Dead Radio Fm escrita por DeadTeam, Oyundine, Cargenih


Capítulo 7
Between Dead and Alive


Notas iniciais do capítulo

Como Daisuke fez um capítulo ENORME de 500 paginas, tivemos que dividir esse capítulo em dois. É um dos mais emocionantes na minha opinião, com quase todos os personagens principais já apresentados. Isso dá o rumo pra nossa história continuar, mesmo sem muitos leitores (eu acho, nhea.)
Corrigir isso foi tenso, mas valeu a pena, embora eu não duvide que eu tenha deixado algumas coisas passarem. Bah, whatever ENJOY!!



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Fui andando pelos bairros a procura de algum lugar familiar até que cheguei ao mesmo parque onde nós havíamos passado. O parque agora estava vazio, parece que eu dissipei todos os infectados quando estive aqui. Não fiquei muito tempo parado, resolvi continuar dirigindo até a loja onde havia deixado Susumo e Mika.

Chegando lá não encontrei nada. A loja continuava a mesma, e isso me deixava aliviado, elas não foram atacadas.

            - Merda, onde elas estão...? -olhei o relógio e me espantei, já eram 17h05min. Eles provavelmente estavam me esperando no ponto.

            Subi novamente na moto, coloquei o capacete e fui acelerando até onde havíamos combinado. Quando cheguei ao local não achei nada alem de marcas de derrapagem, sangue e pedaços de vidro no chão. Parece que alguém roubou o carro ou eles tiveram que fugir. Enquanto pensava e olhava para a cena não notei que alguém se aproximava por trás, e quando menos notei havia uma pessoa em cima de mim com uma lâmina em minha garganta.

            - O que vocês fizeram com nosso carro?-disse uma voz feminina.

            A voz feminina era familiar, então olhei melhor para o rosto da pessoa que estava em cima de mim e tomei um susto.

            - Mika!? -perguntei assustado - Sou eu, o Daisuke!

            Ela ficou me observando por alguns segundos até que levantou o retrovisor do capacete e falou com um olhar decepcionado.

            - É você... -disse ela enquanto saia de cima de mim.

            - Esperava outra pessoa?-perguntei enquanto me levantava.

            - Tsch.

            - Daisuke!-disse Albert enquanto se aproximava - Que bom que você esta vivo. Assim que ouvimos o tiro, corremos para o parque e não te encontramos. Ficamos preocupados.

            - Não se preocupe aquilo já foi controlado... Mas Albert, o que houve com o carro?

            - Bem, nos saímos para te procurar após o disparo. E quando voltamos o carro já não estava aqui.

            - Entendo...

            - O mais importante, por onde esteve e onde você encontrou essa moto e esse colete?

            - Ah sobre isso, sigam-me - disse enquanto subia na moto novamente.

            Andamos por alguns minutos até que chegamos novamente no condomínio. As coisas continuavam tranqüilas e não havia sinais de que alguém tentou entrar na casa.

            - Que belo achado Daisuke. - Disse Albert enquanto entrava na casa.

            Todos estavam felizes em ver que teríamos um lugar para passar aquela noite sem ser o carro.

            Mostrei a casa toda para eles, até que chegamos à garagem.

            - Nooossa!-disse Susumo impressionada - Esse carro é tão grande quanto o outro!

            - Sim. -disse Albert concordando alegre e impressionado. - Acho melhor começarmos a embarcar as coisas nele agora.

            - Por que Albert?- Perguntei enquanto guardava a moto.

            - Não sabemos quando precisaremos sair às pressas, e seria ruim se deixássemos algo importante para trás.

            - Entendo... Então vamos começar. -falei enquanto ia para cozinha juntar a comida em algumas caixas e sacolas. Passamos o resto daquela tarde arrumando a comida e a munição e colocando as coisas dentro do carro.

            Após fim da arrumação sentei-me no quintal da casa para ver o por do sol até que ouvi uma voz.

            - Veio ver o por do sol? –disse Mika me jogando um refrigerante e tomando outro.

            - Sim. Isso de um jeito me faz esquecer as coisas.

            - Tsch... Você sabe tão bem quanto eu que não importa o que você faça as coisas não voltarão ao normal.

            - Sim eu sei, mas às vezes é bom sentir como se tudo fosse normal, isso me acalma. - disse enquanto abria o refrigerante e tomava um grande gole. - A propósito, onde estão os outros?

