Getting Better escrita por Lunna_13


Capítulo 1
Primeiro Dia


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem, e comentem!



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Tudo a minha volta estava escuro, eu não enxengava nada e isso me pertubava. Fechei os olhos com força e quando os abri novamente eu já conseguia enxergar, mas nada estava como deveria estar. Parecia uma foto borrada, tudo fora de foco... Eu vi que estava em um corredor, um corredor de alguma escola... Mas não havia ninguém lá. Então comecei a andar com passos trêmulos, para onde? Não faço a mínima idéia. Só que de repente pessoas começaram a surgir, mas eu não conseguia ver seus rostos, aquilo era tão frustante! Elas apontaram para mim e começaram a rir, e a risada delas ecoavam na minha mente e ficavam cada vez mais fortes...

  Me levantei em um pulo, droga! Tive aquele sonho de novo! Sonho? Essa é a palavra certa? Acho que está mais para pesadelo... Bom, você não deve estar entendendo nada, acho que devo falar quem eu sou e tudo mais, não? Meu nome é Clara, tenho 16 anos, cabelo comprido e castanho, olhos castanhos e moro em Londres. Nesse instante estou meio grogue porque acabei de acordar com um pesadelo, que a propósito é sobre meu primeiro dia de aula em uma escola nova... Que é hoje! Um fato sobre mim: eu odeio ser a novata. Não importa em que, eu odeio todo mundo me encarando com cara de: quem é ela? Parece que eu saí na rua e esqueci de colocar as calças! Comparação horrível, eu sei. Mas agora, contra a minha vontade, vou me mudar de escola, animada? Lógico, vou ser novata! Uhul! Minha irônia só aumenta quando estou com sono.

Vi minha porta abrindo e minha mãe entrando no meu quarto:

- Ué, já acordou? Achei que iria ter que te derrubar da cama... - haha mãe, tô rindo muito com essa sua piadinha.

Me levantei bufando e senti uma dor no pé, fui olhar para ver em o que tinha pisado e vi uma escovinha de boneca.

- Droga, droga, droga! - xinguei, por que minha irmã não pode guardar as coisas dela? E por que as coisas dela estão no meu quarto?

Mais mal-humorada do que nunca fui em direção da cadeira da minha escrivaninha, onde estava a coisa mais bizarra, horrível e brega que eu já vi em todos os meus 16 anos: o meu uniforme. Tá rindo? É porque não é você que vai ter que usar: uma saia de prega listrada, blusa social branca e gravatinha e meias 7/4 brancas. QUE COISA MAIS BREGA!

- MÃE! - gritei.

- Quer acordar a sua irmã Clara? - minha mãe falou brava entrando no meu quarto.

- Na verdade, ela bem que merece. - retruquei zangada - Mas é sobre isso que eu quero falar. - disse apontando para aqueles pedaços de pano que envergonham a nação.

- Ah! É o seu uniforme. - não? Jura? Não desconfiei! - Mas é bem antiguado viu... Mas a gente pode dar um jeito nisso, não? - olhei para o sorriso da minha mãe e senti um sorriso se formar no meu próprio rosto.

 

***

 

Eu estava no carro com o meu pai, ele estava me levando até a Elite East High School, nominho pequeno não? Prefiro chamar de: EEHS, bem mai simples, mas isso não vem ao caso. Eu estava usando aquele uniforme medonho, mas ele até que tava legalzinho: a blusa social tava com alguns botões apertos e a gravata frouxa, a saia estava com alguns botons (igual a minha bolsa) e até que a meia ficou legal com o meu all star preto... Mas eu ainda estava nervosa! Na verdade, eu já estou surtando mesmo! Começou a tocar Mr. Brightside na rádio e eu aumentei o volume, batucando meus dedos no ritmo da música. Foi só assim que percebi que eu estava tremendo.

Reparei que paramos o carro na frente de uma escola, que não parecia uma escola, que tava mais para uma casa de tijolinhos. O estacionamento daquele lugar estava lotado de adolescentes perto dos seus carros (nessas horas eu odeio não ter o meu carro), comecei a reparar nas panelinhas. Eu não me encaixava em nenhuma delas. Beleza, agora eu vou me transformar na novata looser e estranha que ninguém conversa!

- Fica calma Clara! Vai dar tudo certo, você vai ver - disse meu pai adivinhando meus pensamentos - Seja você mesma. Agora vá, a propósito, você volta sozinha para casa.

Assenti e dei um sorriso fraco. Abri a porta do carro com as mãos trêmulas e sai. Alguns rostos se viraram para mim, droga! Já começou? Ouvi o som do sinal e todos começaram a subir a escadaria para o colégio. Salva pelo gongo, literalmente. Começei a segui a multidão de alunos e entrei no colégio. Tudo estava igual ao meu pesadelo: muitos armários e aquele bendito corredor cheio de alunos. Mas eles não estavam rindo de mim, estavam apressados indo para seus armários e pegando seus livros. Respirei fundo antes de começar a andar, agora eu tenho que ir até a diretoria, ah! Lógico a diretoria, com licença, vou surtar: ONDE FICA A DIRETORIA?

- Hã... Oi, quer ajuda? - eu me virei para ver quem falava comigo.

Era uma garota, ela era um pouco mais alta do que eu (sou baixinha mesmo), seus cabelos eram curtos e de um castanho bem claro quase loiro, seus olhos eram verdes escuros ou castanhos esverdeador, não sei direito.

- Oi, sou a Clara. - nossa, isso foi péssimo.

- Valentina, ou Val se preferir. - ela disse meio tímida, eu não sei o por que, mas senti que eu podia confiar nela. Ela parecia ser tímida, e o o sorriso meio sem graça dela mostrava isso, mas também mostrava que ela estava tentando ser simpática.

Ela me levou até a diretoria, onde eu peguei o meu horário, meus livros e a minha senha do armário. Minha primeira aula era a mesma que a dela, matématica. Fomos juntas até a sala e conversamos super pouco, pouco mesmo. Ao entrarmos na sala ela foi falar com duas garotas e eu me sentei na cadeira vaga atrás dela, não sou fã de sentar lá na frente da sala. Fiquei olhando pela janela enquanto via ela conversando com essas meninas. E sim a janela tinha uma visão super interessante, tá? Tá bom, a vista era péssima, era do estacionamento, mas para não ficar sem graça vale qualquer coisa.

Aquilo já tava me cansando, então decidi olhar para frente mesmo. Foi quando vi a porta se abrindo, achei que era a professora, mas não. Era um garoto. Ele tinha os cabelos castanhos escuros e a pele branca, alguma coisa dentro de mim me fez sentir estranha, abaxei a cabeça e ri baixinho. Quando levantei minha cabeça ele ainda não tinha ido se sentar. Desviei o olha, tava olhando demais para ele, eu não podia fazer isso. Mas não consegui, era como se alguma coisa me fizesse olhar para ele. A aula de matemática se passou assim: eu olhava para ele, não prestava atenção em basicamente nada da matéria e fazia as anotações básicas no meu caderno... O pior é que eu não sei o por que fiquei olhando para ele! Ele nem é bonito!

É, tem alguma coisa de errado comigo.


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Notas finais do capítulo

Quem é vivo sempre aparece!
Espero que tenham gostado, se sim mandem reviews! Se não mandem reviews!
xD

Xauzinho!