POV – Iza

Estava preocupada. O que era estranho, já que vampiros geralmente são sádicos, mas como vivia com uma família louca de vampiros, estava tudo bem. Mas a família não estava completa...

Edward estava cada vez me deixando louca, as vezes parava para pensar por que ele havia pedido que viesse com ele, mas não me permitia pensar nisso quando estava com ele, não queria que ele ficasse mais masoquista do que já estava. Mas isso foi a gota d’agua para mim:

Estava sentada no sofá, olhando para a TV que não passava nada de interessante, enquanto Edward tocava piano, é, ele havia conseguido um piano, não me pergunte como, não faço idéia. Bom, até ai tudo bem, eu compreendia, só que passado dias e dias, ele tocava a mesma musica, sempre, e todo o tempo, sem parar: Bella’s Lullaby!

Eu não estava agüentando mais, quando ele ia parar? Quando ele ia amadurecer? Achava que ele queria esquece-la, mas não... ele só estava se machucando, do pior jeito possível, não agüentei mais:

-Edward, você poderia, por favor, parar?

-Não, não poderia. – Disse ele educadamente e quase me deixando louca.

-Edward, por favor, isso só piora a situação, é para seu bem. – Era tão difícil entender? Eu só queria o bem dele, queria que ele parasse!

-Com todo respeito, mas... estou bem assim.

-Não, você nunca estará bem enquanto estiver longe dela, por favor... – Ele tinha de ser tão teimoso? Eu queria ajudar, e os pensamentos dele não ajudavam em nada, e acho que a palavra ‘ela’ fez algo doer mais ainda nele.

-Sim! Sim, posso não estar bem, mas fiz minha escolha, e está feito, e não quero mais ouvir suas opiniões sobre isso ok Izabela? – disse elevando a voz, e parando, pela primeira vez, de tocar. Assuntei, ele nunca havia me chamado pelo nome completo.

-Ta bom, então me diz uma coisa, por que pediu para eu vir? Não compreendo, achei que queria minha companhia, mas age como se eu não estivesse aqui! – Doía, doía mais do que poderia imaginar, era tudo junto, todos os sentimentos ruins... Maldita capacidade de sentir tudo de vampiro!

-Eu... Eu queria sim, mas não está adiantando nada, eu... – Disse ele, confuso, e com raiva e a dor ao mesmo tempo, isso o estava deixando mais nervoso do que deveria, e assim, ME deixando mais nervosa do que deveria.

Não, não podia suportar mais...

-Ok então, se não adianta, vou embora. Sei que este é seu desejo mesmo, masoquista! – peguei minhas coisas, juntei tudo na mala, e isso só levou alguns segundos. Ele ficou parado, olhando para mim, sem saber o que dizer. Então... fui embora.

A briga se passava por minha mente várias e várias vezes sem parar. Se eu pudesse chorar, já teria enchido um rio. Sentia raiva, medo, decepção, dor, e entre outras coisas que nem eu conseguia entender.

Meu vôo para o Alasca partia em 1 hora.

Alice disse que ficariam lá por algum tempo, e lá seria meu lugar a partir de agora.

30 minutos.

Entrei no avião, e andei até minha poltrona. Consegui pegar uma fileira sozinha, já que na verdade, a maioria tinha medo de mim (não os culpava), e alguns só reparavam na beleza, interesseiros...

A viagem ia demorar, então encostei na poltrona e esperei que esse pesadelo se acabasse e nascesse, de tudo isso, uma linda historia feliz.