➀ Pokémon: Red escrita por Lissilipe


Capítulo 4
O conselho do campeão




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Enquanto avançava sem medo em meio ao bosque da Rota 1, Red corria pelo gramado com seu Charmander no encalço. Objeto? Encontrar e capturar um pokémon selvagem.

— Vamos lá, Charmander! — convidou o garoto entusiasmado, e seu pokémon grunhiu em retorno, também bastante animado — Vamos encontrar mais amigos para o nosso time e conquistar a Liga Kanto.

Atraídos por um ruído próximo, eles se deslocaram até um local onde havia três Rattata cercando um tronco de árvore, roendo com grande velocidade usando seus grandes dentes.

— Ali, alguns Rattata —  sussurrou Red para Chamander, apontando para o pequeno grupo de pokémons — Eles costumam roer coisas para afiar os seus dentes. Acha que podemos com ele?

Charmander cerrou o punho, com um olhar decidido no rosto e soltou um “char char” com tom de concordância.

— Ótimo, então pegue eles com o Arranhão!

Charmander saltou em direção aos pokémons, que ao vê-lo em sua direção, correram em disparada, deixando que as garras do pokémon de Red atingissem somente o tronco da árvore. Como a mesma já estava fraca devido os Rattata terem roído boa parte de sua base, a árvore começou a despencar e Charmander teve que correr o mais rápido que pode para não ser esmagado. Percebendo que seu pokémon seria atingido nesse ritmo, ele saltou, agarrou Charmander e rolou com o corpo para o lado, deixando o tronco cair e se espatifar a poucos centímetros deles.

— Charmander... você está bem? — perguntou o garoto, e assim que seu pokémon assentiu com a cabeça, ele olhou ao redor e percebeu que os Rattata haviam desaparecido diante de toda essa confusão — Droga, eles sumiram. Acho que não estamos com sorte

Sem desistir, os dois continuaram as buscas, passando pelo labirinto de árvores até encontrar uma que lhe chamou a atenção. Era uma com os galhos secos, porém estava repleto de aves adormecidas. Tinha o corpo rechonchudo coberto em sai maioria por penas marrom na parte das costas e da cauda, mas com parte do rosto e da barriga na cor creme. O topo de sua cabeça tinha três tufos de penas, sendo que apenas a central era marrom, as outras duas eram em creme. Seus olhos era estreitos e havia uma mancha preta angular logo abaixo deles. Seu bico era curto, seus pés tinha um dedo na frente e outro atrás com garras pontudas, ambos de cor rosa acinzentado. Sua cauda era curta feita de três penas marrom. Red puxou a pokédex para saber mais sobre eles.

Pidgey: um pokémon do tipo Normal/Voador. São comumente encontrados em bosques e floresta. Quando ameaçado, ele bate as asas no nível do solo ofuscar o adversário

— Ótimo, acho que damos conta de pegar um deles, não é, Charmander? — perguntou o garoto e novamente obteve a concordância de seu parceiro — Então use o Grunhido!

Charmander soltou um grito agudo que se espalhou pelo ar como anéis sonoros. Acordados pelo som, todos os Pidgey levantaram vôo ao mesmo tempo, deixando Red assustado ao perceber que eram mais do que ele tinha imaginado. Uma revoada de aves avançou contra ele e Charmander, voando e círculos ao redor deles. Os pokémons pousaram no chão e começaram a agitar suas asas, levantando areia e fazendo uma grande nuvem de poeira cegar o garoto. Em seguida, todos os Pidgey voaram em direção a ele, enchendo-o de bicadas na cabeça e nas costas. Red saiu correndo sem rumo ao lado de seu Charmander, que ele logo percebeu, estava sendo igualmente atacado. Os dois correram gritando e agitando os braços tentando afastar as criaturas, enquanto avançavam ainda mais pela mata.

Tudo isso era observado por alguém escondido entre as árvores, que soltou um risinho diante da cena e recuou para a sombra sem ser visto.

Red e Charmander conseguiram se refugiar dentro do tronco oco de uma árvore até o bando de Pidgey se afastar. Após acreditar que estavam em segurança, ambos saíram do esconderijo, suspirando aliviados.

— Essa foi por pouco, não é? — indagou o garoto ao seu pokémon — Acho que não foi uma boa ideia ataca-los. Não imaginei que eles eram tão unidos...

