Pequena Flor de Lótus escrita por naathy


Capítulo 27
26. Um possível começo e um final.


Notas iniciais do capítulo

Oi, flores!

Em primeiro lugar: Quero dar as boas-vindas a quatro novas leitoras: DaniLanza, Diundica, daThasciCaiel e P4UL4H, meninas muito obrigada pelo carinho e espero que continuem gostando da fic!

Espero que gostem do capítulo.
Beijo ;*



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- Giovana, será que você poderia me deixar a sós com a Manu? - Ela olhou para trás receosa, mas a mais nova assentiu, fazendo então a outra deixar o quarto depositando um beijo na face do seu irmão e sussurrando: "Vá com calma!" no ouvido dele.

Douglas entrou e fechou a porta atrás de si. A garota estava com a cabeça baixa, não possuía coragem para encará-lo. Ainda em silêncio, ele encaminhou-se até a cama sentando-se ao lado dela.

- O que aconteceu? - perguntou encerrando o silêncio que reinava entre os dois.

- Nada.

- Pequena, eu lhe conheço. Você não entraria em casa daquela forma se não tivesse acontecido nada. - disse calmamente com uma voz suave, erguendo o rosto dela. Eles encararam-se, porém ela desviou os olhos dos dele, poucos segundos depois. - Me conte, o que o Gustavo fez?

- Nada. - ele bufou levantando-se da cama e indo até a janela do quarto. Ficou ali parado, olhando janela a fora.

- Manoela, eu sei que algo aconteceu.

- Nos fomos ao orfanato e depois a uma praia, muito bonita por sinal...

- E? - disse sem desviar o olhar da janela.

- Foi muito legal, ele disse que pretende voltar.

- E?

- Foi isso. - ela mordeu o lábio inferior, nervosa. O rapaz desviou seu olhar da janela olhando para o rosto da garota, ela o olhava.

- Por que você está me escondendo algo? - sua voz estava triste, assim como a expressão em seu rosto. Manu sentiu-se ainda mais culpada, levantou-se da cama e foi até ele abraçando-o, ele a abraçou fortemente e sussurrou no seu ouvido: - Confie em mim, você sabe que pode fazer isso e que entre nós não há segredos, pequena. O que o meu irmão fez? - eles se olharam novamente.

- Um beijo. - murmurou.

- Um beijo? Ele lhe beijou? - disse surpreso e ao mesmo tempo com raiva, ela apenas assentiu, envergonhada. - E você gostou? Você queria? - perguntou isso de olhos fechados tentando se controlar. Ela não respondeu, eles se soltaram do abraço e então Douglas abriu os olhos. Ela baixou a cabeça. - E então, Manu?

- Eu não sei. - disse com as mãos no rosto.

- Sua indecisão me diz muito. - disse ele saindo da frente da garota e indo para a outra extremidade do quarto, onde se localizava o mural de fotos e ficou analisando-as, ainda tentando se controlar. - Fico feliz você não me esconda as coisas. - fez uma pausa e pensou no que seu irmão mais novo havia dito pouco tempo atrás. "E ela também gosta de mim." - Você gosta dele?

- Não! - disse ela rapidamente, um sorriso brotou nos lábios do rapaz, pela rapidez com que ela respondeu sua pergunta. - Mas ele tem mudado muito, e não quero que você faça nada contra ele, por favor! - pediu ela abraçando-o por trás. Ele fora pego de surpreso pelo gesto, mas principalmente pelo pedido que ela havia feito.

- Ele tem que aprender que não pode fazer as coisas sem pensar nas consequências. - Disse segurando-a pelos ombros. - Ele lhe forçou a fazer isso?

- Não. - respondeu com a voz baixa.

- Não me minta, ainda mais para proteger ele. - disse com raiva, Manoela se assustou. Quando Douglas notou o que havia acabado de dizer, mas principalmente que o seu tom de voz havia assustado ela, a abraçou e pediu desculpas.

