindo maliciosamente, virando o rosto de Kyoko para si, beijando-a e deitando-a na cama. – Prepare-se Mogami Kyoko. Essa vai ser a primeira de várias noites sem dormir. – Ren sorri, puxando o lençol, cobrindo-os completamente, fazendo o casal entrar em seu próprio mundo.

 

— Bom dia, Tsuruga-san, Kyoko-chan! – as pessoas iam cumprimentando à medida que eles entravam no estúdio.

— Bom dia. Vamos trabalhar duro hoje também. – Kyoko e Ren sorriem. Kyoko olha em volta, procurando pelo diretor.

— Julie! – Kyoko chama – onde está o diretor?

— Ah, um cara super estranho apareceu aqui faz um tempo, e ele, o diretor, os Hizuri-san e o empresário do Tsuruga-san, trancaram-se na sala particular do diretor.

— Um cara super estranho? – Kyoko pergunta.

— Presidente. – Ren suspira.

— Ah. Mas o que ele está fazendo aqui?

— Isso eu não sei. Você devia ir lá falar com ele. – Julie sorri.

— Sim. – Kyoko se afasta e Ren a segue. Eles param na frente da porta, tentando escutar algo de dentro da sala, mas só escutam risadas. Kyoko levanta a mão para bater na porta, mas Ren segura seu pulso, fazendo um gesto para ela ficar em silêncio. Ren abre a porta silenciosamente e os dois entram na sala, encontrando Yashiro, Julie, Kuu, Lory e Date sentados em frente a uma Tv, cada um com um sorriso malicioso. Ren e Kyoko olham para a Tv incrédulos, vendo a si próprios nela. A imagem ia mudando, mostrando Ren e Kyoko em diferentes momentos. No parque de diversão, no carro, andando pela rua, no ringue de patinação, quando eles estavam se beijando.

Uma aura assassina envolveu Ren, que bateu a porta com toda força, quase a quebrando e fazendo os cinco ali pularem de suas cadeiras, olhando para trás.

— O que diabos vocês pensam que estão fazendo? – Ren pergunta, com uma voz maligna, pronunciando cada palavra lentamente e fazendo esforço para não dizer um palavrão.

— Ei, seus pais não ensinaram que é rude entrar sem bater na porta? – Lory pergunta, levantando-se e revelando sua roupa de espadachim.

— Não mude de assunto. – Ren diz ameaçadoramente – Você mandou alguém nos seguindo, presidente?

— Você sempre pensa que eu estou planejando algo suspeito. – Lory retruca.

— Não existe isso de estar pensando. Eu sei que está planejando algo suspeito.

— Vamos lá, Ren. São só algumas fotos. – Kuu diz sorrindo.

— É a minha vida pessoal. Nossa vida. – Ren olha para Kyoko que não estava mais do seu lado, mas sim sentada na frente da Tv, olhando com uma expressão estranha para uma das imagens.

— Kyoko, o que está fazendo?

— Olha isso! – Kyoko aponta para ela mesma, que na foto estava patinando – Eu não estava assim estava?!

— Hã?

— Eu pareço uma galinha no gelo! Meu deus! – Kyoko pega o controle, passando as fotos.

— Yashiro-san. – Ren olha para o homem que congela. – Você sabia sobre isso?

— Eh? Não! Não! Eu não sabia de nada! Eu juro Ren! – Yashiro diz, negando em desespero.

— Eu não acredito nisso. – Ren diz, olhando severamente para cada um deles – Vocês não tem nada melhor para fazer do que espiar a vida dos outros?

Os cinco se encaram, olhando novamente para Ren com um sorriso malicioso.

— Não. – eles respondem ao mesmo tempo.

— Além disso, é divertido ver vocês dois agindo love-dovey. – Date diz sorrindo.

— Até você diretor! – Ren suspira – Afinal, o que você está fazendo aqui? – Ren olha para Lory.

— Vim falar sobre a turnê que a Mogami-kun vai fazer.

— Eh? – Ren olha para Lory, surpreso. Então ele desvia seu olhar para Kyoko, que olhava para Lory surpresa. – Que turnê?

— Uma turnê mundial da cantora Fumiko Aiko a.k.a. Mogami Kyoko. – Lory diz.

— Mundial? Uow, parabéns Kyoko-chan. – Yashiro sorri.

— Espere ai, presidente. – Kyoko entra na conversa – Eu pensei que eu não ia para essa turnê.

— Quem disse isso?

— Vo... – Kyoko se cala. Lory não tinha dito isso. Ele tinha dito que ainda não estava decidido. – Será que você poderia me explicar melhor sobre isso?

— Claro. Foi para isso que eu vim.

— Diretor, será que eu poderia conversar com o presidente por um tempo? – Kyoko pergunta.

— Claro. Nós vamos gravando as outras cenas na frente. – Date sorri – Lory, eu quero umas cópias dessas fotos.

— Pode deixar. – Lory sorri. Kuu, Julie, Date e Yashiro saem da sala e Ren fica lá, parado, por um momento, olhando para os dois sem expressão. Então ele se vira, saindo e fechando a porta atrás de si.

 

Já eram quase nove horas da noite. Ren estava sentado em seu sofá, com um copo de uísque em sua mão. Ele olhava para frente, mas não fixava seu olhar em nada. Em sua mente duas palavras ecoavam. “Turnê mundial”. Ren não soube muito bem como reagir depois de escutar aquela notícia. Ele simplesmente sentiu uma enorme sensação de solidão se instalar em seu coração. Ren já tinha ouvido falar sobre turnês. Elas eram difíceis, com um ritmo puxado e longas. Principalmente longas. Ren sabia que a menor turnê duraria em volta de 6 meses e a mais longa poderia durar mais de 2 anos. E isso significava sem ver Kyoko. Sem olhar nos olhos dela. Sem ver seu sorriso. Sem tocá-la. Sem abraçá-la. Sem beijá-la.

Mas se ele pensasse nela, veria que aquilo era apenas egoísmo dele. Era a carreira dela. Era trabalho. Não foi ele mesmo que lhe disse que uma pessoa que não consegue atuar não era necessária no set? Isso se aplicava à situação. Ren sabia que essa turnê significaria um grande passo na carreira como cantora de Kyoko. Era o sonho dela se tornar uma estrela, certo? Se era assim, quem era Ren para impedi-la? Ele não podia dizer “Não vá”. Era muito egoísta, além de que iria machucar ela, já que Ren tinha grande influência nela e ela talvez ficasse mesmo, ainda que contra seu desejo, e ele só seria um problema, caso dissesse isso.

A cabeça de Ren se ergue ao ouvir a campainha tocando. Ele coloca o copo na mesa e levanta-se, indo até a porta, abrindo-a.

— Boa noite, Ren. – Kyoko diz, sorrindo. Mas havia algo ali que não estava certo. Parecia um sorriso forçado.

— Entre. – Ren diz, sorrindo. Kyoko obedece, e Ren fecha a porta. Os dois vão para a sala, sentando-se no sofá. – Pensei que tinha vindo ver se eu havia comido.

— Ah, eu esqueci disso. – Kyoko diz, desviando o olhar. – Ren, eu... Nós precisamos conversar.

— Algum problema? – Ren pergunta, recostando-se no sofá.

— Sobre hoje de manhã, quando o presidente falou sobre a turnê, eu não consegui entender sua expressão. O que você pensou lá? – Kyoko pergunta, hesitante.

— Me desculpe se eu te preocupei. – Ren sorri – Eu só fiquei surpreso ao ouvir sobre isso.

— Só surpreso?