O garoto parou de falar ao ouvir o barulho de um galho estalando. Ele virou-se na direção do som e viu rapidamente um vulto se esconder atrás de uma árvore.

— Quem quer que seja, saia daí agora! — ordenou Red.

Lentamente, um jovem começou a se retirar de trás da árvore, com os braços erguidos para o alto em sinal de rendição.

— Pois bem... acho que fui descoberto.

O rapaz era um tanto mais alto e mais velho do que Red. Usava uma roupa azul e vermelha, com uma bela capa farfalhando às suas costas. Tinha um sorriso simpático no rosto e os cabelos vermelhos espetados para o alto.

— E quem é você? — perguntou Red, sem cerimonias — E por que estava me espionando?

— Me desculpe. Quando percebi que você era um treinador iniciante, não resisti em dar uma olhada. Meu nome é Lance — apresentou-se ele, apertando a mão do garoto.

— E eu sou Red.

— Você me lembra um pouco a mim mesmo, Red. No início de minha jornada. Eu também era corajoso e inconsequente, assim como você. Mas acho que aqueles Pidgey lhe ensinaram uma lição sobre mexer com pokémons selvagens, não é mesmo?

— Bem... — Red coçou a cabeça, embaraçado — Acho que sim... eles fizeram... aquela coisa...

— Aquele movimento era o Ataque de Areia, um movimento do tipo solo. Não se envergonhe, aprender com os erros é algo natural.

— Estou numa onda de azar, eu acho. Estou tentando a todo custo capturar um pokémon, mas não consigo. Eu só não quero ficar atrás do Blue...

— Blue? Imagino que seja seu rival, não é mesmo?

— É sim.

— Vamos pegar um pouco de água?

— Um pouco de... — Red ficou confuso com a súbita mudança de assunto, mas quando Lance começou a avançar pelo bosque, o garoto o seguiu, intrigado.

Lance o conduziu até a margem de um rio, de onde tirou um cantio de seu bolso e começou a enche-lo. Red, por sua vez, usou as mãos como conchas e levou a água à boca. Fez o mesmo para hidratar Charmander. Lance sorriu ao ver o relacionamento do garoto e seu pokémon.

— Então — começou Lance — Você decidiu se tornar treinador simplesmente para superar esse tal de Blue?

— Bem, eu... acho que não. Eu sempre gostei de pokémons. E da ideia de viajar o mundo conhecendo-os. O Blue surgiu no meio disso. Ele sempre me irritava. Ele começou a jornada dele ao mesmo tempo que eu e prometeu capturar todos os pokémons de Kanto para o Professor Carvalho.

— E você não quer ficar atrás dele, não é mesmo?

— Acho que não.

— Sabe, Red, você parece ser um cara esperto. E é mais parecido comigo do que eu imaginava. Observando o seu relacionamento com o seu Charmander, pude ver isso. Você se importa verdadeiramente com seus pokémons e em estabelecer laços com eles. Será que realmente você precisa seguir a mesma filosofia do Blue?

— O que quer dizer?

— Não é importante a quantidade de pokémons que você tem em seu arsenal. O que te torna um verdadeiro Treinador Pokémon são os bons relacionamentos que você constrói com seus pokémons e as suas conquistas ao lado deles.

Red o olhou, pensativo, absorvendo cada uma de suas palavras.

— Lembre-se: é o relacionamento com o seu pokémon quem vai fortalece-lo como treinador, não a quantidade deles que você tenha armazenados — ponderou Lance.

— Acho que você tem razão. Eu realmente só estava me preocupando em como iria superar o Blue e em estar sempre um passo a frente dele. E também completar a pokédex primeiro que ele. Mas se eu fizesse isso, talvez não aproveitasse todas as oportunidades sempre que possível. Talvez eu estivesse sempre tão apressado para estar na frente que sequer pudesse passar um tempo precioso com meu amigo Charmander.

— Exatamente. Você entendeu o espírito da coisa.

— Eu sei exatamente o que quero agora. Quero fazer as coisas no meu tempo. Quero capturar pokémons somente quando eu realmente sentir que devo. Não simplesmente por quantidade. Aliás, eu quero ter o melhor time possível. Quero ser amigo de todos os meus pokémons e quero que eles me ajudem no meu sonho de vencer a Liga Pokémon...