- Eu não menti, ele não me forçou só me pegou de surpresa. - Murmurou enquanto eles ainda se abraçavam.

- E se fosse eu? - sussurrou no ouvido da garota. Agora entendera o que o irmão mais novo quis dizer: Ele a beijou sem forçá-la.

- Se fosse você o que? - saíu dos braços do rapaz e o encarou.

- Se fosse eu a te beijar. O que você faria? Você iria gostar? - a garota ficou sem reação, seu olhos se arregalaram pelas palavras que havia acabado de ouvir. Ele sorriu, o sorriso que Manoela tanto gostava, a respiração dela se acelerou e o rapaz aproximou sua boca do ouvido dela. - Você fugiria? - sussurrou.

- Nãã-o. - gaguejou. Ele acariciou o se rosto e os aproximou ainda mais.

- Que bom. - sussurrou. Ele esquecera da razão novamente, e dessa vez não queria encontrá-la tão cedo. Ambos de olhos fechados, podiam sentir a respiração de ambos batendo uma contra a outra.

- Douglas, a Nicole está aí. - disse Giovana batendo na porta. Douglas abriu os olhos, irritado.

- Nossa conversa não acabou, pequena. Temos algumas coisas para conversar ainda. - E após depositar um beijo na testa da garota, se retirou do quarto.

Manoela permaneceu parada onde estava. Incrédula, não acreditava no que estava acontecendo, no quanto aquele dia parecia irreal e que logo o despertador soaria a tirando daquele sonho. Não sabia qual era a forma correta de interpretar as palavras que ouvira de Douglas e nem a leitura dos atos de Gustavo. Estava ainda mais confusa.

- O que aconteceu nesse quarto? - perguntou Giovana a observando encostada na batente da porta.

- Euu nãã-ão sei. - respondeu sem olhá-la. Giovana ficou sem entender, disse que mais tarde queria saber o que tinha acontecido, pois agora tinha que fazer uma coisa. Manoela assentiu, recuperando-se e sentando na cama. A mais velha fechou a porta e desceu para o segundo andar. Parou em frente a porta do irmão mais novo e bateu.

- Abre essa porta, Gustavo.

- O que você quer? - perguntou entediado a garota sem falar nada deu-lhe um tapa em seu rosto. - Ei, o que você está fazendo?

- Você é um idiota!

- Que novidade! - disse segurando os braços dela. - Agora me explica o que te levou a achar que você tem direito de chegar no meu quarto me batendo, hein garota?

- Por que você está brincando com a Manoela!

- Eu não estou brincando com ela. - disse puxando a irmã para dentro do quarto e fechando a porta atrás de si. - Da onde você tirou essa ideia?

- Você levando ela para uma praia para se aproveitar da situação. - o garoto riu. - Isso, ri seu idiota, mas escuta bem eu não vou admitir que você brinque com ela, ela já sofreu demais.

- Eu gosto dela. - ele disse sério.

- Sei.

- Pô, é sério! Que droga! Eu gos-to de-la! - disse calmamente. - Entendeu?

Giovana sentou na cama do rapaz e olhou-o. Já havia percebido que Manu estava mexendo com o seu irmão, mas não imaginava que ele estava nutrindo verdadeiros sentimentos por ela.

- É sério isso, Gu?

- Claro que é. Ela é diferente de todas as garotas que eu já me envolvi. E não pense que foi fácil assumir isso, por que não foi.

- Que lindo, você está apaixonado, maninho! - disse toda comovida.

- Vai ficar tirando onda da minha cara? - respondeu ríspido.

- Não! É, só que, nossa! Eu não imaginava que você estivesse nutrindo sentimentos por ela, achei que fosse mais uma atração física, sei lá.

- Pois é, no começo achei que fosse isso também. - disse dando de ombros e passando a mão pelos cabelos bagunçando-os. - O Douglas dúvida de mim, acha que eu quero entrar em um joguinho com ele, mas não é isso.

- Ele também sente algo por ela, não é?