            - Susumo e Albert estão fazendo o jantar e o Steven esta tomando banho.

            - Entendo...

            - Daisuke... Albert e eu notamos os buracos. O que houve aqui?-disse ela se sentando no chão também.

            Hesitei um pouco antes de falar, não sei por que, mas eu não queria falar aquilo, algo me segurava para não fazer, mas após algum tempo pensando eu acabei falando o que houve quando cheguei a casa.

            - O que você fez com a fita? – Mika perguntou.

            - A guardei.

            - Porque você fez isso?

            - Não sei, mas também não vejo um motivo para queimar.

            - Você é muito problemático... -disse ela se levantando – Espera... O que é isso?-disse ela se aproximando de mim e levantando a manga da minha camiseta e revelando um corte.

            - Eu devo ter feito ele enquanto fugia.

            - Espere aqui. -disse ela entrando na casa.

            Segundos depois ela voltou com uma caixa de primeiros socorros e sentou-se ao meu lado.

            - Não precisa Mika. O corte não dói. -disse tentando não preocupa-la. - Eu devo ter feito enquanto fugia ou enquanto subia o muro.

            - Idiota. Se você ignorar uma coisa dessas, você pode ter uma infecção ou algo pior. - disse ela passando água no machucado.

            - Desculpe se te deixei preocupada.

            Ela me olhou com uma cara estranha, ela parecia bem preocupada mesmo, mas quando notou que eu havia visto ela mudou de expressão e jogou álcool no machucado.

            -AH!-gritei em dor.

            - Tsch, grite menos.

            - Você acabou de jogar álcool no meu machucado, isso dói!

            - Homens não deviam segurar mais dor que mulheres?-disse ela contendo um sorriso.

            Fiquei sem resposta. Fiquei apenas a observar Mika terminando os primeiros socorros. Desde que a havia conhecido, essa era a primeira vez que eu a vi sorrir ou se divertir.

            Assim que ela terminou de limpar e enfaixar meu braço ela se levantou e foi ouvir musica, enquanto eu me deitei e continuei no quintal sem fazer nada. Mas alguns minutos depois, Steven sentou se ao meu lado e começou a falar.

            - Tudo bem?-disse ele em um japonês um pouco arrastado.

            - Pode falar em inglês - disse mudando a língua da conversa.

            - Ufa, ainda bem. Meu Japonês é horrível.

            - Percebi. Mas o que você quer comigo?

            - Bem, queria saber um pouco sobre vocês, já que vamos viajar juntos de agora em diante... E porque temos um cachorro no grupo.

            - Sobre nós você vai ir entendendo durante a viagem. Já sobre a Hachiko...

            - Hachiko?-disse ele me interrompendo. – O nome do cachorro é Hachiko?

            - Sim. Sobre ela, você devia ser grato por ela estar com agente.

            - Por quê?

            - Se não fosse por ela latindo, não teríamos visto você e provavelmente você ainda estaria pedalando por Tókio ou estaria morto à uma hora dessas. A propósito, sugiro você não fazer nada com o cachorro, ou a Mika não vai ter pena de você.

            Ele virou-se para sala onde Mika ouvia alguns cds de jazz e arrumava algumas roupas que ela havia pego na cidade com a espada ao lado e pensou sobre o que ela poderia fazer.

            - Ela ainda tem raiva de mim sobre ontem?- disse ele sussurrando com uma cara assustada.

            Apenas sinalizei que sim com a cabeça aumentando ainda mais a expressão assustada dele.

            - Dai-chan!-gritou Susumo que acabava de aparecer na porta da varanda.

            - O que foi susumo?- perguntei enquanto me sentava.

            - O tio Albert me ensinou a cozinhar, quer provar?-disse ela esticando uma bandeja com três bolinhos de arroz recheado um pouco deformado para mim.

            - Claro – disse, pegando um dos bolinhos.

            Susumo queria oferecer um deles para Steven, mas não sabia como falar para ele então fiz um sinal para que ele pegasse um. Assim que ele o pegou, ele ficou observando o pequeno bolinho um pouco intrigado enquanto Susumo corria para sala oferecer um para Mika.

            - Vamos comer. -disse olhando para Steven enquanto colocava o bolinho na boca.

