One Heart escrita por nandahh


Capítulo 4
[Final] Seu mordomo - Coração?


Notas iniciais do capítulo

Waaa, que pena, último capítulo u_ú
bom, desde já, obrigada a todos que leram

Enfim, enjoy it!



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         - Olhem! – Bard gritava do jardim.

         - É o Sebastian-san...! – Maylene largou o cesto de rosas.

         - ...e o jovem mestre está com ele!!! – Finny veio correndo de dentro da mansão.

         Sebastian carregava Ciel nos braços, que estava desacordado, e já se aproximava da porta da mansão Phantomhive. Os dois estavam notavelmente sujos. Ciel ainda estava manchado de sangue, o que assustou os empregados ali presentes.

         - Jovem mestre!! – Maylene já se aproximara de Sebastian.

         - Ah não, o que aconteceu Sebastian?! – Bard estava impaciente.

         - Pessoal, por favor, deixe que eu leve o jovem mestre para o quarto e vamos cuidar dos ferimentos dele... – O mordomo disse calmamente.

         - Não acha melhor chamarmos um médico, Sebastian?! – Tanaka perguntou.

         - Não será preciso, Tanaka-san. Daremos conta de tudo. – E Sebastian sorriu.

         Os empregados apressaram-se para pegar água, toalhas, medicamentos e tudo mais que poderia ajudar seu jovem mestre. Sebastian chegara ao quarto do garoto e colocara-o sobre a cama. O mordomo trocou a roupa de Ciel, para deixá-lo mais confortável e poder curar seus ferimentos. O tapa olho que Ciel usava, incrivelmente, ainda estava em sua mão. Sebastian o pegou, o colocou sobre a cômoda e parou para olhar o rosto de seu jovem mestre. Como ele estava ferido...

         - Sebastian-san! – Maylene já entrava correndo no quarto, tropeçando – Aqui está a água quente que você pediu! – E o mordomo a segurou para que não caísse.

         - Trouxe as toalhas, Sebastian-san! – Finny também entrou correndo.

         - O que quer que eu faça, Sebastian!? – Bard perguntou.

         - Prepare a melhor refeição que você puder! – Sebastian já molhava as toalhas.

         - Sim! – Bard precisava correr – Mas que coisa... no que o jovem mestre foi se meter....?!

         - Obrigada pessoal, vocês já podem sair agora... – Sebastian queria ficar a sós com seu mestre.

         Os empregados saíram do quarto. Sebastian molhou uma toalha e passou-a no rosto de Ciel, para limpar todo aquele sangue. Também tratou de seus ferimentos, colocando curativos em seu rosto e em seus braços. O corpo de Ciel estava fraco, e ele parecia ter febre também. Sebastian passou o resto do dia no quarto do jovem. Em certo momento, lembrou-se do abraço que seu jovem mestre o havia dado. Ele sorriu, e se retirou do quarto.

London Bridge is broken down

Falling down, falling down,

London bridge is falling down

My fair Lady…

“Se eu abrir os olhos, estarei morto?!”

“Se eu abrir os olhos, o que verei......?!”

         A luz da lua penetrava onipotente pela janela do quarto. As cortinas não podiam barrá-la. Sua vista estava um pouco embaçada, seu corpo doía e fazia frio. Era madrugada, quando Ciel acordou. O garoto sentou-se com dificuldade na cama, e pôs-se a olhar a sua volta. Algumas bacias de água, várias toalhas, um prato com sopa, provavelmente, e seu tapa-olho sobre a mesa. Estavam mesmo cuidando dele.

         O jovem conde colocou a mão sobre o olho direito e lembrou-se de tudo o que aconteceu. Lembrou-se do abraço que deu em Sebastian, mas agora, esse ato havia perturbado o garoto. Afinal, Sebastian era apenas seu mordomo, e nada mais... Por que ele havia feito aquilo?!

         - Eu ainda dependo inteiramente de você... não é?! – Ciel murmurou consigo mesmo, enquanto se encolhia na cama, abraçando suas pernas.

         Ciel havia tido outro sonho. Mas dessa vez, ele não quis pensar nele...

         (...)

         O dia amanhecera novamente na bela e onipotente Inglaterra. Como os pássaros cantavam! Ao que tudo indicava, a estação que se aproximava era a primavera, e não o inverno. Mas o frio que fazia indicava que a estação que cobre as ruas e casas de branco estava por chegar. A luz do Sol entrava pela janela. Era Sebastian, que abria as cortinas.

         - ...?! – Ciel começava a abrir os olhos.

         - Bom dia, jovem mestre! – Sebastian estava bem próximo do rosto do garoto.

         - S-Sebastian!!! – Ciel rolou para o outro lado da cama, assustado.

         - Vejo que está melhor... – Sebastian sorriu

         - ..... – Ciel calou-se por um momento – Normal, pelo número de médicos que você deve ter chamado... – ele dizia isso olhando para as mãos, ainda marcadas.

         - Na verdade, nenhum médico veio aqui, jovem mestre...