O sorriso que Lance esboçava a cada palavra de Red se apagou quando o garoto mencionou a Liga Pokémon. Ele lançou um olhar intrigado ao garoto.

— Então, você vai mesmo participar da Liga Pokémon de Kanto? — perguntou Lance.

— Vou sim! E vou vencer!

— Se seguir o meu conselho, tenho certeza que vai vencê-la. Vai ser um caminho difícil. Você deve viajar por muitas cidades, desafiar ginásios e coletar insígnias. Você precisa ter todas as oito insígnias de Kanto para poder desafiar a Elite Quatro e o atual Campeão da Liga no Planalto Indigo. Só assim você se torna o Campeão da Liga Kanto.

— Sei disso. E venho alimentando esse sonho minha vida toda. Eu quero ser o Campeão!

Lance sorriu diante do entusiasmo do garoto.

— Estabelecer laços com seus pokémons é essencial — retomou Lance — Você vai ver como as coisas se tornam muito mais fácil. E vocês se tornam muito mais próximos. Como eu e meu pokémon, por exemplo — ele retirou uma pokebola dos bolsos e arremessou para o alto — Saia agora, Dragonair.

Red ficou deslumbrado diante da beleza do pokémon que saltou da pokebola de Lance direto para dentro do lado. Tinha um corpo longo e serpentino, tinha a cor azul e a barriga branca. Seus olhos eram purpura, tinha um pequeno chifre no meio da testa e duas pequenas asas nos lados da cabeça. No pescoço tinha uma esfera de cristal azul e mais duas delas nas pontas da cauda. O garoto sacou sua pokédex para escaneá-lo.

Dragonair: um pokémon do tipo Dragão. É a forma evoluída de Dratini. É tido como um pokémon místico que exala uma aura suave. Tem a capacidade de alterar as condições climáticas

— Uau, ele é tão lindo — admirou-se Red e logo Charmander o acompanhou, ambos olhando para aquela bela criatura, deslumbrados.

Lance saltou para as costas de Dragonair e começou a se equilibrar das costas dele. Dragonair começou a dar uma volta pela água, indo até a outra margem do rio e voltando, tudo isso sem derrubar seu treinador das costas. Red olhava tudo com um grande sorriso, maravilhado.

— Meu Dragonair e eu somos ligados suficiente para que ele me permita surfar em suas costas — explicou Lance.

— Espero poder fazer isso um dia — admitiu Red.

— Gostaria de dar uma volta no meu Dragonair agora?

— Eu posso! Eu adoraria...

A empolgação de Red foi substituída por um olhar de espanto quando uma gigantesca garra de metal emergiu do rio e se fechou em torno de Dragonair. O pokémon foi puxado com força para baixo d’água, enquanto Lance ficou boiando à mercê do rio. Red estendeu a mão para Lance, ajudando-o a sair da água e os dois ficaram encarando o rio, no local onde Dragonair havia desaparecido.

— MAS O QUE ESTÁ ACONTECENDO? — gritou Lance, desesperado — DRAGONAIR! DRAGONAIR!!

Com um estouro de água, um submarino emergiu do rio. De seu topo saia o braço metálico, com o Dragonair ainda preso a ele, guinchando e se debatendo desesperadamente tentando escapar.

— Mas o quê... — bradaram Red e Lance ao mesmo tempo, surpresos com o que estava diante de seus olhos.

A escotilha superior do navio se abriu, dando passagem para ninguém menos do que Tiffany e Garret, a quem Red reconheceu imediatamente.

— Vocês de novo? — indagou o garoto.

— Conhece eles? — perguntou Lance de volta

— Prepare-se para a encrenca! – começou a Tiffany

— Encrenca em dobro! — continuou o Garret

— Para proteger o mundo da devastação!

— Para unir as pessoas de nossa nação!

— Para denunciar os males da verdade e do amor!

— Para estender nosso poder as estrelas

— Tiffany!

— Garret!

— Equipe Rocket decolando na velocidade da luz!

— Rendam-se agora ou prepare-se para lutar!

Os vilões começaram a gargalhar, enquanto lance cerrava os punhos, olhando aflito para seu Dragonair.

— Como ousam... soltem o Dragonair agora! — ordenou Lance

— Tolinho — riu Tiffany — Por que acha que faríamos isso? Depois do trabalho que tivemos para pegá-lo?