            Assim que comecei a comer o bolinho, senti um gosto horrível na boca, uma ânsia de vomito me dominando e algo horrível descendo por minha garganta. Quando olhei para Steven, ele estava quase tão ruim quanto eu. Ele havia comido todo o bolinho em poucas mordidas e agora estava quase vomitando.

            Fiquei me contorcendo no chão tentando cuspir o resto do bolinho de minha boca até que me lembrei que Susumo havia levado um bolinho para Mika também. Mas nesse mesmo instante quando olhei para dentro da casa vi a Mika se contorcendo no sofá quase vomitando o bolinho.

            - Essa porcaria está horrível! - disse Steven enquanto segurava a barriga.

            - Dessa vez vou ter que concordar com ele. -disse Mika se aproximando e falando em inglês.

            - Você sabe falar inglês?-perguntamos Steven e eu ao mesmo tempo.

            - Aprendi na escola do mesmo jeito que você. -disse Mika com uma voz sofrida segurando o estomago também.

            - Ah, vejo que vocês também comeram um dos bolinhos da Susumo. - disse Albert se aproximando com uma toalha nas mãos. - O que acharam?

            Todos nós olhamos para ele sem falar nada, e após alguns segundos ele começou a rir.

            - Não se preocupem, só é ruim nos primeiros cinco minutos, depois disso você volta ao normal.

            - Você sabia e não nos disse nada, Albert?- perguntei olhando com dor para ele.

            - Bem, achei que se vocês soubessem, não iriam querer comer e isso seria ruim para ela, que esta aprendendo a cozinhar.

            Nesse instante Susumo estava voltando com hachiko enquanto tomava refrigerante.

            - Gostaram dos bolinhos?-perguntou ela alegremente.

            Mika estava sentada no chão, apoiada na arvore, Steven estava caído no chão perto da parede da casa e eu estava ao lado da Mika, todos nós com expressões de sofrimento e Albert tentando esconder os risos.

            - Eles adoraram Susumo. - disse Albert.

            - Jura? Que bom, então vou fazer mais para o jantar de hoje! -disse ela enquanto voltava para dentro da casa.

            Ao ouvir a noticia Albert quase desaba de rir enquanto a expressão de todos nós mudou de dor e sofrimento para tristeza de ter que imaginar comer aqueles bolinhos de arroz novamente no jantar.

            - Ela falou que vai fazer mais daqueles bolinhos para o jantar ou eu traduzi errado?-perguntou Steven.

            - Foi isso mesmo que você ouviu. - respondi.

            Ao ouvir a noticia Steven correu para um pequeno arbusto no meio do quintal e começou a vomitar. Olhando a cena comecei a rir descontroladamente e tive a impressão de que Mika também riu um pouco, mas provavelmente foi só minha imaginação.

            Após algumas horas, todos nós já estávamos um pouco melhores e tudo já estava pronto para nossa partida na manha seguinte.

            - O jantar está pronto! – Gritou Susumo enquanto corria pela casa.

            Ao ouvir isso, Steven e eu que estávamos vendo TV nos olhamos com cara de assustados por alguns segundos e nos levantamos. Ao chegarmos à cozinha vimos Mika encarando a mesa de jantar procurando sinais dos bolinhos.

            - Que bom que chegaram. -disse Albert se aproximando três armas. - Mika escolha uma disse ele esticando a SPAS-12 e as duas pistolas.

            Sem pensar, Mika esticou a mão e pegou a Spas deixando os dois revolveres Glock 9 mm com Steven. Ambos se levantaram, deixaram as armas no sofá e voltaram para o jantar.

            Durante o jantar inteiro conversamos sobre diversos assuntos inúteis de nossas vidas, antes dessa infecção começar. Após algum tempo de conversa, terminamos de comer.

            - Já que todos acabaram vou pegar a sobremesa que eu fiz. -disse Susumo alegre.

            Nesse instante fiquei parado e senti um medo subindo por minha coluna, e ao olhar para o lado vi que Steven estava igual a mim. Segundos depois susumo voltou à mesa com uma bandeja com oito bolinhos de arroz.

            Albert esticou a mão e pegou seus dois bolinhos e esperou que fizéssemos o mesmo, mas quando estávamos a pega-los ouvimos a campainha tocar. Todos ficamos calados e preocupados, pois na situação atual a ultima coisa que esperaríamos ouvir é alguém tocando ao campainha de nossa casa. Mas apesar de ser estranho, todos agradecemos por não ter que comer novamente os bolinhos da susumo.

