Era mais um dia normal para Bill, ou seja, mais um dia triste, não que Bill odiasse sua vida ele apenas não tinha nenhum motivo para vive – lá, afinal ele nunca se apaixonou e nunca soube como é ser amado por alguém. A rua escura apenas representava o que ele sentia dentro de seu ser; uma enorme escuridão...

Uma enorme escuridão que estava preste a ser preenchida. Uma linda estranha de olhos claros cabelos escuro de uma beleza que ele nunca havia visto antes acaba de adentrar sua visão.

Tudo que parecia ser escuro ganhava mais cor, seu coração acelerou tanto a ponto de quase sair pela boca, e sua pele fervia. Sim ele acabava de se apaixonar a primeira vista, algo que Bill tanto esperava até imaginava o que sentiria quando se apaixonasse, mas nada se comparava a isso que pulsava em seu corpo.

A estranha o ignorou, na verdade nem percebeu sua presença e continua a sua jornada pra lugar nenhum. Bill por puro instinto a seguiu nem ele sabia o porque disso, algo na estranha o chamava para mais perto.

Quando se deu conta já estava em um beco, mais escuro do que a rua em que se encontrava mal conseguia enxergar por causa da escuridão.

Porque ela estaria em um lugar como esse? – Pensava ele, na verdade nem ela mesma sabia.

Bill sentiu duas mãos geladas apertarem seu ombro, com o susto ele acabou se afastando e as duas mãos geladas que tinham acabado de apertá-lo sem a menor delicadeza agora o apertava contra a parede.

- Vou perguntar apenas uma vez. – Disse uma voz doce. – Então espero que você me responda claramente, entendeu? – Perguntou a voz desconhecida, que por algum motivo para Bill parecia familiar.

Ele apenas concordou com a cabeça.

- Porque está me seguindo?

- Eu não sei. – Respondeu desesperado, foi à resposta mais idiota que ele já deu, mas com toda certeza foi uma das mais sinceras.

Ela o apertou com mais força contra a parede.

- Eu quero a verdade. – Disse em tom autoritário.

- Essa é a verdade eu realmente não sei o porque. – Disse tropeçando nas palavras.

Amy se aproximou mais do pescoço do garoto que estava a sua frente ela não sabia se sentia-se atraída pelo sangue ou pela beleza do rapaz.

Bill engoliu seco com essa aproximidade ele estava realmente assustado, e se perguntou o porque a segui, ele já estava rezando por sua alma.

A garota apenas cheirou o pescoço dele, uma coisa nada comum nesses dias, e se afastou o encarando nos olhos.

Bill sentiu-se fora de perigo.

- Pode pelo menos me dizer qual é o seu nome? – Perguntava para a garota em sua frente.

- Amy. – Disse a garota. – E você?

- Bill. – Falou fazendo esforço, ele havia esquecido o próprio nome.

- Você devia ir embora Bill, nunca se sabe o que pode encontrar nessas ruas. – Disse Amy analisando cada traço do rosto do rapaz.

- E você devia fazer o mesmo, o que uma garota delicada faz a essa hora da noite na rua? – Ela riu.

- Tchau. – Despediu Amy.

- Eu falei alguma coisa de errado? – Perguntou Bill extremamente preocupado.

- Não, eu apenas tenho que ir. – Disse a garota virando a esquina e desaparecendo dos olhos de Bill.

Bill chegava em casa, seu irmão estava sei lá se sabe onde e sua mãe e seu padrasto dormiam no quarto do outro lado do corredor.

Ele ligou o radio e ficou ouvindo musica, mas sua cabeça estava longe; pra ser mais exato na estranha que havia acabado de conhecer: Amy.

- Ela é tão linda nem parece humana. – Disse pensando alto.