Ill Be With You Forever escrita por TeTe_Kaulitz


Capítulo 1
Only -


Notas iniciais do capítulo

Ok, ninguém deve gostar de RyougaxReno aqui, mas EU gosto, uhum Mitsuuki quase me bate no msn por causa dessa fic Enfim.

Mitsuuki, obrigada por betar tudo quanto é fic que eu faço, eu só tenho coragem de pedir pra você ♥ Minha beta reno alok q

Boa leitura nee..



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   Olhei pela janela, observando a chuva cair fortemente. Sem piedade alguma, a água já ameaçava entrar nas casas mais baixas...

 

   Foi em uma tarde como essa que eu te conheci, nee? Eu lembro do tédio, do playstation queimado e, da minha quase palpável irritação.

   Você bateu na minha porta, pedindo qualquer sombrinha velha ou um saco plástico bem grande, pra poder continuar a viagem até sua casa.

 

   Você estava completamente encharcado e, mesmo que eu tivesse receios, te convidei a entrar. Mal eu sabia, que você não entraria só na minha casa, você entraria, permanentemente, na minha vida...

 

   Em início, seus sorrisos eram tímidos, suas bochechas sempre corando por qualquer coisa; mas em mais ou menos meia-hora, você já ria livremente das besteiras que eu falava, sentado encolhido no sofá, no meu sofá, com uma roupa emprestada de mim e um grosso edredom te cobrindo.

   Incrivelmente adorável.

 

   Você disse “eu preciso ir”, mas eu não queria deixar. Não queria ficar só, e te deixar só.

   Sorri para ti, dizendo que iria te levar até sua casa. Você apenas concordou com um sorriso, e nós fomos até lá, correndo com medo da chuva que, ameaçava cair novamente, e rindo sem motivo nenhum.

 

   Paramos em frente a uma casa pequena, colorida, e você pegou minha mão, me guiando para dentro dela.

 

   Era realmente um lugar lindo e adorável... Nos sentamos no sofá e ficamos falando coisas aleatórias, e sem pensar coisa nenhuma, eu te beijei.

 

   Lembro que tu me puxavas com uma mão e me empurrava com a outra, completamente em dúvida, se deveria ou não corresponder. Forcei o contato mais um pouco, e logo tu cedeste, e nossos lábios pareciam terem sido feitos um para o outro.

   Separamo-nos pela falta de ar, e teus olhos inseguros fugiam dos meus...

 

   Inesperadamente, até para mim, te puxei para um abraço, te acolhendo em meus braços. Tu enrijeceste, tenso, me fazendo rir baixinho, mas logo me abraçou também, fechando os olhos e dormindo no meu peito, com o barulho da chuva que voltava a cair lá fora.

 

X

 

   Passaram-se meses, e nós fazíamos o nosso primeiro ano juntos.

Era engraçado, nosso relacionamento; Realmente não era normal, e isso se devia a ti. Quando tu aparecias com um buquê de rosas na minha porta, três dias depois do meu aniversário, todo cheio de vergonha e pedindo desculpas por ter esquecido a data!

   Ou quando nós íamos dormir na sua casa, a cama era do lado da janela, e tu contavas estrelas e tentava dar nome para cada uma delas; ou até quando tu sumias durante três dias, quase me matando do coração, e voltava com presentes e vários pedidos de desculpas, dizendo que tinha ido visitar a avó do amigo do seu vizinho, que tinha ficado doente.

 

   Eu gostava disso, das tuas manias. Me faziam rir, que nem bobo até hoje.

 

   Depois, quatro anos de namoro, eu te pedi em casamento, e tu jogaste o buquê de margaridas na minha cara, me dando um sermão de meia-hora por ter demorado tanto tempo para isso, e logo em seguida gritar um sim e me puxar para fazer amor contigo. Mais uma vez.

 

   Nós casamos, simbolicamente, mas casamos. Casamos de joelhos no sofá velho da minha casa, rindo que nem dois idiotas.

 

X

 

   Com seis anos juntos e dois anos de casados, eu cheguei em casa com um filhote de labrador, nosso filho, e tu o abraçaste, me abraçaste, e choraste, dizendo que iria cuidar muito bem do nosso filho. Que iria dar beterraba, todo dia para ele, contar história pra dormir, se precisasse, e disse que ele ia se chamar Jack. Fez-me rir escandalosamente e chorar de emoção ao mesmo tempo, seu bobo.

 

   Três anos de casados e você fora promovido a redator chefe da revista onde trabalhava. Comemoramos com uma das melhores noites da minha vida, tenho que admitir.

 

   Com quatro anos de casados, nosso filho já estava imenso e você realmente era um ótimo “mãe”...

 

   Lembro que com dez anos de casados, você já surtava por causa das rugas, era engraçado, escândalo demais por coisa de menos. Você tinha 36 anos com cara de 22 e ainda reclamava, pff...

 

   Com quinze anos de casados, dezenove anos juntos, você descobriu que estava com câncer no cérebro, mas em vez de chorar e se desesperar, você olhou pra mim com seus olhos úmidos, e sorriu ternamente, dizendo:

 

  “Nós vamos superar isso juntos”.

 

   Vinte anos de casados, vinte e quatro anos juntos... Você já não podia sair do hospital; 46 anos e seu corpo estava fraco como o de um senhor de 70.

   Nós estávamos perdendo a luta, eu estava perdendo você, e você estava perdendo a vida, nós sabíamos disso; mas nem assim, seu sorriso sempre encorajador sumia, ele estava sempre lá, iluminando nossas vidas...

 

   O Nosso filho morreu perto do nosso aniversário de vinte e um anos de casados... Deus do céu, eu acho que nunca vi você tão triste em toda a minha vida... Aquilo me despedaçava por dentro, mas eu tinha que ser forte, por mim e, principalmente, por você.

 

   Com vinte e dois anos de casados, você estava indo para a sua última operação, a sua última chance de conseguir alguma melhora. Eu torci, você sorriu, mas no final, não teve jeito, os tumores voltaram.

 

   Eu lembro das tuas palavras... “Eu vou, eu tenho que ir! Nosso filho ‘ta me esperando lá, nee? A gente ainda vai se ver Ryouga...” E mais uma vez me deu um daqueles sorrisos, que eu tanto precisava, para manter minha sanidade... Selei teus lábios em um selinho delicado, mas que eu demonstrei todos os meus sentimentos, e depois disso...

   Bom, depois disso, nunca mais ouve selinhos, ou risadas gostosas no meio da noite sem motivo nenhum. Não haveria mais buquês de rosas atrasados e, eu nunca mais daria nome para as estrelas, nunca tive criatividade pra isso.

 

   Você sorriu e eu sabia que queria que eu continuasse minha vida... Mas Ren-chan! Que graça tem para um velho que nem eu contar estrelas sozinho?! Não haveria mais tua loucura, e nem o teu sorriso pra me iluminar...

 

   Depois de doze anos, eu já com 60 anos, eu ainda sinto tua falta... Definitivamente sinto falta das tuas besteiras; realmente sinto falta da tua voz no meu ouvido; com toda certeza eu sinto falta de te abraçar de noite e sentir teu cheiro; e mais do que tudo, eu sinto falta do teu amor, de te amar e de tu me amares...

 

   Mas tudo bem, você me prometeu, nee? Eu acredito em você, eu sei que ainda vamos voltar a nos ver... Algum dia.

 

 

 


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Notas finais do capítulo

Depressiva, mas não tinha como ser de outro jeito vindo de mim
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