            - Vamos atender?-perguntei.

            - Vamos sair só eu e você Daisuke. Steven, Mika e Susumo ficam dentro de casa. Se algo acontecer saímos correndo.

            Quando Albert e eu fomos para entrada vimos alguns vizinhos com lanternas parados em frente ao portão.

            - O que vocês estão fazendo aqui?-perguntou Albert.

            - Viemos pedir que dividissem seus suprimentos. - disse um homem em meio à multidão.

            - Como assim?

            - Agora que a situação esta desse jeito, esta difícil voltar à cidade para pegar suprimentos, e nós sabemos que nessa casa há suprimentos e armas o suficiente para nos proteger.

            - Senhor, chegamos aqui hoje e estamos com um pequeno grupo. Temos tanto direito de ficar com os suprimentos quanto o senhor. -disse enquanto me aproximava do portão - E se vocês queriam tanto entrar nessa casa, porque não o fizeram antes?

            O homem ficou sem resposta e apenas olhou para todos os outros.

            - Estamos pedindo apenas para dividirem o que vocês têm. Não é nada de mais.

            - É sim, isso será útil para nossa viajem. -disse Albert friamente. - Se não tem mais nada a falar, Boa noite, temos uma viajem a seguir amanha.

            - Ora...! Seus arrogantes!-disse outro homem em meio à multidão. - Somos moradores desse condômino, vivemos aqui há anos. O que te faz achar que deixaremos vocês levarem os suprimentos que estão em nosso condomínio?

            - Se você ainda não notou, a sociedade que conhecíamos não existe mais. E vocês podem viver aqui, mas isso não os faz de donos de tudo que esta nesse lugar. E se isso é de vocês, porque não entraram para pegar? Vocês tiveram medo?

            - Seu...! -disse o homem. - Isso haverá troco!-disse ele fazendo sinal para todos voltarem.

            Assim que eles se retirarão, Albert e eu voltamos para casa ele falou para todos.

            - Peguem tudo que ainda esta em casa e que venha a ser útil, estamos partindo em cinco minutos.

            - Porque tão de repente Albert?- perguntei.

            - Aqueles moradores não vão desistir, eles vão entrar nessa casa nem que para isso precisem nos matar.

            - Droga... Porque eles fariam isso?

            - Eles também querem sobreviver, mas nós não podemos oferecer nossos meios ou nós não sobreviveremos. Basicamente isso é uma guerra para ver quem vai conseguir sobreviver. Agora vá terminar de arrumar.

            Ficamos alguns minutos terminando de embarcar algumas coisas até que tudo ficou pronto.

            - Podemos partir! -gritou Steven.

            - Então vamos! - Disse Albert entrando na garagem.

            Quando íamos dar partida no carro ouvimos os sons de uma multidão na frente do portão, os moradores haviam voltado e parece que em numero maior que antes.

            -Steven, rápido fure os pneus da moto. –disse.

            - Por quê?

            - Não queremos que eles nos sigam com a moto enquanto estivermos fugindo. -disse enquanto colocava o colete com as armas. - Após fazer isso, entre no carro e o ligue. Assim que você ouvir o sinal acelere.

            Albert e eu saímos e encontramos a multidão maior segurando facas vassouras e diversas outras armas caseiras nos ameaçando.

            - Se não abrirem esse portão nós iremos derrubá-lo a força. -disse o homem da ultima vez.

            Albert não respondeu, apenas continuou o olhando.

            - Parece que você não vai ceder. -disse o homem tentando esconder sua raiva. - Vamos arrombar o portão!

            Dada à ordem, uma serra elétrica começou a serrar as barras metálicas do portão. Eu olhei para o Albert e ele fez um sinal para que eu começasse a abrir o portão da garagem.

            - Vão!- gritei para Steven, que estava no volante.

            Ele acelerou pela grade e chegou à rua, onde mais moradores esperavam. Assim que o Hummer apareceu na rua alguns deles correram para o carro, mas antes que chegassem perto, Mika chutou a porta e os ameaçou com a arma. Todos pararam o avanço imediatamente e ficaram olhando.

            - Você não teria coragem de atirar, garota... - Desafiou uma senhora.

