Forbidden Love escrita por carol_teles
Notas iniciais do capítulo
Oi gente. Eu sou a primeira nesse site a escrever uma fic sobre Skip-beat!
É o meu anime favorito junto de Shugo Chara!
Sabe eu tive essa ideia, mas ela ianda não está completa. Então por favor leiam e e digam se devo continuar ou não.
Bjos.
- Moooookoooooo-saaaaaaaaan!!! – uma garota corria pelos corredores. Ela tinha os cabelos alaranjados, olhos dourados e usava um vestido salmão. Ela estava correndo em direção a uma garota de longos cabelos pretos, usando uma saia e uma blusinha de alça.
- Môo! Você tem que gritar toda vez?! – Kanae pergunta, irritada pela atenção que agora todos davam as duas garotas.
- Moko-san! Eu senti sua falta! – Kyoko tenta abraçá-la, mas é impedida.
- Mooo, já entendi!
- Você não sentiu minha falta, Moko-san? – Kyoko pergunta com os olhos de um cachorrinho abandonado. Kanae hesita ao ver aquele olhar.
- N-n-não me olhe assim.
- Eu sabia... Moko-san me odeia... – Kanae olha para Kyoko, agora sentada de frente para a parede, mergulhada em uma profunda aura de depressão, com pequenos demônios a sua volta, apesar de ninguém poder vê-los.
- Eu senti sua falta também! – Kanae diz, e logo Kyoko estava abraçando-a, com um sorriso.
“Com certeza ela se recupera rápido”
- Então? Você é a atriz representante do Japão. Não tem trabalho? – Kanae pergunta, entrando na sala do departamento Love Me.
Kyoko agora tem 18 anos, e á poucos meses foi votada a melhor atriz do Japão. Todos os dias recebia várias propostas de dramas e filmes. Seu papel como Yui em um drama protagonizado por ela e Tsuruga Ren, sendo ele o seu par, recebeu prêmio e foi lançado até na América. Depois desse papel, a carreira de Kyoko decolou, e agora não era mais uma simples novata, e sim uma atriz profissional.
Kanae ainda tinha dificuldades de aceitar que Kyoko era melhor do que ela, mas estava feliz pela melhor amiga.
- O presidente me chamou. Eu terminei uma sessão de fotos mais cedo, e corri para cá para ver você.
- Sobre aquele perfume?
- Sim. E você Moko-san? Faz mais de duas semanas que não nos vemos. Como vai o drama com o Hiou-kun? – Kyoko pergunta com um sorriso malicioso.
- Bem. – Kanae vira o rosto, irritada com a expressão de Kyoko.
- Ele já se declarou pra você?
- Do que você está falando?! Ele tem só 14 anos! Eu tenho 19! É pedofilia!
- Ohhh, então você também gosta dele? – o sorriso de Kyoko aumenta.
- Já chega! Nossa amizade acabou. – Kanae se levanta.
- Não! Eu paro! Por favor!! – Kanae para de andar, paralizada. Não porque Kyoko se desculpou, mas porque ela não conseguia se mexer. O ar de repente estava pesado e os demônios de Kyoko estavam enrolados em suas pernas e braços.
- Não vamos deixar você ir...
- Afinal, você é uma amiga... – Kanae sentiu arrepios por todo o corpo. Então de repente o ar se tornou leve.
- Senta aqui Moko-san. – Kyoko pediu quase chorando.
- Ta, ta. – ela sentou – e você?
- O que tem eu?
- Tsuruga Ren e você. Como vai? – Kanae não pode deixar de evitar escapar uma risadinha ao ver a expressão de Kyoko. A garota tremia e suas bochechas estavam totalmente vermelhas.
- N-n-não tem nada! Tsuruga-san é meu sempai.
- E o amor da sua vida. – Kyoko olhou para Kanae mais vermelha ainda.
- Moko-san! Não fale desse jeito. Diga: ele é o seu respeitado sempai.
- E a pessoa que você ama.
- Não é!
- Você me disse na última vez que nos falamos que gostava dele. – ao ouvir isso, Kyoko olha para baixo.
- Eu disse “Eu acho que gosto dele”. Não disse que era o a-a-amor da minha vida.
- Kyoko, somos melhores amigas, certo?
- Sim, sim! – os olhos dela brilham.
- Então, melhores amigas não tem segredos uma da outra certo?
- Sim.
