Angels By Chance - Destino Traçado - HIATO escrita por Juffss


Capítulo 13
The Forest II




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Sorri ao ver que meu plano havia dado certo. Por fim soltei sorriso vitorioso. O raciocínio que havia utilizado não era complicado, só uma encurralada. Já havíamos feito isso bilhares de vezes, saberíamos como agir, e isso era divino para mim. Alice era a parte sensitiva, a Rose a física e eu era a lógica. Funcionávamos bem assim. Bem até de mais.

Preparei para pular quando vi Jasper fazer sinal que a contagem havia falhado. Congelei, eles podiam estar qualquer parte. Rosalie havia se virando assim como Alice, elas estavam rastreando por baixo, eu tinha que rastrear por cima. Meus olhos varreram a floresta e não havia sinal deles.

Ouvi um baque surdo e me virei para trás, não havia nenhum movimento aparente. Porém sentia a presença. Rose e Allie se afastaram e as vi posicionar para um salto. Jasper e Emmett se preparavam para impulsioná-las. Repetiu-se o barulho de antes e vi pedras pequenas rolarem para baixo e passarem aos meus olhos. Pela primeira vez olhei para cima e vi meus pais. Eles sorriram para mim, um sorriso que derrotava o meu. Como havia deixado que eles escapassem?

Com aquilo eu não poderia contar. Rose e Allie estavam do meu lado e se preparavam para mais um salto. As parei. Pular não seria a solução. Luta física poderia machucar qualquer uma das partes. Teríamos que usar a logica. Mas como?

Como um relâmpago a ideia preencheu minha mente. Fiz sinal para Edward sem que meus pais pudessem ver. Ele pareceu me entender. Os meninos se afastaram e sumiram da vista de todos. Contei baixo o tempo que precisávamos. Meus pais desciam a montanha para nos render. Era a questão do tempo. Ficamos paradas, apenas esperando.

Assim que meus pais chegaram ao ponto que esperávamos vi duas arvores pesarem em nossa direção. Os dois pararam e de olharam. O tempo foi suficiente para as meninas alcançassem a mão de seus namorados e chicoteassem seus corpos em direção dos meus pais. Sem pensar suas vezes eu me joguei para trás. Edward funcionou como amortecedor do meu tombo. Parei e apenas esperei que os meninos descessem.


Eu escutava o crack da árvore enquanto descíamos. Sabia que ela estava pesando de mais para o lado, a física não permitiria que ela aguentasse tanto peso numa altura tão elevada. Não que nenhum de nós fosse obeso, na verdade estávamos muito longe disso, mas três pessoas com porte atlético pesava. Tentávamos fazer movimentos delicados para que o crack que a árvore emitia não fosse o final. Charlie continuava imobilizado em meus braços. Rosalie e eu havíamos o embrulhado como se ele fosse um casulo. Estava funcionando.

Meu pai e Scott se posicionaram debaixo de onde estávamos e eles buscaram por reforços. Deixei que o casulo escorregasse pelos meus braços e parei o movimento pendular que ele fazia antes de deixa-lo cair. Os cinco o seguraram com agilidade e enquanto as meninas desfaziam o embrulho eu puxei o braço da Rose para joga-la. Ela não se soltou e então senti o ar cortar nossos rostos. A gravidade nos puxava para baixo.

Tentei alcançar uma arvore, mas seus galhos passaram roçando meus dedos. A queda seria gigante se não tentasse diminuir a velocidade. Meu corpo parou no ar provocando um puxão que não entendi de principio. Quando procurei o que havia acontecido vi Rosalie entre alguns galhos. Seu cabelo estava cheio de folhas e ela tentava limpar boca. Meu coração apertou, ela tinha um corte na cabeça. Mais uma vez tentei alcançar a arvore já preocupado com ela. Minhas mãos se esticaram o máximo que consegui e pude impulsionar meu corpo para cima. Sentei-me a sua frente tentando entender como ela havia machucado. Seu corpo tinha varias marcas esfoladas e me senti culpado.

Nossas mães e mais algumas das mulheres logo nos rodearam. Mia teve pressa de tentar limpar o machucado da filha. Olhei para minha mãe. Ela murmurava pra baixo que estávamos bem. Rose tentava me convencer que era só um corte de nada. Eu tentava acreditar. Estávamos falhando.

Ancorei-a até que seu pai a alcançasse. Acalmei-me quando percebi que ela estava no chão. Senti-me melhor e finalmente pude descer. Isabella se desculpava, apesar de acharque quem devia pedir desculpas era eu, e logo o fiz. Rose sorriu e me deu um selinho garantindo que ela estava bem.


Não era de fato uma boa cozinheira, mas para agradar os meus irmãos eu faria de tudo. Tentei ao máximo me concentrar para que o suflê saísse do jeito que esperava. Talvez devesse ter escolhido algo mais fácil, mas saberia que teria que arriscar. Sempre foi tudo ou nada.

Meu rosto estava sujo de farinha e minhas mãos já haviam cansado de bater. Tinha provado só para confirmar se não havia colocado açúcar ao invés de sal. Todos eles estavam demorando a chegar e eu já tinha agradecido bilhares de vezes por isso.

Olhava o suflê que nem uma menina esfomeada um peru na véspera de natal esperando que ele ficasse pronto logo. Rezava para que ele não murchasse, mas para qualquer eventualidade o telefone e o cartão da pizza estavam na minha mão.

Ouvi a porta se abrir e corri para vê-los entrar. Rosalie trajava uma roupa limpa, porém seus braços e rosto estavam ralados. Olhei com duvida.

- Eu cai – ela argumentou ao meu olhar

- Posso fazer alguma coisa? – perguntei tentando me mostrar prestativa.

- Pegue a caixa de curativos na primeira gaveta – Scott me indicou. Concordei e fui buscar. Quando retornei com o curativo eles sorriram.

Escutei o forno apitar e corri para a cozinha tentando falar palavras boas para que minha comida permanecesse do jeito que a coloquei lá. Não funcionou. Parecia que ela queria fazer hora com a minha cara. Grunhi tacando o recipiente longe. Ele esborrachou quebrando em varias partes. A raiva me controlou. Tentei tomaras rédeas do meu corpo e forcei um sorriso para o vento. Peguei o telefone e meus dedos se contorciam para não discar o número.

- 1, 2,3... – contei em voz alta tentando discar. O atendente demorou e pareceu fazer gracinha com minha cara perguntando bilhares de vezes o que queria.

Minha língua teve que dar um nó para não responder o filho de uma boa mãe. Vi quando Ethan entrou na cozinha e me perguntou o que havia acontecido. Olhei para o chão e vi o recipiente de vidro detonado. Sorri torto olhando para as mãos tentando imaginar algo. Ele segurou minhas mãos e as levou para debaixo d’água, acho que ele pensou que havia queimado. Relaxei.

- Espero que não se importem de comer Pizza... – sorri para ele e fingi vergonha. Ele gargalhou.


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