Inimigos do Olimpo escrita por Jereffer


Capítulo 24
Capítulo 24: Em Black Hills (parte 1)


Notas iniciais do capítulo

Poxa gente, só 2 reviews no ultimo cap? Isso desmotiva...

Bom, deixando minha emotividade de lado, aqui está mais um capitulo, espero que gostem



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Percy POV's

 

Por intervenção divina ou tremenda sorte, conseguimos desembarcar do avião sem nenhum incidente envolvendo monstros.

 

- Agora acho que precisamos comprar equipamento de alpinismo – eu disse enquanto procurava na minha agenda um endereço.

 

- É mesmo – concordou Annabeth – Já que esse lugar uma montanha, suponho que Híperion tenha montado seu centro de recrutamento em um lugar de difícil acesso.

 

- Pode apostar que sim, vamos pegar um táxi, eu conheço um ótimo lugar por aqui para se comprar de tudo – eu disse achando o endereço que eu queria.

 

- Devemos supor que isso é um lugar camuflado e ilegal? – perguntou Thalia.

 

- Dessa vez não – eu disse enquanto passávamos pela segurança do aeroporto – Só dessa vez.

 

Demorou para acharmos um táxi, já que pelo visto o mal tempo fazia as pessoas quererem poupar seus carros, mas logo chegamos na lugar que eu queria: a loja God’s Funny Articles.

 

- É isso? – perguntou Annabeth.

 

Não era grande coisa vista por fora, era só uma loja pequena e de aparência meio descuidada.

 

Thalia POV’s

 

- Espere para ver por dentro – disse o Percy abrindo a porta, fazendo o som de uma sineta soar.

 

Entramos atrás dele e a surpresa foi imediata: Todas as paredes eram decoradas com os mais diversos artigos para semideuses e monstros: relíquias de monstros, objetos de bronze celestial, e tinha até alguns objetos cômicos, como algo que me pareceu uma charge do Ares.

 

- O que exatamente é essa loja? – eu perguntei.

 

- Um lugar onde se pode comprar de tudo – ele disse se aproximando do balcão.

 

- Olá Perseu, o que vai querer hoje? – disse um velho míudinho um tanto corcunda que estava atrás do balcão.

 

- Equipamento de alpinismo para três: equipamentos para escalada folhados em bronze celestial, vários metros de corda inquebravel, botas de aderência com grampos, sacos de dormir impermeáveis, binóculo com lentes de visão noturna, mochilas bem grandes, lanternas, pólvora negra, arco de madeira, suprimento para uma semana e uísque escocês – disse o Percy como se fosse à lista de itens mais normais do mundo.

 

- Expedição a Black Hills? – perguntou astutamente o velho.

 

- Como descobriu? – ele perguntou impressionado.

 

- Ninguém compra uísque e pólvora negra juntas se não for fazer uma viagem pelas montanhas – respondeu o velho.

 

- Muito sagaz – disse ele atirando um maço de dinheiro em cima do balcão.

 

- Aqui está senhor - disse o velho entregando três mochilas, Percy abriu e verificou se todo o equipamento estava lá.

 

- Acho que também vou precisar de um machado – pediu Percy depois de fechar as bolsas.

 

- Aqui senhor – disse o velho, era bizarro ver alguém de aparência tão velha chamar o Percy de senhor.

 

- Ahh... Com licença – disse Annabeth – O que é isso senhor? – ela disse apontando para um frasco com objetos rubros de aparência nojenta em uma prateleira.

 

 - Vísceras de leão – disse o velinho num tom animado – Dizem pode aumentar significativamente os atributos de um herói, como sua perspicácia e sua coragem e sua astúcia.

 

- E funciona mesmo? – eu perguntei tentando não soar muito cética.

 

- Funciona – garantiu Percy – Mas não vale a pena, já que se tem que comer cru.

 

- Devo perguntar como você descobriu isso? – eu disse enquanto ele guardava o machado que acabará de comprar.

 

- Não pergunte, isso a faria vomitar – ele garantiu enquanto se despedia do velho.

 

E com essa frase que me induzia a pensamentos nauseantes, saímos da loja.

 

- Como chegamos à cordilheira rochosa? – perguntou a Annie.

 

- A uma entrada para aventureiros nessa cidade – ele explicou – Vamos até lá de táxi, e depois nossas pernas nos levarão.