- Então me conte agora quais são seus verdadeiros sentimentos por Tsuruga Ren.
- Moko-san! Você é má!
- Ah é? Então, a partir de agora não temos mais nenhuma relação. Não somos melhores amigas.
- Nããããããããããããoooooooooooooo! – Kyoko se joga, agarrando as pernas de Kanae. – Moko-san não diga isso!
- Somos melhores amigas ou não?
- Somos!! Melhores amigas!
- Estou esperando.
- Eu... só não sei direito se eu gosto dele. Talvez seja só admiração como uma kohai. Tsuruga-san é gentil com todos, comigo também. Acho que eu apenas tenho respeito e admiração por ele.
- Você já se apaixonou antes certo? Pelo Fuwa. – Kanae se arrepende na mesma hora. Ela falou uma palavra taboo.
O ar ficou pesado, em volta de Kyoko uma aura de ódio e ressentimento se destacava, com pequenos demônios fazendo uma dancinha e jogando pragas em Fuwa.
- Kyoko! Quer tomar um sorvete na lanchonete? – Kanae pergunta rapidamente e todo o ódio que estava no quarto desaparece.
- Moko-san! – Kyoko pula de alegria.
“Meu deus, essa foi quase”
Elas saem da sala e vão andando pelo corredor.
- Você sabe quando está apaixonada certo? Afinal, já experimentou isso antes.
- Sim. – Kyoko diz, com uma aura de felicidade por estar indo comer com sua melhor amiga – Mas com o Tsuruga-san é diferente.
- Por que?
- Porque ele é o Tsuruga-san. É o homem mais desejável do Japão. Todas as mulheres estão apaixonadas por ele. Só não quero confundir meus sentimentos porque ele é gentil comigo.
- Kyoko, tem um teste bem fácil para saber se você estar mesmo apaixonada por ele.
- Sério? Qual?
- Abrace ele. – Kyoko congela no meio do corredor.
- Hã?
- Abrace ele. Se seu coração bater mais rápido, é porque você gosta dele.
- Moko-san, é o Tsuruga-san! Eu nunca faria algo assim! Ele é meu sempai e eu sou só uma kohai. É desrespeitoso!
- O que tem demais? Apenas arraste ele pra uma sala vazia e faça. Você não vai perder nada certo?
- Ele vai me odiar! Além disso, mesmo que eu goste dele, nunca vou ser correspondida.
“Ela é idiota? Ou finge? Pelo amor de Deus.”
- Por que?
- Eu sou apenas uma kohai. Uma amadora no mundo do entretenimento e uma atriz novata.
- Você é a representante do Japão.
- Mas eu não me comparo ao Tsuruga-san! Ele é como um Deus, e eu sou a formiginha se comparamos nossas habilidades.
- Kyoko! Essa sua humildade ta me deixando maluca! Eu não vou aceitar perder pra alguém que se diz ser uma amadora!
- Moko-san... Me desculpe, apenas não consigo imaginar o Tsuruga-san prestando atenção em mim.
- Por que?
- Ele é o homem mais desejável. Todas as mulheres amam ele e eu sou só uma kohai pra ele.
- Ele disse isso?
- Não, mas...
- Então como você sabe que ele não gosta de você?
- Eu...
- Kyoko, você é uma mulher, é atraente, uma das melhores atrizes do Japão, conhece ele há mais de 2 anos e é a única que consegue irritar ele de um jeito estranho. Ele só mostra algum sentimento de verdade quando está com você.
- Então ele me odeia mesmo. – Kyoko entra em depressão na porta da lanchonete.
- Hã? Como você chegou a essa conclusão? Eu acabei de dizer que ele age diferente com você porque você é especial pra ele!
- Por que ele me odeia ele age diferente... – Kyoko afundou mais ainda na depresão.
- Não! Não é isso!
- Não é? – Kyoko olha para a amiga com lágrimas nos olhos.
- Tsuruga-san gosta de...
- Eu gosto de que? – uma voz grossa, mas suave ao mesmo tempo, interrompe a conversa. Kanae e Kyoko olham e vêem Tsuruga Ren ali, parado sorrindo, com seu empresário, Yukihito Yashiro ao seu lado.
- Kyoko-chan? O que está fazendo ai no chão?
- Estou curtindo minha solidão por ser odiada.
- Odiada?
- Quem odeia você, Mogami-san? – Kyoko olha para Ren e depois para Kanae.
