Naquela Estrada escrita por angelicola


Capítulo 1
Primeiro Capítulo




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Aquele final de tarde chovia e a estrada estava fria.

Era difícil dar passos com aquelas roupas pesadas e úmidas. A mala pesava.

Depois do que aconteceu comigo e minha família, fiquei traumatizada. Tive que fugir antes que aquele monstro voltasse para me matar. Foi tudo tão rápido.


Os pingos de chuva em minha pele me deixava com mais frio e pálida, eu tremia. Mas era a única maneira de sentir que eu ainda estava viva, ou nem viva ou poderia estar mais.

Eu olhava fixamente para o chão e percebi que alguém corria em minha direção. Era um cara alto e forte, com a pele morena e estava sem camisa. Me pareceu bem familiar, ou melhor, muito familiar.


– Você tá bem?

Ele me perguntou mas não consegui responder. Ele tocou meu braço e mesmo por cima de meu casaco, sua temperatura me queimava.

– Você tá tremendo de frio! Aconteceu alguma coisa? Porquê você anda na chuva e com essa mala garota?

– Fugindo dele...

– Dele quem?

– Daquele monstro que matou meus pais e quer me matar...

- Como ?

- Um vampiro, ele me mordeu e quer me matar... - soltei tudo de uma vez, já com lágrimas no rosto.


Tudo o que aconteceu em casa, passou em minha mente num flash back. Era horrível. Um pesadelo.

Ele franziu a testa e me encarou.


– Você deve tá pensando que eu sou maluca, não é?

– Não.

- Mas eu só posso estar ficando...

- Qual é seu nome?

– Anne... Anne Livingston...

– Tá falando sério? Não pode ser...

– Porquê?

– Não lembra de mim? Jacob Black.

– Jacob Black?

Sorri. Era ele, finalmente.

– Você já estudou aqui no La Push School no Ensino Fundamental, me lembro muito bem de você!

– Eu também... E olha o que o destino nos reservou...


Ele tentou se segurar mas não conseguiu e me abraçou super forte. Nesse instante, soltei minha mala e o abracei. O seu cheiro amadeirado de antes ainda estava dentro de mim.

Enquanto nossos corpos ainda estavam colados, ele sussurou calmo em meu ouvido. "- Quanto tempo, senti saudades!"

Assim que soltamos os braços ele pareceu tenso, acho que se ligou que eu infelizmente era uma vampira.


– Pra onde você ía com essa mala?

– Sei lá, fugir. Ir atrás de... sangue...


Visualizei seu peitoral e haviam três marcas de garras no seu peito esquerdo. Eram recentes e sangravam, parecia que ele cuidara do ferimento antes de me ver.

Fiquei hipnotizada no sangue que corria e ele percebeu minha reação.


– Você não pode ficar sozinha por aí, vai se descontrolar e matar alguém...

– Matar?

– É, não vou deixar você fazer isso...

– Vai fazer o quê comigo? Me matar?

– Não! Não serei capaz disso, bom... quero que durma pelo menos essa noite em casa.

– Pra quê?

– Eu não vou te deixar sozinha esse mundo a fora, quero te vigiar! Você pode machucar alguém e se meus amigos te encontrarem, vão te matar e eu não quero isso!

– Vocês fazem isso, matam pessoas?

– Pessoas não, e sim vampiros...

- São caçadores de vampiros?

- Pra você, muito pior do que isso... Somos lobisomens!

- Hãm? - o encarei, ele pegou em minha mão e com a outra pegou a mala do chão.

– Vem, vamos sair da chuva!


Caminhamos um pouco e ele cochichou para si, mas entendi muito bem o que ele quis dizer.


– Agora quero ver a reação de Billy.

– Seu pai não vai concordar Jacob...

– Quero tentar!


Chegando em sua casa, fiquei na pequena área e ele entrou.

Seu pai estava no sofá enquanto Jacob o convencia. Pudi escutar tudo com perfeição.


– Você ficou maluco Jacob? Trouxe uma vampira pra dentro do nosso teto... Pode mandar ela embora já!

– Ela não tem pra onde ir pai, e se ficar sozinha pode atacar alguém... É a Anne, não se lembra dela?

– Agora ela é uma vampira, então mate-a! Se não fazer isso, eu aviso o Sam e o resto da matilha pra fazerem o serviço.

– Se ela não ficar aqui pelo menos essa noite, eu também não fico mais!

– Pára de bancar o garotinho rebelde Jacob, olhe para você, um cara de 19 anos, um lobisomem, um protetor!

– Não tô bancando um garotinho pai. Só não quero machucá-la.

– Mas ela é uma vampira! Você quer mesmo deixar seu pai, seus amigos por causa dela, uma vampirinha recém-criada?

– O que eu quero, decido eu pai.

– Então se vira, aqui em casa ela não fica. Se cuida, meu filho! Lembre-se que está é a sua decisão, só tome cuidado com as consequências.


Billy pegou impulso, puxou a cadeira de rodas e sentou se nela. Logo em seguida foi em direção a minúscula cozinha.

Chamei Jacob.

Ele deu apenas uns passos para trás e já estava na área.


– Você não precisa fazer isso Jacob! Ele é o seu pai, não quero que você brigue com ele, ele precisa de você! Pode deixar que eu me viro por aí...


Peguei minha mala do chão e distanciei-me dele, onde o mesmo ficou parado.

A chuva ainda estava forte, mas fui do mesmo jeito...


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Notas finais do capítulo

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