— Claro que fiquei feliz também. É um passo para realizar seu sonho, não? – Ren se inclina para beijá-la, mas Kyoko desvia o rosto – Kyoko?

— Você se lembra quando eu estava começando nesse ramo e que você disse que eu deveria aceitar todo tipo de trabalho, não importando se eu me sentisse desconfortável ou não quisesse fazê-lo por algum motivo?

— Sim. – Ren sabia onde aquela conversa iria.

— Eu decidi duas coisas, Ren.

— Duas? – Ren pergunta sem entender.

— Eu vou nessa turnê. – ela diz confiante.

— Sim, eu já sabia disso Kyoko. Você não é do tipo que desiste no meio do caminho. Eu gosto disso em você. – Ren sorri.

— E a outra coisa é que... Nós devíamos terminar. – ela diz, olhando diretamente nos olhos dele. Ren olha para ela, sem expressão. O que significava aquilo? Ela não gostava mais dele?

— Kyoko, por favor, me explique o que exatamente você está dizendo. Eu não estou entendendo. – Ren diz, fechando seus punhos.

— Nós não devíamos mais namorar. Devíamos nos separar.

— Por...que? – Ren pergunta, sentindo seu coração apertado. Parecia que tinha algo afiado contra ele, machucando-o.

— Ren essa turnê vai ser longa. O presidente me disse que iria duraria um ano, mas pode ser mais. Muito mais. Eu não quero deixar você aqui me esperando. É injusto com você.

— Kyoko você faz idéia do que está falando? – Ren pergunta.

— Sim.

— Você está dizendo que nós devíamos nos separar. Mesmo que nos amemos. – Ren olha para ela, sério. Então ele percebe que olhos dela estavam vermelhos. Ela tinha chorado?

— Ren, assim é melhor para você.

— E você?

— Eu vou ficar bem. Eu não quero te machucar Ren. É melhor nos separarmos agora, enquanto não estamos tão envolvidos. Enquanto não... Não temos sentimentos tão profundos.

— Não estamos envolvidos? – Ren pergunta amargamente – Não temos sentimentos profundos?! Kyoko, pelo amor de deus, o que eu sinto por você é o sentimento mais profundo que eu senti em toda minha vida e pensei que não fosse capaz de sentir algo assim por alguém. Eu sei que você sente o mesmo, não tente negar! Como você ainda pode dizer que não estamos envolvidos?! Mesmo depois de tudo que nós passamos. Depois de ontem à noite...

— Ren, é um ano! Um ano ou mais! Você vai ficar triste! Mesmo que não demonstre ou tente negar. Eu não quero te prender a mim desse jeito. Não é justo. É imperdoável te fazer sofrer mais do que já fiz.

— Você está me fazendo sofrer agora. – Ren diz, os olhos cheios de dor.

— É justamente por isso que devíamos nos separar!

— É isso que você quer?

— Sim.

— É o que seu coração quer?

— S-sim.

— Eu não acredito em você.

— Ren! Eu to dizendo que é isso que eu quero! Eu quero me separar de você!

— Então porque está chorando tanto? – Kyoko olha para ele surpresa e levanta sua mão, tocando em seu rosto, sentindo as lágrimas escorrerem entre seus dedos. Ren olha para ela, com uma sorriso doloroso e ao mesmo tempo confortador. Ele estende a mão, tocando a bochecha dela, limpando as lágrimas. De repente, ele a puxa pelo pulso, abraçando-a com força, afundando sua cabeça no pescoço e cabelos dela. Kyoko tentava se afastar, mas Ren era mais forte.

— Eu te amo. Esperei 5 anos para dizer essas 3 palavras. Vivi dois anos sem ter a menor idéia se você estava viva ou não. Um ano não é nada se comparado a isso. – Ren diz, apertando o abraço. – Mas eu não posso suportar ter você dizendo que quer separar-se de mim. Que não me ama. Dói muito, Kyoko...

— Não... – Kyoko sussurra baixinho. Tão baixinho que Ren quase não escutou.

— O que disse?

— Não quero! – Kyoko sobe no colo de Ren, abraçando-o com força – Eu não quero acabar tudo! Eu não quero me separar de você!

— Então não o faça. Fique comigo. – Ren diz no ouvido dela. Ele se afasta um pouco, segurando o rosto dela em suas mãos e deposita um gentil beijo nos lábios dela.

— Eu quero ficar com você, Ren. – ela murmura, olhando nos olhos dele.

— Eu sei.

— Me desculpe por mentir. Me desculpe por ser tão egoísta.

— Eu sou a pessoa egoísta aqui, Kyoko. – Ren sorri.

— Não é verdade. Você é a pessoa mais carinhosa, gentil, amorosa, corajosa, sincera, humilde, charmosa, bonita, sexy... – Kyoko vai ficando vermelha.

— Não sabia que você me achava sexy. – Ren diz, com um sorriso torto.

— Qualquer pessoa com olhos pode ver isso. Tudo isso em você. Você é uma das pessoas mais maravilhosas que eu conheço Ren.

— Você é a pessoa mais maravilhosa que eu conheço. – Ren diz, sorrindo e fazendo Kyoko corar.

— O-obrigada. – eles se olham por alguns segundos, sorrindo. Então Kyoko lembra-se de algo. - Mas e a turnê? – Kyoko pergunta, se afastando um pouco.

— É apenas uma turnê. Não é como se ela fosse durar para sempre.

— Mas nós não vamos nos ver por um ano ou mais. Você não vai ficar triste?

— É lógico que vou sentir saudades e vou pensar em você todos os dias. – Ren sorri, beijando-a de novo. – Mas não significa que não vamos nos ver.

— Ren, acho que você ainda não entendeu. É uma turnê. Mundial.

— Eu sei. Mas eu conheço uma maneira de ver você bem fácil. É rápido, custa pouco e posso te ver ou ouvir sua voz a qualquer hora que eu quiser onde eu quiser.

— Sério? – Kyoko olha para ele, animada – Como?

— Não sei se você conhece, mas é algo bem simples, pequeno e que posso carregar no bolso. – Ren sorri.

— O que é?

— Um celular, Kyoko. – Ren diz e Kyoko olha para ele, sem expressão. Então ela começa a rir.

— Eu tinha esquecido disso. – ela diz, rindo. Ren olha carinhosamente para ela, pensando como aquele sorriso podia mudar tudo o que ele pensava.

— Então... Você disse que não estávamos ligados profundamente. – Ren diz, olhando para o lado.

— Me desc... – Ren a interrompe.

— Posso fazer você mudar de opinião em alguns segundos. – Ren olha para ela, com um sorriso do imperador da noite – Que tal aprofundarmos nossa relação, ein? – ele pergunta, enquanto vai beijando o pescoço dela.

— Ahh... – Kyoko se encolhe, sentindo os lábios de Ren descerem pelo seu pescoço e a mão dele descendo por sua blusa, desabotoando-a. – Eu esqueci...de algo.

— Hum? – Ren pergunta, sem parar de beijá-la.

— Você também é um pervertido. – Ren solta uma risada, antes de levá-la para seu quarto.

 

— O que você acha, Hirotaka-san?

— Sim, eles estão de fato namorando. – Date diz, sorrindo para a apresentadora.

— Nós já perguntamos a várias pessoas da platéia, e todas disseram o mesmo. Por que você acha isso? – ela pergunta.

— Olhe para eles. Não parece ter uma aura rosa, cheia de coraçãozinhos ao redor deles? – Date sorri, olhando para Ren e Kyoko, que se olharam sorrindo, e então olharam para apresentadora, dando um sorriso misterioso.