         - O quê?! – Ciel admirou-se, e virou-se par ao mordomo – Como assim?!

         - Nós cuidamos de você. – Sebastian sorria calmamente.

         Ciel sabia que apenas Sebastian tinha passado os dias com ele, mas ficou feliz, bem intimamente, pelo esforço de seus empregados.

         - Sebastian... – Ciel murmurou.

         - Diga, jovem mestre...

         - Quantos dias eu fiquei desacordado...!?

         - Cinco dias...

         - ... – Ciel novamente lembrara de todo o ocorrido.

         Cinco dias desacordado. Enquanto isso, quantas coisas podem ter acontecido? Novamente, o jovem conde teve um sonho. Mas dessa vez, sua vida encontrava-se como ela era agora. Sebastian era como uma sombra, sempre ao seu lado. Não havia como fugir disso. Era... seu destino...?!

         Ciel levantou-se de sua cama, com um pouco de dificuldade ainda, pois estava fraco. Sebastian já ia ajudá-lo, mas o jovem fez sinal para que ele parasse. Ciel pegou sua própria roupa e começou a vesti-la. Sebastian espantou-se com o que via, e apenas sorriu. O jovem conde pegou suas botas e sentou-se em sua cama novamente para calçá-las. Mas amarrar aquele cadarço não podia ser mais difícil...

         - Deixe que eu faço isso, jovem mestre... – Sebastian curvou-se para amarrar as botas do mestre.

         - ... – Ciel apenas virou o rosto.

         - Afinal, essa é a minha função, não é mesmo?! – O mordomo levantou seu rosto para o jovem e sorriu.

         Após amarrar as botas do garoto, Sebastian levantou-se e ficou esperando por algo. Ciel levantou-se, pegou o tapa olho em sua cômoda e amarrou-o no rosto. Logo em seguida, ele virou-se para a janela, e ficou a olhar novamente os pássaros.

         - Sebastian! – O garoto falava sem se virar para o mordomo.

         - Diga, jovem mestre.

         - Isso é uma ordem! Vá atrás daquele tal de John e descubra quem está por trás disso tudo! Veja o que essa Cia. Trancy queria e descubra quem é o tal de Alois Trancy, um nome que eu ouvi várias vezes nas conversas daquele bando de vermes! Me informe de tudo!

         - ... – Sebastian sorriu. Seu jovem mestre estava de volta – Yes, my lord. – Curvou-se e já ia saindo do quarto.

         Ele ainda tinha algo para falar...

         - Sebastian... – o garoto chamou novamente.

         - Sim?! – Sebastian parou e virou-se para o mestre.

         Estava receoso, afinal, ele era apenas seu mordomo, e nada mais...

         - ... – Ciel segurou as palavras por um momento, até que se decidiu - .... Obrigado.... – e disse ainda sem se virar para o servo.

         Sebastian sorriu novamente, não disse nada, curvou-se e se retirou do quarto.

         Ciel continuava a observar os pássaros pela janela. Afinal, o que tinha sido tudo aquilo?! Toda aquela situação... tudo o que passou, todas as lágrimas que derramou, todo seu sangue perdido...

         Um sonho...

         Um abraço...

         O jovem conde pôs-se a pensar. No momento em que ele deu a ordem para não ser acompanhado, Sebastian não deveria sair da mansão. Seria a quebra do contrato. Mas... seu fiel servo o havia salvo...

         E Ciel se perguntava:

         Demônios possuem um coração?!

         Afinal, ele não tinha dado a ordem para que Sebastian fosse salvá-lo... e mesmo assim, ele estava ali, vivo, naquele momento...

         Apesar de todo o ocorrido, ele achava que não...

         Não era uma troca de sentimentos e sim, um jogo de fidelidade. O  mestre mandava e o servo, obedecia.

         Mas não houve a ordem...

         Por que o abraço que ele havia dado em Sebastian foi tão aconchegante?! Por que o abraço com aquele demônio havia acalmado seu coração?

         Coração?!

         Ciel não sabia se Sebastian possuía um coração. O mordomo estava destinado a obedecer todas as ordens de Ciel. Mas mesmo sem elas, Sebastian foi salvá-lo...

         Ciel não sabia se Sebastian possuía um coração...

         Mas de uma coisa, ele teve leve certeza...

         Ele mesmo possuía um...

         Mesmo que afogado em todas as mágoas, sofrimentos e angústias. Em todos os medos, pesadelos e dores. Em toda escuridão que seu ser se encontrava...

         O jovem conde ainda possuía um coração.

         Ciel colocou a mão no peito...

         ... e pela primeira vez, sorriu...

        


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Notas finais do capítulo

Nyun, tks a todos que leram essa fic
Foi um enorme prazer escrevê-la, adoroooooo Ciel x Sebastian [nada yaoi ¬3¬.. Sebby não deve ser desperdiçado com uma criança de 12 anos ò_ó]
hsueehushues


Tentei passar um pouco do que eu acho que Ciel sente realmente
Espero que tenham gostado >3


Tks a todos
Nandah~