Afterlife escrita por Tay_DS


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

A parte em itálica é apenas uma breve introdução.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/83949/chapter/1

Mundo pequeno esse onde se encontra o relato agora escrito. Sem palavras para defini-lo a não ser pequeno e sem saber se de fato há ou não algum fim para ele. O pouco que se conhece é mais do que suficiente para ter uma idéia de onde possa acontecer o texto aqui narrado.

O pouco que já descobriu resume-se há quatro diferentes províncias, com o mar ao leste, sudeste e sul desta terra, abençoada ou amaldiçoada, onde pode ser encontrada facilmente a Orla Heliástica e suas ilhas, todas formando uma quinta província, Helius. Mas há quem diga que aquilo não seja província.

Já na Terra Grande, onde se localizava as quatro províncias principais, a primeira é Fohöm, a nordeste, e além dela ainda nada se sabe, pois jamais voltara vivo algum explorador de Além “Mar”. As montanhas que ficam para além do nordeste da Terra Grande, que banha a extremidade de Fohöm, em uma vista por seres aéreos podia facilmente confundir com as ondas dos mares ao sudeste, mas com tons amarronzados e nos picos mais altos, o frio e a neve predominavam.

Banhado a leste pelo mar, ficava a província de Mistral. Sua atividade econômica era resumida a expedições comerciais até a Orla Heliástica. Mistral não era um enorme território, como Chinook e Föhom, mas era a única província voltada para o mar.

Chinook, a única que estava à altura de Föhom na questão territorial e fronteira ao norte, detinha um enorme poder militar e com um relevo marcado por depressões e clima árido, a população do lugar podia facilmente ser destacado caso fosse visto em outro lugar. A pele escura como a noite, a resistência ao calor escaldante e problemas em se adaptar em lugares elevados como Föhom era uma característica marcante.

Por último, vinha a menor província da Terra Grande: Passatt. Tinha uma posição estratégica muito forte e marcante. Localizava-se no centro e fronteira com as três províncias. Também detinha quase todas as rotas terrestres que conectava a Terra Grande. Sua atividade também é dada pelo comércio e responsável pelo abastecimento de qualquer coisa em todo o lugar, exceto a Orla Heliástica.

Poderia descrever a Orla Heliástica, onde se localiza as ilhas que compõe Helius, mas ela era semelhante à Mistral, que alguns chegam a dizer que Helius é apenas uma parte que se separou de Mistral no passado para pertencer ao mar. É por isso que poucos a consideram como uma província.

Mas é claro que esse escrito não começa aqui, mas se ambienta em um pequeno vilarejo na fronteira de Passatt com Mistral. Vivia apenas de agricultura e viajantes que periodicamente passavam por ali, trazendo mercadorias e utensílios que pudessem ser utilizados. Mas quando o inverno caia, os viajantes ficavam por ali e passavam a contar histórias e lendas acerca da Terra Grande, Além “Mar”, Orla Heliástica e as criaturas existentes nelas.

Uma dessas histórias foi a que mais me chamou atenção. Já ouvira falar dela antes, mas era uma lenda. Há quem diga que ela de fato aconteceu. A história entre uma moça, dividida entre o céu e inferno, que não pertence a lugar algum, onde sua pós-vida foi divida ente um enviado dos deuses e o filho do rei do submundo.

Porém, tudo começou em algum lugar ao norte de Mistral...

 

 

Prólogo

 

O dia estava quase se pondo. Ela corria para chegar logo em casa. Seu pai com certeza a mataria se não a visse quando chegasse. Faltavam poucos metros, cerca de quatro a seis, para que ela não se metesse em encrenca. Quando finalmente avistara a pequena casa além dos arbustos à frente, algo havia chamado sua atenção.

Sentiu a enorme sensação de ter visto algum tipo de vulto passar, porém, deveria ter sido apenas algo de sua imaginação. Quando atravessou as pedras que formava uma pequena trilha entre a terra escura até a sua casa e parou em frente à porta, ouviu alguns ruídos.

Podia ser seu pai. Virou-se com um meio sorriso, pronto para cumprimentá-lo, como de costume, mas logo sua expressão se tornou um enorme terror ao ver um vulto, que não tinha rosto e não passava de uma mera fumaça em forma humana.

O que a moça via à frente, porém, a deixou completamente espantada, pois se tratava de Espectro. Já ouvira falar deles, mas nunca tinha visto algum. Quem os via, a probabilidade de sair vivo era quase nula porque Espectros eram conhecidos como mensageiros do submundo. Ocasionalmente, quando fazia suas aparições no mundo de cima, a Terra Grande, era para levar alguém consigo.