— Realmente, vocês formam um belo casal! – a platéia apóia com gritos. – Mas não podemos julgar só por olhar, certo? Não queremos cair num boato igual com o do Fuwa-san.

— Com certeza. – Ren diz, dando seu sorriso brilhante.

— Com esse sorriso é mais fácil você fazer todo o Japão se apaixonar por você. – Kyoko diz baixinho, mas sua voz ecoa por todo o estúdio, fazendo todos rirem.

— Ora, isso seria ciúme? – Ren olha para ela, com um sorriso torto.

— Você é ciumenta, Mogami-san? – a apresentadora pergunta, sorrindo.

— Eu realmente não sei. Mas acho que no fundo, todos tem ciúmes de alguma pessoa. Mostra o quanto nos importamos com elas.

— E você Tsuruga-san?

— Acho que sim. – Ren sorri.

— Você acha!? – Kyoko pergunta incrédula, fazendo a platéia rir.

— Parece que vocês dois se dão muito bem mesmo. Então vamos a pergunta principal da noite. Preparem seus corações, mulheres e homens do Japão! – ela diz para a platéia, que se cala, num suspense. – Tsuruga Ren e Mogami Kyoko estão mesmo namorando?

Ren e Kyoko olham para a mulher, então olham para Date e depois para a platéia.

— Ei, vocês querem matar as pessoas de tanta curiosidade, é? – Date pergunta – Por que se for, estão conseguindo. – todos riem.

Ren aproveita o momento e puxa o rosto de Kyoko, virando-o para si e dando um rápido beijo em sua boca. A platéia olha chocada e depois explode em gritos. A apresentadora estava vermelha. Eles estavam em rede nacional. Todo o Japão havia visto aquele beijo.

— Mas que bom ser jovem... – Date comenta, sorrindo e todos riem.

— Um novo casal surgiu pessoas de todo o Japão! Mogami Kyoko e Tsuruga Ren estão namorando!!! – a mulher diz, fazendo toda a platéia gritar, animada. Alguns estavam tristes por não terem mais uma ‘chance’ com seus ídolos, mas acabaram parabenizando eles, em forma de gritos.

— Parabéns!! Desejo toda a felicidade para vocês. – a apresentadora diz, acalmando-se.

— Obrigado. – Ren sorri, segurando a mão de Kyoko.

— Mas agora todos nós estamos mais curiosos. Desde quando estão juntos?

— Hum... Faz algumas semanas. – Kyoko diz, pensando.

— 2 meses. – Ren diz.

— 2 meses?! – Kyoko e a apresentadora olham para ele, surpresas. A platéia ri da expressão de Kyoko.

— Por que você está surpresa, Kyoko-chan? – Date pergunta, olhando para ela e segurando uma risada.

— Não... Por algum motivo parece ser menos tempo. Faz realmente 2 meses? – ela pergunta, olhando para Ren.

— Aproximadamente.

— Nossa, vocês realmente conseguiram esconder isso por muito tempo. É uma proeza considerando o quão famosos vocês são. – a mulher diz, sorrindo.

— Pois é. Pena que a minha câmera não pensa o mesmo. – Date comenta, sorrindo.

— Mas quem se apaixonou primeiro? Você foi pega pelo título de co-star killer, Mogami-san?

— Não, fui eu quem me apaixonei primeiro. – Ren diz, sorrindo.

— Tsuruga-san?! – a platéia olha para ele surpresa.

— Sim, há cinco anos atrás.

— CINCO?!! – a apresentado olha para ele incrédula.

— Sim. – Ren sorri.

— É chocante, não? Eu reagi do mesmo jeito. – Kyoko sorri.

— Nossa, foi há muito tempo mesmo. Como você percebeu que gostava dela, Tsuruga-san?

— Uma galinha me disse. – Ren sorri.

— Espera, você disse uma galinha? – Date pergunta.

— Isso. Uma galinha me disse. Ela era tão teimosa e conseguia ver através de mim completamente. Era meio irritante. – Ren diz, lembrando-se.

— Não era porque você a irritava? – Kyoko pergunta.

— Talvez você tenha razão. – Ren sorri.

— Então uma galinha disse que você estava apaixonada pela Mogami-san. Nossa, isso é estranho.

— Nesse ramo muitas coisas estranhas acontecem. – Date diz.

— Mas quem se confessou primeiro?

— Ele também. – Kyoko diz – Pensando bem, aquela não foi uma das melhores confissões.

— Foi tão ruim assim? – Date pergunta, sorrindo.

— Foi a minha primeira confissão. Não pode se esperar que eu seja um profissional nisso. – Ren retruca e todos riem.

— Bem, você é mais do tipo que recebe as confissões. – a apresentadora sorri.

— Com certeza. Foi o dia mais assustador na minha vida. Não sei como as mulheres agüentam a pressão de se confessar.

— Nós temos nossas habilidades. – a apresentadora diz e Kyoko concorda.

— Então? Como é a vida de casal? Não é difícil namorar sendo tão ocupado?

— É um pouco difícil, mas sempre damos nosso jeitinho. – Kyoko sorri para Ren.

— Vocês já tiveram alguma briga? – ela pergunta – Não, acho que não. Vocês são um casal perfeito.

— Não, não, hoje mesmo nós brigamos. – Ren diz.

— Eh? Por que?

— Porque alguém – Kyoko lança um olhar para Ren - se recusa a comer direito.

— Você come pouco, Tsuruga-san?

— Pouco? Isso é eufemismo. – Kyoko diz.

— Eu estou aqui como testemunha. Eles brigam todo dia por causa disso. – Date diz, rindo – Acho que vocês puderam ver no making of de Forbidden Love.

— Ah, sim! Eu assisti todos os episódios! Tenho certeza de que vocês também, certo? – ela pergunta e a platéia responde um sim.

— É tão romântico e triste! Mas também tão engraçado!

— Obrigado(a). – os três respondem.

— Só falta mais dois episódios, certo? Vocês já estão sentindo saudade?

— Sim, foram meses maravilhosos de gravação. O pessoal é tão divertido.

— Que tal nós vermos algumas fotos disponibilizadas pelo próprio diretor? – a mulher sorri.

— Eh? – Kyoko e Ren olham para Date e ele sorri maliciosamente. Todos olham para o telão e logo imagens começaram a ser exibidas.

A primeira mostrava todo o elenco. Desde os maquiadores, ou operadores das câmeras até os atores e o diretor. A segunda os mostrava se preparando para gravar alguma cena. A terceira mostrava Kyoko e suas amigas, Kate, Julie e Itsumi, rindo. Outra mostrava Kyoko brigando com Ren, enquanto ele olhava para um prato de comida lotado de todos os tipos de comida. Nessa a platéia riu.

Outra mostrava Date, Kuu e Julie olhando maliciosamente para Kyoko e Ren, que conversavam, sorrindo. Outra mostrava Kyoko nas costas de Ren, rindo.

— Uow, brincando de cavalinho no meio das gravações? – Date ri.

— Não estávamos brincando. Estávamos ensaiando para uma cena. – Kyoko diz.

— Parece que estavam se divertindo muito. – a apresentadora diz, rindo.

Mais fotos aparecem, como uma em que Ren abraçava Kyoko por trás, uma em que Kyoko segurava o braço de Ren, fazendo-o ficar a sua altura e sussurrava algo em seu ouvido. Uma em que Kei abraçava Kyoko e Ren olhava para eles, sério.

— Então você é mesmo ciumento, Tsuruga-san. – a apresentadora sorri.

— Sim... – Ren sorri sem graça.

