O Tom ficou a tarde inteira no quarto dele. Nós três tivemos que limpar toda a bagunça.

-Vamos ter que jogar TODA essa pipoca fora, Bill? -o Georg me peguntou. Antes que eu pudesse responder o Gustav gritou:

-NÃO!! Eu como!

-Mas caiu no chão, Gustav! -eu falei.

-E daí? Eu posso comer TODAS essas branquinhas gostosinhas.. -ele mandou um beijo para uma pipoca que estava no chão.

-Não duvide, Bill ! Ele consegue!

O Gustav começou a comer as pipocas que estavam no chão. Em pouco tempo tudo estava limpo, só que falatava o sofá.

-E agora? O sofá ainda tem refri! -eu disse.

-Pega o pano, né Bill? -o Georg sentou no outro sofá.

-É mesmo, porque eu não vou lamber o sofá! -olhamos para ele e levantamos a sombrancelha. -Não na frente de vocês dois.... -ele abaixou a cabeça e ficou vermelho.

Sequei o sofá e fomos jogar basquete até a mãe do Gustav e do Georg chegarem.

Para falar a verdade, eu tinha me esquecido por um instante do Tom. Eu estava me divertindo com meus melhores amigos. O Gustav não fazia uma cesta, pelo contrário, as bolas só o acertavam.

Para a minha infelicidade as mães deles não demoraram muito a chegar e logo tivemos que nos despedir.

-Tchau Gustav! -eu abracei ele.

- Tchau Bill! Valeu pelas pipocas!

-Eu é que agradeço!! -eu disse

Ele entrou no carro e beijou a mãe dele -Bora Georg, se vai com a gente! -ele tava todo felizinho.

-Falô Bill! -ele bateu no meu ombro.

-Tchau Georg!

-Manda um tchau pro Tom!

-Pode deixa, eu mando sim! -sorri pra ele.

O Georg entrou no carro e a mãe do Gustav (a da qual não é boa motorista) arrancou com tudo e eles foram embora. Pronto! De dois eu já havia me livrado, mas falatava um. O um que eu sabia que estava chateado comigo...