Para tudo!


 As meninas me olharam com um ponto de interrogação na cara, mas eu não iria continuar com uma menina caída no chão sendo levada pelos médicos, e tudo isso porque eu dei um aceno em sua direção. Desci do palco por trás, do mesmo jeito que entrei. Ouvi Gustavo pedir licença e desculpa as meninas ali presente e os dois vieram atrás de mim.


 — José você ficou maluco? — Júlio vinha correndo atrás de mim. Sim, eu corria em direção ao ponto médico
 — Não, só quero saber se acabei de matar uma pessoa.
 — O que você fez com aquela menina?
 — Nada, só acenei. É proibido? — Gustavo também corria para me alcançar
 — Quando se trata de nossas fãs... — não deixei ele terminar e adentrei ao ponto médico
 — A menina que caiu lá fora, loira, já está aqui? Está bem? — a moça do atendimento quase enfartou quando eu entrei — Respira e me responde, por favor!
 — A...loirinha?
 — Acho que foi o que eu disse.
 — Ela apenas...desmaiou — ok, mesmo ela respirando, ela tava quase explodindo.
 — Não quero que você morra, então, tchau! — sai antes que ela morresse.


 Gustavo e Júlio estavam chegando quando eu parti com tudo em direção ao palco. Começaram a me gritar, mas não estava nem aí. Havia um show para recomeçar! Enquanto eu andava, meninas me agarravam pelos braços e eu tinha que puxar ou ficava preso. Acredito que com Gustavo e Júlio também aconteceu isso.
 Assim que cheguei ao palco, subi os degraus e entrei feito uma bala. Esse show não podia simplesmente parar e disso eu sei. Parei quando cheguei aonde tinha largado o meu microfone e fiquei esperando Gustavo e Júlio chegarem. Mais como eles são lerdos, viu!
 Chegaram totalmente ofegantes e nem aguentavam as guitarra. Tive que rir disso! Comecei a olhar para as meninas mais próximas de mim, e avistei uma menina com outro cartaz. Nesse não estava escrito só que eu era seu favorito, estava escrito que aquele show era o presente de seus 15 anos. Fiquei lisonjeado, mas não arrisquei mandar um aceno, ou ir em sua direção dar a mão à ela, pois ela podia enfartar! Já chega a loirinha que quase morreu pisoteada, se a menina dos 15 anos morre, acho que nunca mais canto na vida!
 Mas ela era bonita e eu não parava de olhá-la. Provavelmente estava com um sorriso bobo na cara, mas é melhor nem pensar nisso.


 — José segue o show! — Gustavo veio até mim pra dizer isso e voltou


 Eu mandei os comandos para que eu pudesse continuar, mas não deu certo! Eu não me mexia! Como assim? Meu corpo surtou e não me obedece?
 Desisti de voltar a cantar Pushin' Me Away.


 — Olá meninas! — Gustavo me olhou assustado, eu percebi — Boa noite. Existe garotos aqui? — uns 3 ou 4 braços levantaram — Então, olá meninos e meninas! A interrupção da música foi porque uma menina desmaiou, eu acho, no meio da pista. Aqui na frente — olhei novamente pra menina dos 15 anos e sorri. Eu acho que ela vai morrer a qualquer momento!


Babi PDV;


 Para o mundo que eu quero descer! O José Adam Medeiros sorriu pra mim, é isso mesmo? Olhei para as meninas em volta e todas estampavam um sorriso no rosto. Foi pra mim ou pra elas? Na minha cabeça foi pra mim.
 Ele andou em direção aonde eu estava. Ai meu coração! Hoje eu não saio viva daqui!


 — Presente de aniversário? — Ok, agora é comigo mesmo — Venha cá! — esticou a mão pra mim subir


 Eu vou subir no palco dos TRATSER? Sendo convidada pelo - perfeito - José? Ok, dei a mão a ele. Ele me puxou, mas eu quase acabei com as meninas que estavam na minha frente. Como ele pode me levantar com um braço? Acabou largando o microfone e me segurando com as duas mãos me puxando com mais facilidade para cima do palco.


 — Fazendo 15 anos hoje?
 — Não, eu já fiz a um tempo, mas esse é o meu presente! — meu pai me olhava de onde estava. Não fala besteira, Babi!
 — Qual seu nome? — O José me abraçou. Posso morrer?
 — Hãn...Babi. Quer dizer, é Bárbara, mas Babi — ele deu um sorriso
 — Então, veio sozinha?
 — Não, meu pai está ali — meu pai acenou e o José acenou de volta. Que educação! (*-*)
 — Pode tirar uma foto e ir falar com Gustavo e Júlio.


 Tirei a foto com ele e o abracei. Ele sussurrou no meu ouvido: "Pode ir no camarim se quiser!". Quase cai. Não estava sentindo minhas pernas, apenas suas mão me segurando. Fui em direção à Gustavo que já me esperava para tirar foto. Tirei e beijei sua bochecha, e fui ao Júlio. Fiz o mesmo com Júlio, mas ele me abraçou bem mais forte que os outros.
 Voltei até o José que me colocou de volta no chão. E eu queria que isso pudesse ser repetido!