Just My Luck escrita por Daniele Avlis


Capítulo 9
HEY HEY I WANNA BE A ROCKSTAR - Parte 3


Notas iniciais do capítulo

Capitulo dividio em três parte. Parte final do capitulo.



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Continuação...

       Sarah chegou em casa um pouco cansada. Michele a fez rodar o shopping inteirinho atrás de várias lojas, Sarah teve sérias dúvidas se era pelas lojas que ela estava procurando e não parava de tagarelar sobre o encontro nada amigável com Daniel e seu amigo, que ele chamou de Gin. Gin? Isso lá é nome de gente? Pensava irritada Sarah enquanto vagava ao lado de Michele. Só não saíram mais cedo, pois encontraram alguns amigos da faculdade, que fizeram questão de ficar batendo papo, Michele não gostou nada disso – para não dizer ao contrário. Elas ainda encontraram com Vitória, quando perguntada onde estava Marcos, ela disse que ele foi embora mais cedo, pois havia recebido uma ligação urgente da mãe e ficaram mais algum tempo rodando o shopping. Michele fez mais compras e Sarah aproveitou, para se livrar um pouco da raiva que estava sentindo, em gastar o salário do mês que ainda viria. Pediria alguma grana emprestada a sua mãe, ela não lhe diria não.
       Assim que Sarah chegou em casa, sua mãe lhe lembrou sobre o encontro de seu pai numa lanchonete que tinha perto de sua casa.