E então a última: Ren deitado no sofá, e Kyoko no chão, ao seu lado, segurando sua mão. Eles tinham seus rostos totalmente riscados de preto e Kuu estava ao lado de Kyoko e Julie ao lado de Ren, sorrindo e fazendo um sinal de paz e amor.

A platéia começa a rir desesperadamente e até mesmo a apresentadora estava rindo. Date tentava segurar o riso, mas não estava conseguindo muito. Kyoko estava com o rosto vermelho, e Ren tentava o máximo não demonstrar vergonha.

— Foi um flagra muito bom. Quem desenhou aquilo nos rostos deles?

— Kuu. – Date diz, acalmando-se.

— Nós tivemos nossa vingança. – Kyoko diz, sorrindo maldosamente.

— Por algum motivo, eu não quero saber qual foi. – a apresentadora diz, tremendo. – Bom, nosso programa está nos final. Querem dizer mais alguma coisa?

— Assistam ao Forbidden Love. Não percam por nada esses últimos episódios. – Date diz, sorrindo.

— Tsuruga-san?

— O mesmo do Date-san.

— Mogami-san?

— Assistam, e vão ao meu show dia 13 de novembro. Os ingressos já estão á venda. – Kyoko sorri e a platéia grita, dizendo que vai ao show.

— Ótimo! E agora, para finalizar, Mogami-san estará cantando para nós!

 

Você é assim
Um sonho pra mim
E quando eu não te vejo
Eu penso em você
Desde o amanhecer
Até quando eu me deito...

 

Eu gosto de você
E gosto de ficar com você
Meu riso é tão feliz contigo
O meu melhor amigo
É o meu amor...

 

E a gente canta
E a gente dança
E a gente não se cansa
De ser criança
A gente brinca
Na nossa velha infância...

 

Seus olhos meu clarão
Me guiam dentro da escuridão
Seus pés me abrem o caminho
Eu sigo e nunca me sinto só...

 

Você é assim
Um sonho pra mim
Quero te encher de beijos
Eu penso em você
Desde o amanhecer
Até quando eu me deito...

 

Eu gosto de você
E gosto de ficar com você
Meu riso é tão feliz contigo
O meu melhor amigo
É o meu amor...

 

E a gente canta
E a gente dança
E a gente não se cansa
De ser criança
A gente brinca
Na nossa velha infância...

 

Seus olhos meu clarão
Me guiam dentro da escuridão
Seus pés me abrem o caminho
Eu sigo e nunca me sinto só...

 

Você é assim
Um sonho pra mim
Você é assim...
Você é assim...
Você é assim...

 

Você é assim
Um sonho pra mim
E quando eu não te vejo
Penso em você
Desde o amanhecer
Até quando me deito
Eu gosto de você
Eu gosto de ficar com você
Meu riso é tão feliz contigo
O meu melhor amigo
É o meu amor"

 

— Estou cansada. – Kyoko murmura, encostando-se em Ren.

— Já faz duas semanas desde que anunciamos nosso relacionamento e eles ainda estão nos perseguindo. – Ren diz, abraçando ela e acariciando seus cabelos.

— Pois é... Mas tem uma coisa boa em tudo isso.

— O que?

— Falta bem pouquinho pro meu show! – Kyoko sorri, agora animada.

— Falando nisso, Yashiro-san agradeceu pelo ingresso e disse que vai.

— Sério? Que bom! – Kyoko pula animada – E você? Você vai? – ela pergunta, com olhinhos esperançosos.

— Eu não perderia isso por nada. Além disso, eu quero escutar a música que você fez para mim. – Ren sorri, puxando-a de volta para seu abraço.

— Ah Ren, ela está tão legal! Tomara que goste!

— É claro que vou gostar, afinal você quem fez. – Ren sorri, beijando-a. – Falando em show, ouvi dizer que a abertura das vendas do seu CD com o Fuwa foi incrível. Suas músicas já estão no topo.

— Pois é! E olha que só faz alguns dias. – eles ficam em silêncio alguns minutos, até que Ren o quebra.

— Ei, amanhã nós vamos fazer a cena de cama.

— Eu sei. Está nervoso, Ren? – Kyoko dá um sorriso maroto.

— Não. Vai ser fácil.

— Ah, me desculpe. Esqueci que estava falando com o gênio da atuação. – Kyoko diz ironicamente e Ren ri. – Ah, eu quase esqueci!

— O que?

— Sabe, o presidente me mandou uma roupa e disse que era para eu vestir e mostrar a você.

— A mim? Por que?

— Eu não sei. Ele murmurou algo como ‘vai ser divertido’.

— Eu não gosto disso.

— Eu gosto. – Kyoko sorri, levantando-se – Fique aqui. Quando eu estiver pronta, eu te chamo.

— Hum, ok. – Ren observa Kyoko dar a volta, indo para seu quarto e trancando-se lá. Ren ficou olhando para o nada, até sentir algo se instalar em seu colo. – Agora você quer ser aproveitar do meu colo? – Ren sorri para o gatinho, acariciando-o.

— Miaau~ - ele se aconchega.

— Ei, acho que sua mãe está planejando algo muito ruim para mim. O que você acha que é?

— Miau.

— Não, ela não tem dinheiro pra isso.

— Miau...

— Você acha que ela faria isso?

— Miau~

— O que eu estou fazendo? – Ren suspira – Não acredito que falei com um gato.

— Ren! – ele escuta um o chamado dela.

— Seja o que deus quiser. – Ren acomoda o gatinho no sofá e levanta-se, indo para o quarto de Kyoko. Ele abre a porta e seu queixo cai.

“Isso é uma conspiração contra mim?!”

Ren olha a figura ali deitada na cama de forma sensual, contendo-se para não pular em cima dela.

 

 

(imaginem a Kyoko assim!)

 

Ele continuou parado na entrada do quarto, olhando para Kyoko sem expressão. O que ela estava tentando fazer com ele?! Seduzi-lo? Mostrar seu poder sob ele? Matá-lo de tanto desejo?

Kyoko sorriu maliciosamente, deitando-se virada para Ren, de barriga para baixo, levantando suas pernas e balançando-as. Ela usava seus cotovelos para se apoiar na cama e suas mãos apoiavam sua cabeça.

— O que acha? – Kyoko pergunta, percebendo o olhar petrificado de Ren sob ela.

— ...Bom. – Ren diz, sem parar de olhá-la, mas ainda não demonstrando expressão. Ele sentia um leve desconforto em suas calças.

— Não, não, não era isso que eu queria. – Kyoko sorri, levantando-se e andando até Ren, que dá um passo para trás. Kyoko olha para ele e estende as mãos em sua direção. Ren a observa passar cada braço por um lado do seu corpo, e quando ele pensou que ela iria tocar nele, ela fecha a porta, sorrindo. Então Ren sente o corpo dela roçando levemente contra o seu, e finalmente ele reage, conseguindo um vermelho nas bochechas. Ren desvia o rosto, e Kyoko percebe.

— Ren, você tem que olhar para mim. – Kyoko diz, colocando uma mão no peito dele e usando a outra para fazer ele virar seu rosto para ela, fazendo-o olhar diretamente para ela. – Agora, por que não fazemos algo divertido? – ela dá um sorriso safado, deslizando as duas mãos pelo peito dele. Ela vai puxando-o pela gravata, em direção a cama e Ren vai andando igual um zumbi, hipnotizado por Kyoko. Então ela o empurra de leve, fazendo-o cair sentado na cama. Ela sobe em cima dele e Ren engole um seco. Ela desfaz o nó da gravata dele, tirando-a e jogando-a longe. Então, Kyoko vai desabotoando botão por botão da blusa de Ren, enquanto esse coloca suas mãos na cintura dela.