- Tsuruga-san, qual sua relação com Kyoko? – Kanae pergunta rapidamente.
- Eh? Relação? – Ren sente Yashiro ao seu lado segurando uma risadinha.
- Sim.
- Por que?
- Eu sabia. Ele me odeia. – Kyoko volta a afundar na depressão.
- Mogami-san?
- Me desculpe por não ser uma boa kohai. Eu sinto muito se eu lhe envergonho. Sinto muito se eu lhe irrito só por estar perto de você. Acho melhor eu...
- Espera ai! – Yashiro diz – O Ren não te odeia Kyoko-chan.
- Ele odeia sim.
- Não odeio não, Mogami-san. – Ren diz.
- Não...odeia?
- Não. Por que eu odiaria você?
- Por que eu sou a única que consegue lhe irritar, então eu pensei...
- Eu pareço irritado?
- Não.
- Então pronto. Se eu lhe odiasse não consideraria você uma amiga.
- Eu sou sua amiga?
- Claro. – Ren estende a mão – Você está atrapalhando a passagem Mogami-san.
Kyoko se levanta imediatamente e se curva.
- Desculpe por fazer presumir seus sentimentos de forma errada. Eu com certeza farei meu melhor a para ser uma boa amiga... – Kyoko sente uma dor no seu coração e para de falar, olhando para o nada.
- Kyoko-chan? – Yashiro olha preocupado para ela.
- Ei, Kyoko. O que deu em você? – Kanae pergunta e Kyoko olha para ela.
- Moko-san, está doendo.
- O que?
- Mogami-san, você está machucada?
- Está doendo.
- Não seria melhor ir para a enfermaria?
- Não! Eu... não precisa. – Kyoko olha em volta – Tsuruga-san, o que está fazendo aqui a essa hora?
- Vim pegar uns documentos.
- Ah. – Kyoko olha para a hora e depois olha para Ren com um olhar desconfiado – Você comeu?
- Sim. – ele responde imediatamente. Rápido demais.
- Tsuruga-san.
- Não. – Ren abaixa a cabeça, como se fosse uma criança levando uma bronca.
- Eu não acredito nisso! Yashiro-san! – Kyoko pula em cima de Yashiro – Você tem que alimentar ele! Se não ele passa o dia todo com um bolinho de arroz!
- Me desculpe!
- Tsuruga-san não sabe cuidar do próprio corpo! Você tem que fazer ele comer pelo menos 3 vezes por dia! Se ele ficar doente e não puder trabalhar, como vai se responsabilizar?!
- Sinto muito!
- Tsuruga-san!
- Hum? – ele pergunta desinteressado.
- Você vai comer agora!
- Mas eu não estou com fome.
- Mesmo assim, precisa se alimentar! – Kyoko faz algo que surpreende a todos, inclusive a Ren. Ela segura a mão de Ren e o arrasta lanchonete adentro. Yashiro olha de boca aberta, e depois começa a pular de alegria por Ren.
- Ei, você está planejando alguma coisa não é? – Kanae pergunta, olhando para Yashiro.
- Talvez.
- Apenas saiba de uma coisa. Se ele machucar Kyoko ou fazê-la chorar uma única vez, eu vou ter a certeza absoluta de acabar com a sua e a vida dele. Está me entendendo? – a aura assassina saindo de Kanae assusta Yashiro, que concorda lentamente. Kanae vai atras de Kyoko e Ren, e depois de alguns segundo Yashiro segue-a. Eles se sentam e observam Ren olhando para uma bandeja cheia de comida.
- Você não espera que eu coma tudo isso, certo? – Ren pergunta, escondendo a felicidade por ver Kyoko depois de vários dias e por ela se importar tanto com ele.
- Coma. Quando eu achar que é suficiente, você para.
- Mogami-san, é impossível.
- Oto-san come 20 a 50 porções dessas. Não é impossível. – Kyoko responde e enche uma colher com sopa. – Abra a boca, Tsuruga-san.
- Mogami-san, está todo mundo olhando.
- Não me importo. Você tem que comer. – ela adquire a personalidade da Mio.
- Eu posso comer sozinho. – Ren diz, meio envergonhado pela situação.
- Ren, apenas deixe ela te dar na boca. – Yashiro diz, sorrindo maliciosamente.
- Yashiro-san! – Kyoko aproveita e enfia a colher na boca de Ren.
