Diário de Uma Meio-sangue escrita por


Capítulo 17
Capítulo 17




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Os dias se passaram e o medo aumentava no acampamento, não apenas medo do que estava acontecendo, mas também medos em particular, todos estavam apavorados e até mesmo Quíron não se preocupava mais em manter o rosto tranquilo como sempre, ele estava assustado e todos nós percebemos isto.

Eu melhorei muito minha pontaria e estou ótima no tiro-ao-alvo, mas continuo aquele horror como esgrimista. Dá última vez que tentei foi contra Percy e ele me desarmou nos primeiros 2 segundos. É, eu não nasci para isso.

- Segura mais firme na espada! – Percy não parava de falar.

- Se eu segurar mais firme meus dedos caem! – Eu gritei.

- Pode ter certeza de que não vão cair.

- Quer saber, eu desisto! –Fui guardar a espada. – Combinei de encontrar com a Clarisse no chalé de Ares e não posso me atrasar. Tchau gente.

- Como você consegue ser amiga dela? –Percy fez uma careta.

- Eu já disse! Ela respeita o meu pai, por tanto, me respeita também e quando não tentam colocar a sua cabeça em uma privada ou quando você não joga água de esgoto na cara de alguém uma amizade pode começar.

- É, acho que água de esgoto pode atrapalhar uma amizade. – Disse Percy sarcástico. Dei uma risadinha.

- Você é muito besta, sabia!

- Você não é a primeira que diz isso.

- Tchau. – Sai.

*****

Seja lá o que Clarisse queria, parecia importante, mas eu não tinha pressa. O dia estava mais escuro do que o normal, na verdade, nada estava realmente normal, e era isso que apavorava a todos.

Eu estava tão perdida nos meus pensamentos que acabei não prestando atenção no caminho e trombei em alguém que vinha na direção oposta.

- Olha por onde and... Jane?! – Era Alex, o traidor Alex, pensei, mas não disse nada.

- Me desculpa, não tinha te visto. – Respondi, a cabeça baixa, sem olhar para ele.

- Eu estava indo para o seu chalé.

- Para que?! Dar em cima de uma das filhas de Deméter? Vai em frente. – Minha voz saia fria, rígida, como eu queria. Tentei sair mais ele me segurou.

- Para te ver.

- Pronto, me viu, feliz? – Respondi, com o mesmo tom de voz, mas cometi o erro de olhar nos olhos dele. Lindos e brilhantes.

- Deixa eu me explicar. – Eu fiquei calada e não conseguia desviar os olhos, aos poucos eles foram descendo para seus lábios desenhados e senti uma súbita vontade de beijá-lo, ele estava fazendo aquilo de novo, usando seus poderes de filho de Afrodite, o ódio por ele fazer isso normalmente vinha depois, é impossível eu sentir ódio em quanto ele fazia isso, do mesmo modo que é impossível abaixar a cabeça. Olhei para os seus olhos, reuni fôlego e disse baixo, sem a frieza na voz nem no olhar:

- Para com isso. – Ele colocou a mão no meu rosto.

- Você ainda me ama, eu sei disso, nada que eu faço provoca amor, apenas vontade de expressá-lo. Provocar o amor é trabalho da minha mãe – Ele inclinou a cabeça na minha direção, deixando seus lábios a centímetros dos meus e esperando que eu fizesse o resto do percurso.

- Para com isso. – Eu estava a ponto de me atirar em seus braços.

- Me beija.

Não agüentei, coloquei os braços em volta de sua nuca e fiz o que ele mandou. O beijei como se minha vida dependesse disto, como se nossas vidas dependessem disso. Ele me abraçou forte o bastante para me machucar, mas a dor não vinha, a única coisa que eu sentia era amor, um amor incontrolável e depois de muito tempo, mas não o bastante, nós nos separamos, não me atrevi a olhar nos seus olhos de novo e sai correndo em direção ao chalé de Ares, meu cérebro tentando processar o que havia acontecido. Não posso que ele pense que pode me ter quando quiser! Que é só me colocar contra a parede que eu vou ser dele. Mas é a verdade. Parte de mim sabia, só não queria admitir. Eu pertenço a ele.

- Olá, pessoal, desculpem a demora, houve um... ,hum, imprevisto.

- Você está atrasada! – Clarisse quase gritou.

- Eu sei, por isso eu disse “desculpem a demora”

- Tá, tá, senta. – Ela já estava me puxando. – Estes são Silena Beauregard, filha de Afrdite, Will Solace, filho de Apolo e Chris Rodriguez, filho de Hermes e meu namorado.

-Olá. – Eu disse.

- Olá. – Fizeram em coro.

- Você sabe aqui? – Perguntou Clarisse para mim.

- Não porque está faço a menor idéia.

- Todos notamos algumas coisas estranhas acontecendo. Não sei se vocês perceberam, mas até Quíron está preocupado e eu acho que nós devíamos fazer algo.

- Você sempre acha que devemos fazer algo. – Disse Silena.

- Porque devemos! – Ela virou para mim. – Olha, seu irmão está encrencado, não é? E se o que está acontecendo aqui é o que está acontecendo com Nico? E se nós ajudarmos ele? Você não  tem votade de seer o que está acontecendo e acabar logo com isso?

-Tem razão, podemos acabar ajudando Nico, além de ajudarmos o acampamento todo.- Respondi, hesitante.

- Todos concordam que devemos ir? – Perguntou Will.

Todos nós cancordamos.

- Então, Jane, você vai falar com a Rachel ainda hoje, tá bom? – Disse Clarisse com uma voz autoritária.


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