            - Certeza?- terminando a frase, Mika disparou no pé da senhora que em seguida caiu no chão em dor.

            - Sua Pirralha!-disse a senhora caída no chão.

            - Não temos a noite toda!-gritou Mika.

            - Vamos Albert - gritei enquanto corria para o carro.

            Albert veio logo em seguida, e assim que saímos, alguns moradores tentaram nos seguir a pé, mas não conseguiram.

            - Ainda bem que acabou. - Disse Albert aliviado.

            - Eu não contaria com isso - disse Steven olhando pelo retrovisor.

            Os moradores estavam nos seguindo em uma pequena mini van e em nosso antigo carro. Eles tentavam fechar nosso carro e nos fazer sair da estrada.

            - Rápido Daisuke! Suba no teto solar e atire nas rodas deles! -disse Albert me entregando à arma dele.

            Subi no telhado e mirei na roda da mini van. Mas assim que atirei a bala acabou pegando no asfalto.

            - Droga!

            - Daisuke, se lembre do recuo e mire um pouco mais para baixo.

            Nessa hora me lembrei das aulas de tiro do Albert e mirei novamente, mas nesse tiro acertei a roda em cheio fazendo o carro derrapar pela estrada e atravessar um pequeno muro. Quando virei-me para o segundo repeti o mesmo processo, mas ao invés da hummer simplesmente perder o controle, ela capotou por alguns metros até que parou.

            - Eu os matei?

            - Olhe direito. -gritou Mika de dentro do carro.

            Quando olhei novamente para o caro os vi saindo dos destroços da hummer, nos xingando. Após confirmar que eles estavam vivos começamos a dirigir novamente para saída, mas ao chegar lá encontramos diversos infectados lutando contra os moradores. Eles parecem ter sido atraídos por toda a confusão.

            Não falamos nada, mas sabíamos que não podíamos parar para ajudar. Eram demais até para nós. Steven apenas acelerou entre a multidão atropelando tudo a sua frente.

            Em uma das atropeladas, uma pessoa se segurou no vidro da frente.

            - Socorro!- Gritava o homem se segurando contra o vidro.

            Mika fechou os olhos da Susumo e virou-se para janela. Albert e eu ficamos encarando o homem enquanto Steven freava bruscamente o que fez com que o homem caísse do carro. Enquanto ele ainda se levantava nós desviamos o carro dele e continuamos a dirigir. Eu continuei a acompanhar o homem se afastando pelo retrovisor fugindo de um infectado que logo o pegou.

            O resto da viajem permanecemos todos em silencio apenas olhando para fora da janela. Não demorou muito para que a Mika, Susumo e Steven dormissem, deixando apenas o Albert dirigindo e eu acordado no banco de trás.

            - Você esta bem?- perguntou Albert com um tom preocupado.

            - De certo jeito...

            - Eu sei que você pode não se sentir confortável com o que fizemos no condomínio, mas se não fizéssemos aquilo, quem morreria seriamos nós, e agora em diante teremos que tomar muitas decisões como essa.

            - Eu sei Albert, mas nunca vou me acostumar com a idéia...

            - Até hoje nem eu me acostumo...

            - Apos tudo que fizemos hoje, voltamos a dormir no carro...

            - Hei, eu deixei um presente para você ai atrás dos bancos Daisuke.

            Virei algumas sacolas e encontrei um travesseiro macio e um cobertor grande e fofo em meio a todas as coisas.

            - Eu sei que não vai ser como dormir em uma cama, mas provavelmente vai aliviar as coisas.

            - Isso já será uma grande mudança. - disse enquanto colocava o travesseiro sobre a cabeça e jogava a coberta sobre a Mika, Susumo e em mim. - Muito obrigado.

            - Apenas durma, o dia amanha provavelmente será cheio também.

            - Boa noite Albert.

            - Boa noite Daisuke.

            Assim que fechei os olhos lembrei-me o que havíamos feito no dia inteiro e sussurrei para mim mesmo.

            - Mais um dia de compras ruins em Harajuku...

Chapter Six- Between Dead and Alive - End.


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Notas finais do capítulo

É isso aí, espero que tenham gostado do capítulo porque ainda tem mais. bwhahaha! Não iremos deixar ninguém em paz tão cedo!
Quer dizer, continuem lendo!! Vejo vocês no próximo