__ Os Quileute tem sido uma tribo pequena desde o início… - Começou Billy.

O fogo, queimava lentamente a madeira. Aron já havia soltado meu peito, e só prestava atenção em Billy. Era o mesmo olhar que ele fazia quando Carlisle. Quando Carlisle falava com Aron ele prestava atenção em cada palavra. Edward falava que ele entendia tudo, e que ele gostava de ouvir Carlisle falar. Charlie que se cuidasse caso contrario Carlisle será o avô favorito de Aron.

__ …Mas sempre tivemos mágica em nosso sangue. – Continuou Billy

Toda a atenção estava somente em Billy, sua voz comandando.

__ Éramos ótimos espíritos de guerreiros, transfiguradores que poderiam se transformar num poderoso lobo. Isso nos permitia assustar nossos inimigos e proteger nossa tribo.

Cada palavra de Billy era com magia, as imagens pareciam estar vivas em minha mente.

__ Um dia nossos guerreiros encontraram uma criatura… Dois guerreiros Quileutes emergem das árvores, horrorizados por encontrarem um vampiro, matando duas mulheres da tribo vida. Seus olhos eram vermelho sangue, feroz. Uma imagem terrível. Parecia um homem, mas era duro como pedra e frio como gelo… Os dois guerreiros transformaram-se e o atacaram e com bravura e valentia atacaram o frio. Mas ele era mais rápido Ele agarrou um deles, e o estrangulando. O segundo lobo aproveitou a distração e colocou seus dentes no pescoço do vampiro e arranca a sua cabeça. Mas o lobo estrangulado cai morto contra o chão. Seu companheiro chorou sua morte e das duas mulheres, mas com o consolo que o mostro frio estava morto... Ou foi isso que ele acho. – Billy parou um pouco e tomou ar - Nossos dentes afiados de guerreiros finalmente o rasgaram em pedaços…mas somente fogo podia destruí-lo completamente.

Aron continuava acordado, uma atitude que eu estranhei, depois de mamar ele dormia rapidamente. Mas não era o caso naquela noite, ele queria ouvir, queria saber a historia As imagens que eu imaginava eram horrível. Jacob me observa, parecia esperar as reações sombrias.

            __ Temeram que o homem frio não estivesse sozinho. – Retomou Billy de onde tinha parado - E estavam certos. Sua companheira veio vingar seu parceiro, sua ira cairá em toda tribo. Nosso ancião chefe, Taha Aki, era o único espírito guerreiro que sobrava para salvar a tribo, depois que seu filho tinha sido morto.

Taha Aki, angustiado, sobre seu filho de 20 anos morto. Sua terceira esposa,chora inconsolavelmente próximo ao seu corpo. Taha Aki vira-se rumo aos vampiros, sua fúria e ira eram tanta que mesmo depois de anos ele se transformou um grande lobo e forte. A terceira esposa assistia tudo com horror enquanto os vampiros rapidamente superam-no

A terceira esposa de Taha Aki podia ver que ele iria perder… A Terceira Esposa não era um ser mágico, sem poderes especiais além de um: coragem… A Terceira Esposa se sacrificou para distrair a Mulher Gelada o bastante.  Os dentes de Taha Aki se fecharam no pescoço dela. Aquele não foi o fim da batalha, mas agora, Taha Aki não estava mais sozinho. Vendo a mãe deles morrer, dois filhos mais novos sentiram tanta raiva que se lançaram para a frente como seus espíritos lobos, apesar de ainda não serem homens. Com seu pai, eles exterminaram a criatura.

Taha Aki nunca se reuniu à tribo. Ele nunca se transformou em homem de novo. Ele deitou por um dia ao lado do corpo da terceira esposa, rosnando toda vez que alguém tentava encostar nela, e aí ele foi para a floresta e nunca mais retornou. Problemas com os frios eram raros e aconteciam de vez em quando. Os filhos de Taha Aki guardaram a tribo até que seus filhos fossem velhos o

suficiente pra ficarem em seu lugar. Nunca houveram mais de três lobos de cada vez. Era o suficiente. Ocasionalmente um bebedor de sangue aparecia por essas terras, mas eles eram pegos de surpresa, sem esperar os lobos. De vez em quando um lobo morria, mas eles nunca foram dezimados de novo como da primeira vez. Eles haviam aprendido como lutar com os frios, e eles passaram o conhecimento de lobo pra lobo, de mente de lobo pra mente de lobo, de espírito pra espírito, de pai pra filho. O tempo passou, e os descendentes de Taha Aki já não se transformavam mais em lobos quando atingiam a idade adulta. Só muito raramente, se um frio estava por perto, os lobos retornavam, e o bando continuava pequeno. Um grupo maior chegou, e os seus próprios bisavôs se prepararam pra lutar contra eles. Mas o líder falou com Ephraim Black como se fosse um homem, e prometeu não machucar os Quileute. Os seus estranhos olhos amarelos davam alguma espécie de prova do que ele dizia sobre eles não serem iguais aos outros bebedores de sangue. Os lobisomens estavam em menor número; não havia necessidade dos frios pedirem um acordo sendo que eles podiam ter vencido a batalha. Ephraim aceitou. Eles cumpriram com a sua parte, apesar de que a presença deles tendia a puxar outros. E o número deles forçou o bando a atingir um número que a tribo nunca havia visto –

 

O Velho Quil disse, e por um momento em seus olhos pretos, afundados nas rugas e na pele dobrada ao redor deles, pareceram parar em mim. - Exceto, é claro, no tempo de Taha Aki - ele disse, e então suspirou.

