Fúria dos Deuses escrita por Neline


Capítulo 1
Tentando me matar


Notas iniciais do capítulo

Gente, rapidinho, haha.
Quero dizer que fico feliz em estar abrindo meus horizontes e fazendo uma história sobre Percy Jackson, o livro que eu estou lendo e amando demais!

Fãs de Percy Jackson, leiam até o fim. Sei que quando veêm Gossip Girl ficam em dúvida se entenderão a história, mas tenho certeza que vão gostar.

Fãs de Gossip Girl... ã... vocês conhecem o estilo das minha fics, certo?

Sem mais delongas...

Enjoy! ;*



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/82610/chapter/1

Acordei com os raios de sol na minha janela. Odiava isso. Não só ter que acordar cedo, mas principalmente o sol. Los Angeles, Califórnia, uma cidade brindada pela luz do sol durante o ano todo. Mas para mim, tudo aquilo era extremamente irritante. O sol, as pessoas sorrindo, a areia... ninguém pode imaginar o quanto eu odeio tudo isso. Sinto tanta falta de Nova York, da correria, das pessoas sem tempo para se cumprimentar, mas principalmente, do frio. Sim, eu sou uma pessoa normal. Eu acho. Mas vocês não querem saber da minha vida. Acreditem, não é nada exuberante. Me chamo Blair Waldorf, tenho 16 anos, estou cursando o 2° ano. O que é deprimente. Eu passo cerca de quatro horas por dia, 200 dias por ano na escola desde que eu tinha 5 anos. Se parar para pensar, é MUITO tempo. Hoje é meu primeiro dia de aula aqui em LA. E eu estou totalmente animada. Eu costumo ser sarcástica assim o tempo todo. Bem, quando o assunto é amizades, eu tenho três grandes amigas. Três grandes amigas que para sorte delas ficaram bem longe dos raios de sol da Califórnia. O que significa que estou começando uma vida nova. Ótimo.

- Já tomou o café, querida? – tentei forçar um sorriso. Não que meus pais não soubessem que eu odeio tudo isso. É só olhar para minha face animada e perceber isso. Sarcasmo... mas uns dias e essa luz do sol vai queimar o pouco que resta dele dentro de mim.

- Não quero café. Vou para a escola. – primeiro eu ia descobrir onde fica a escola, mas esse é só um detalhe. Peguei o carro e sai pelas ruas, torcendo para que meu senso de direção estivesse certo. Peguei o endereço. Fiquei pensado...

Deixei tudo que eu tinha para trás. Meus amigos, meus professores (Adorava eles. Haha) e meu namorado Derrick. Que deprimente, Deus! Sai do carro e...

- Olha por onde anda, garota! – Um garoto se levantou, pegando seus materiais.

- Eu? Você praticamente me atropelou. Deveria pedir desculpas. – Me levantei. Legal, além de tudo o povo daqui ainda era mal educado. Ótimo!

- Ah, pode ter certeza. – Ele saiu como um raio dali. Terminei de ajuntar meus materias. Espere, esse caderno não é meu. Olhei a parte de dentro e vi um nome. Chuck Bass. Então esse era o nome do idiota hm?

 

Passei pelo pátio recebendo todos os olhares curiosos do local. Revirei os olhos ao lembrar o quanto isso é clichê. Os olhares em cima de mim nunca me amedrontaram. Em Nova York, eu tinha que lidar com gente de todo o tipo. Não sou muito atenta e costumo lembrar apenas do que me interessa. Alguns chamam isso de déficit de atenção. Eu chamo de memória seletiva.

- Olá, me chamo July. – Uma garota irritantemente simpática veio me cumprimentar. Lembrei que era meu primeiro dia. Seja simpática, pensei.

 - Olá, Blair Waldorf. – Eu disse lutando contra meus músculos para sorrir.

- Eu sei! – Ela disse um pouco animada demais. – Desculpe, eu sou sub-secretária do grêmio estudantil e preciso lhe apresentar a escola. Aliás, adoro os livros da sua mãe. – Minha mãe se chamava Annabeth., acho que deixei esse detalhe passar. Ela é escritora, e tão inteligente que chega a ser cruelmente irritante. E meu pai viaja muito. Faz relações internacionais e se chama Perceu. Eu sei, eu nome estranho, por isso todos costumam o chamar de Percy.