A moça paralisada arregalou os olhos e tentou gritar, mas nada saiu de sua boca. O Espectro se mexera e avançara. Ela teve a estranha sensação de frio naquele início de noite quente ao ver que a criatura a atravessara. Ajoelhou-se, pois sentira cansaço por algo que não havia feito. Percebeu que a criatura havia sumido da sua frente, onde aproveitou para correr.

Teria ido além do que suas forças poderiam agüentar, porém, aquele estrondo vindo de algum ponto atrás dela foi mais do que o suficiente para ela parar de correr. Arremessada com o impacto da explosão da pequena casa que havia ali há poucos minutos antes. Não se machucou tanto, exceto pelos pequenos arranhões que poderia passar por despercebido em circunstâncias normais. Aquela com certeza não era uma circunstância normal.

Ainda no chão, sem força ou coragem para levantar, ela se virou para ver as chamas consumindo o que antes era seu lar. Como num piscar de olhos, o Espectro aparecera à frente da jovem, o que aumentou o seu desespero. Sentiu sua carne ser rasgada pelas unhas afiadas da criatura, com formato semelhante a um gancho. O sangue fresco correu pelas costas, pescoço e algum lugar atrás da orelha. Seus olhos foram ficando pesados e o frio a invadiu por completo. Sua alma a deixava e ela sabia disso. Morreria ali por aquele Espectro, seria levada ao submundo para viver em uma vida de tormento e dor eterna. Com a sonolência que sentia, dormiu e sentiu a sua última respiração e depois o ar a deixar.

E silêncio. Não pensava, não sentia mais dor, nem ao menos o aroma de madeira queimando. A vida já havia a deixado quando o Espectro parou para olhá-la. Assim que a contemplou por um instante, ele parecia sugar algo do cadáver. A criatura, depois de poucos segundos tentando absorver alguma coisa da moça morta, uma fumaça, semelhante ao Espectro, saia da jovem. Tinha a aparência humana, tons azulados absorvidos num branco que nem chegava à transparência e com as mesmas feições da pessoa que ele acabara de matar. Tratava-se da alma de sua vítima, que deixava o corpo.

Segurando a recém conquista em seus braços, ele ouviu um grito não muito longe. Olhou o autor daquele gesto e observou com desdém um homem de estatura média, cabelos grisalhos e que começava a dar indícios de uma calvície. Seus ombros quase largos estavam um pouco enrijecidos, com as mãos segurando o que parecia ser algumas ferramentas na qual a criatura não identificou. Seu peito um pouco largo subia e descia irregularmente com a respiração acelerada. A expressão estampada no homem fez com que o Espectro esboçasse um sorriso sádico por dentro.

Colocando a alma recém capturada em cima de um dos ombros negros, com a mão livre, ele pegou o corpo inerte pela cabeça e o jogou aos pés do homem, que gritou horrorizado ao contemplar o rosto morto da filha. Com uma risada rascante, o Espectro ateou chamas, negras como as trevas, em volta e consumindo-se nela, ele desapareceu.

Alguns minutos se passaram até que o homem pudesse se mexer ou fazer qualquer outra coisa. O espanto era grande e a dor, pior. O homem havia perdido a única razão que encontrara para viver naquele momento.

Perdera sua esposa há quase dois anos e antes dela partir, ele havia prometido que tomaria conta dela não importa o que acontecesse. Sentiu-se fraco, pois não conseguira proteger sua amada filha. Temeroso, o homem aproximou-se do corpo inerte da jovem e o abraçou. Abraçou com tanta força que se a menina estivesse viva, poderia ser sufocada.

Seus choros deram lugar aos soluços e lamentos. Lamentava para a noite. Via as estrelas cintilantes e observadoras, a lua que testemunhava a dor de perda de um mero mortal. O céu estava limpo e sem nuvens, os ventos sopravam vindos do leste. A voz quase rouca gritava clamando pelos deuses a vida de sua filha. Já estava cansado e o sentimento de perda deu lugar à solidão naquele lugar vazio que antes fora sua casa. Ainda segurando sua filha, o velho homem foi ficando sonolento. A perda foi tomada pelo cansaço e a solidão caiu sobre ele. Não sabia o que fazer, nem para onde ir.

Não precisava pensar muito, pois o frio caiu e tudo foi escurecendo ao redor. Os arbustos foram murchando e as folhas das árvores caiam em tons amarronzados e secos, como no outono. O homem não percebia muito que acontecia, mas não pode deixar de ver as chamas negras onde antes era a porta de sua casa. Assustado, não ousou se mexer, e nem poderia se quisesse. Apenas abraçou mais forte o corpo inerte.

