Percy Jackson e os Olimpianos 6 escrita por BailarinaDePorcelana, Evvy


Capítulo 16
Capítulo 16: Lutamos Com Criaturas Diferentes


Notas iniciais do capítulo

Oooi, gente! Estou com um capítulo novo, desculpe pela demora, fiquei sem internet... Queria dedicar esse capítulo para lee_praxades.Boa leiura! Capitulo Dezesseis



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                                          Capitulo Dezesseis

    Lutamos Com Criaturas Diferentes

 

          No vagão havia apenas nós e mais umas duas famílias. Mas não teria jeito de sair de um trem em movimento. Peguei Contracorrente em meu bolso e a destampei. Pelo jeito o som da lâmina chamou a atenção, por quê imediatamente olharam para mim e se levantaram, andando lentamente, muito lentamente, até nós. Eles andavam tão devagar que pareciam estar carregando o peso do céu (e eu sei muito bem o que é isso.). Mas então percebi, tarde demais, que eles estavam nos cercando.

          Enquanto nos amontoavam em um circulo fechado, eles foram se desmanchando, literalmente. Suas peles estavam se tornando uma gosma acinzentada, que escorria como suor. E então a pele já não era exatamente pele. Era um couro verde com manchas marrons. Quase tive uma ânsia por causa daquilo. As suas orelhas se tornaram pontudas, esticadas para o lado, o nariz muito largo e achatado, os olhos arregalados e vermelhos, e seus dentes a maioria era normal, a não ser pelas suas presas de baixo, que tinham quase trinta centímetros. Eles eram sujos, e tinham um cheiro de ovo podre, meias sujas e muitas outras coisas muito nojentas, e deviam ter cerca de um metro e meio, um pouco rechonchudos, mas tinham os braços fortes, com mãos em garra e pernas retorcidas e disformes. Aquela era uma das criaturas mais nojentas que já havia visto na vida!

          - O que crianças como vocês fazem com armas tão perigosas? Deviam soltá-las para não se machucar! – falou um, que percebi ter um rabo disforme, que os outros não tinham mas, ao aquilo falar aquilo, quase deixei Contracorrente no chão e me sentei de volta no meu assento.

          - Mas que droga é essa? – perguntou Clarisse, com a voz rude, segurando fortemente a lança elétrica.

          - Querida, não fale assim, apenas deixe suas armas e nos siga! Não lhe faremos mal! – continuou o cara-de-sapo, e mais uma vez tive uma súbita vontade de fazer o que ele pediu, mas a suprimi, e foi quando Thalia abriu Aegis, o escudo assustador com a cara da Medusa em bronze. Eu sempre levava um choque quando via aquele escudo mágico. Ao ver aquilo, aquelas coisas recuaram, mas logo perderam o medo e avançaram novamente.

          - Vamos queridos, não queremos lutar! Queremos apenas que venham conosco. – falou outro cara-de-sapo, e mais uma vez quase fiz o que pediu. Já estava com raiva daquela coisa.

          Ouvi barulhos de metais rangendo e vi Kerina tirando aqueles dois palitos de ferro que prendiam seu cabelo, e se transformarem em um tipo de arma, do tamanho de uma faca, mas ela tinha três lâminas, como um tridente. Ao fazer isso, seus cabelos negros com mechas vermelhas caíram até seu calcanhar, e ela deu um sorriso troto pros coisinhas, como se dissesse “Vocês vão perder!”.  Para uma garota de apenas uns quatorze anos e de aparência delicada ela era bem assustadora. Lembrava-me um pouco a Thalia quando fazia o olhar homicida.

          - Pensei que vocês seriam bonzinhos! – falou o cara-de-sapo 1.

          - Que decepção! – o cara-de-sapo 2 disse, com uma “cara” decepcionada.

          Naquele instante mais uns cinqüenta e cinco caras-de-sapo entraram, dando uma vantagem a eles.

          Todos sacaram espadas enormes com uma ponta para o lado (não quero nem pensar pra quê serve essa ponta!), lanças ou punhais com um brilho verde em volta, que para minha tristeza era veneno. Tinha um pequeno problema com adagas com veneno desde que Annabeth foi atingida com uma na batalha contra Cronos.

          Segurei minha espada com força e aquelas coisas atacaram. Só pude ouvir os gritos dos humanos que estavam lá.