 

Depois de uma curta viagem de táxi, apenas uns 15 minutos, chegamos a entrada de uma região montanhosa, que se estendia até onde os olhos alcançavam, e também tinha muitas árvores.

 

Quando descemos do táxi, Percy abriu uma das mochilas (ele se ofereceu para carregar as três) e tirou de lá três pares de botas.

 

- Peguem – ele disse atirando um par para mim e para Annabeth – Isso ajuda a não perder o equilíbrio ao andar sobre rochas porosas.

 

Pelo visto as botas eram encantadas para se adequar ao tamanho de quem usasse, pois assim que eu a toquei elas encolheram e se retraíram até se adequar aos meus pés, e vi que o mesmo aconteceu com a Annie.

 

Percy também tirou da sua mochila uma magnífica armadura, completamente negra, junto a um escudo com o desenho de um elmo apavorante no meio, mas quanto a isso ele não fez a menor referencia a como os conseguiu.

 

Percy POV’s

 

Ao chegarmos a “entrada” para a área montanhosa, resolvi experimentar a armadura que Hades me dera.

 

A primeira coisa que eu notei é que ela era pesadíssima, como se fosse feita de chumbo, mas eu consegui ajeita - lá de um modo que o peso não prejudicasse minha mobilidade, e também vi que ela estava acompanhada de um escudo.

 

No escudo havia o emblema do elmo das trevas, e o interessante e que o desenho ficava mudando constantemente, com imagens que causariam pesadelos até no pior dos monstros.

 

- Hora de escalar – eu disse animadamente pegando meu machado e indo em frente.

 

Para chegarmos a uma falha no rochedo que nos permitiria subir, tive que ir brandindo o machado para liberar o espaço ocupado por trepadeiras e galhos podres que ficavam pendurados no caminho.

 

Com minha picareta de alpinismo (que era folhada em bronze celestial para cortar pedras com maior facilidade) fui golpeando a parede de pedra em busca de uma falha.

 

Tof! Tof! Tof! Era o som da picareta golpeando a rocha duríssima que sustentava a montanha.

 

Pacraft! Foi o som que me indicou uma linha frágil na encosta.

 

- Achamos nosso caminho – eu disse animado.

 

- O difícil vai ser subir por ele – disse Thalia olhando para cima.

 

- Não será tão difícil – eu disse amarando uma corda na picareta e a jogando para cima e para frente, ela se fincou na rocha, e subindo por ela seria possível alcançar uma pequena trilha para caminhada.

 

-  É só desdobrarmos os grampos das botas – eu disse levantando minha sola, só foi necessário levantar duas travinhas para enrijecer os grampos da sola, que permitiriam fazer uma escalada vertical com maior facilidade.

 

- É melhor irem na frente – eu sugeri dando uma passo para trás enquanto elas arrumavam a sola das botas – Caso alguém caía sobre os outros, as coisas ficariam feias para vocês caso esse alguém fosse eu.

 

Elas não pareceram muito contentes, mas acabaram indo na frente e eu ia fechando a fila.

 

A subida foi mais difícil do que eu pensava: subir na vertical já não é normalmente, e somando o pessoa adicional da minha armadura e das mochilas, eu devia estar com uns 150 quilos.

 

Com muito esforço, conseguimos chegar numa trilha quase plana, e apesar de estreita era possível se caminhar, então eu pude ir na frente, saltando entre as fendas e rachaduras.

 

- Onde aprendeu a escalar desse jeito? – perguntou Annabeth sem fôlego enquanto eu procurava um jeito de passar para nós descermos para um vale do outro lado da montanha.

 

- Pastoreando cabras da montanha na Pérsia – eu respondi enquanto verificava se era possível descer por um pinheiro que estava apoiado na encosta.

 

- Vai entender – disse Thalia revirando os olhos – Saía da frente, de pinheiros eu entendo.

 

Isso pareceu algum tipo de piada interna, pois ela e Annabeth trocaram olhares risonhos, mas resolvi nem perguntar, eu estava cansado demais para isso.

 

Pelo visto Thalia realmente entendia de pinheiros, pois em minutos ela descobriu os galhos que era seguros para se usar descer.

 

Logo estávamos em um vale largo e não muito extenso, pelo menos ali o vento gelado na chegava, a montanha servia como ótimas paredes.

