Jack Stillman escrita por diilira


Capítulo 2
Mundo Real


Notas iniciais do capítulo

Review me faz feliz e te faz feliz SAUHASUHUSHSAU, sempre lembrando né?



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Jack acordou tonto em seu trailer e com a visão embaçada.

  -Penny. – ele falou embaraçado

  Então, o gordo e o magro abriram à parte de cima do trailer.

  -Penny! – grunhiu Jack agora desesperado

  Agora que ela não estava bem, ele precisava salvá-la. Um final nem tão feliz para a série, e nem para a cabeça dele.

  Jack pulou sobre a janela e afastou os dois de sua frente, pulou do trailer sem dificuldade, mas a sua visão ainda estava embaçada. Ele correu de volta para a sala do Dr. Cáliquo e escutou “Penny gritar”.

  -Jack! Socorro!

   Ele foi seguindo o som e entrou em um prédio com corredores estranhos que pareciam estar fechando.

  -Jack! Socorro!

  -Eu Tô indo Penny!

  Mas o que ele não sabia era que o “grito” era uma edição que estavam fazendo para a série. Jack passou direto pela sala de edição de vídeo, mas continuou procurando-a. Estava correndo tão rápido que mal percebeu uma caixa com isopores a sua frente, ele pulou por cima dela, mas deu de cara com um vidro, isso o fez desmaiar, de novo. Os isopores cobriram seu corpo, ele havia caído dentro da caixa.

  Um homem do correio veio e a lacrou, quando foi levantá-la reclamou de seu peso e a colocou em um carrinho. Pôs então a caixa dentro de um caminhão. E, foi parar em New York de avião, do outro lado do país. O homem de New York também reclamou do peso, mas a levou para dentro do estoque e a abriu para verificar a mercadoria. Então Jack saltou de lá ainda preocupado com Penny, saiu correndo pela janela do local deixando o homem gritando com ele para trás.

  Ele caiu em um monte de lixo, mas logo se recompôs. E parou um pouco.

  -Calma Jack. – disse ele para si mesmo – Calma, fica frio.

  Ele voltou a sair correndo, por cada viela, por cada rua. Então avistou um homem.

  -Dr. Cáliquo. – sussurrou ele com ódio.

  Então Jack o pegou pelo pescoço e o jogou na parede.

  -Cadê a Penny!?

  O homem definitivamente não era o Dr. Cáliquo, mas para quem nunca viveu no mundo exterior...

  -Q-q-quem... é Penny? – perguntou o homem amedrontado

  Então Jack percebeu que não era o Dr. Cáliquo, mas era tarde demais, o homem havia chamado à polícia. Jack ignorou a polícia correndo atrás dele, havia visto um carro levando algo com a marca da estrela.

  -Penny. – sussurrou ele largando o homem e voltando a correr.

  Jack entrou na frente do carro, ele pensava que ele iria voar por cima dele, mas o motorista entrou em desespero e freou o carro, fazendo-o ficar na diagonal e o objeto que o mesmo prendia escapar, cujo possuía o símbolo da estrela, mas quando Jack o abriu descobriu ser apenas roupas e mais roupas que tinham esta marca.

  -Cáliquo. – sussurrou ele de novo com raiva

  Então voltou a correr, mas antes, um policial o havia pego sem fôlego.

  Ele conseguiu colocar a algema em apenas um pulso dele depois, Jack escapou e voltou a correr atrás de Penny. Então ele viu algo dentro de um cercado de ferro, pensou ser um brinco de Penny então colocou a mão sem a algema dentro do mesmo. Quando foi ver, era apenas um pedaço de vidro. Bufou e tentou tirar a mão do cercado, sem sucesso. Tentou mais algumas vezes, mas nada.

  -Ow amigão. – disse alguém atrás de Jack, ele se virou e viu um menininho de mais ou menos 8 anos com a roupa suja e pés descalços –Prendeu a mão de jeito aí ein, cara?

  O menino deu uma risadinha e continuou.

  -Pessoal, vem cá! Vem ver! Ele prendeu a mãozona ali.

  Então se juntaram a ele mais 2 garotos, pareciam mais novos que ele, uma era bem mais gordinho e outro bem mais magro.