— Kyoko, você está brincando com fogo.

— Não se preocupe, não vou me queimar. – ela sorri, abrindo a blusa dele.

— Quer mesmo fazer isso?

— Eu pensei que já tinha deixado isso claro Ren. – ela sorri, jogando a blusa dele longe e começando a beijar o pescoço dele.

— Ah, que seja! Eu já vou mesmo para o inferno! – Ren beija Kyoko apaixonadamente, deslizando as mãos pelas costas dela, abaixando o zíper da blusa.

— Você...

— Hum? – Ren murmura, com a boca no pescoço dela dando pequenas sugadas nele, enquanto sua mão corria livremente pelo tronco dela.

— Você está mais magro.

— Não estou não. – Ren diz rapidamente. Se aquilo continuasse, Ren não conseguiria o que queria. E o que ele queria era Kyoko.

— Você está sim. Seu músculo está 2mm menor do que há 2 semanas atrás.

— Nós estamos nos últimos dias de gravação do nosso drama. É mais corrido e eu não tenho muito tempo de intervalo, além de ter a minha agenda lotada. Não se preocupe, eu vou comer alguma coisa depois. – Ren diz, descendo seus beijos em direção aos seios dela.

— Não quero mais.

— Hã? – Ren se afasta, olhando incrédulo para ela.

— Se eu tiver que parar de tocar em você para você comer direito, eu vou fazer isso. – Kyoko sai de cima do colo de Ren, ficando de pé.

— Espera ai! – Ren segura o pulso dela – Você está dizendo que eu só vou poder tocar em você, abraçá-la e beijá-la e fazer outras coisas desse tipo se eu comer como você quer que eu coma?

— Não. Você pode comer o que quiser, desde que seja 3 vezes por dia e que seja uma refeição completa e nutritiva, não só um bolinho de arroz. Se fizer isso, você poderá me tocar o quanto quiser. Eu realmente não queria tomar essa decisão, mas você não me dá outra escolha.

— Dou sim! Você pode... me deixar sem ver Tv se eu não comer! – Ren diz, quase desesperado.

— Você quase não assiste Tv. Ren, entenda, isso é para seu próprio bem.

— Não vai me fazer nada bem ficar sem te tocar. – Ren diz, olhando para ela. Então ele tem uma idéia. Ele coloca seu olhar de filhotinho abandonado no nível máximo e olha para ela diretamente nos olhos dela – Você não vai fazer isso comigo, não é Kyoko?

— Cada refeição completa vale um beijo e um abraço. Cada semana completa, com refeições completas 3 vezes por dia, vale uma noite do jeito que você quiser gastá-la.

— Kyoko, você não está falando sério, está? – Ren olha suplicante para ela.

— É só você quem sai perdendo Ren. Não me desaponte. – Kyoko sorri, dando um beijo na boca dele, fazendo com que Ren estique o pescoço, tentando fazer o beijo durar o máximo possível. – Sem trapaças. Você pode dormir aqui hoje. Tenho trabalho para fazer agora. – Kyoko pega seu pijama, indo para o banheiro e deixando um Ren totalmente sem expressão.

“Você está séria?!”

 

— Me desculpe, o que você disse, diretor? – Ren pergunta pela terceira vez.

— Eu disse que a cena de cama foi adiada. Kyoko-chan pediu para adiarmos ela devido a um problema.

— Que problema?

— Ela não disse.

— Ela não pode ter ido tão longe só por causa daquilo, não é? – Ren pensa, mas sem querer fala em voz alta.

— Daquilo? – Date olha para ele suspeitamente – O que houve?

— Nós tivemos um pequeno desentendimento.

— Que desentendimento? O que você fez pra ela?

— Por que você está dizendo que a culpa é minha, diretor?

— Por que é obvio que a culpa é sua. Agora, o que você fez?

— Ela colocou algumas regras relacionadas a minha liberdade do fazer coisas como namorado.

— Que coisas? Por que ela fez isso?

— Ela disse que eu estou magro e disse que ‘sem comida, sem Kyoko’.

— Sem comida, sem Kyoko? – Date olha para ele incrédulo e começa a rir.

— Não é engraçado, diretor.

— Ren, Date-san! – Kuu se aproxima com a esposa, sorrindo – Do que estão rindo?

— Kyoko-chan proibiu Ren de tocá-la se ele não comer.

— Eh? Sério? – Kuu olha para Ren.

— Ela disse “sem comida, sem Kyoko”. – Kuu e Julie se olham, então começam a rir.

— Não tem graça. – Ren retruca, com uma aura assustadora ao seu redor, fazendo os três pararem de rir de uma vez.

— Diretor! – Kyoko se aproxima, sorrindo – estamos prontos lá.

— Ah, sim. – Date sorri. – Hã, Kyoko-chan?

— Sim?

— Você poderia segurar a mão do Ren só para eu ter uma idéia de como vai ser a capa do CD da OST do Forbidden love?

— Me desculpe, mas devo recusar. Peça ao Oto-san e a oka-san, eles com certeza vão lhe ajudar. – Kyoko sorri educavelmente e se afasta.

— Uow, ela está levando a sério mesmo. – Kuu diz, olhando para a filha.

— Ela é assim. – Julie sorri – Vamos ver quanto tempo você agüenta, Ren. – ela se afasta rindo.

— Isso é uma conspiração contra os homens? – Ren pergunta, suspirando.

— Não, contra você. – Date e Kuu se afastam, rindo.

 

As próximas semanas foram as piores possíveis para Ren. Kyoko estava tão ocupada com seu show tão perto, que eles praticamente não se viam. De manhã, Kyoko saia mais cedo, gravando suas cenas primeiro, então Ren chegava e eles gravavam as cenas deles juntos. Assim que acabava suas gravações, ela corria para finalizar outros trabalhos e então ia organizar, ensaiar e montar seu show. Quase todos os dias, Kyoko chegava em casa mais de meia noite, e ainda tinha que decorar suas falar para o próximo dia. No set, Ren e Kyoko viviam de um lado por outro, gravando suas cenas e quase não se falavam. Ren não ligava para ela, pois não queria atrapalhar, mas de vez em quando mandava mensagens falando que tinha comido direito.

Kyoko tentava seu máximo chegar em casa cedo, ou ligar para Ren, mas era simplesmente impossível com tantas coisas para fazer. Ela tinha que ensaiar coreografias, treinar sua voz, fazer do show algo que combinasse com sua imagem e que todos os seus fãs gostassem, habituar-se ao palco, para que na hora nada saísse errado. Fora isso, ela tinha sessões de fotos, propagandas a fazer, programas de Tv a aparecer. Ela não estava reclamando de nada disso. Ela amava muito seu trabalho e divertia-se muito, mas estava com saudades de Ren.

 

— Certo, Ren? – Lory olha para ele.

— Sim, vou avisar a Yashiro-san. Mas como nós vamos?

— Lógico que na minha limusine! – Lory diz sorrindo.

— Não. – Ren diz imediatamente. – Eu não vou ser visto saindo daquele troço amarelo que você chama de limusine. Vai afetar minha imagem.

— Que rude! Ela não é um troço e é muito linda! – Lory diz, triste – Mas não é nelas que vamos. Vamos numa maior, afinal, levaremos algumas pessoas.

— Algumas? – Ren pergunta curioso.

— Eu, você, Yashiro, Kuu, Julie, Kotonami-kun, Maria e os amigos da Mogami-kun.