 

Estava andando pela escola com a pequena e animada garota que sorria sem parar. Acho que se sorrisse tanto, teria dores nos músculos das bochechas por um bom tempo. Ela gostava muito de falar sobre sua vida. É nessas horas que a memória seletiva era algo útil. Vi um grupo de 4 pessoas, muito estranhas. Pareciam isolados, mas não de uma maneira ruim. As pessoas pareciam temer e admirar eles. Lá estava aquele garoto extremamente irritante que me atropelou.

- Quem são aqueles ali? – Eu pedi e vi um brilho se acender nos olhos dela.

- São os donos do colégio. – Ela deu de ombros. – Os alunos os chamam de Illuminatis. Não queira ser inimigo deles. – Ela me olhou um pouco apreensiva.

- Senão...? – Pedi, um pouco desinteressada.

- Eles são perigosos Blair. Eles mandam em tudo aqui. Se você entrar para a lista negra dele, o que não é uma expressão, eles realmente tem uma lista negra, você é perseguida até implorar para ir embora daqui. A última garota que passou por isso está no Japão agora. – Dei um meio sorriso. Acho que Los Angeles seria mais divertido do que eu imaginará.

 

O sinal bateu e a aglomeração começou. Estava indo com July para minha sala quando ela esbarrou em um loiro de olhos maravilhosamente azuis. Maravilhosamente azuis e infernais. Ele se virou para ela, como se pudesse engoli-la com aquele gesto.

- D-d-d-desculpe, m-m-me desculpe! N-n-n-ão era a minha intenção! – Ela começou a gaguejar enquanto recolhia os materiais do garoto, e seus próprios eram pisoteados.

- Comece a olhar por onde anda, senão... – Ele se aproximou dela e eu percebi que era hora de agir.

- Qual é garoto, estamos em um corredor lotado e você espera que ninguém encostem em você? Se toca. – Eu disse, me colocando na frente do loirinho.

- Blair, não s-se preocupe, eu ficarei bem... – Ela disse com incerteza na voz.

- Você sabe com quem está falando? – Uma garota de cabelos negros e olhar frio se aproximou, e a identifiquei como a única garota do grupinho denomidado Illuminatis.

- Com um bando de idiotas que para compensar o tamanho dos pintos pequenos e dos cabelos quebrados ficam ameaçando os colegas. Que praticam diariamente o crime que é bulling porque tem pais que podem pagar belos advogados para quando forem para a cadeia. Com gente sem educação. Sem escrúpulos e sem compaixão. Ah, e sem inteligência. Sim, eu sei com quem estou falando. – O garoto loiro segurou a menina que ameaçara partir para cima de mim e vi o Chuck se aproximando com meu caderno na mão.

- Se cuide, Blair Waldorf. – Ele disse com um sorriso ameaçador nos lábios.

- Ah, você sabe meu nome, agora sim fiquei com medo. – A garotas se soltou e partiu para cima de mim. No momento em que ela agarrou meu cabelo, aquilo aconteceu.

 

Canos de agua saíram racharam o chão e se direcionaram para ela, fazendo com que a agua a encharcasse e a pressão a empurrasse, enquanto todos corriam, apavorados. Eu fiquei imóvel, olhando para toda a agua e percebendo que estava incontestavelmente seca.

 

- O que aconteceu aqui? – O diretor chegou e ninguém falou nada. A agua já havia cessado. Não havia como responder àquela pergunta, simplesmente porque ninguém sabia o que tinha acontecido.

- Não sabemos, a agua simplesmente começou a jorrar das torneiras. – Olhei todas as torneiras enfileiradas na parede e já não havia mais a cratera no chão. Mas... como? Eu havia visto! Havia visto o cano quebrado o chão e partindo para cima da garota como uma cobra peçonhenta.

- Ok, vão para as salas, o show acabou. – O diretor disse e todos obedeceram ainda atordoados.