       Já havia muito tempo desde a última vez que Sarah viu seu pai. Um homem alto, moreno, cabelos castanhos e olhos da mesma cor. Sarah era a copia dele sendo mulher. Ela o amava, o adorava, o venerava. Mas em família com pais que se separam sempre alguém, ou todos, ficam com mágoas. Sarah fitava o anel de formatura que seu pai havia colocado no dedo quando ela tinha uns doze anos de idade, estava desbotado, tão velho e ainda assim tão prateado e tão reluzente. Ela o colocou no dedo, ainda cabia por incrível que pareça. Havia o guardado quando seu pai sai definitivamente de casa. Ele carregava lembranças, muitas delas... respirou fundo, pegou o casaco, aquela tarde fazia frio. Saiu porta a fora com a esperança de revê-lo novamente, de abraçá-lo, de sentir seu carinho de pai ao qual ela sentia tanta falta. Chegou a uma lanchonete que ficava próxima a sua casa e à medida que avançava mais, a silhueta de um homem de costas, sentado numa das mesas do lado de fora ia se formando. Havia algumas pessoas ali, lanchando ou batendo papo com amigos; Sarah poderia se enganar quanto ao homem que estava diante de seus olhos, de costas, ficando cada vez mais nítido quando ela se aproximava, mas tinha certeza de que era ele. Era ele. Estava ali. Seu coração começou a bater rápido, e uma onda de saudade e invadiu seu peito, mas logo se dissipou quando os seus olhos cariam sobre mais uma pessoa que estava sentada a frente de seu pai.
       Era uma mulher, cabelos castanhos claros e cacheados, o nome dela era Mirian, uma grande amiga da família, Sarah a conhecia. Mas o que ela estava fazendo ali?
       - Sarah! – ela exclamou ao ver que a garota se aproximava. Sarah a olhou surpresa esboçando um sorriso fraco, e aproximou-se devagar da mesa, engolindo em seco. Seu pai se levantou, ainda de costas e ao se virar, Sarah sentiu uma grande vontade de chorar, mas lutou dentro de si para não fazer isso. Ele estava tão bonito, tão bem. Sarah se aproximou mais e ele sorriu para ela, um belo e singelo sorriso; sorriso este que sempre a acalmava todas as noites que ela tinha medo, sorriso este que Sarah roubara de sua mãe, quando ela entrava por baixo das cobertas à noite, quando entrava no quarto dos dois, quando tinha uns nove anos idade dizendo que estava com medo do mostro do armário. – Bom, vou deixá-los sozinhos um minuto! – Mirian disse e saiu. Sarah notou certos olhares entre os dois, e ao pensar em tal hipótese, Sarah sentou na cadeira e achou que se não o fizesse, poderia cair no chão.
       - Está tudo bem com você? – ele perguntou com uma voz mansa que entrou nos ouvidos de Sarah ressonante. Ela o encarava como se quisesse gravar aquele rosto tão amado e conhecido por mais tempo. – Sarah? – ele tornou a chamá-la e ela pareceu ter levado um choque. Pigarreou de leve.
       - Oh! – fez ela nervosa. – Está, está tudo bem... – gaguejou.
       - Bom... – ele falou em tom preocupado. – Como está o Victor?
       - Bem! – disse ela alto. – Bem... ele vai bem. – tentou consertar e disfarçar o nervosismo. – Ele já está com dez anos e é muito esperto... – ela sorriu nervosa.
       - Que bom! – ele sorriu. – Não está dando muito trabalho a Lizzy, está?
       - Não, não, ele é bem comportado. Como o senhor, pai! – e Sarah sentiu algo pesar no peito ao dizer a ultima palavra.
       - Bom, Sarah, querida, peço desculpas pelos meus sumiços ultimamente, não tenho tido muito tempo nem de cuidar da minha vida pessoal. – Sarah balançou a cabeça consentindo. A vida, realmente, não é nada fácil e trabalho às vezes exige demais das pessoas. – E vim aqui para saber como você está, como seu irmão e sua mãe estão.
       - Estão todos bem... – Sarah sentiu sua voz distante. Não queria chorar.
       - Fico feliz em saber disso. – ele olhou para o lado, parecia nervoso. – Bom, também tenho algo para contar a você. Uma surpresa! – ele sorriu. Sarah apenas o encarava, num semblante um pouco saudoso e maravilhado. – Estou indo viajar para Portugal.
       - É?! E quando volta?
       - Bem... – ele pigarreou. Sarah franziu o cenho.
       - Venho quando puder, venho sempre visitar vocês.
       - Visitar? Como assim? – ela queria arrancar dele logo aquela explicação. Não estava gostando da surpresa.
       - Me ofereceram uma oferta de emprego muito boa em Portugal, querida. E presumo que terei que... – ele pareceu relutante. – que morar lá. – Sarah arregalou os olhos. – Mas venho sempre que puder. Olhe, não se preocupe com isso. – Sarah o encarava como se tivesse levado um choque.
       - Está tudo bem. – disse ela para tranqüilizá-lo. Era uma oferta de emprego, e ele de fato não poderia recusar. Já estava afastado há tanto tempo...
       - Espero que você entenda. Sei que vai entender, não vai?
       - Está tudo bem, vou entender sim... não sou mais criança, não é?
       - Sim, já uma mulher e bem crescida, não é? Quando vai me dar netos?
       - Pai?! – ela exclamou rindo para esconder as lágrimas.
       - Desculpe, desculpe. Às vezes acho que isso não vai acontecer, talvez seja uma sina de pai, pensar que seus filhos nunca crescem! – ele sorriu. – Você sempre será a minha garotinha, nunca se esqueça disso. – Sarah o olhou mais ainda.