— Entendo. Muito bem, vejo você ás 9 da noite em frente a LME.

— Perfeito. – Lory sorri e Ren se levanta – Ah, Ren.

— Sim? – ele olha para Lory.

— Estou em dúvida em algo. Quem é melhor empresário: uma mulher ou homem?

— Hã? Algum problema com Yashiro-san?

— Não. Apenas estou em dúvida em quem vai ser o empresário da Mogami-kun.

— Mulher. – Ren responde imediatamente.

— Ohhh? – Lory olha para ele maliciosamente – Qual o problema com um homem?

— Duas mulheres se entendem melhor e assim trabalham melhor, evitando problemas.

— Tem certeza? Não tem nada haver com seus sentimentos pessoais? – Lory sorri maliciosamente.

— Não sei do que está falando, presidente. – Ren dá seu sorriso brilhante e Lory simplesmente sorri, dando um sinal para Ren ir embora.

De noite, ao chegar no seu prédio, quando ele estava saindo do elevador, vê um homem saindo do apartamento de Kyoko. Ren para no corredor, olhando sem expressão e observa o homem melhor. Ele parecia ser jovem, no máximo 25 anos. Tinha cabelos castanhos e olhos da mesma cor, usava óculos e parecia ser do tipo que no colégio era o inteligente da sala. Mas ele era bonito. Bem bonito. Talvez pudesse até ser modelo.

O homem percebe Ren ali e dá um passo para trás, com as bochechas vermelhas. Ren estranha isso, mas dá seu sorriso brilhante e fala:

— Eu sou Tsuruga Ren. Muito prazer.

— Takashi Haruto. – o homem diz, curvando-se. – Me desculpe, mas tenho que ir agora. – ele acelera o passo, passando por Ren e entrando no elevador, evitando levantar a cabeça e olhar para Ren.

Quando as portas do elevador se fecham, Ren olha para a porta do apartamento de Kyoko e bate nela.

— Haru-chan? Você esqu... – Kyoko abre a porta, olhando para Ren, primeiro surpresa e então um sorriso toma conta do seu rosto. – Ren!

— Boa noite. – Ren sorri, empurrando ela para dentro e fechando a porta com uma das mãos, enquanto ela puxa a gola de sua blusa, encostando-se na parede e beijando-o. Ren responde imediatamente, ansiando por aquilo. Quando se separam, os dois estavam sem fôlego.

— Eu senti saudades. – Kyoko murmura, abraçando-o. Ren sorri, acariciando os cabelos dela.

— Eu também senti muito a sua falta. Mas e sobre aquelas condições? Achei que não me deixaria tocar em você.

— Bem, acho que você já aprendeu a lição, certo?

— Com certeza. – Ren solta uma risada baixa.

— E alem disso, eu senti falta disso. – Kyoko esfrega seu rosto contra o peito de Ren, aspirando seu doce cheiro.

— Você estava fazendo o que? – Ren pergunta, lembrando-se de Haruto.

— Hum, apenas arrumando algumas coisas para meu show.

— Aquele homem que saiu daqui, Haruto, quem era? – Ren pergunta, olhando para ela.

— Ah, ciúmes? – Kyoko sorri, afastando-se de Ren e indo para a sala.
Ren a segue, pegando-a em seu colo e sentando-se no sofá, com ela em suas pernas.

— Quem era ele, Kyoko?

— Meu novo empresário. – Kyoko sorri.

— Empresário? – então Ren lembra da conversa com Lory.

“Ele fez isso de propósito!”

— Temporário?

— Não. É a primeira vez dele como empresário, e o presidente achou que seria uma boa experiência ser o meu empresário. Ele é muito legal, Ren. Vou apresentá-los amanhã.

— Eu já conheci ele. Bom, nós nos falamos ali no corredor. – Ren diz, acariciando as costas da garota.

— Entendo. O que você achou dele?

— Hum, ele parece meio novo pra isso.

— Ele é apenas 2 anos mais velho do que eu.

— E ele é seu fã?

— Sim.

— E o que vocês fizeram aqui? – Ren pergunta, sondando ela.

— Hum, apenas conversamos. Falamos sobre trabalho, nos conhecemos melhor.

— Se conheceram melhor? – Ren pergunta, olhando para ela com a sobrancelha levantada.

— Ah, Ren, não comece a pensar coisas estranhas. Eu não estava te traindo com o Haru-chan.

— Haru-chan? Não é muito intimo para alguém que acabou de conhecer?

— Ren. – Kyoko segura o rosto dele entre suas mãos, fazendo-o olhar diretamente nos olhos dela. – Haru-chan não gosta de mim desse jeito. Não, ele nunca seria capaz de gostar de mim nesse jeito.

— Por que? Você é linda, inteligente, gentil, carinhosa, sexy, honesta, tem um bom coração, é engraçada, simpática...

— Ren, menos. – Kyoko pede, com o rosto vermelho. – De qualquer jeito, ele nunca olharia pra mim assim. Na verdade, quem deveria estar com ciúmes aqui deveria ser eu.

— Por que?

— Você não percebeu?

— Percebeu o que?

— Nossa, achei que você notaria de cara. – Kyoko murmura.

— Notaria o que? Kyoko, o que ele fez pra você? – Ren começa a ficar com raiva.

— Não, não. Ren, ele não gosta de mulheres.

— Como não? Ele é homem, lógico que gosta de mulheres. E você é tudo que um homem quer numa mulher.

— Ren, Haru-chan é outro tipo de cara. Ele gosta de homens. – Kyoko sussurra, claramente desconfortável por estar falando nisso.

— Eh? – Ren a encara incrédulo.

— Ele gosta de homens. – Kyoko sussurra de novo – Mas não diga pra ninguém! Ele me contou esse segredo e eu não lhe contaria se não confiasse em você.

— Ah. – eles ficam em silêncio por alguns minutos. – Foi por isso que ele corou quando me viu... – Ren sussurra.

— Ah, e eu ainda avisei que você era mais bonito pessoalmente e disse para ele tomar cuidado.

— Cuidado? Não é como se eu fosse atacar ele.

— Ah é? Há 10 minutos atrás você estava já planejando como matar ele só porque você o viu saindo do meu apartamento.

— Matar? Não é pra tanto. – então Ren sorri maldosamente – Apenas algumas cicatrizes.

— Ah, deixa isso pra lá. – Kyoko suspira – Você já jantou?

— Sim. – Ren responde, quase com orgulho de si mesmo.

— O que? – Kyoko olha para ele desconfiando.

— Rondelle ao molho putanesca – Ren diz, sorrindo.

— Parece ser gostoso. – Kyoko sorri.

— Sim, um dia nós vamos comer juntos. – Ren sorri.

— Sim! – Kyoko diz, animada. Então ela boceja.

— Sono?

— Um pouco. Não consegui dormir direito esses últimos dias. – ela diz, aninhando-se contra o peito de Ren.

— Por que?

— Muito trabalho, muita coisa pra fazer e resolver. Muita roupa para experimentar, coreografias, ensai... – a voz de Kyoko vai baixando até sumir. Ren olha para ela e percebe que ela havia dormido. Ele sorri, levantando-se e leva-a para seu quarto, colocando-a na cama. Ren muda as roupas dela para seu pijama, já sem medo de fazê-lo. Então ele volta para sua casa, pegando uma muda de roupas e seu pijama e indo para o apartamento dela. Depois de ter se trocado, Ren deita ao lado dela e a traz para mais perto, abraçando-a.

— Bons sonhos, meu amor. – Ren sussurra, dando um leve beijo em sua testa e adormecendo.

