“Hey Ellie. Como vai doçura?” A voz de Apolo ressoou em meus ouvidos. “Vai se ferrar Apolo” segui com frio pela rua enquanto ele me seguia “Ei, calma doçura. Sabe que eu não quero irritar a queridinha do Olimpo” ele sussurrou levemente no meu ouvido que isso até fez cócegas. “Sossegue Apolo, se contente em me atormentar” me virei para falar com ele, mas ele sumiu. Ao virar de volta seus lábios cheios estavam a centímetros dos meus “Só te peço uma coisa” os lábios se moveram para mais perto, até que sua respiração chegasse bem perto mesmo. Ah, que se dane, eu sou maior de idade, afinal eu tenho 16 anos á 3 séculos e meio. Ele chegou mais perto ainda e sussurrou “Quando você sair da casa de seu pai, eu estou na esquina” Abriu um sorriso perfeito e sumiu. Cara, eu realmente ofeguei depois dessa. Subi as escadas e antes de bater ele me mandou entrar. Eu o cumprimentei e ele assentiu. Depois de uma conversa descontraída ele sussurrou um ‘é hora’ e seguiu para o meu lado. “Filha, eu te amo, mas as leis me reclamam e eu tenho que te amaldiçoar. Vai ser simples.” Ele abriu um sorriso triste e proferiu as seguintes palavras “De todos os homens que conhecer, o perigo deles irá te apaixonar. Eles não te querem conceder o amor, que irá ferir a você.” Depois disso ele se despediu de mim. ISSO SIGNIFICAVA QUE EU IA ME APAIXONAR POR CANALHAS? Minha mente explodiu em milhares de pensamentos insignificantes.

Ao sair, fechei a porta de madeira pela ultima vez. Onde Apolo disse que estaria? “Bem aqui, na sua orelha, sussurrando” Ele abriu um sorriso e me puxou para um arbusto perto de uma árvore.  “Meu último pedido seu é algo simples, mas de total importância” Ele me encostou em uma árvore e segurou minha cintura contra o tronco, colocando toda a sua força em mim.  Seus lábios chegaram perto de mim e seus braços me seguraram em um abraço. Depois disso sua boca febril encontrou os meus lábios levemente no começo, mas depois o beijo inflamou. O cheiro de sol e de calor dele me inundou completamente. Minha mão subiu para as suas costas, e uma de suas mãos puxava-o para mim. Isso era diferente, aquilo era magnífico. Depois ele me deu um abraço e sussurrou no meu ouvido, ali, perto do lugar onde eu nunca mais iria ver em toda a minha vida um “Eu vou sentir saudades” antes de sumir.

Meu coração insignificante palpitava com asas de um colibri. Me senti febril, como se estivesse doente. Me senti tonta, como se Apolo tivesse me envenenado com seu amor. Me embriagado, pra ser mais exata.  Nada mais importava. DROGA. Era exatamente o que meu pai disse, que eu ia me apaixonar por canalhas. Apolo era o canalha mais cobiçado do Olimpo. E eu fora banida dele. ÓTIMO. Segui emburrada até o elevador na saída do Olimpo, me despedindo de tudo e ao mesmo tempo cumprimentando meu novo mundo. Abri a porta do elevador e entrei nele com todo o meu positivismo. Se tudo ocorresse bem eu ia morrer no norte, lutando com quem eu amo. Se acabasse mal, eu morreria como um semideus comum. Ao chegar no Empire State, tudo parecia extremamente calmo. O de sempre. Pensei em Atena e pedi que ela me ajudasse a chegar ao lugar que eu sempre quis ir: O acampamento Meio-Sangue, nas colinas verdes de Long Island. Mas antes, eu precisava de roupas. 5th Avenue, prepare-se, porque o meu cartão de crédito sem limite vai atacar. Saí do elevador e fui gloriosa até a rua, onde peguei um táxi e prossegui meu dia em paz. Ou quase lá.