Eu ouvia o clamar das pessoas lá fora. Meu nome era uma bomba atômica. Mas não o Anne, porque não era por este nome que me conheciam. Era por Orckyew que eu era conhecida. Torci as mãos nervosamente.

-Tudo bem amor – o Bill disse sorrindo. – está tudo bem.

-Obrigada – sussurrei e olhei para Claus. – pode deixá-los entrar – pedi. Uma manada entrou na sala e eu respirei fundo.

-A Senhorita Anne Orckyew irá responder suas perguntas – Claus informou e o Bill apertou a minha mão, antes que eu levantasse.

-Boa tarde – sorri para os repórteres e flashs bateram na minha cara. – por favor, erga a mão quem quiser perguntas. – todas as mãos levantaram-se. Ao mesmo tempo, engoli em seco. Então eu apontei para uma moça de verde – você. Pode fazer sua pergunta.

-Oh, bem, eu sou repórter do National Explorer – ela disse – você não é muito nova para ser a mulher mais rica e poderosa do mundo.

-Oh, bem – eu sorri meio de lado – algumas garotas também não são novas demais para terem filhos? – ela anotou algo na caderneta – você – apontei para a outra de vermelho.

-O que você acha da nova coleção da Cory Shametizon?

-Fui eu quem a desenhou – pisquei um olho à mulher sorriu. Foi mais ou menos assim que passou a coletiva até que eu escolhi um cara moreno para fazer a pergunta.

-Você tem um namorado? – eu meio que fiquei constrangida, mas sorri e andei até o Bill e o puxei pela mão.

-Ah – eu sorri para os repórteres, flashes de câmera dispararam na minha cara – este é Bill Kaulitz o homem da minha vida.

-Senhor Kaulitz – os flashes explodiram ouvi Bill resmungar.

-Um de cada vez – pediu. Apontando para um cara de branco.

-Há quanto tempo você é apaixonado pela Senhorita Orckayew? – perguntou.

-Desde que eu vi os maravilhosos olhos dela na minha frente – o Bill disse sorrindo feito um bobo.

-E a Senhorita? – o repórter voltou a perguntar, sorri.

-Desde que descobri que ele não é um idiota – o Bill gargalhou. A coletiva acabou e voltamos para casa. Claus foi conosco, e claro estava cantando minha mãe, literalmente.

-Cansada? – o Bill perguntou me beijando nos lábios. Afirmei e fiz um biquinho ele riu e me beijou profundamente.

-Olha se não é a nossa gostosa – o Tom disse chegando e me dando um beijo na testa.

-Sem esta de gostosa – resmunguei e dei de ombros o Bill me abraçou pela cintura, aproximando nossos corpos.

-Pelo amor de Deus, podem parar com melação? Obrigado – o Tom resmungou e eu olhei em volta, sentindo falta de berros.

-Cadê a Samantha? – perguntei finalmente.

-Não sei ela sumiu faz um tempo, Gustav sumiu a uma meia hora – Georg deu de ombros – hei Bill, você pode vir me explicar aquela parte da musica? Era meio complicada.

-Claro – o Bill sorriu e me deu um beijo – já subo amor – e então ele, o Tom e o Georg foram para o estúdio. Obvio eu subi para o meu quarto, mas antes eu precisava ir à biblioteca, meio obvio que havia alguém no meu caminho, digo. Eu estava escutando barulhos estranhos vindos da ultima estante. Eu fui lá. Claro.

Ganha uma dúzia de biscoitos se acertarem quem estava lá. Acertou quem disse que era o Gustav e a Samantha. Ambos sem camisa e se agarrando. Berrei com a cena e eles se separaram.

-AH MEUS OLHOS VIRGENS – berrei a plenos pulmões e cobri meus olhos. Eu sei você diz, por quê? Eles estão só sem a camisa. E eu digo A MERDA DA CALÇA DO GUSTAV ESTAVA QUASE NA BUNDA.

-PRONTO ANNE – Samantha berrou e eu olhei ambos vestidos comportadamente.

-PUTA MERDA PROCUREM A PORRA DE UM QUARTO – eu gritei de novo e sai bufando, corada, da sala.