 

— Okay! Vocês estão prontos, Ren e Kyoko-chan? – Date pergunta, olhando para os dois atores. Eles se olham, sorriem e concordam.

— Sim!

— Muito bem!  Todos em silêncio! Vamos começar a cena mais quente do ano! – Date diz, sorrindo maliciosamente e todos riem. – E vocês dois! – Date olha para Kyoko e Ren – Não se deixem levar pela cena viu?!

— Diretor! – Kyoko olha para o homem levemente irritada e envergonhada.

— Eu não garanto nada. – Ren diz, sorrindo maliciosamente.

— Okay! Silêncio no set! – todos se calam, Ren e Kyoko fecham os olhos, respirando fundo. – Luzes? Câmera? Ação!

 

...

 

— Corta! – Date grita, e todos voltam a respirar. A cena havia sido a mais realista que eles haviam visto em toda sua vida de trabalho no show bussiness. Foi simplesmente...de tirar o fôlego.

— Ei, vocês dois! Deixem para continuar isso de noite! – Kuu diz, rindo e todos ali riem. Kyoko se senta na cama, com o lençol cobrindo seu corpo. Apesar dela estar usando algo parecido com um biquíni, mas que era invisível às câmeras, ainda se sentia envergonhada por fazer esse tipo de cena na frente de tantas pessoas. Ren, por outro lado, estava com um sorriso no rosto, sentando ao lado dela, sem blusa, com um tipo de short invisível à câmera, mas com o lençol cobrindo desde sua cintura até seus pés.

— Com certeza. – Ren sussurra no ouvido de Kyoko, que fica vermelha e joga o travesseiro no rosto dele.

— Continue sozinho! – ela diz, fazendo todos rirem. Kyoko se levanta e enrola o lençol por todo o seu corpo, parecendo um rolinho e saindo do set, mas Date a impede.

— Para onde pensa que está indo? Temos a outra cena agora e ela envolve a cama. – Date diz, fazendo Kyoko virar de volta para o set e voltar.

— Ah, tinha esquecido. – Kyoko sorri sem graça e volta para o set.

— Hum, mudou de idéia? – Ren pergunta, com um sorriso maroto. Ele bate a mão de leve na cama, ao seu lado, como se chamando Kyoko para deitar ali.

— Sem flertes Tsuruga-san! – Julie e Kaito dizem, rindo. Após descobrirem sobre a relação deles, todos ficaram muito felizes. Se bem que a maioria já desconfiava. Kei demorou um pouco para aceitar e passou dias observando Ren de perto e vendo se Kyoko estava feliz com ele, mas logo aceitou eles como um casal. Tanto, que já estava de olho numa das mulheres do elenco.

— Tudo pronto? – Date pergunta.

— Sim! – todos respondem.

— Okay, Ren, Kyoko-chan, sabem o que fazer? – Date pergunta, após ver Ren vestindo a calça que estava no chão.

— Sim. – Ren responde e Kyoko concorda. Ren volta a deitar na cama e Kyoko faz o mesmo.

— Pessoal! Essa é a última cena que vamos gravar! A última gravação de Forbidden Love! – todos batem palmas, animados. – Vamos terminar isso com estilo!

— Sim!

— Okay, vamos começar! Câmeras? Ação!

 

(N/A: Gente, quem já viu ‘Devil Beside You’ vai reconhecer essa cena!! É do episódio 20, a manhã depois da primeira noite juntos dos protagonistas. *não lembro o nome agora ^^* Bom, achei que se relacionava com a cena, então coloquei aqui.)

 

— Ah, aqui... Mais um pouqui...nho! Roupa... vem aqui pra mim... – Yumiko sussurrava para si mesma, deitada na cama, esticando uma mão para pegar suas roupas no chão, ao mesmo tempo em que segurava o lençol contra seu corpo, cubrindo-o.

— Ah... Só mais um pouquinho... – ela se mexe mais pra frente e Takumi percebe, abrindo os olhos e olhando para seu lado, onde Yumiko estava.

— O que você está fazendo? – ele pergunta.

— Kyaa! – Yumiko se assusta, caindo para fora da cama, de cara no chão, puxando o lençol junto. – Ai, ai... – ela geme, sentando-se no chão, enrolada no lençol, igual um rolinho. – Bom dia... – ela sorri sem graça para Takumi, que apenas sorriu e continuou encarando-a.

— Não me olhe assim, Taku-nii! – Yumiko vira-se, encostando-se na cama e ficando de costas para Takumi – Olha para lá! Eu quero me vestir!

Takumi sorri e deita-se na cama, deixando seu rosto ao lado do de Yumiko. A garota percebe e olha para ele, vermelha.

— Olha para lá, Taku-nii! – ela pede, escondendo o rosto no lençol.

— Eu vou fechar meus olhos. – Takumi diz, fechando-os.

— Sem espiar. – ela diz, olhando para ele.

— Sim. – ele sorri. Yumiko observa Takumi por alguns segundos e quando estava se esticando para pegar suas roupas, Takumi fala:

— Eu já vi tudo noite passada. Não tem motivo para esconder de mim agora. – Takumi diz, sorrindo maliciosamente.

— Taku-nii! – Yumiko cora, evitando olhar para ele.

— Ah ah... – Takumi suspira e olha para Yumiko – Por que minha irmã não herdou o belo corpo da sua mãe? – ele pergunta, olhando para ela.

Yumiko fica calada por alguns segundos e lentamente afasta o lençol de seu corpo, o suficiente para ela olhar dentro. Takumi aproveita e dá uma espiada.

— Taku-nii! – Yumiko puxa o lençol de volta, vermelha, encolhendo-se mais ainda.

— Na noite passada, quantas vezes nós fizemos? – Takumi pergunta, sussurrando na orelha dela com um sorriso malicioso – Você lembra?

— Ninguém fala sobre esse tipo de coisa... – Yumiko murmura, tentando esquecer as imagens que vinham em sua cabeça da noite anterior. Takumi dá uma risadinha.

— E ontem... Você ficava dizendo: Taku-nii, eu te amo... – Takumi diz, imitando a voz de Yumiko, sorrindo.

— Não é verdade! Eu não ficava! – Yumiko diz, ficando cada vez mais vermelha, e meio irritada. Então ela murmura – Eu achei que estava só pensando...

Takumi ri e Yumiko olha para ele.

— Por que você está rindo? – ela pergunta, meio irritada. Takumi sorri e levanta-se, saindo da cama e agachando-se na frente dela, pegando a blusa que Yumiko queria alcançar. Ele coloca a blusa na frente dela e sorri maliciosamente.

— Eu não acho que você queira se vestir. – ele sorri maliciosamente, jogando a blusa do outro lado do quarto.

— Ah! Seu demônio! Me dev... – Takumi chega perto de Yumiko, colando suas testas e deixando seus lábios a poucos centímetros de distância, ainda com um sorriso safado no rosto. Yumiko se cala, envergonhada.

— Isso mesmo. Eu admito. – ele diz, com um sorriso malicioso. Yumiko encara Takumi e ele sorri gentilmente, beijando a testa dela, fazendo a garota sorrir. Então ele beija a bochecha dela, e depois, lentamente, os lábios. Yumiko estava no paraíso. Não podia descrever o quão feliz estava, então apenas respondeu ao beijo.

 

— Corta! As gravações de Forbidden Love estão oficialmente finalizadas! – Date grita e todos voltam à realidade, batendo palmas, assoviando, sorrindo e parabenizando-se. – Ren! Ren!!! – Date chama e Ren separa-se de Kyoko, olhando meio perdido para o diretor – Já acabou a cena.