       - Eu sei...
       - Bom! – ele disse animado. – Tenho outra coisa para te contar!
       - O que é?
       - É... – ele ficou meio vermelho. – Você sabe que eu estava, estava namorando, não sabe?
       - Sei. – ela disse de modo polido. – Sei que vocês têm todo o direito de refazerem suas vidas, eu sei disso. Só que você ainda não me a apresentou! – ela falou sorrindo.
       - Pois muito bem! – ele falou ao se levantar. – Pode vir! – chamou. Sarah a olhou, havia esquecido que Mirian estava ali, e era ela quem vinha. Sarah arregalou os olhos. – Sarah, você já conhece a Mirian, não?
       - Sim. – disse ela ofegante. Não, definitivamente não era ela quem ela queria ver. – Como? Como...? – balbuciou ela.
       - Sarah? – fez Mirian. – Está tudo bem, querida? – Sarah levantou-se da cadeira cambaleando. Viu tudo girar e não pôde mais conter as lágrimas.
       - Não, não, não, não... – ela repetia. – Você não! – berro.
       - Sarah, o que é isso?! – exclamou seu pai. Sarah teve um espasmo.
       - Como? Como pôde?! – exclamou ela para seu pai.
       - Sarah, não estou entendendo? O que aconteceu?
       - FICA LONGE DE MIM! – ela berrou para a mulher. Os olhos de Sarah transbordavam decepção, desprezo. Sarah saiu esbarrando em algumas pessoas com lágrimas nos olhos e saiu correndo.
       - Lizzy! – falou o pai de Sarah com o celular em mãos, olhando desesperado para os lados para ver se ainda encontrava a filha. – Eu não sei o que acontece, no momento estávamos conversando e ela de repente ficou agitada, berrou com a Mirian e saiu correndo! Acho que ela está indo para casa.
       - O que você fez, Rodrigo?! – exclamou Lizzy do outro lado da linha preocupada.
       - Nada! Eu não fiz nada! Já estávamos preparando ela faz tempo para apresentar a Mirian e ela ficou nervosa! – se defendeu. Lizzy desligou o celular sem esperar mais explicações; pegou o casado pendurado num cabide atrás da porta de saída, abriu a mesma e ao descer as escadinhas da porta da frente, aflita, quando viu Sarah vindo chorando. Lizzy não perguntou nada, Sarah apenas abraçou forte sua mãe, as duas caíram sentadas na escadinha de casa úmida. Enquanto Sarah chorava em seus braços.
       Lizzy levou a mão tremula ao topo da cabeça da menina, acalentando-a. Correu os olhos para o final da rua como se esperasse que alguém viria, olhou para o outro lado e viu seu ex-marido parado, observando-as. Seus olhos se encontraram, Rodrigo a olhou. Lizzy desviou o olhou para Sarah. A garota se levantou e viu seu pai. Fechou a cara e subiu as escadinhas a passos pesados abriu a porta de casa num só gesto e entrou. Lizzy deu os ombros como pedido de desculpas a Rodrigo e entrou atrás da filha. Mirian tocou no ombro de Rodrigo pedindo que fossem embora. E eles foram.
       - Você sabia, não sabia? – disparou Sarah assim que a mãe entrou. Sua mãe ficou estática.
       - Como? – ofegou.
       - Como?! Ainda me pergunta como?!
       - Sarah, me desculpe. Ele pediu que não contasse nada... ele achou que fosse uma surpresa!
       - Surpresa?! – exclamou ela exaltada gesticulando com os braços. – Surpresa?!
       - Filha, por favor! – saiu a voz embargada de Lizzy.
       - Por que a Mirian? Por que ela? – choramingou Sarah.
       - De todas as mulheres ele achou que a Mirian, você fosse aprovar! – tateou Lizzy nervosa.
       - ELE PODERIA ESCOLHER QUALQUER UMA, QUALQUER QUE FOSSE QUE EU NÃO ME IMPORTAVA! MENOS A MIRIAN! – berrou Sarah.
       - Sarah, Mirian sempre foi tão afetuosa, tão educada!
       - TÃO FALSA, TÃO HIPÓCRITA! ELA ROUBOU SEU MARIDO!
       - SARAH, NÃO PERMITO QUE VOCÊ FALE ASSIM DE ALGUÉM QUE SEMPRE LHE QUIS BEM! DE ALGUÉM QUE VOCÊ SABE QUE NÃO MERECE ESSE JULGAMENTO! – gritou Lizzy mais alto. Sarah a encarou arfante.
       - A Mirian não, a Mirian não... – chorava Sarah compulsivamente.
       - Sarah, ela te amava como filha...
       - Filha?! Filha?! – vociferou. – JAMAIS A AMARIA DA MESMA FORMA! ELA ME TIROU A FIGURA PATERNA QUE EU TANTO AMAVA!
       - Ela não fez isso! – bradou sua mãe. – Seu pai e eu já estávamos com o casamento conturbado! Mirian sempre esteve ao meu lado. Você não tem o direito de julgá-los! Mirian não tem nada a ver com o que aconteceu! Por Deus!
       - Mentirosa... enquanto você e papai estavam passando por momentos difíceis ela deu em cima dele!
       - Sarah, pare com isso! Você não é assim! Você nunca foi assim! – chorava sua mãe aos berros.
       - Já chega! Eu não quero mais discutir! – falou correndo escada a cima enquanto Lizzy a chamava. Abriu a porta do quarto e a bateu forte se jogando na cama e chorando. Vitor estava parado a porta de seu quarto, encarando sua mãe.
       - Vitor... – ela chamou.
       - Tudo bem, mãe... eu entendo... – ele falou dando os ombros. – Nunca tive tanto contanto com o papai mesmo, não faz diferença. – ele falou entrando no quarto e bateu a porta. Lizzy ficou ali, parada, encostada à porta do quarto da filha enquanto a escutava soluçar alto.