- Sim, claro que sente. Por mais que ele não diga com todas as palavras, ele se entrega, sempre se entregou.

- É, eu já havia percebido isso.

Silêncio...

- Sabe, acho que você fez uma ótima estratégia de conquista...

- Não tem estratégia nenhuma, que droga. Aconteceu! Não me controlei, pintou um clima e eu beijei ela. Mas eu não planejei isso, que saco.

- Tá, tudo bem! Já entendi isso. - O garoto a olhou. - Acho que você tem que conversar com ela. Dizer o que está sentindo.

- Eu já pensei nisso, mas como? Ela agora vai me evitar ao máximo.

- Vocês moram na mesma casa, não poderão ficar sem se falar por muito tempo.

- É, eu sei.

- Ai, Gu! Pela primeira vez estou te vendo querendo mudar, você está mais tranquilo e até mesmo, mais maduro. E eu vou te ajudar.

- Olha bem o que você vai fazer, Gi?

- Confie em mim, maninho. - disse dando um beijo estalado na bochecha do garoto e saindo do quarto sorridente.

 

Enquanto isso...

Douglas desceu as escadas impaciente, quando chegou ao lance que o levaria à sala, avistou Nicole conversando com a sua mãe. Parou, respirou fundo e passou as mãos pelo rosto e cabelo e voltou a descer as escadas.

- Oi, meu amor! - disse a morena se levantando, assim que o viu descendo a escadaria.

- Oi. - disse depositando um beijo rápido em seus lábios.

- Bom vou deixá-los a sós. Foi muito bom vê-la querida! - disse Clara sorrindo.

- Obrigada, foi muito bom vê-la também. - sorriu e Clara se retirou do local.

- E então, o que aconteceu?

- Nada, só estava com saudades e vim visitar o meu namorado. - disse ela sentando no colo dele o abraçando pelo pescoço.

- Hum... Por que não ligou antes?

- Desde quando eu preciso ligar para vir até a sua casa? - disse ela brava.

- Eu poderia ter saído e você podia ter perdido a viagem.

- Não, o que aconteceu com vocÊ? Você está com raiva por eu estar aqui. - o rapaz não respondeu apenas respirou fundo. Ela levantou-se de seu como e descontrolada gritou: -Diga?

- Nicole, sem showzinho na minha casa. Por favor!

- O que aconteceu com você? - perguntou incrédula. - Fazem semanas que percebo que você está ausente e frio comigo.

- Precisamos conversar.

- Se vocÊ quer terminar, fala de uma vez. Não vem com essa história de que precisamos conversar.

- Nosso namoro não está a mesma coisa a um bom tempo...

- Sabia, era isso! Não me diga que é por causa daquela orfãzinha? É? Por que se for... Meu Deus.

- Deixe a Manoela fora disso, e pare de gritar. Vamos conversar no meu quarto. - disse com uma voz baixa e séria a segurando pelo braço.

- Solta o meu braço, eu sei o caminho! - disse puxando o braço e subindo para o quarto do seu, até então, namorado.

Chegando ao local, o casal volta a discutir.

- Chega, eu não aguento mais essas suas crises de ciúmes, e se você quer saber mesmo... Vamos acabar com esse relacionamento, que não tem mais nada de bom, apenas estamos nos magoando insistindo nele.

- Douglas, você vai se arrepender amargamente, de todas as suas palavras.

- Nicole, chega. Pare com isso. Acabou!

A garota pegou sua bolsa e estava abrindo a porta, parou virou-se novamente e foi até o, agora, ex-namorado e deu um tapa em seu rosto com toda a sua força. E sem dizer mais nada, se virou e saíu porta a fora.

 

 

Continua...


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Não?
E da capa, vcs gostaram? Com quem vocês querem que a Manu fique? (Na verdade, eu já tenho decidido isso, mas quero saber a opinião de vcs a respeito e dependendo posso rever minha decisão!)
A opinião de vocês é muito importante para mim.

Muito obrigada por todos os reviews!

Beijo ;*
Naathy