— Ah, desculpe. Acabei me empolgando um pouco. – Ren sorri sem graça.

— Percebi. Não, todos percebemos. – Date sorri maliciosamente e Ren percebe que todos olhavam para ele com o rosto vermelho.

— Ohh, agora está com vergonha? – Kyoko pergunta, sorrindo para Ren e se levantado.

— Vergonha não é a palavra certa para isso. – Ren sorri, levantando-se e então abraçando Kyoko pelas costa – Bom trabalho Kyoko. – ele diz, sorrindo e dando um leve beijo na bochecha dela.

— Bom trabalho, Ren. – Kyoko sorri. – Bom trabalho pessoal! – Kyoko parabeniza todos que agradecem, sorrindo e batendo mais palmas.

— Agora só falta ganharmos todos os prêmios!! – Kuu diz, rindo e todos riem.

— Aposto como a cena mais quente do ano já está garantida para nós!!! – Mathew diz, rindo e fazendo todos rirem.

— E lógico, a de protagonista mais sexy também! – Kei diz, sorrindo para Kyoko. Todos os homens concordam, rindo e assoviando para Kyoko.

— E o protagonista mais bonito também! – Julie diz, sorrindo. Agora foi a vez das mulheres se animarem.

— E lógico! O casal mais perfeito do ano! – Date, Julie e Kuu dizem, sorrindo maliciosamente.

— Nossa, de mais sexy para mais perfeito. – Kyoko sorri sem graça – Se me dão licença, a protagonista sexy aqui não quer ficar nesse modelito por muito mais tempo. – Kyoko diz, olhando para o lençol a sua volta.

— Hum, então tire ele. – Ren diz baixinho no ouvido dela, ameaçando tirar o lençol dela.

— Tem certeza de que quer isso? Todos esses homens vão me ver e fantasiar comigo. – Kyoko diz com um sorriso safado. Ren fica sem expressão e de repente ele a pega no colo, atravessando o estúdio e deixando ela dentro do vestuário.

— Não saia daqui até estar com roupas decentes. – ele diz, fechando a porta. Quando ele se vira, percebe o olhar de todos sobre ele. – Sim? – ele pergunta com o sorriso brilhante.

— Nada... – todos dizem com um sorriso malicioso no rosto. Ren olha para eles por alguns segundos, achando suspeito e vai se trocar. Quando ele acaba, vai falar com Date.

— Ah, Ren! Lory teve a idéia de juntar nossa festa com a festa de Hallowen que ele estava planejando. Eu já passei as informações para seu empresário e para o da Kyoko-chan.

— Hallowen? O presidente? – Ren pergunta, meio desconfiado.

— Sim. Bem, prepare-se. Do jeito que o Lory é, ele com certeza está aprontando alguma coisa.

— Sim. – então Ren olha em volta – Onde a Kyoko está?

— Ela já foi embora. Esse show ta exigindo muito dela.

— Ela foi de táxi?

— Não. Takashi-san veio há alguns minutos e levou ela.

— Quem?

— Takashi Haruto. O empresário dela. – Date explica.

— Ah, ele.

— Você o conhece?

— Nos encontramos uma vez.

— E você não está incerto?

— Incerto?

— Ele é um homem atraente e a Kyoko-chan uma mulher muito atraente. Talvez ele goste dela.

— Não. Ele não é uma ameaça. – Ren diz.

— E como você tem certeza?

— Instinto? – Ren sorri e se afasta, indo falar com seus pais e Yashiro.

 

— Kyoko, você já decidiu com que fantasia vai para a festa? – Ren pergunta, olhando para cima. Ele estava deitado no colo dela, o que já tinha virado um costume quando eles conseguiam um tempo juntos.

— Na verdade não. Eu estava pensando em só ir com um vestido branco.

— Eh? Isso é uma fantasia?

— Bem, pareceria um fantasma. – Kyoko sorri – Mas então Haru-chan me disse que eu tenho amanhã de folga o dia todo.

— Eh? – Ren olha para ela, surpreso – Amanhã?

— Sim, algum problema?

— Não, por algum motivo totalmente desconhecido, eu também estou de folga amanhã. – Ren diz, já pensando que Lory e Yashiro eram os culpados.

— Você quer ir procurar uma fantasia comigo? – Kyoko pergunta, animada.

— Claro. – Ren sorri – Podemos fazer um par.

— Fadas! – Kyoko diz imediatamente, entrando em seu mundinho encantado.

— Qual você prefere: Fadas ou princesas?

— Hum... – Kyoko começou a ditar tudo sobre as fadas e sobre as princesas, enquanto Ren apenas sorria, admirado com ela e feliz por estarem felizes juntos.

— Ren, você é mais o tipo de príncipe... Hum... Talvez Eric ou a besta.

— Besta? Você quer que eu me fantasie de besta? – Ren pergunta, com uma sobrancelha levantada.

— Não é isso. Mas a Bela e a Fera é um dos meus preferidos.

— Todos os contos de fadas são seus favoritos. – Ren diz.

— É verdade... – Kyoko sorri sem graça. – Que tal nos vestirmos de algo mal?

— Mal? Você quer ser a bruxa? – Ren não consegue evitar a risada.

— Eu não quero ser a bruxa! – Kyoko retruca – Você nunca viu filmes em que o vilão é sexy?

— Ah, então você quer ser a vilã sexy?

— Bom, eu estava pensando em fazer você o vilão sexy.

— Que tipo de vilão estamos falando?

— Não sei. Pirata?

— Ele é um vilão?

— Ele rouba. Acho que sim.

— Pirata hã... Que tal você ser minha sereia?

— Como eu vou fantasiada de sereia? Só de biquíni? – Kyoko pergunta e Ren pensa por alguns segundos.

— Não. Esquece a sereia. – se Kyoko saísse só de biquíni Ren com certeza seria tomado pelo ciúme.

— Eh? Por que?

— Eu não quero outros homens olhando para você só de biquíni. Pelo menos não quando eu posso evitar.

— Nossa, o motivo que você tem não é nem um pouco infantil. – Kyoko diz sarcasticamente.

— Você quer que eu seja adulto? – Ren pergunta, levantando-se.

— O que você vai fazer? Não, Ren! Espe... – Ren pega Kyoko no colo e vai andando para seu quarto – Ren!

— O que? Só vou lhe mostrar o quão adulto eu posso ser. – Ren diz, sorrindo e abrindo a porta de seu quarto.

— Eu não questionei sua idade! Só disse que aquilo pareceu igual uma garotinha que... – Kyoko se cala.

— Garotinha? – Ren olha para ela – Agora eu sou uma garotinha?

— Não! Não, Ren! Não foi isso...

— Vou te mostrar quem é a garotinha aqui. – Ren sorri maliciosamente, colocando Kyoko na cama e subindo por cima dela.

— Não, você é homem! Muito homem! Não duvido da sua masculinidade!!

— Xii... – Ren coloca um dedo sob os lábios dela – Está na hora de comer.

— Comer? Ren, não estou entend... – Kyoko solta um gemido baixo ao sentir os lábios de Ren em seu pescoço.

— Eu sou o Lobo mal. – ele sussurra contra a orelha dela - E adivinha? Nesse exato momento estou está com a chapeuzinho na minha cama, pronta para ser devorada. – Ren diz, sorrindo maliciosamente e então eles entram no seu próprio conto de fadas.

 


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Notas finais do capítulo

Agora que notei. Esse capitulo ficou ridiculamente grande. ¬¬
Bom, mereço reviews?