O Mundo Mágico estava em festa.

Fazia dois meses que os feiticeiros festejavam a derrota do Senhor das Trevas, Lord Voldemort, ás mãos do Eleito,Harry Potter

Harry suspirava. Estava deitado numa cama, em S. Mungus, desde que derrotara Voldemort e já estava farto! Dois meses deitado numa cama sem poder se levantar pois os curandeiros tinham medo de uma recaída! Bom, está bem, é verdade que, quando o trouxeram para o hospital, ele estava gravemente ferido, com multiplicas lesões internos e o seu nível de magia estava assustadoramente baixa. Ele estivera em coma induzido durante quatro semanas antes que os curandeiros o deixassem acordar. Mas ele já estava acordado havia um mês e sentia-se óptimo! Agora, Harry esperava ansiosamente que o seu curandeiro se dignasse a aparecer com a sua alta.


" Bem, quando se fala do lobo "  pensou Harry ao ver a porta do seu quarto abrir-se e o curandeiro Thorne entrar.


- Bim-dia Sr. Potter! Como esta esta manhã?


- Ansioso por sair daqui...


- Então fico feliz por lhe trazer a sua alta! - Sorri o curandeiro. - Uma enfermeira irá lhe trazer as suas roupas e uns papeis que terá de assinar.


- Óptimo!!


Duas horas depois, Harry encontrava-se na entrada do hospital, respirando finalmente ar puro.


- Harry!


Virando-se para a direcção da voz, Harry depara-se com a Hermione a correr na sua direcção, acompanhado pelo Ron. Chegando ao pé do Harry, Hermione salta para os braços do Harry, abraçando-o.


- Harry, estou tão contente por te ver cá fora! - Exclamou ela entusiasmada.


- Eu também, Hermy, eu também...


- Não é que eu não goste de te ver cá fora mas é melhor irmos andando - disse o Ron com um sorriso. - Se as pessoas descobrem que já saíste...


O Ron tinha razão. Harry ouvira falar das multidões que se acumulara as portas do hospital nos dias seguintes ao seu internamento, uma verdadeira loucura!!


Harry passara as semanas seguintes em casa dos Weasley, a ouvir relatos de acontecimentos durante o seu coma. Recebera também muitas cartas de admiradores que agradeciam por o Harry os tes libertados do horror chamado Voldemort e de admiradoras que lhe declaravam amor eterno e pedidos de casamentos ( o que, alias, fizera o trio rir-se as gargalhadas.


Foi então que, um dia, ele recebeu uma carta de Gringotts a informar que fora encontrado uma pequena caixa, acompanhado por uma carta e pediam-lhe para passar pelo banco. Por isso, Harry dirigiu-se ao banco e mostrou-lhes a carta.


- Ainda bem que pude vir, Sr. Potter - disse o Director de Gringotts, indicando uma cadeira ,no seu escritório.


- Não há problema - respondeu Harry, sentando-se. - Só fiquei intrigado com que acharam.


- Sim, esta carta foi deixada aqui pela sua mãe, há 17 anos - informou o duende. - Devia ter-lhe sido entregue na sua primeira visita ao banco mas o antigo director tinha acabado de morrer e não deixara qualquer tipo de...


- Não é preciso desculpar-se - interrompeu Harry, sorrindo -,está tudo bem.


Aliviado, o duende entregou tudo ao Harry e saiu do escritório. Harry abriu o envelope e leu:


             
   Meu querido Harry


Se estás a ler isto, é porque eu e o James já não somos deste mundo.


Eu tenho um segredo que queria contar-te quando tivesses idade para perceber mas eu sei que não o faria pessoalmente, por isso, aqui vai:


Antes demais, tens de saber que o James te amava muito, tal como eu mas, querido, ele não é o tu verdadeiro pai!


Eu e o James estávamos a passar férias em Nova Iorque, na casa de uns parentes meus, quando, uma noite, tivemos uma grande discussão. Furiosa, saí de casa e acabei por entrar dentro de um bar, não muito longe da casa.


Pouco tempo depois de entrar fui abordada pelo homem mais atraente que vira na vida. Ele ofereceu-me uma bebida e eu, ainda danada, aceitei. A noite acabou num quarto de um motel e, na manhã seguinte, ele tinha desaparecido. Acabei por volta para unto do James e fizemos as pazes.


Pouco tempo depois, descobri que estava grávida, É claro que o James pensou que era dele mas eu sempre desconfiei. A minha desconfiança foi confirmada quando nasceste. Eras tão lindo, tão parecido com o teu pai, até nos olhos.


Harry, tu estás sob um feitiço de Aparência, pois não podia deixar o James descobrir a verdade. Na caixa, encontraras uma poção que ira anular o feitiço e dar~te a tua verdadeira aparência, isso é, se quiseres.


Espero que me possas perdoar, meu filho.


Com muito amor


Lily Evans Potter.


P:S: - Se quiseres descobrir quem é o teu verdadeiro pai, sugiro Nova Iorque. Eu sei que a minha prima, Sally Jackson, te dará abrigo sem qualquer problema. Encontrarás a morada dentro do envelope.




Harry estava em choque. Ele tinha dificuldade em engolir o que tinha descoberto. Perturbado, ele abriu a caixa e, lá dentro, viu um pequeno frasco cheio de um liquido cor azul claro. Harry pegou nela e ficou na dúvida: se tomasse a poção, ele iniciaria uma nova vida, deixando para trás tudo o que tinha de seguro. Se não tomasse a poção, podia fingir que nada tinha acontecido mas será que conseguiria?


Decidindo que ali não era o melhor local para tomar tal decisão, Harry pegou na caixa e na carta e foi para casa.