  -É, prendeu mesmo essa mãozona. – disse o gordinho

   Jack revirou os olhos e voltou a tentar a tirar mão da grade.

  -Ow, amigão. – disse o garoto do meio – Fica calmo.

  -Eu não vou me acalmar, criança. – disse ele com raiva. –Tenho que salvar a minha namorada.

  -Ow, amigão. Relaxa. – disse o do meio de novo – Faz assim ó: vira e puxa, vira e puxa. Não esquenta, você vai sair numa boa.

  Então Jack virou e puxou com força, e a mão saiu. Só então percebeu que em sua jaqueta havia isopor.

  -O que são essas coisas? – perguntou ele – Me enfraqueceram!

  O garoto do meio pegou uma e examinou. Depois deu uma risada.

  -É isopor, o que esperava que fosse? Serve pra empacotar.

  -Isopor? Peraí. Só pode ser obra do homem de olho verde. Vocês o viram por aí?

  -Olha só, eu tenho que te dizer uma coisa. – disse o do meio – Você me parece familiar. Joey, olha a cara dele, não é familiar?

  -É... Não sei não. – disse o gordinho – Posso jurar que já te vi.

  -É, é, é. – disse o magrinho pela primeira vez.

  -Vou te falar, eu nunca esqueço um rosto.

  -O homem de olho verde! – repetiu Jack sem paciência –Me contem o que vocês sabem!

  As crianças ficaram caladas o encarando por um longo minuto e o do meio falou:

  -Eu conheço esse cara.

  -É, também conheço.- disse o magro

  -Eu tenho que lembrar se não, não vou dormir. Peraí.

   Do lado direito deles parou um grande ônibus com uma imagem enorme de Jack na série de TV, mas os garotos não perceberam.

  -Não, não conheço, mas eu achei que conhecia.

  -Você já andou pela Ala 14 com um cara chamado Kelvin? – perguntou o magro

  -É... Kelvin. – continuou o gordo – Um cara cruel.

  -O quê? – perguntou Jack confuso

  -Tem que me ajudar por que tá ficando ridiculíssimo.

  -Completamente Ridiculíssimo. – falou o magro

  -Sabe o que significa?

  -Ah, você não estão ajudando em nada. – falou Jack – Preciso de um informante, de alguém ligado ao homem de olhos verdes. Alguém que tenha a marca da estrela no ombro.

  -Oh, você disse marca de estrela? – perguntou o do meio

  -É, e quando eu achar essa pessoa... Ah, eu vou fazer ela se arrepender!

  O garoto do meio encarou os dois amigos sorridente e falou:

  -Vou te apresentar a alguém.

 

   Em um beco meio iluminado estava uma garota sentada em uma caixa, ela estava vestida muito bem e aparentava uns 17 anos. Muito bonita e esperava alguém.

  -Chegou bem na hora Saul. – disse ela ao ver um garoto entrando no beco com uma parte de um bolo nas mãos. –Pode vir.

  O menino se aproximou acanhado e lhe passou o bolo.

  -Muito bom, traz chocolate da próxima vez, tá? – falou a garota.

  -Sim, Marry, obrigado Marry. – disse o garoto saindo correndo do beco.

  Então um outro garoto surgiu logo em seguida com um pedaço de queijo.

  -Oh, isso é queijo? Garotão...

  Ela deu um cafuné no garoto que a passou o alimento.

  Veio mais outro garoto, mas este apenas conseguiu um grão de milho.

  -Kaz. – disse a jovem impaciente – O que é isso?

  -Foi uma semana fraca. – falou o menino com a cabeça abaixada – Isso é metade do que eu consegui.

  A barriga de Marry roncou.

  -Ouviu isso Kaz? – perguntou ela – Eu tô morrendo de fome, e quando o meu estômago fala, ele não fala comigo não, ele tá falando... Com as garras.

  Então ela mostrou as unhas, ponte-agudas e que no máximo tinham um milímetro.

  -Não, as garras não, por favor. – disse o menino

  -Pois é, eu tô segurando a onda dessas garras pra valer, mas acontece que... Não depende de mim, o estômago tem uma linha direta com essas belezinhas e eles não estão gostando nada, nada de passar fome. Então, semana que vem toda a sua comida vai para mim.