— É um pokémon raríssimo, tenho certeza que nosso Chefe ficará muito feliz quando o enviarmos para ele — disse Garret.

— Vocês não vão a lugar nenhum com o meu Dragonair, Equipe Rocket — gritou Lance.

— É o que vamos ver — disse Garret.

Com uma nova gargalhada, os vilões saltaram de volta para dentro do submarino. Passado alguns poucos segundos, o veículo começou a se mover e submergir novamente.

— Estão fugindo! —  gritou Red.

— Não mesmo! — gritou Lance, saltando dentro do rio — Não vou abandonar meu parceiro!

Red observou aflito enquanto Lance nadava até o submarino e se agarrava com força ao braço robótico. Ele tentou forçar com as mãos para afrouxar o aperto em torno de Dragonair, mais não teve nenhum sucesso. Logo, todo o submarino já estava debaixo d’água e tanto Lance como Dragonair desapareceram de vista junto com ele.

— Eu vou ajudar! —  decidiu Red. Voltando-se para Charmander, ele apontou a pokebola para ele — Vou ter que mergulhar e acho que você não pode me acompanhar nessa. Você é um tipo fogo e isso seria perigoso para você.

Charmander pareceu compreender e se deixou levar de volta para dentro da pokebola. Sem hesitar, Red saltou para dentro do rio, o mais fundo que conseguiu, até alcançar Lance. Os dois juntos tentaram forçar o braço robótico para libertar Dragonair, mas sem sucesso. Red olhou à volta, onde quase não podia ver nada além do azul da água, até que avistou a escotilha e teve uma ideia. Ele indicou a porta à Lance e juntos os dois nadaram até lá. Se esforçando ao máximo, os dois conseguiram abrir a escotilha, entrar no submarino e fecha-la novamente. O corredor dentro do veículo acabou ficando um pouco alagado por causa da entrada dos dois, mas enfim, estavam a bordo.

— Ótimo, agora vamos encontrar aqueles pilantras — disse Lance.

Red e Lance avançaram pelo corredor e se desequilibraram um pouco quando o submarino começou a andar de solavanco. Os vilões estavam tentando fugir e talvez ainda não tivesse se dado conta de seus intrusos.

Eles avançaram pelo corredor até chegarem à sala de controle, onde Garret estava pilotando e Tiffany estava sentada a seu lado.

— Devolvam o meu Dragonair, Equipe Rocket! — gritou Lance, assustando a dupla de vilões.

— Como conseguiram entrar? — perguntou Tiffany, abismada.

— Não importa, livre-se deles! — pediu Garret, que estava com as mãos ocupadas no leme.

Sua parceira levantou-se da cadeira e lançou a pokebola para cima, libertando Zubat.

— Andamos treinando um pouco, do jeito que a sua amiguinha nos sugeriu — disse Tiffany — Zubat, mostre a eles o seu novo movimento! Use o Ataque de Asa!

As asas de Zubat começaram a brilhar de cor branca e então ele avançou contra Red e Lance, golpeando os dois e derrubando-os no chão duro e gelado de metal. Zubat voou de volta para perto de sua treinadora e em seguida investiu novamente com suas asas em direção aos garotos. Dessa vez, Red saltou de braços abertos para defender Lance e deixou-se ser atingido sozinho. Red foi ao chão.

— R-red... — gaguejou Lance, impressionado.

Sem perder tempo, Lance colocou-se de pé e correu para brigar com Garret pelo leme. Os dois começaram a puxar o volante, cada um para um lado, fazendo o submarino balançar de um lado para o outro. Tiffany, Red e Zubat caíram no chão e acabaram balançando de um lado para o outro junto com o veículo.

— Acabe com isso Zubat, use Mordida!

Os dentes de Zubat brilharam em cor branca e até cresceram um pouco de tamanho. O pokémon investiu contra Lance, prestes a mordê-lo, mas no ultimo segundo, Lance saltou do caminho. A mordida de Zubat acertou em cheio o painel de controle do submarino, danificando-o. Garret observou horrorizado enquanto os aparelhos elétricos entravam em curto-circuito e suas tentativas de mover o leme se mostravam ineficazes.

— Estamos fora de controle! — gritou Garret — Falha total nos sistemas!