          Havia quatro me atacando de uma vez só. Nem com meus instintos eu conseguia uma brecha para conseguir acerta-los; eles eram mais rápidos que eu e sabiam todos os meus movimentos. E eu sabia os deles, o que fazia com que nenhum de nós acertássemos uns aos outros, e cada vez que eles conseguiam me acertar suas armas apenas faziam um barulho como o de metais se chocando, e não me machucavam. E quando os acertava, eles não se desintegravam como a maioria dos monstros; apenas se abria uma ferida no local, e dele escorria um liquido salmon espesso.

          - Tem de cortar a cabeça! – gritou Annabeth, que também lutava com quatro coisas.

          Tentei chegar mais perto da cabeça, mas sempre me desviavam com suas armas. E foi ai que me veio uma idéia: desarma-los primeiro.

          Quando pensei na possibilidade, eu me achei um idiota.

          Naquele momento eu ataquei pressionando mais os meus adversários. Mas, para minha total infelicidade, eles perceberam o que eu estava tentando, e me pressionaram mais ainda.

          Eu subi em um assento e comecei a pula-los, e os caras-de-sapo me seguiram pelo chão mesmo, empurrando tudo e todos que entravam em seu caminho. Até que eles subiram um dos assentos e começaram a pular de um para o outro como macacos. Ok. Era agora eu estava ferrado.

          Caramba! Aquelas coisas não se cansavam não? Eles estavam chegando cada vez mais perto de mim, e eu tentado ir o mais rápido possível, mas não é tão fácil pular de um banco para o outro em um trem em movimento a mais de cem km/h cheio de criaturas maléficas querendo te matar!

          Então vi uma saída de emergência no teto (pra que existe uma saída de emergência no teto?). Eu abri a porta e me lancei com tudo em direção á ela. Minhas pernas ficaram penduradas, mas me impulsionei pra cima e consegui terminar de subir.

          Sai correndo pelo teto do trem, e me esforçava para não olhar a paisagem á minha volta, que era apenas um borrão pela velocidade que o trem andava. Olhei para trás e vi os coisinhas vindo atrás de mim, e pelo que percebi tinham muito mais equilíbrio.

          Eles chegaram até mim e me atacaram, e o maior problema de todos era que eu já estava ficando esgotado. Precisava de água urgente!

          Tentei me concentrar nas ondas do mar, nas águas de rios, e outras coisas que envolvem água em geral. Mas estava meio difícil porquê ao mesmo tempo eu tinha que me manter atento aos ataques daqueles monstros repulsivos.

          Mas, então, senti uma coisa estranha dentro de mim, como se eu estivesse dentro do oceano, e naquele momento, começou a cair água salgada do nada, como se ela viesse de dentro de mim. Eu já me sentia bem melhor.

          Os monstros pareciam estar gritando, pois deles saia um guincho estridente e irritativo, então ordenei que a água se esvaísse.

          Cheguei perto dos caras-de-sapo. Ergui Contracorrente, e numa explosão de raiva, lancei a espada contra eles, e os decepei. E foi aí que desintegraram.

 

                                                              -- --

 

          Quando voltei pra dentro do trem, ainda havia dois monstros, lutando com Karen e Phoebe, e todos tentavam ajuda, mas parecia um pouco difícil, porquê o corredor parecia pequeno pra tantos juntos.

          Entrei no meio de todos e, num golpe de espada, os matei.

          Todos olharam para mim e eu dei de ombros.

          - O que era aquilo?- perguntei.

          - Orcs. Criaturas das cavernas. Eles eram outras criaturas, criaturas da luz, mas foram transformados nisso na Era de Urano e Gaia. – explicou Annabeth, e percebi que ela tinha cortado a mão direita.

          Ela percebeu que eu estava observando o machucado e falou.

          - Não foi nada.

          Apenas rasguei um pedaço da barra da minha blusa, que já estava em frangalhos, e enrolei sua mão, e ela me olhou como se dissesse “Não precisava, mas obrigado”.

          E então o trem parou. Havíamos chegado. Desembarcamos e, assim que descemos na plataforma, pudemos ver a linda vista: um lindo mar azul em um pôr-do-sol. Seria um lugar muito romântico com Annabeth ao meu lado, se não estivéssemos arriscando nossa vida em uma missão.

          Saímos da estação para procurar nossa “carona misteriosa”, e quando vi quem era, não acreditei.

 


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado... Deixem reviews!