Eu preciso dizer que não estava olhando pra nenhum dos dois? Quer dizer, eu os via quase nus sempre que olhava. Era nojento. E chuta só, logo em seguida eu vi minha mãe e o Claus num amasso. Como minha vida é maravilhosa. Não contei para o Bill o que eu havia visto, era constrangedor.

-Anne – Sammy me chamou, eu não ergui os olhos, em resposta eu só resmunguei – quer olhar pra mim? Eu estou com roupa sabia? – ela brincou, mas eu não ri. – Anne me desculpe, mas eu não sabia que você iria entrar lá. – resmunguei em concordância. – okay Anne, quer saber? Sim eu estava fazendo amor com o Gustav – corei – e sim, foi delicioso até você chegar. Mas puta merda, eu não sabia que você iria entrar. Me perdoe. – eu não levantei os olhos – até parece que você e o Bill nunca fizeram isso – eu podia ver ela revirar os olhos.

-Não fizemos – eu disse, ainda com os olhos baixos.

-Não? – ela perguntou incrédula – Meu Deus – ela disse surpresa – isso é que eu chamo de amor. – revirei os olhos e finalmente os ergui.

-Cale a boca – resmunguei e me levantei. – eu te perdoou agora não faça isso em locais que eu possa entrar a qualquer momento – eu fui pro meu quarto.

-Amor? – o Bill chamou e eu sorri sentando-me na cama – como você esta?

-Exausta – informei sorrindo e ele riu, sentando-se ao meu lado.

-Você é linda. – ele disse mexendo no meu cabelo roxo. Sorri – eu amo você.

-Eu também amo você – sorri e então senti falta de algo – onde está todo mundo? É agora que o Tom entra e faz uma brincadeira bizarra.

-Eles todos saíram – Bill deu de ombros – somos só nós dois aqui. – e então eu sorri marota – eu não gosto quando você faz este sorriso. O que esta aprontando? – Bill perguntou desconfiado e eu sorri, o beijando vorazmente.

Meu Deus, eu preciso beijá-lo todas as horas e minutos possíveis, eu não consigo ficar sem ele. É delicioso beijá-lo. Separamos-nos aos poucos.

-Você vai me matar assim – ele murmurou contra meus lábios, eu sorri para ele. – não faça isso comigo – ele pediu, mas eu mesma estava embriagada demais para parar. – Anne – ele sussurrou e voltou a me beijar urgentemente. Eu e o Bill nunca havíamos ido tão longe, quer dizer, o máximo que acontecia era de ele me apertar à bunda, mas só. E no momento ele esta passando as mãos pelo meu corpo inteiro, inclusive na minha coxa.

-Bill – engasguei tentando puxar o fôlego. Meu Deus, eu não quero afastá-lo, senti-o mordendo minha orelha e depois beijando meu colo, até que ele voltou a me beijar. Foi então que eu notei o que estava acontecendo. E rolei para o lado. Ele gemeu – desculpe – pedi envergonhada, me dando conta de que ele estava excitado, eu via isso pelo volume na sua calça.

-Tudo bem ele disse – se deitando na minha cama e cobrindo o colo com o travesseiro, deitei-me ao lado dele. Ele sorriu – estávamos indo rápido demais.

-Estávamos – eu disse – eu não acho que esteja pronta ainda – disse em som baixo – desculpe.

-Não peça desculpas meu amor – ele pediu – eu deveria ter parado. Eu amo você.  – sorri e lhe beijei brevemente.

-Eu também amo você – sorri envergonhada, e meus olhos se fecharam automaticamente, bocejei – estou com sono.

-Durma – ele disse – vou estar aqui te protegendo. – ele disse, apoiei a cabeça em seu ombro e lhe beijei rapidamente.

-Boa noite amor – eu resmunguei. E o sono me invadiu, adormeci rapidamente.

Acordei com beijos no meu pescoço e abri os olhos assustada, encontrando com os olhos do Bill sorri e o beijei, mas de repente meus braços estavam vazios, eu voltei a abrir os olhos, tudo estava estranhamente escuro. E foi então que eu vi lá parado, com os olhos frios e vazios, o Bill estava morto.

-NÃO – berrei e acordei assustada. O Bill acordou ao mesmo tempo e me viu ali chorando, os olhos esbugalhados de horror.

-Anne – ele disse e me abraçou, abracei-o de volta, seja lá o que foi aquele sonho, nos braços do Bill, tudo estava bem.