 

Passei pelas torturantes aulas de química, álgebra e física quântica, geralmente passando pelo constrangimento das apresentações, enquanto todos me olhavam como se eu fosse um tipo de aberração. Tentei pensar sobre o que havia acontecido no inicio da aula. Coisas assim haviam acontecido em Nova York. Como no dia que o chafariz engoliu aquela idiota da Felícia. Eu vi a agua saindo e a abraçando para dentro. Embora todos tenham dito que a Felícia apenas tropeçou e caiu dentro do famoso chafariz do Art Museum. Entrei na minha aula de inglês em pouco descontente, e fiquei feliz ao perceber que a professora apenas anotou meu nome e me mandou sentar. Mas tive uma surpresa muito desagradável ao sentar. Ao meu lado, ninguém mais ninguém menos do que Chuck Bass. Eu não conhecia ele direito, mas sentia que ele era insuportável. Conseguia perceber que seu ego mal cabia na sala a quilômetros. Conseguia ver seu ar irônico, seu olhar de conquistador barato de novela mexicana, mas conseguia ver maldade também.

- Ora, veja quem está aqui... – Ele disse, se sentando, atrasado. A professora pareceu não se importar.

- Esse lixo é seu. A propósito, deveria começar a fazer aulas de caligrafia. – Eu disse jogando o caderno sem nenhuma delicadeza sobre a mesa dele.

- Obrigado querida, sua letra também é muito sexy. – Ele disse fazendo o mesmo com o meu caderno, mas carregava um sorriso estranho. Bufei e comecei a escrever.

Algo se materializou na mesa do Chuck e ele pareceu não se importar, abrindo o pacote lentamente.

- O que é... isso? E... com isso foi... aparecer ai? – Ele me olhou um tanto surpreso. Parecia surpreso por eu estar vendo aquilo.

- Isso estava aqui desde o inicio da aula. – Ele era um ótimo mentiroso, mas não tão bom para me enganar. – Você... por acaso... tem algum tipo de problema de aprendizado? – Olehi para ele de cenho franzido.

- E por que isso te interessaria? – o déficit de atenção também era acompanhado pela dislexia, não que isso já tenho me atrapalhado.

- Qual é o nome dos seus pais? – Ele pareceu um pouco nervoso e visivelmente curioso.

- Preste atenção na aula. Idiota. – Me voltei para o quadro. Não pretendia ficar falando da minha vida para aquele garoto asqueroso e idiota.

 

Sai da escola, animada pela tortura finalmente ter acabado. Meu dia tinha conseguido ser pior do que eu imaginava. Como se não bastasse o incidente do inicio da aula, aquele grupo de idiotas, as aulas chatas, ainda tinha que aguentar o Rei da Idiotolandia no meu lado em inglês. Meu dia não havia como piorar.

 

Uma pequena velhinha veio na minha direção. Ela tinha uma bengala. Parecia pequena e frágil e tinha rugas fundas e abomináveis. Vestia roupa sombrias e tinhas caninos afiados para fora da boca. As garras precisavam ser cortadas, pois estavam compridas e pratas demais para a mão pequena e enrugada... espere, dente pontudo e garras? Ai comecei a perceber que a velhinha não era mais tão ‘inha’ assim, contando que tinha cerca de 3 metros de altura agora.

 

- Prepare-se para o Mundo Inferior, querida. – Ela disse, enquanto eu recuava alguns passos, percebendo que a bengala se tranformara em uma grande espada de bronze.

- Olá vovó, veio me visitar novamente? Creio que confundiu novamente. Essa coisinha com peitos não sou eu. – Chuck apareceu na minha frente como mágica, enquanto puxava uma espada do bolso. WTF?

- Além de idiota você é suicida? Olha o tamanho dessa coisa! Ela vai nos fatiar. – Eu disse, tentando fazer ele perceber a burrada em qual tinha se metido.

- Não confundi, pequeno relâmpago. Hoje vim dar as boas vindas à pequena sabichona molhada. -  Engoli seco, pressentindo por algum motivo que ela falava de mim.

- Você costuma atrair problemas desse jeito? Dois em um dia, ã? – Ele perguntou, não parecendo muito intimidado para alguém que estava de frente para uma coisa com presas, garras e uma espada.

- Não desse tipo. Quer dizer, meus problemas não costumam tentar me matar. – Eu disse, recuando alguns passos e me colocando atrás dele.

- Olhe e aprenda. – Ele foi em direção a velha senhora – ou criatura, como preferir.

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!
Deixem reviews!

XOXO. Neli ;*