Você é Passado Agora. escrita por webber


Capítulo 1
One-Shot


Notas iniciais do capítulo

Essa One-Shot, estava no meu blog, mas então decidi posta-la aqui já que há tempos que não posto nada lá. Espero que gostem :B



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    Meus olhos ainda estavam pesados quando me levantei do sofá. Já era 19:00h, eu havia dormido demais. Eu não sei, mas quando choro muito acabo ficando com sono. Espreguicei-me e me pus de pé indo até o banheiro ver qual era o estado da minha cara agora. Não era muito boa, meus olhos estavam inchados e vermelhos, de tanto chorar, e concerteza, de dormir também.

    Acho que ele nem imaginava o quanto significava para mim, ele não poderia fazer aquilo comigo! Ele era tudo para mim, pelo menos tudo o que eu tinha até à um dia. Era o meu chão, e o que me dissera ontem a noite me afetou, fez o meu chão desaparecer completamente. Não entendia direito ainda que a partir dali, eu teria que viver sem o meu "chão", agora eu teria de aprender a “flutuar”. Pensar nisso me fazia mal, logo pude sentir as lagrimas chegarem em meus olhos. Não! Eu não poderia chorar por ele agora. Eu tinha que ficar bem. Ele não poderia nem sonhar como eu me sentia agora. Ele tinha que pensar que era algo insignificante para mim. Apesar de que sabia que isso não era verdade, aquele rapaz sabia o quanto era importante para mim. Burra, burra, burra!  Porque você foi chorar na frente dele quando disse que eu e ele a partir dali seguiríamos caminhos diferentes e separados?

    Acho que nós dois fomos trouxas de começar isso. Mas ele era o mais trouxa, de fato. Ou será que era eu? Ah, não importa!  Eu vou esquecê-lo, eu preciso esquecê-lo e eu o vou esquecer. E isso é uma ordem, escutou bem coração idiota?

    E já que vou esquecê-lo, acho que o melhor é ligar para o Lucas, ele viu o meu estado ontem a noite, me consolou e com certeza iria me distrair. Foi um louco - pelo menos foi essa a primeira impressão que me causou - que foi consolar uma “criança” que chorava no banco da praça. Foi assim que ele me chamou, criança, pela minha aparência. Não pensei duas vezes, corri para a sala e abri a minha bolsa que estava jogada no chão e procurei o papelzinho em que ele tinha marcado o numero de seu telefone.

    Disquei rapidamente o numero, o telefone não deu nem 2 toques e ele atendeu.

    – Alô? – A voz grave e doce, de Lucas fez o meu coração pular, talvez fosse por nervosismo.

    – Lucas? É a Louise, lembra? De ontem a noite.

    – Louise! Pensei que não ligaria.

    – Se enganou.

    Lucas riu no telefone, era incrível como ele encarava as coisas, de fato, era uma pessoa bastante feliz, ria por tudo.

    – A que devo a honra? – Respondeu ainda rindo, eu ri também.

    – Ahm... Está livre hoje?

    – Wow! Você, me convidando para sair?

    – Se você quiser, desfaço o pedido – Ainda não sabia de onde tinha coragem de perguntar se ele queria sair.

    – Não, não! 20:00h passo ai, tudo bem?

    – Estarei pronta. Beijos. – Eu estava nervosa, e desliguei o telefone, sem esperar uma resposta.

    Corri para o banheiro novamente, tomei um banho rápido sem lavar a cabeça, pensei em como seria daqui pra frente em quanto a água quente caia sobre o meu corpo. Desliguei o chuveiro ainda pensando nisso. Não demorava muito para me trocar, uma coisa bastante anormal para uma mulher, creio eu. Coloquei o CD que havia gravado ontem à tarde e fui para a musica de numero 5. Era uma musica do "Two Doors Cinema Club", que eu adorava. Me peguei cantarolando um pedaço de "something good can work" enquanto terminava de vestir a t-shit azul marinho que colocava. Estava vestida com uma meia-calça preta, e uma melissa preta com um laço na frente, o que a tornava fofa. Passei uma maquiagem básica - rimel, lapis, blush e uma sombra azul -, e sentei impaciente no sofá esperando Lucas. Aumentei o som por impulso, ouvia agora uma musica do Mika.  Não demorou muito o interfone tocou. Já sabia quem era, porém, atendi.

   – Sim?

   – O Lucas já está aqui em baixo.

   – Avise-o que já estou descendo.

      Desliguei o rádio, sai de casa, apertei o botão do elevador, e me virei para trancar a porta. Demorou um pouco para chegar, talvez pelo nervosismo que eu sentia, pois o elevador estava apenas 3 andares acima do meu. Finalmente ele chegou. Entrei, ajeitei um pouco meu cabelo ao me olhar no espelho, e logo me virei para ver em que andar estava. Ainda estava no décimo. E eu não parava de olhar os números mudarem em sintonia lenta.  Nono, oitavo, sétimo, sexto, quinto, quarto, terceiro, segundo, primeiro, térreo. Finalmente!  Sai do elevador quase correndo, dando uma parada para me olhar no espelho do hall, não poderia negar uma olhada se quer antes de o ver, talvez ele mudaria as coisas dali pra frente. Cheguei a portaria e sorri ao vê-lo, ele estava lindo! Estava de all star preto, seu cabelo estava bagunçado, ele vestia uma blusa branca simples e de calça sknny preta. Ele sorriu como resposta ao meu enorme sorriso. Paulo, o porteiro abriu o portão, e nós no cumprimentamos com um abraço apertado, o abraço dele era perfeito, aliás, o que não era perfeito ali? Ele me fez dar uma volta, segurando minha mãe no alto.

   – Você está linda.

   Eu corei.

   – Obrigada.

   Ele sorriu, deixando visível sua linda fileira de dentes brancos. Andamos lado a lado até o carro dele que estava do outro lado da rua, um civic preto. Ele me levou até a porta do passageiro e abriu pra mim, um ato de cavalheirismo.

   – Obrigada, cavalheiro – Eu ri, e ele apenas repuxou seus lábios em um sorriso.    – Não foi nada, Madame.

   Ele então deu a volta e entrou no carro, dando a partida. Eu estava olhando para frente distraída, até que senti a mão gélida de Lucas sobre a minha, me assustei um pouco com o seu toque, mas não recuei. Olhei para ele, e ele me deu um sorriso torto e piscou. Eu respondi seu sorriso, olhei para baixo, me sentindo corar. Ele apertou a minha mão com delicadeza, rindo.

   Agora sim, eu tinha certeza de que nada mais seria igual depois daquela noite. Talvez ele me fizesse esquecer quem me fizera chorar a tarde toda. Ou talvez, ele sirva apenas com um pequeno passa-tempo. O melhor que posso fazer é deixar o tempo passar, para saber o resultado disso.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Reviews? Q-
Beijos.



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