- Está gostoso, certo? – então a personalidade de Setsu, irmã de Cain Heel.
- Setsu, eu posso comer sozinho. – Ren diz, entrando na personalidade de Cain Heel.
- Sou estou preocupada, onii-san. – ela pega outra colherada de sopa. – Abra a boca.
- Não.
- Ei, o que eles estão fazendo? – Kanae sussurra para Yashiro.
- Não faço a mínima idéia. Por que ela está chamando o Ren de onii-san?
- Eu vou comer, por isso, me de a colher. – Ren estende a mão e olha para Kyoko. Ela entrega a colher e olha, esperando.
- Coma, onii-san. – Ren coloca uma colherada na boca. – Não é tão difícil é, Tsuruga-san? – Ren não responde e continua comendo.
- Você tem que cuidar de si mesmo. Afinal, você é um profissional. – Kyoko diz, atingindo o ponto fraco de Ren.
- Kyoko, você não ia e encontrar com o presidente? – Kanae pergunta.
- Sim. Com licença, Tsuruga-san, Yashiro-san. – Kyoko sai andando e desaparece. Na mesma hora, Ren afasta a bandeja de comida.
- Ren, o que está fazendo?
- Não estou com fome.
- Mas a Kyoko-chan disse para comer.
- Ela não está aqui certo?
- Errado. – Kanae diz. Ren sente uma aura maligna atrás de si e olha, encontrando Kyoko, de braços cruzados.
- M-mogami-san! Você não tinha ido falar com o presidente?
- Tsuruga-san, você não ia comer certo?
- Sim, eu ia.
- Tsuruga-san, mentir é feio.
- Não estou mentindo. Eu apenas não disse quando eu ia comer.
- Tsuruga-san!
- Hai, hai. – Ren puxa a bandeja e volta a comer. Mesmo a contragosto, estava gostando de toda a atenção que Kyoko estava lhe dando.
- Eu vou embora, mas depois eu quero saber se comeu.
- Pode deixar, Kyoko-chan. Vou ter certeza de que ele coma. – Yashiro diz.
- Sim. – dessa vez Kyoko realmente vai embora. Depois de uns minutos, Ren acaba de comer e vai para o escritório de Sawara-san com Yashiro.
- Ren, você viu a preocupação que a Kyoko-chan mostrou por você? – Yashiro pergunta e Ren ignora, já sabendo onde isso levaria – Talvez ela goste de você.
- Impossível. – Ren responde. Ele tinha experiência própria para deixar que aquelas palavras o afetassem. Kyoko era simplesmente... cega ao amor. Ele suspira e entra no escritório.
- Presidente, Mogami-san está aqui.
- Ah, mande-a entrar.
- Sim. – depois de alguns segundos, Kyoko entra pela porta e faz uma pequena reverencia, sentando-se. Ela olhou para o homem na sua frente, vestido de caubói. Kyoko não se surpreendia mais com a excentricidade de presidente Takarada Lory.
- Não precisa ficar assustada. Não são noticias ruins. – ele diz ao perceber um tremor no braço dela. Apesar do tempo, ela não mudava.
- Sim.
- Como vai o trabalho?
- Ótimo. Estou conseguindo mais e mais ofertas, de diversos gêneros.
- Isso é perfeito! – ele bebe um pouco do copo, onde havia um líquido preto - Hoje faz exatamente 3 anos que você entrou para a seção Love Me. Acha que entendeu o objetivo dessa seção?
- Acho que sim. – Ren aparece em sua mente de repente e suas bochechas ficam vermelhas. Lory percebe e sorri. Ele estava maravilhado em como Kyoko havia crescido tanto em tão pouco tempo. Ele a encontrou como uma pedra, que tinha brilho, só precisava de algumas polidas. No final, ela se tornaria uma jóia mais brilhante do que qualquer uma.
- O que eu vou lhe falar agora é um segredo absoluto. Ninguém além de mim e você sabe sobre isso e eu quero que permaneça assim.
- Sim. – Kyoko estava com um estranho sentimento.
- Esse será seu último trabalho como membro da seção Love Me.
- Eh?
- Você estará se formando da seção Love Me. – Kyoko olha para ele, de queixo caído. Ela não conseguia acreditar no que estava ouvindo. Mas sobre o que era esse trabalho?
- E esse trabalho?
- Sim, sim. Eu tenho um amigo americano que é diretor. Ele conhece seu trabalho e me perguntou se você estaria disponível para ser a protagonista no filme dele.
