POV- Iza

As coisas ficavam sempre na mesma, e aquilo doía, doía tanto que não conseguia explicar! Como um vampiro poderia sentir tal agonia? Pensei que depois que virasse vampira nunca mais teria que me preocupar com tais casos, mas estava errada, outra vez.

Se eu estava assim, não conseguia nem imaginar Edward. A dor, a agonia, a tristeza, tudo se exalava dele, estávamos mais mortos que nunca.

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Estávamos em um hotel em Nebraska nos Estados Unidos. Era simples, e como não ficaríamos muito tempo, estava ótimo. Caçamos na ida para la alguns animais de pequeno porte, mas já saciava a sede, alem do mais, nem tínhamos tanto animo para isso.

Já estávamos lá a 1 semana, e eu abri meu e-mail, era uma rotina, assim vi mais um e-mail de Mah, ela não se cansava! Eu lia todos os e-mails, mas não podia responde-los, ordens de Edward. E é claro que aquilo me matava, mas a questão é: como podia me matar se já estava morta? Não sei, só sei que era insuportável sentir aquilo. Eu já estava cansada, era sempre assim, durante todos esses meses, iam de uma região para outra de 1 ou 2 semanas e assim ficava, caçávamos e só, não conversávamos, não fazíamos nada. Também, acho que nem conseguiria falar mesmo.

Dois dias depois estávamos caçando e Edward sentiu um cheiro familiar, eu o segui.

-Quem é? – o perguntei, ele se assustou com minha voz, mas logo respondeu:

-Victoria! – gelei, era Victoria! Edward não poderia estar enganado, conhecia o cheiro muito bem.

Pegamos nossas coisas no hotel, pedimos a conta e fomos de volta a floresta correndo, isso tudo levou uns 10 minutos.

Concentrados no cheiro seguidos a trilha e chegamos ao rastro, ele ainda estava forte então continuamos tranquilamente.

Corríamos a uma hora e meia até que chegamos ao Texas e lá o cheiro diminuiu bastante. De repente encontramos algo como um rastro de vampiro para o Brasil, então o seguimos, mas algo em minha cabeça, no profundo que guardava minhas poucas lembranças de humana me diziam que estávamos no lugar errado. Pensei muito enquanto corria o mais rápido que podia, acabei decidindo que era coisa de minha cabeça, já que podia pensar em 10 coisas ao mesmo tempo...

E esse foi um dos maiores erros de minha ‘vida’.

Acabamos no Brasil mesmo mas sem mais nenhum rastro de Victoria, e então fui me lembrar de algo me avisando que estávamos errados, no interior de meu cérebro eu ainda sabia partes do livro, mas não tudo, e pelo jeito isso era uma coisa que fui burra e deixei passar. Podíamos ter matado Victoria.

Victoria ainda estava viva, e eu sabia que ela iria se vingar. Eu queria mata-la!

-Alice?

-Iza! Ahh, estou com muita saudade!

-Eu também Alice, mande um grande abraço a todos. Mas, não liguei para isso, queria saber se você...

-Sim, eu vi. O rastro de Victoria. Não sei para onde ela foi, mas algo me diz que ela não fará nada bom. Já avisei a todos e estão de olhos bem abertos.

-Otimo, não me lembro direito do livro, mas sei que ela irá se vingar, só não sei quando.

-Hm.. como vão? Imagino que ele esteja na mesma certo?

-Sim, nem conversamos direito, ele só faz comentários, mas eu compreendo.

-Bom, diga que estou com saudades, e quando puderem vem nos visitar!

-Com certeza, até mais Alice. – desliguei. Era bom falar com Alice as vezes, sentia falta dela. Mas isso teria que durar por um grande tempo.

Edward voltou da caçada e se sentou na janela ao meu lado. Como eu sabia que ele não gostava de falar, e por pensamento conseguia tirar mais dele, comecei:

‘’Alice mandou lembranças, esta com saudade.’’

‘’Também estou.’’ – Ele sempre com as respostas curtas.

‘’Ela teve sim a visão, todos estão cientes e alertas’’

‘’Muito bom’’

‘’É,’’  - Pensei com raiva e sai. Eu tentava conversar com ele, mas ele não deixava! Eu queria ajudá-lo!

-Me desculpe, é que... – ele começou, mas eu não queria ouvir.

-Ta, deixa pra la. – terminei a conversa e fui sentar na outra janela para olhar para a cidade onde estávamos. Eu morava aqui antes de tudo isso acontecer, e olha agora onde estou.

Uma vampira, sofrendo agonizantemente, desejando que tudo acabasse logo, o que, cada vez mais, achava que não iria acontecer.

E essa era a minha rotina.