       Ichigo tamborilava os dedos sobre a mesa, enquanto com a outra girava o celular sobre a mesma, meio emburrado. Já estava sentado ali, naquela cadeira de madeira dura por mais de uma hora e nada, absolutamente nada foi resolvido. Enquanto o relógio de seu pulso já indicava 11:45, ele corria os olhos pelo ambiente, o galpão, já tinha gente que babava em cima da mesa enquanto outros tagarelavam animados e excitados com a possível viagem. Takuya estava em pé, à frente, observando mais e mais papeis. Não sei pra quê tanto papel! Pensou ele já irritado. Gin parecia bastante concentrado em seu celular, não parava de digitar no mesmo e cada vez mais expressava na face raiva e frustração, Ichigo, se o visse pela primeira vez fazendo isso acharia que ele estivesse jogando, mas conhecendo o amigo, ele estava era discutindo com a namorada via mensagem de texto, era sempre assim. Naruto era o que mais roncava sonoramente, com a cabeça apoiada no braço esquerdo, iria lhe causar dormência. Lee bocejava, pendia a cabeça para o lado e depois voltava como se tivesse levado um choque, motivo de ser despertado rapidamente era o som que Naruto fazia, estava bem ao seu lado, roncando. Yasu, não se poderia nem mais ver seu rosto. Seus cabelos lisos lhe ocultavam a face enquanto ele estava da mesma forma que Naruto, dormindo. Ryuki parecia bem empolgado com mais algum desenho, aproveitava as folhas que Takuya dispensava, que às vezes, a tomava das mãos de Ryuki, que bufava irritado quando já estava quase acabando mais uma de suas obras de artes. Karin, Asuka e as secretárias da sala da presidência eram as que mais falavam, bem agitadas, falavam sem parar, Ichigo já cansou de acompanhar a conversa e de quantas vezes elas mudaram de assunto em curto espaço de tempo. Maaki estava ao seu lado, e não era nem preciso dizer que não estava da mesma forma que Yasu e Naruto. João cantarolava baixinho e brincava com lápis e canetas que havia surrupiado da mesa de Takuya, por duas vezes, Ichigo viu o amigo procurando pelas canetas e pedindo emprestado a Ryuki, que emprestava de cara amarrada. Tom, um garoto de pele pálida, cabelos espessos e alaranjados, quase ruivos, olhos claros, nariz um pouco torto que continha algumas pintinhas de sardas, estava lendo um livro cujo título em letras garrafais dizia: VIVENDO EM PORTUGAL. Jun, um dos guitarristas da Riot Sonic estava era aos amassos com uma garota que Ichigo tinha certeza não ser a namorada do rapaz, de fato, tinha muita coragem fazer isso, sabendo quem era ela... Vivian, a namorada de Jun, era o tipo de pessoa que juraria em matar o namorado e ninguém duvidasse disso, pois ela o faria. Ao lado de João, tinha o Rui, o baterista da Riot Sonic, estava discutindo baixinho com a namorada, que estava ao seu lado, esses dois só fazem discutir é a mesma coisa que Gin e sua namorada, sendo que Gin sempre dá um jeito de nunca encontrar a namorada quando eles discutem, é sempre via mensagens.
       - Bom, como todos já sabem... – começou Takuya pigarreando, mas não adiantou nada. Todo mundo não mudou para escutá-lo. – Pessoal! – chamou ele. Nada. – Pessoal! – berrou. Nada. A falação continuava. – GENTE! EU TO FALANDO! – gritou. Naruto quase caiu da cadeira; Gin soltou um palavrão; João derrubou as canetas e quase fez cara de choro; Jun desgrudou da garota e rapidamente se afastou; Yasu levantou a cabeça meio abobado como Maaki e Lee; Tom apenas olhou para Takuya, este era um dos que mais esperava para o inicio da reunião; as garotas rapidamente pararam de conversar, ainda cochichavam enquanto recebiam o olhar mortal de Takuya; Ryuki dessa vez estava preparado, não estava mais desenhando para não ser atrapalhado e Ichigo manteve na sua posição inicial.
       Takuya pigarreou.
       - Vamos dar inicio a reunião...
       - Marcada para há umas três horas atrás... – disse Lee baixinho para ninguém escutar.
       - Sim, marcada para umas três horas atrás... – continuou ignorando o comentário do amigo. Lee arqueou uma sobrancelha. – Como vocês já sabem. Fomos convidados a tocar em Portugal para um evento de anime que terá daqui alguns meses. – ele encarou as pessoas a sua frente. – Então, eu quero a confirmação de todos vocês neste papel. – ele falou ao pegar uma folha e estender para uma das secretárias de Karin. – O bom aqui é que todos vocês são independentes e responsáveis no que fazem. Então quero que sejam sinceros, depende de cada um agora, se vamos ou não. – ele encarou mais uma vez as pessoas à frente, principalmente os presentes das bandas como se dissesse: “Vocês vão nem que eu coloque vocês, amarrados, na bagagem ou no eixo do avião”. Mas não necessitou esse olhar mortal. A lista foi passando e todos assinaram. As garotas não assinaram, menos Asuka, que ficaram tristes, pois não poderiam abandonar o posto que ocupavam. Asuka era conselheira e empresária das duas bandas, então era mais justo participar, além de ser sempre uma grande aliada para todos, ninguém se virava sozinho sem ela por perto.
       Quando a lista chegou a Takuya ele esboçou um sorriso amplo e vigoroso digno de um comercial de creme dental, quando leu os nomes de todos os presentes. Pigarreou mais uma vez ao dobrar a lista com cuidado e guardá-la numa pasta.
       - Bom, agora com a confirmação de todos vocês... – ele continuou quando passava alguns papeis importantes a Asuka que o olhava com cuidado. Convites para se apresentarem em qualquer parte do país sempre tinham que passar pelos olhos argutos de Asuka, ela não deixava passar nada; agora fora do país era preciso mais cuidado ainda. – Eu e Asuka conversaremos mais com os negociantes do evento sobre estadia e o restante. E amanhã reuniremos com mais calma. – terminou ele.
       - Espera um instante! – levantou a mão Lee. – E a vocalista da banda Sonymay? – todos olharam para Maaki, que se encolheu na cadeira.
       - Bom... – começou Takuya ao olhá-la.
       - Eu não ire. – falou ela. – Eu não assinei a lista, portanto, enquanto ainda nos resta tempo; Takuya, você e Asuka podem fazer as negociações normalmente como se tivesse já uma vocalista. Se até lá, a Sonymay não tiver a vocalista, eu entro. – Takuya consentiu. 
       - Era só isso. – disse Takuya pondo um fim naquela reunião. Todos começaram a se levantar, e o som de arrasta cadeira, mesas e passos ecoaram pelo galpão, antes silencioso. Takuya e Asuka foram falar com Maaki a um canto. Enquanto o restante já se encaminhava para o estacionamento. Ichigo levou a mão ao bolso da calça jeans e discou um numero enquanto tirava as chaves de seu carro e se encaminhava para o mesmo.

