Inimigos do Olimpo escrita por Jereffer


Capítulo 34
Capítulo 34: Velhos Inimigos


Notas iniciais do capítulo

Caramba gente, o numero de comentários está caindo mais que o Neymar!

Piadas infames a parte, eu ainda estou doente pra caralho e estou numa época de provas, isso significa maiores demoras.

Comentem * carinha do gatinho do sherk*

PS: Aeee! 3 mil acessos na paginá da fic * carinah feliz*



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Percy POV’s

 

Senti meu animo desabar depois de perceber que nenhum cavalo do pesadelo iria me dar uma carona, o sol da tarde os irritava profundamente.

 

- Mais que merda – eu exclamei depois de varias tentativas inúteis de convencer um dos cavalos – Porque não pode existir um elevador para o submundo... – eu ia dizendo quando me dei conta da minha estupidez.

 

- A ficha caiu? – perguntou Rider rindo, isso era o mais irritante nele, ele sempre deixava os outros pensarem em tudo sem ajuda.

 

- Desgraçado – eu disse lhe metendo um soco, mas tudo que consegui foi quase esmagar meu punho – Se eu não voltar em três horas, saiba que eu fiquei preso no tártaro.

 

- Boa sorte – disse Rider me dando um tapinha no ombro que fez meus joelhos dobrarem – Você vai precisar de muita.

 

- Palavras encorajadoras – eu disse rindo antes enquanto ia em direção ao portão.

 

A passagem foi difícil, pois os trabalhadores zumbis tinham terminado de cavar a armadilha, mas eu consegui andar pelas bordas, mas demorou muito.

 

Era possível ver os vestígios da batalha na escadaria: Varias lugares haviam ganhado buracos, restos de laminas e algumas flechas decoravam o chão.

 

Entrei no elevador que levava ao Empire States, mas desta vez meu destino era outro, abri a tampa de segurança e apertei o botão 600, só que o que era simbolizado com uma seta apontando para baixo.

 

Exato, o andar número 600 subterrâneo levava direto para o Mundo Inferior.

 

Desci do elevador que saía em um canto do jardim de Perséfone, eu supus que era assim que ela recebia “visitas”, mas eu não tinha tempo de filosofar sobre isso, eu tinha que agir.

 

Como eu esperava, os seguranças esqueletos me deixaram passar, obviamente não haviam sido “programados” para barrar todos, só inimigos.

 

Subi pela escadaria de pedra, eu tentava imaginar onde Hades guardava suas chaves, mas eu sabia que essa fortaleza tinha centenas de cofres, abrigando toda sorte de objetos raros, mas eu não estava interessado em pilhagem, pelo menos não hoje!

 

Eu comecei a pensar, demoraria uma vida para procurar em todos os cofres, Hades gostava de criar situações incomuns... Mas é claro!

 

Ele guardaria algo tão valioso no ultimo lugar que qualquer um procuraria algo importante, confiante nessa idéia, virei no primeiro corredor a direita, meu destino: O banheiro.

 

O lugar não cheirava mal, pelo contrario, era perfumado com rosas, mas ainda sim eu me perguntava onde estava a dignidade naquilo. Procurei nos lugares mais fáceis: Na prateleira, embaixo da pia, dentro do porta revistas eróticas, mas não havia nada.

 

Quando eu estava para desistir, pensei na hipótese mais nojenta: a latrina.

 

Graças aos deuses, eu não tive que me aproximar demais do objeto, pois eu vi uma pequena caixa prateada embaixo daquele cano que fica preso na parte de trás da privada, então usando a ponta da minha espada eu puxei o objeto para perto de mim.

 

Aquilo devia ser uma espécie de escudo anti-roubo, pois nenhum herói atrás de gloria iria tentar roubar algo que ficava escondido atrás da privada em um palácio do mundo inferior.

 

Dentro da caixa, havia uma chave de ouro, umas das chaves da morte, eu só não rezei para que essa fosse à do tártaro para que os deuses não descobrissem o que eu ia fazer.

 

Eu gostaria de ter trazido uma jaqueta, esse foi o primeiro pensamento que veio a minha cabeça quando eu saí do jardim da Perséfone, e me virei para a direta à procura de uma das entradas para o tártaro.

 

Enquanto eu me aproximava do abismo, o ar ia ficando cada vez mais gelado, só que estranhamente vezes ou outra era possível sentir brisas mornas.

 

Mesmo sendo apenas uma entrada, o lugar exalava uma mensagem clara: Saía daqui. O ar ia ficando mais gelado a cada passo, e um cheiro desagradável vinha do abismo, fazendo meu nariz torcer, apesar de eu não conseguir distinguir de que era o cheiro.

 

Cheguei até a beirada do abismo, só que para minha surpresa, nenhuma voz maligna me atormentou dessa vez, então eu resolvi fazer logo isso antes que eu perdesse a coragem.

 

Coloquei meu escudo no chão, bem na pontinha e subi em cima dele, confiando que o ferro Stix não quebraria e dei um impulso, mergulhando nas trevas.

 

Saltar em direção ao tártaro disponibilizando apenas de um escudo para a sua proteção não é recomendado se você:

 

1)Tem medo do escuro, lugares abafados e úmidos.

 

2)Não gosta de sons sinistros e da sensação de estar caindo.

 

3)Odeia arrepios e grandes quedas.

 

Traduzindo: Foi demais!

 

Eu não sei por quanto tempo eu caí, sem ver nada alem da escuridão, mas acredite, a chegada também não foi nada agradável.

 

Meu escudo bateu primeiro na porta, o impacto foi tão forte que ele trincou em uma das laterais, mas pior que isso, ele acidentalmente funcionou como um trampolim, me jogando de cara contra a porta gigante.