 

 

__E então os filhos da nossa tribo carregam novamente o fardo e dividem o sacrifício que seus pais suportaram antes deles. Algo terrível está a caminho, e nós temos que estar prontos. Todos nós. – Disse Billy olhando para mim.

 

Tudo ficou em silêncio por um longo momento. Os descendentes vivos da magia e das

lendas olharam uns para os outros através do fogo com tristeza nos olhos. Todos menos um.

 

- Fardo - ele zombou em uma voz baixa. - Eu acho que é legal - o lábio inferior de Quil ficou um pouco pra fora.

 

Do outro lado do fogo que estava morrendo, Seth Clearwater - seus olhos estavam

arregalados de adulação pela fraternidade dos irmãos protetores da tribo - balançou a cabeça concordando.

Billy gargalhou, baixa e longamente, e a mágica pareceu desaparecer nas brasas brilhantes.

De repente, era apenas um círculo de amigos de novo. Jared jogou uma pedra pequena em Quil, e todo mundo sorriu quando isso fez ele pular. Conversas baixas murmuravam ao nosso redor, zombeteiras e casuais.

Vi que Alexandre ficou um pouco desconfortável. Leah também notara isso já que afagava seu braço. Ela sussurrou algo em seu ouvido que o fez sorrir. Ele a beijou.

Antes de conhecer Alexandre acho que ela se sentia com se fosse uma maldição, mas agora, acho que ela estava feliz.

Eles se beijaram e depois se abraçaram, Leah deitou sua cabeça no peito de Alexandre e assim ficou. Vendo o fogo dançar a nossa frente. Quando Aron que acabava de cair no sono, eu o cobrir melhor com a manda e o acomodei melhor em meu colo.

Nem Jacob nem eu falamos. Ele estava tão imóvel ao meu lado, a respiração dele tão profunda e uniforme, que eu pensei que ele devia estar perto de dormir.

A minha mente estava hà um milhão de anos de distância. Eu não estava pensando em Yaha Uta ou em outros lobos, ou na linda Mulher Fria - eu podia imaginar ela bem demais. Não, eu estava pensando em algum de fora de toda essa magia. Eu estava tentando o rosto da mulher sem nome que havia salvado a tribo inteira, a terceira esposa. Só uma mulher humana, sem nenhum dom ou poder especial. Fisicamente mais fraca e lenta do que qualquer dos outros monstros na história. Mas ela havia sido a chave, a solução. Ela havia salvado seu marido, seus filhos, a tribo inteira.

Eu faria o mesmo por Edward, por Aron por toda a família Cullen, pela minha família.

 

            __ Hei Black, o que acha de levar minha cunhada e meu sobrinho para meu irmão? Ou quer que eu leve os dois? Eu e Leah já estamos indo para casa.

 

Disse Alexandre se levando com Leah no colo, ele a colocou no chão. Leah falou algo para a mãe que concordou.

 

__ Pode deixar que eu levo... Vamos, Bells - Jacob disse.

 

Jacob pegou a bolsa de Aron enquanto eu ficava de pé. Alexandre e Leah nos esperam para descermos o penhasco todos juntos. Me despedi de todos, e agradeci por deixarem eu e Aron ouvir as historias.

Eu e Jacob seguimos para seu carro e Alexandre e Leah seguiram para outro.

 

            __ Ate mais Bella... Boa noite – Disse Leah.

 

            __ Boa noite Leah, Tchau Alexandre.

 

            __ Ate – Disse ele acenando para mim

 

Jacob abriu a portado carro para mim segurando a porta para que eu entrasse, ele colocou a bolsa de Aron do meu lado e fechou a porta. Ele deu a volta e foi para o banco do motorista.

 

            __ Que horas são? – Perguntei a ele.

 

            __ Ainda nem são meia noite... Não se preocupe eu liguei para ele. Já deve estar esperando.

 

            __ Quando você ligou para ele?

 

            __ Quando você estava distraída demais nas historias para ver eu pegar o seu celular. Achei que se bancasse o bonzinho, eu teria mais tempo com você.

 

            __ Gostou das historias?

 

            __ Obrigada, Jake... Mesmo, obrigada. E obrigada por me convidar essa noite. Aquilo foi... - As palavras me faltaram. - Uau. Aquilo foi algo mais... Aron também gostou, ele lutou muito para não dormir.