Um vulto saia das chamas, mas era diferente de um Espectro ou qualquer outra criatura. Era humano. Sua pele era clara, mas mesclava-se com tons de cinza e tinha uma aparência macilenta. Vestia uma camisa de mangas pretas toda engomada e uma calça num estilo social de mesma cor. Seus pés estavam calçados, e a cor deles completava o preto de suas vestes. O cabelo era curto e tinha um tom avermelhado, mas era extremamente escuro. Seus olhos eram em formato humano, mas sua pupila não era redonda. Tinha formato de fenda e a cor era de um vermelho escarlate. Esboçava um pequeno sorriso sádico no rosto.

Aproximou-se do homem, que agora o visava com espanto e surpresa pela sua aparição. Isso fez o sorriso no rosto do vulto recém-chegado aumentar. Pôs-se a fitar o corpo inerte da jovem. Abriu a boca para falar, de onde saíra uma voz rouca e calma, mas ao mesmo tempo, fazia tremer a espinha de qualquer humano.

- Parece que você está sofrendo... O que houve? E quem seria esta bela jovem?

O velho homem arregalou os olhos e seu espanto aumentou. Não encontrava a voz para falar enquanto as palavras fugiam da boca. Engoliu o seco e projetou-se para falar, mas nada saia e o silêncio era ainda mais absoluto, deixando o velho mais assustado para falar. Após alguns intermináveis minutos, ele conseguiu reunir as palavras, e por fim, falou:

- Minha filha... Um Espectro apareceu e a levou... – e inevitavelmente, o velho voltou a chorar, continuando a falar em meio aos soluços. – Não sei quem você é e o que quer, mas deixe-me aqui, para apodrecer junto com ela...

- Não fale assim. Iria propor um acordo, e quem sabe... Trazer sua filha de volta. Contudo, você recusa e eu só atendo o seu desejo. – disse a voz rouca e o vulto virou, pondo-se de costas para os dois humanos.

Ainda segurando a filha, ele diminuiu a força de seu abraço ao ouvir o que homem dissera. Poderia ser verdade. Queria sua filha de volta. Sem ela, não havia razão para viver. Limpando as lágrimas, ele se acalmou.

- Espere! Não vá. – disse o velho, fazer a criatura em forma humana se virar. – Eu quero minha a filha de volta. Sem ela, não há motivos para continuar nesta vida. Perdi minha esposa e ela é a única coisa que restou. Por favor, ajude-me. Traga-a de volta. Eu suplico a você. Farei o que desejar...

- O que desejar? – disse a criatura, voltando a sorrir, mas agora de forma interesseira. – Não desejo muito. Não preciso de terras ou riquezas. Porém, não sei se estará disposto a pagar o preço...

- Eu pagarei! Qualquer coisa, mas traga-a de volta para mim.

- Pois bem, o que peço é muito simples. – mudando o timbre de sua voz, ela passou de rouca para a voz mais tênue. – Uma vida pela outra, uma alma pela outra.

- O que quer dizer?

- Ora velho, não é óbvio ainda? Sua vida pela dela.

O homem ficou espantado mais uma vez. Alternava seu olhar para a criatura em forma humana e a filha. Passava a mão pelo rosto gélido da moça, enquanto sussurrava algo semelhante a uma canção. Ficando sério, ele voltou o seu olhar para a criatura. Os soluços já haviam cessado e sua voz voltara ao tom barítono de costume.

- Aceito. Apenas traga a minha filha de volta!

- Se assim desejas, só me resta atender... – disse a criatura, fazendo uma breve reverência, fazendo o homem se assustar.

- Você...! Essa marca! – apontava para uma marca no pescoço do vulto humano, que antes estava discreta, tinha a forma de um ‘C’ ao contrário. – Você é...

-... O soberano do Submundo. – falou Ele após um longo suspiro. – Eu sei quem sou.

- O que você quer? – perguntou o homem, voltando a abraçar a filha mais forte de forma protetora.

- Só estou atendendo ao seu chamado. Quer a sua filha de volta? Então eu posso trazê-la, mas se desejar continuar com a sua solidão eterna, eu irei... – disse Ele calmamente, endireitando-se e pondo-se de costas mais uma vez para o homem.

O velho olhava para a filha a visualizava seu corpo dilacerado da filha e a poça de sangue quase seco ali em volta. Não queria mais contemplar aquela visão e nem saberia se conseguiria viver com ela. Acalmou-se um pouco, suspirou longamente por segundos incontáveis, tornando-os minutos. Antes que Ele pudesse partir para o Submundo, o velho homem se pronunciou.

- Espere. Eu... – suspirou mais uma vez. -... Aceito o acordo.