  -Mas... Mas o trato não era esse!? Eu trago a metade e você me dá proteção?  

  -É, acontece que o trato já era entendeu? Agora saí fora!

  -Grave bem isso Marry: um dia, alguém vai acabar enfrentando você, alguém vai te ensinar uma lição.

  -É já tô cheia de...

  Mas antes dela terminar, Marry estava presa na parede pelos braços por alguém, era Jack. Que observou a blusa da garota e viu a marca do gato negro em seu ombro.

  -Devia mesmo estar. – ele falou com ódio

   A garota estava tremendo, mas falou:

  -O quê? Calma!

  -Onde ela está?

  -O quê? Como? Quem?

  -Você sabe por que eu tô aqui! Onde ela está!?

  -Tá bem, tá bem. Olha, cara, eu não sei qual é a sua mas...

  Ela escutou umas risadas e viu os 3 garotos que ajudaram Jack rindo de sua cara.

  -Como é que é Marry? – perguntou o do meio – Fala logo onde ela tá.

  Ela deu uma risadinha também.

  -Joey, Vini, Bobby. – disse Marry – Meninos, digam pra esse doido que ele pegou a pessoa errada!

  Os meninos se encararam, sorriram e disseram:

  -É essa aí, cara.

  -Bem, eu acho que vou ter que engrossar. – falou Jack

 

  Minutos depois, Marry estava praticamente pendurada sobre uma avenida, apenas Jack segurava um de seus braços.

  -Você é doido cara!? – ela gritou

  -Você trabalha para os homens da marca da estrela, que trabalham pro homem de olho verde. – disse Jack – Eles levaram a Penny! Onde ela está?

  -Eu não sei! Que papo é esse!?

  -Você já tá me cansando! Aliás, tô começando a ficar com a mão formigando.

  Ela olhou para ele e depois para os carros que passavam rapidamente e depois voltou a ele.

  -Tá bom. Eu vou falar – mentiu ela desesperada –Eu sei onde a Penny está. É... Eles levaram ela! Os homens da marca da estrela! E o cara... de olhos... azuis!

  -Azuis? – perguntou Jack

  -Hum... Ou verde! Isso! Verde! Com o olho verde.

  -Você não consegue parar de mentir, não é? Tá no seu sangue! Isso é horrível!

  -Sei disso, é terrível.

  Então ele puxou ela para dentro. E Marry percebeu que ele tinha um colar, daqueles igual aos caras que serviram e servem o exército.

  -Espera aí. – ela virou o colar e leu baixinho – Hollywood.

  -Larga isso! – Jack tirou a mão da garota do seu pertence

  -Eu sei onde ela tá.

  Jack desconfiou de sua palavra, por isso prendeu a outra algema no pulso direito de Marry. Enquanto ela examinava um monte lixo tentando achar algo a mesma falou:

  -Espero que me recompense pelo risco que me colocou naquela rodovia!

   Então ela achou algo, era um mapa dos EUA, ela o estendeu no chão e rolou o dedo sobre ele falando:

  -A gente tá aqui na torre da liberdade, grande New York. E o meu chefe tá com a sua namorada... – ela procurou um pouco e depois achou - Nessa estrelinha, calçada da fama, Hollywood, baby.

  Ela olhou para a cara dele, mas Jack não havia achado graça.

  -Atravessar o país vai ser um saco do teu lado. – disse Marry – Ok, então é só irmos andando daqui até lá.

  -Hum.

  -Pois é, eu já te contei o que eu sabia então... Se importa de tirar essa algema de mim?

  -Eu só vou te liberar quando a gente achar ela.

  -Como é que é? O trato não era esse!

  -Acontece... Que o trato já era.

  Jack foi andando e praticamente carregando Marry que estava cansada.

  -Você não se cansa não? – perguntou ela quando eles pararam em uma esquina, parecia que ele havia visto alguma coisa.

  -Perfeito.

  Eles seguiram para um caminhão de mudança do outro lado da rua, ele estava aberto e não tinha ninguém por perto. Jack entrou e tapou a boca de Marry que estava reclamando por que poderiam ser pegos quando se esconderam atrás de um sofá.

  Eles escutaram vozes e então fecharam à traseira do caminhão e depois o motor foi ligado. Sentiram que o caminhão começou a andar.

