Era um dia lindo. Sol, a grama verde, as árvores balançando ao sentirem o vento. Reita estava nesse local, sentado na grama, fazendo bolhas de sabão. Ele gostava delas, e sabia que uma pessoa que estaria naquele mesmo lugar naquela mesma tarde também gostava.

Seus pensamentos não estavam ali. Eles estavam muito distantes, muito além do campo verde onde se encontrava sentado. Estavam juntos com a pessoa que chegaria em breve. Mas não estavam ali, estavam muito, muito longe, em um lugar onde ele sonhava estar com aquele ser pequeno que vinha se aproximando cada vez mais.

Soprou mais bolhas. Ele estava quase chegando. O maior se sentiu feliz. Continuou a soprar.

- Oi, Rei. - Disse o menor quando chegou mais perto. Sentou-se ao lado do maior, que ainda fazia bolhas.

- Oi. - Sorriu. Ruki retribuiu o sorriso.

Um longo tempo de silêncio se estendeu. Reita pensava como aquela criatura pequena conseguia ser tão fofa as vezes. Pensava nos dois naquele lugar fantasioso e perfeito, no meio de bolhas e nuvens, com um vento que sopra constante e balança levemente os cabelos de ambos. Suspirou. Foi observado por um segundo pelo que estava ao seu lado.

Ruki pensava o porquê  de tudo aquilo. O porquê do maior tê-lo feito ir até o lugar onde estavam agora, e o que ele pretendia fazer quando parasse de soprar bolhas de sabão.

- Sabe, Rei... - os dois se olharam. O maior, ainda concentrado em sua tarefa. - Eu amo bolhas.

- É mesmo? - Respondeu, baixinho, e ainda concentrado em seu ato, sem desviar a atenção das bolhas.

- Sim. Eu também amo pessoas que fazem bolhas. - Este revezava o olhar entre Reita e as bolhas.

- Hm... - Ainda concentrado. Não sabia exatamente onde o outro queria chegar.

- E... - Ficou alguns segundos em silêncio. Olhou fixamente nos olhos do maior. - Sabia que amo uma pessoa que faz bolhas em especial? - O loiro da faixa aparentava tranquilidade, mas seu coração batia forte.

- E... quem seria essa pessoa? - Desviou sua atenção das bolhas e passou a fitar o menor.

- Essa pessoa... se chama Suzuki Akira. - Deu um beijo no canto da boca de Reita e se levantou, mas foi impedido pelo maior, que o puxou pelo braço e o derrubou no chão, bem perto de si. Puxou-o para seu colo e colou seus lábios, começando um beijo apaixonado. O pote das bolhas de sabão, agora caído no chão, não importava mais. Nada mais importava naquele momento.