 

Bom, não é preciso comentar a sensação de quase ser esmagado contra uma porta de pedra gigante, então depois de verificar se todos os meus dentes ainda estavam no lugar certo comecei o trabalho.

 

Girei a chave entre os dedos, ela começou a crescer até atingir mais ou menos 1 metro então começou a parte difícil: Alcançar a fechadura.

 

Isso mesmo, o local para inserir a chave ficava a uns três metros, pois obviamente foi feita para ser usado por um deus, então eu tive que começar a pular, tentando colocar a chave.

 

As vezes o errado da certo, esse ditado se mostrou verdadeiro quando eu tropecei e pisei no meu escudo, e esse que estava encostado na porta em uma posição estratégica me lançou de novo, só que dessa vez para cima.

 

Consegui alcançar o buraco da fechadura, meti a chave nela e comecei a me balançar nela como um macaco em um galho, na tentativa de gira-la.

 

Boa noticia: eu consegui girar a chave e a porta se abriu, a má noticia: A chave se soltou e eu despenquei de costas no chão.   

 

Mais uma vez minha consistência óssea se mostrou excepcional, então eu consegui entrar pela porta caminhando quase de maneira normal, eu só devia no máximo ter lesionado a coluna.

 

Agora sim eu reconhecia o mal cheiro que turvava o ar: era algo semelhante a corpos apodrecendo em um antigo campo de batalha, ou podia ser o cheiro de sangue seco em antigas paredes de pedra, coisas desagradáveis que seguiam essa linha de pensamento.

 

Encostei a porta atrás de mim, e comecei a andar no chão pantanoso, que era separado em estradinhas pavimentadas com ossos, deve ser para dar um ar mais aconchegante.

 

Eu sempre tive a curiosidade de ver como era a prisão do tártaro, mas depois de andar um pouco eu quase ri: era uma prisão no sentido mais literal a palavra: parecia uma prisão do velho oeste.

 

Dezenas, talvez centenas de quadrados de pedras com grades nas entradas estavam enfileirados por categorias, alguns eram pintados com cores estranhas ou decorados com itens medonhos, como cabeças empalhadas e pintadas de vermelho sangue.

 

Eu suspeitava que demoraria séculos para encontrar a categoria que eu queria, mas eu suspirei aliviado ao ver uma placa que indicava as direções.

 

Não precisei andar muito para achar o local que eu queria, já que era uma categoria recente, logo eu vi uma placa verde musgo com os dizeres: Deuses nórdicos.

 

Eu me aproximei do conjunto de selas de uns 2 metros de altura e um três de comprimento, tudo estava tão silencioso que eu resolvi bater em uma das barras com minha espada para fazer barulho, o tilintar metálico ecoou na escuridão e no silencio.

 

- Acordem dorminhocos – eu disse me afastando as grades por segurança – Tenho uma proposta para vocês.

 

Em dois segundos, dúzias de deuses vestindo macacões de prisioneiro listrados estavam se espremendo contra as grades e rosnando para mim.

 

- O que você quer, traidorzinho? – eu não consegui ver de qual cela vinha àquela voz, mas eu sabia que era de Loki.

 

- Quanto ressentimento – eu zombei – mas como eu disse, eu tenho uma proposta para vocês.

 

- E qual seria essa? – pela voz dessa vez era Odin.

 

- Eu diria que é uma longa historia mas não é: Tem um monstro primordial a solta que destruirá primeiro o país depois boa parte do mundo, então caso vocês jurem ajudar, eu solto vocês.

 

- Jurar? – perguntou alguém, Tyr provavelmente.

 

- É óbvio – eu disse revirando os olhos – Se vocês jurarem jamais tramarem contra os Olimpianos, a civilização Ocidental, e principalmente contra mim, depois que o monstro for derrotado, vocês estarão livre para voltar parar Asgard.

 

- Asgard foi queimada – eu podia ver os olhos flamejantes de Tor mesmo com a pouca iluminação – Você não se lembra?

 

- Claro que lembro, eu ajudei a queimar – eu disse com simplicidade – Mas se todos vocês estiverem livres, é provável que ressurja, mas deixando os detalhes para depois, topam?

 

- Teremos que jurar pelo Estige? – perguntou Loki com astúcia, obviamente não se podia enganar um enganador(ou será que não?).

 

- Não – eu disse tirando um papel do bolso – Eu tenho aqui uma lista dos vinte juramentos mais inquebráveis que existem, se fizerem todos...

 

- Acha que somos mercenários? – rosnou Njord.

 

- Se não quiserem, farei a proposta para os deuses egípcios – eu virei as costas e os resultados foram instantâneos.

 

- Nós juramos – disse Odin apressadamente.

 

Vinte juramentos depois...

 

Depois de todos os juramentos serem feitos (não demorou tanta quanto eu esperava) eu procurei um modo de abrir as selas, e logo achei uma abertura na primeira parede, então só precisei girar a chave de novo para que ela reduzisse até o tamanho necessário, depois foi só foi girar, e com um barulho ruidoso semelhante ao de correntes enferrujadas recebendo atrito, as grades subiram, liberado a passagem.

 

Os deuses ficaram parados por um momento, como se não acreditassem ainda que poderiam sair dali.

 

- Vão! – eu disse para desperta-los de seus devaneios.

 

Enquanto eles saíam dali, fiquei imaginando quanto tempo demoraria para eu me arrepender daquilo

 


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Notas finais do capítulo

Rola alguma recomendação, tipo, a fic está chegando ao fim e até agora nada, eu estou entrando em depressão (mentira)



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