Ele não pode deixar de se virar com um sorriso largo no rosto macilento. Cantarolando algo consigo mesmo, ele se aproximou calmo e lentamente do homem para contemplar mais uma vez a jovem moça que iria reviver. Colocou sua mão esquerda sobre a cabeça do homem. Sussurrando “Não se preocupe...” com um semblante malicioso, Ele fez aparecer um belíssimo anel de ouro puro com uma pedra de rubi vermelho escarlate, que parecia flamejar por dentro. Com a mesma voz tênue de antes, ele começou a recitar alguns versos de uma forma quase musical.

Ao pausar, Ele viu o homem tombar morto. Pegando sua alma, desintegrou o corpo do homem. Ajoelhando-se, tocou a testa da moça e sussurrou em seus ouvidos de forma musical.

Acorde minha criança

E teus pesadelos

Agora tu vives

Buscar-te um dia eu virei

E junto a mim

Permanecerás durante a eternidade.

Sorrindo maliciosamente uma última vez, o homem deslizou sua mão da testa para sentir o frio rosto da moça. Virando-se, deu um suspiro e voltou para onde antes era a porta da casa do homem, onde Ele sumiu nas chamas que o levava de volta para o submundo.

Quase automático, a moça puxou desesperadamente o ar para dentro, como se estivesse sufocada. Quando sua respiração ficou mais serena, ela se sentou aos poucos, olhando ao redor. Trêmula, a moça pôs-se de pé. Não sabia para onde ir ou o que tinha acontecido, contudo, a única coisa que fez foi correr em direção à floresta ordenada pelos seus instintos.

Dias se passaram. A fome e o cansaço a possuíam, mas suas pernas não paravam de correr, levando-a para um destino desconhecido. Quando finalmente parou, aparentemente após semanas, se viu em uma bifurcação. Vagarosamente seus pés foram arrastando-a pela esquerda. Antes que pudesse correr mais uma vez, a moça sentiu que não estava sozinha. A confirmação foi quase que imediata, quando um rapaz alguns poucos anos mais velho, de estatura semelhante à dela, de pele clara, olhos castanhos profundos e cabelos negros, apareceu na sua frente, pondo um sorriso malicioso em sua face. Não sabia se ficava assustada ou aliviada por ver alguém, mas ela deu um passo para trás e antes que pudesse fugir, outro homem, forte e musculoso, com pele morena claro, mais alto que o rapaz, com uma cabeleira rala, também de cor preta, apareceu atrás dela, impedindo que recuasse mais.

- Parece que está perdida moça. – disse o rapaz avançando contra ela vagarosamente, enquanto a estudava de cuidadosamente, como um predador. – Como vieste parar aqui? Podemos ajudá-la se quiser. Não é, Marco?

- Claro que podemos Urien. Não precisa ficar assustada, nós não faremos mal... – disse o homem, pondo a mão sobre o ombro da moça, que após sentir sua pele quente e macia, foi descendo devagar pela suas costas.

A moça ficou assustada e tentou correr, mas Urien a segurou antes que pudesse. Ele a segurou firme pelos braços e tentou avançar contra ela, mas instintivamente a moça bateu sua cabeça contra a dele, e quando ele recuou, viu que o seu amigo Marco estava avançando. Rapidamente, ela desviou de seu enorme corpo musculoso e levou-o ao chão. Quando se levantou e olhou para a situação, os dois homens estavam se levantando e fazendo gestos entre si, eles avançaram contra ela mais uma vez.

Lutou com todas as forças que sobrara e desviava o máximo que podia, mas o cansaço aumentou e suas pernas desabaram, o que a fez cair no chão, dando oportunidade para que os dois homens a agarrassem. Não conseguiu fazer nada alem de gritar.

Quando os dois já estavam sobre ela e começando a abrir sua blusa, um deles caiu no chão e viu a cabeça do outro caindo para o lado. Sentando-se sem entender nada, viu um terceiro rapaz, mas diferente dos outros dois. Este tinha uma estatura menor, os cabelos castanhos acobreados na altura de sua nuca esvoaçavam levemente, quase imperceptíveis. Com uma adaga de cabo brilhante em sua mão, ele havia decepado a cabeça de um dos homens. Avançando contra o que ainda restava, ele não demorou e ferozmente enfiou sua mão vazia no peito esquerdo do homem e quando puxou o coração ainda pulsava e o sangue escorria.

A visão da moça embaçou quando ela viu o ocorrido. A última coisa que vira foi o terceiro rapaz se aproximando dela. Seus olhos viraram e sua cabeça tombou.

- Finalmente eu a encontrei... – disse o rapaz.

Foi a última coisa que ouviu.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bem, está ai a tosquisse que eu chamo de prólogo. Curto, eu sei, e lixo também. Bem, leiam, comentem, me matem e sejam felizes =DD Até mais, See ya!!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Afterlife" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.