- Sobre o que é o filme?
- Só saberá se aceitar a proposta. Você terá de ir para a América em segredo e esconder sua verdadeira identidade de todos.
- Eh?
- Pense nisso como um papel a ser representado.
- Mas eu não posso sair agora do Japão.
- Por que?
- Ainda estou me estabilizando como uma atriz profissional. Se eu fosse embora, talvez perca tudo que fiz até agora.
- Mais uma razão. Se você sumir, só vai chamar a atenção das pessoas. Irá ficar mais conhecida.
- Mas...
- Mogami-kun, essa é uma ótima oportunidade para expandir suas experiências. Você poderá aprender como é estar no mundo do entretenimento americano e ganhar mais habilidade. Tem várias pessoas que morreriam para estar no seu lugar.
Kyoko pensa por um momento. Ele estava certo. Ela queria aprender muito mais e indo para a América seria um bom começo, além de um desafio para si mesma. Começar do zero.
- Eu aceito. Vou para a América.
- Que ótimo. Você está saindo amanhã de manhã, às 7 horas.
- Eh? Amanhã?! Mas eu não arrumei mala, nem tenho passaporte.
- Eu já providenciei tudo isso. Falei com os responsáveis por você do Daruyama e eles entenderam.
- Tudo bem, presidente. Ah, Moko-san vai adorar escutar isso! – Kyoko diz, imaginando a reação de Kanae.
- Ela não vai saber disso. Ninguém vai saber pra onde você vai. Você não pode contar Mogami-kun.
- Mas...
- Faz parte do seu teste.
- E Tsuruga-san?
- Não pode contar para ninguém.
- Mas o que eles vão pensar quando perceberem que eu sumi?
- Eu vou dizer a eles que você desistiu de ser uma atriz.
- Hã? Por que?
- Assim eles não vão suspeitar de nada. É uma missão secreta. Se divirta. – Lory sorri. – E me traga uns presentinhos quando voltar.
- Sim...
- Bom, vou lhe explicar melhor como vai funcionar.
- Ren! Ren! Eu consegui o drama da Kyoko-chan! – Yashiro chega correndo, com um sorriso estampado no rosto.
- Que bom pra você, Yashiro-san.
- Do que está falando? É pra você assistir! Ela está linda. Não, ela está maravilhosa. Ou melhor, ela está uma deusa. – ele diz, com os olhos brilhando de expectativa.
- Yashiro-san, se acalme.
- Como você pode estar tão calmo? É a garota que você gosta.
- Não significa que tenho que sair pulando por ai, gritando.
- Ren! Você vai perdê-la se continuar sem fazer nada.
- Ela não é minha para eu perdê-la.
- Ela já é de maior, qual a desculpa que você tem agora?
- Eu sou quatro anos mais velho, ela só me vê como um sempai e não quero assustá-la.
- Ela vai ficar feliz se souber dos seus sentimentos.
“É mais fácil ela fugir correndo com medo de mim, dizendo para eu nunca mais me aproximar dela”
- Ren, depois não venha chorando para mim quando ela for tomada por outro. – Ren ignora a seguintes reclamações de Yashiro e continua andando, até avistar Kyoko, em pe, de frente para a seção Love Me.
- Kyoko-chan? O que está fazendo ai? – Kyoko da um pulo, virando de costas. – Kyoko-chan? – eles a vêem levando a mão até o rosto e depois ela se vira.
- Sim?
- Mogami-san, você estava chorando? – Ren pergunta, preocupado.
- N-n-não. Só caiu um cisco no meu olho. Yashiro-san, Tsuruga-san comeu, certo?
- Sim, comeu tudo, Kyoko-chan. Você vê, ele ficou assustado que você não falasse mais com ele se ele não comesse. – Ren olha pra Yashiro com um olhar maligno, enquanto Kyoko olha pra Ren, com o rosto vermelho.
- Hum, Tsuruga-san, você está ocupado agora?
- Não, por que?
- Eu sinto muito, mas você poderia me ajudar?
- Problemas com um script?
- Não, é uma experiência que eu tenho que fazer.
- Claro.
- Você poderia vir também Yashiro-san?
- Hã, claro. – Yashiro ignora o olhar de Ren e os três entram na sala Love Me.
- Então? Qual o problema, Mogami-san?
- Yashiro-san, pode me dar sua mão?