 

- Podemos acampar aqui – sugeri, eu sabia que logo o céu estaria desabando em água – Tem uma tempestade vindo.

 

- Como você sabe?

 

- Olhando para cima.

 

Annabeth POV’s

 

Ainda era cedo para nós nos recolhermos, mas olhando para o céu vi que Percy estava certo, grandes nuvens cinzentas se deslocavam em grande velocidade.

 

- Vamos ver se achamos alguma caverna oi coisa do tipo – disse o Percy no exato momento em que uma trovoada sacudiu o céu.

 

Caminhamos um pouco a procura de um abrigo, mas antes de podermos checar tudo que havia disponível, uma chuva torrencial despencou sobre nós, então tivemos que pular para dentro da primeira gruta que achamos.

 

- Vou dar uma olhada no lugar – disse o Percy pegando uma das lanternas e apontando para o fundo da gruta, que era bem maior que eu esperava.

 

Parece ela já tinha sido usado como toca por alguma fera, pois havia ossos de cervo branquíssimos no chão, e para nossa sorte, uma árvore caída tinha rolado para dentro, então caso não pudéssemos sair dali até escurecer ou esfriaçe muito poderíamos tentar acender fogo.

 

- O lugar ta limpo – disse o Percy depois da sua verificação – Muito sujo, mas no outro sentido da palavra, limpo.

 

Ficamos encostados no musgo das paredes, na esperança da chuva passar logo, mas depois de vinte minutos deu para perceber que ela não iria parar hoje, então para surpresa geral, Percy foi quem lembrou da coisa mais sábia a se fazer.

 

- Melhor fecharmos a boca da gruta com pedras, dependendo o volume d’água pode causar um deslizamento de lama.

 

- É mesmo – eu disse batendo na minha testa, eu deveria ter pensado nisso.

 

- Eu resolvo isso – disse o Percy se levantando, ele deslizou a armadura para fora do corpo e tirou a camisa, o que levou a Thalia a perguntar.

 

- E você pretende ficar nu para isso?

 

- Nu não – ele disse parando na entrada da gruta – Minha camiseta tem uma estampa de pinos de metal bem grande, se eu quisesse ser fritado por um raio, eu pediria para você – ele disse dando uma piscadela e saindo.

 

Demorou uns 20 minutos par o Percy mover pedras, galhos e lama para fechar a boca da guta, deixando apenas um espaço para nós sairmos, esse podia ser fechado com uma pedra pelo lado de dentro.

 

- Porra ta um gelo lá fora – foi a primeira frase do Percy ao passar em alta velocidade pela entrada.

 

Ainda em alta velocidade, ele recolocou a camisa e o agasalho, e foi logo pegando os pedaços de madeira disponíveis na gruta.

 

- Com tudo tão úmido, é improvável que você consiga acender alguma coisa – eu disse enquanto ele mexia em uma das mochilas, provavelmente a procura de fósforos.

 

- Observe e aprenda – ele disse tirando um frasco metálica da bolsa e abrindo.

 

Ele despejou um pó negro em cima da madeira, e depois jogou uma pequena pedra em cima com bastante força, e instantaneamente uma labareda cresceu, fazendo muita fumaça.

 

- Carregar pólvora sempre tem suas utilidades – ele disse atiçando o fogo com um graveto.

 

Não demorou para que o silencio no local junto com o barulho da chuva caindo causasse sono em nós.

 

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Eu não sabia quando eu dormi e por quanto tempo, mas acordei sobre saltada, por causa de um barulho vindo do lado de fora da gruta.

 

Olhei em volta e Percy que ainda estava dormindo, e pelo visto Thalia tinha adormecido pouco depois, pois estava em um lugar mais confortável próxima a fogueira (que agora era só um monte de brasas e pedaços de madeira meio fumegantes).

 

Só então me lembrei de olhar por uma brecha do “lacre” da gruta para investigar a origem do som, e vi que uma grande forma se locomovia pela escuridão, pois já havia anoitecido e as nuvens encobriam o luar.

 

Meu impulso natural era acordar os outros para vermos o que era aquilo, mas não sei o motivo, eu estava querendo uma aventura, pois no final das contas, quem fez quase tudo nas missões dos últimos anos foi o Percy.

 

Próximo ao lugar onde eu havia me encostado, estava uma das mochilas, ela estava meio aberta revelando a lentes de visão noturna que Percy comprou, o que me deu uma idéia...


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