Um alarme de emergência começou a soar e luzes vermelhas piscavam por todo o subsmarino. As falhas mecânicas fizeram o transporte começar a afundar. A garra metálica que prendia Dragonair se soltou sozinha, libertando o pokémon. Lance e Red olharam pela janela e riram de felicidade ao ver que Dragonair estava lá fora, nadando livre.

— Dragonair, use a Fúria do Dragão e nos tire daqui! — berrou Lance para seu pokémon do lado de fora.

O dragão pareceu ouvir por através da água e da fuselagem do submarino. A boca de Dragonair se abriu, concentrando uma bola de fogo tão quente que nem mesmo o rio podia apagar. A bola de fogo aumentou de tamanho e por fim foi disparada com força contra o submarino, que explodiu. A sala de controle foi invadida pela água e a pressão puxou Red, Lance, Tiffany e Garret para fora.

Enquanto o submarino afundava e a Equipe Rocket desaparecia de vista, Red e Lance só se concentraram em se segurar o mais firme possível nas costas de Dragonair e deixar-se levar de volta para a superfície. Enfim na margem, em terra firme, Red e Lance caíram de costas no gramado, bufando de cansaço enquanto recuperavam o folego.

— Aquele movimento... do Dragonair... foi tão poderoso... — disse Red, bufando.

— Aquilo foi o Fúria do Dragão, um movimento do tipo dragão — explicou Lance — Obrigado por ter me ajudado.

Dragonair também grunhiu em agradecimento e esfregou seu rosto contra Red carinhosamente. Lance, por sua vez, acariciou também o seu pokémon.

— Você está bem parceiro? Está machucado? — perguntou ele, enquanto também procurava por algum tipo de ferida visível. A julgar pelo sorriso tranquilizador de Dragonair, foi possível concluírem que estava tudo bem com ele afinal — Sinto muito por você ter passado por isso, Dragonair, mas vai ficar tudo bem agora. Eu nunca vou te abandonar.

Lance abraçou seu pokémon e Red sorriu diante de tamanha demonstração de amor e amizade entre os dois.

— Eu acho que aqueles dois não devem voltar tão cedo — disse Red, olhando para as águas do rio, que estavam voltando a fluir normalmente após toda a confusão submarina. Não havia nenhum sinal da Equipe Rocket desta vez.

— Pois eu acho bom mesmo. Sabe Red, eu realmente tenho que ir agora. Foi um grande prazer conhece-lo — disse Lance, recolhendo Dragonair para dentro de sua pokebola.

— Também gostei muito de conhece-lo — admitiu Red — Mas para onde você vai agora, se me permite perguntar?

— Ora, você me contou um pouco sobre você. Não vejo porquê não te falar também um pouco sobre mim. Pretendo voltar ao Planalto Indigo agora.

— Planalto Indigo? Não foi esse lugar que você disse que eu devo desafiar a Liga Pokémon?

— Esse mesmo.

— Que dizer que... você pretende desafiar a Liga Pokémon também? — Red indagou, bastante preocupado. Ele se imaginou tendo que enfrentar aquele poderoso Dragonair um dia e não conseguia ver qualquer chance de vitória.

Lance porém, reagiu apenas com uma risada. Ele deu as costas para Red e começou a caminhar em direção ao bosque, enigmático, com sua capa farfalhando em suas costas.

— Na verdade, eu sou um dos membros da Elite dos Quatro — disse Lance, enquanto caminhava — Acho que se você quiser se tornar o Campeão da Liga Kanto, vai ter que derrotar a mim e a meus colegas um dia.

Lance acenou, ainda sem olhar para trás e desapareceu de vista. Se ele tivesse se preocupado em dar uma olhada por cima do ombro, teria visto o rosto perplexo e boquiaberto de Red diante de tal revelação. Afinal de contas, ele teria que enfrentar aquele Dragonair um dia. Red tornou a sorrir, imaginando esse futuro longínquo. Até lá, ele pretendia seguir todos os conselhos de Lance e formar um time forte com quem ele pudesse fortalecer seus vínculos e lutarem juntos


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Notas finais do capítulo

No próximo capítulo: "O CONCURSO DE PESCA"
Red conhece a atrapalhada Erika, que se junta a ele em um concurso de pesca em que vence aquele que pegar o maior pokémon do tipo água. Eles realmente pretende se esforçar, mas a Equipe Rocket está infiltrada e pretende trapacear nesse jogo.



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