 

__ E você nem sequer ficou acordada pra me ver engolir uma vaca. - Ele riu. - Não. Eu estou feliz por você e o pequeno terem gostado das historias. Foi... legal pra mim. Ter vocês aqui.

 

Depois de algumas arvores vi o volvo de Edward, e ele de pé esperando.

 

__ É, ele não é tão paciente, é? - Jacob disse, reparando na minha distração. - Vá em frente. Mas volte logo, ta legal?

 

__Agora com Aron vai ficar meio difícil, mas vou tentar... Ele gosta de você também - O ar frio bateu nas minhas pernas e me fez estremecer.

 

__ Claro ele adora o novo mordedor dele – Disse ele rindo

 

Ele saiu do carro e me ajudou a sair sem acordar Aron, ele entregou a bolsa para Edward..

 

__ Durma bem, Bells. Não se preocupe com Charlie hoje a noite eu que estarei vigiando.

 

Eu parei por um momento.

 

__ Não, Jake. Descanse um pouco, eu vou estar bem.

 

__ Claro, claro - mas ele parecia mais estar aceitando do que concordando.

 

__ Boa noite, Jake. Obrigada.

 

__ Boa noite, Bella - ele sussurrou enquanto eu corria para a escuridão.

 

Edward me pegou na linha da fronteira.

 

__ Bella, Aron - ele disse, o alívio estava forte na voz dele; seus braços fortemente ao meu redor.

 

Ele se abaixou um pouco e acariciou o rosto de Aron com o seu e beijou sua testa.

 

__ Oi. Desculpa pelo atrasado. Perdemos a noção do tempo...

 

__ Eu sei. Jacob explicou. - Ele começou a ir na direção do carro, e eu tropecei cambaleante ao lado dele. - Você está cansada? Eu podia te carregar.

 

__ Eu estou bem.

 

Não me preocupava em cair, me preocupava de cai e levar Aron junto.

 

__ Vamos para casa, a cama já esta arrumada, e o berço de Aron também. Vocês se divertiram?

 

__ Sim, foi incrível, Edward. Eu queria que você tivesse vindo. Eu nem posso explicar. O pai de Jake nos contou algumas histórias e elas eram como... Como magia, Aron ate se controlou para não dormir. Só dormiu depois que Billy acabou de contar.

 

Edward sorriu.

 

            __ Que bom que ele gosta de historias. Você vai ter que me contar. Depois que você dormir.

 

__ Eu não vou contar direito - eu disse, e aí bocejei enormemente.

 

Edward gargalhou.

Ele colocou tudo dentro do carro, arrumou o acento de Aron e abriu a minha porta pra mim, me levantou com cuidado e me colocando lá dentro, e prendeu o cinto de segurança ao meu redor.

 

            __ Aron deu trabalho? – Perguntou ele dando a partida no carro

 

            __ Não, nenhum, mas ele ficou mordendo o Jake.

 

Edward olhou para mim.

 

            __ Mordendo? – Perguntou rindo

 

            __ Sim, toda a vez que Jake se aproximava de mim ou dele ele mordia... E você o ensinou a rosnar? – Perguntei desconfiada.

 

            __ Claro que não, porque ensinaria meu filho de uma semana a rosnar? – Perguntou em tom de ofendido pela acusa.

 

Mas eu conhecia Edward.

 

            __ Ele rosnou para o Jake varias vezes também.

 

            __ Ele só fazia isso com o Jacob? – Perguntou ele.

 

            __ Só, ele espirrou no caminho também, mas depois parou.

 

            __ Deve ser o cheiro forte do lobo.

 

            __ Mas o fato de morder e rosnar só com o Jake, e olha que o Sam, a Leah, o Quil também o pegaram no colo – Disse a ele.

 

Edward suspirou.

 

            __ Tenho que ensinar meu filho a não colocar na boca as coisas que ele não sabe de onde vem.

 

            __ Edward! – Disse o reprovando.

 

Ele riu.

 

            __ Vou explicar a ele que o Jacob não é comida... Mas acho que ele o vê mais como um mordedor.

 

            __ Jake também acha, que bom que Aron não tem dentes.

 

            __ Ainda – Disse Edward com um sorriso maior ainda.

 

Dei o assunto encerrado por uma noite. Não percebi quando cai no sono, só fui acordar de novo quando Edward já estava me colocando na cama. Ouvi Antony sussurrar para Edward.

 

            __ Esme já colocou Aron para dormir no berço.

 

            __ Obrigado pai, eu já vou la dar boa noite a ele.

 

Antony saiu do quarto e Edward se inclinou para beijar minha testa.

 

            __ Te amo, muito – Disse ele num sussurrou.

 

            __ Também te amo. – Respondi e ele.

 

Ele sorriu e começou a cantar minha canção de minar, ate que me deixei levar para o mundo dos sonhos.