       Sarah já havia pedido desculpas a sua mãe, mas resolveu não conversar mais a respeito sobre o ocorrido da tarde, sua mãe apenas disse que quando ela quisesse conversa estaria ali para ouvi-la. Passou o tempo no quarto, escutando musica ou conversando com suas amigas no MSN. Foi à padaria mais próxima com seu irmão, passou no parque que tinha um lago quando seu irmão insistiu em pegar algumas borboletas que estava voando baixo. Passou na cafeteria para explicar a sua chefe que estaria de volta no dia seguinte. Terminou o trabalho e pegou o livro para ler, o livro que sua tia dará. 
       Estava tão absorta no livro que correu oras a dentro com sua atenção presa ao mesmo e nem notará no despertador ao lado da cama que já passavam da meia-noite quando o celular tocou em cima do criado mundo ao lado de sua cama. Estava tão distraída que apenas tateou a procura do aparelho sem tirar os olhos do livro, e quando o achou o levou até as vistas para desligar, já que ele pedirá assim quando seus olhos se arregalaram quando viu o numero latejando no visor. Apertou o botão com as mãos tremulas e o atendeu. Mal ela abriu a boca para dizer “Alô” e a voz arrogante de Ichigo soou do outro lado:
       - Eu já sei qual será o favor que você irá me fazer.
       - Hã? – fez ela 
       - Você vai entrar numa banda como vocalista.
       - O QUÊ?! – berrou ela de um pulo. Alto o bastante para ouvir sua mãe gritar da sala para que falasse mais baixo e seu irmão bater no quarto ao lado.
       - Não grita. Não sou surdo! – brigou ele do outro lado do telefone. Sarah tirou o celular do ouvido por uma fração de segundos, o olhou quando uma sensação assassina de matar Ichigo passou por seu pensamento.
       - Repita, por favor, que acho que não escutei.
       - Surda. – disse ele meio segundo depois de escutar a voz irônica de Sarah do outro lado da linha. Ele tinha certeza que poderia sentir a tensão assassina dela atrás do telefone. Sem dúvida, Sarah pensou duas vezes em jogar o aparelho pela janela não antes de encontrar o rapaz e esfolá-lo.
       - Não serei cantora de banda nenhuma.
       - Na cafeteria as 3:00h. – Sarah escutou o Tum, Tum, Tum do outro lado da linha.
       - EU MATO ELE! – berrou enquanto jogou o aparelho na cama.
       - PÁRA DE GRITAR! – berrou seu irmão da porta do quarto dela. Sarah o olhou atônita.


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