  O caminhão havia acabado de passar sobre a placa de entrada do estado de Ohio quando Marry começou a mexer nas caixas de mudança tentando achar algo, sorte que a corrente que separava as algemas era longas.

  -Então... Se você tem super-poderes... – começou Marry – Você é o quê? Uma espécie de super-jovem?

  -Informação sigilosa. – respondeu Jack que estava sentado em um sofá.

  -Ah, qual é? Aí, qual o seu poder mais maneiro? Qual o seu maior dom? Você sabe voar?

  Jack revirou os olhos.

  -Deixa de ser boba, eu não sei voar.

  -Ok, Ok. Se você não tem super-poderes, você não tem, e daí?

  Jack ficou calado por um instante pensando e depois falou:

  -Eu tenho um super-soco.

  -Nossa! Um super-soco? Nossa que legal! E o que você faz com esse “super-soco”?

  -Eu não posso contar, sabe? É informação secreta. Então fecha essa matraca e me leva até a Penny.

  -Você tá... Muito caído por essa menina, né?

  -Ela é a minha namorada.

  -Ah, qual é? Ela é uma namorada. Se você quer saber, humano bom é humano...

  Marry derrubou uma caixa cheia de panelas e com elas, isopor.

  -Isopor! – grunhiu Jack

  -O quê? – perguntou Marry confusa, mas já era tarde.

  Jack pulou do caminhão em movimento juntamente com ela, eles rolaram sobre a grama do canto da estrada e finalmente pararam. Marry havia caído em cima dele e bateu em seu peito com raiva.

  -Você é maluco, cara!? A gente podia ter morrido!

  -Pára de ser dramática, claro que a gente não ia... Ah! O que é esse líquido vermelho saindo da minha mão? – perguntou Jack olhando para a mesma sentindo uma leve dor

  -Se chama sangue, herói.

  -Isso é importante?

  -Claro que é, inútil. E se você quiser que ele fique dentro do seu corpo, que é o lugar dele, você tem que parar de pular de caminhões em movimento!

  -Bom, normalmente eu sou quase indestrutível, pode ter sido...

  Então Jack tomou um susto ao ver algo atrás de Marry, ela se virou e era um pedaço de isopor.

  -É o isopor! – disse Jack desesperado – Essa coisa me enfraquece!

  -Aha! – disse Marry pegando o objeto e apontando para ele

  -O que você tá fazendo? Larga isso! – continuou Jack desesperado

  -Chega! Cansei de você! Me solta seu doido! Se não eu... eu vou... Eu vou acabar te machucando... Com esse... Isopor. – ela deu uma risadinha

  -Tá maluca?! Você não conhece o poder do isopor!

  -Ah, sim, acho que eu tô ficando maluca que nem você e eu vou liberar... O poder de todo esse isopor! – ela aproximou o objeto dele e o jovem foi recuando amedrontado

  -Tá legal, Marry! Tudo bem, você ganhou, eu te solto.

 Eles ficaram um minuto olhando para o isopor, até que Jack olhou para trás da garota.

  -Lugar esquisito para colocar um piano. – sussurrou ele

  Funcionou, Marry virou-se para olhar e então ele derrubou o isopor de sua mão e a jogou no chão prendendo seus braços.

  -A gente vai ter mais algum problema? – perguntou Jack

  -Não, sem problema. – disse Marry sem graça. – Eu te levo até a Penny.

  Ele então se levantou juntamente com ela. O garoto começou a sentir algum cheiro apetitoso e sua barriga roncou.

  -O que é isso? – ele perguntou assustado para Marry

  -O quê?

  Sua barriga roncou de novo.

  -Isso! Tudo bem, tem dois segundos pra falar o que implantou em mim! Veneno?! Um parasita?! Veneno?! Ah, peraí, eu já falei isso! Minha mente tá embaçada, eu não consigo pensar!

   Marry começou a rir desesperadamente e falou com esforço:

  -E eu não consigo acreditar... Você tá com fome!

  A barriga de Jack roncou de novo e ele agarrou o pescoço de Marry.

  -Onde está o remédio para isso!? – perguntou ele

  -Tá bem, tá legal! Você tem que parar com a agressão! Eu sou uma dama, qual é? Você devia me salvar e não me agredir.

 


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