- Tudo...bem. – Yashiro estende a mão e Kyoko a pega. Ela entrelaça seus dedos nos de Yashiro, e ele fica vermelho. – K-k-kyoko-chan? O que está fazendo?
- Xiii, faça silêncio. – Yashiro se cala e tenta o seu máximo ignorar o olhar de Ren sobre ele. Então Kyoko solta a mão de Yashiro.
- Tsuruga-san, sua mão. – eles fazem a mesma coisa e Kyoko sente seu coração acelerar levemente. Ela olha para Ren que a observava, como se tivesse tentando descobrir o que se passava na cabeça dela. – Sinto muito por isso, Tsuruga-san.
- Do que es... – Ren para ao sentir os braços de Kyoko ao redor de si e o corpo dela contra o seu. Ren congela e Yashiro percebe. Kyoko apóia a cabeça contra o peito de Ren e algumas memórias de quando estavam juntos lhe vem à cabeça. Ela percebe o coração de Ren batendo um pouquinho mais rápido do que o normal, mas não se comparava ao dela, que parecia estar preste a sair de seu peito.
- Então é verdade... - ela sussurra e ao mesmo tempo sente os braços de Ren lhe envolverem, sentindo seu coração bater mais rápido ainda. Yashiro estava tendo um treco, de tão emocionado que estava. Ele sorri e deixa a sala.
- Kyoko... – a garota escuta a voz de Ren em seu ouvido e sente um pequeno arrepio percorrer seu corpo. Ela nunca havia se sentindo desse jeito antes, nem mesmo quando era apaixonada por Shou.
- Tsuruga-san, o que você sente quando abraça a sua mãe?
- Eh?
- Quando abraça a sua mãe. O que sente?
- Um sentimento de segurança e conforto. – Ren responde, ainda abraçando Kyoko.
- E quando abraça a garota de que gosta?
- Mogami-san, não estou entendendo.
- Apenas responda, por favor.
- Felicidade. Tudo que eu sinto é felicidade. A sensação de abraçar alguém que eu gosto me da o desejo de ser o único na vida dela e no coração dela, de ser o único a protegê-la e a receber o amor dela.
- Entendo. Então se eu sentir isso, significa que eu gosto daquela pessoa?
- De certa forma sim. Há outros maneiras de saber.
- Quais? – Ren fica calado por alguns segundos e depois fala.
- Quando você está com ele você fica feliz? Se sente segura? Repara mais nele do que nos outros? A opinião dele vale mais? A palavras que ele diz tem mais impacto sobre você do que as dos outros? Seu coração bate mais rápido?
- Você já sentiu isso, Tsuruga-san?
“Estou sentindo agora”
- Tsuruga-san? – Kyoko tenta se afastar, mas os braços de Ren a prendiam contra seu corpo. Kyoko sentiu uma sensação quente lhe invadir, e percebeu que para ela Ren não era um sempai, nem um amigo. Era o homem que ela amava. Kyoko se afasta duma vez, assustando Ren.
- Mogami-san? Eu machuquei você?
- N-n-não.
- Eu fui de alguma ajuda para sua experiência?
- Sim. Obrigada, agora entendo perfeitamente o meu medo sobre o amor.
- Medo?
- Sim. Gostar de alguém, confiar e se entregar, e depois ser traída.
- Você está pensando no Fuwa? – Ren diz, com um tom de irritação.
- Não. Estou falando de mim.
- Você tem medo de amar e ser traída?
- Sim.
- Mogami-san, nem todas as pessoas são como o Fuwa. Há aqueles que lhe amam de verdade e se importam com você.
- Tipo quem?
- Kotonomi-san, Hizuri-san, Maria-chan, o presidente, Sawara-san, Yashiro-san. – Ren se cala e olha para ela – Eu.
- Você se importa comigo?
- Claro.
- Obrigada Tsuruga-san. – Kyoko anda em direção a porta e para, com a mão na maçaneta. – Ren, você poderia me prometer algo?
Ele se assusta ao ouvir seu nome saindo dos lábios dela. Parecia tão... certo.
- Sim, Kyoko.
- Por favor, não esqueça que você é muito importante para mim e que não importa o que aconteça isso não vai mudar.
- Não estou entendendo. Você fala como se algo fosse acontecer.
- Não se esqueça de comer também. – e com isso ela abre a porta e sai.
“Adeus Ren”.
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