Assim que a garota colocou os pés na frente da casa, Edward e Alice saíram correndo para recebê-la e para apresentá-la para mim.

Seu nome era Madeline, mas ela pediu para ser chamada deMaddie. Ela disse que realmente não parecia uma vampira e que era como eu: meio a meio. Eu não sei como ela simplesmente respondeu minha pergunta que eu tinha feito em meus pensamentos tão rapidamente, mas talvez ela tivesse o mesmo poder que meu pai, então resolvi pensar em outras coisas.

Ela contou que não o poder dela não era ler mentes, porem ela tinha uma habilidade de que quando alguém usava seu poder nela, ela o repelia ou o ‘espelhava’. Dai que ela sabia o que eu estava pensando.

Ela também disse que sua mãe havia morrido há alguns anos atrás e por isso seu pai morava com seu melhor amigo em um vilarejo no norte da Escócia e ela vagava pelo mundo a procura de alguém como ela. Então ela ouviu falar de nosso ‘confronto’ com os Volturi há alguns anos e resolveu nos procurar.

Alice uns minutos depois voltou ás suas arrumações e papai foi conversar com mamãe ou com outra pessoa, me deixando sozinha com Maddie. Por mais que eu estivesse morta de curiosidade e eu sei que ela também estava, nós ficamos ali paradas olhando para o chão. Até que uma hora, meu pai notou pelos meus pensamentos a minha curiosidade e minha vergonha também e por telepatia (ta bom pelos seus dons) ele mostrou isso para a garota e ela começou a perguntar como era ser eu.

Essa me pegou de surpresa, afinal como eu poderia explicar minha vida? Eu comecei falando que eu acabara de completar 10 anos, mesmo com o corpo de 17 e mentalidade de alguém com pós-doc, e que eu estava namorando um lobo, Jake. Contei que há dois anos entrei no Churchill High School e que apesar de muitas vezes querer morder todos da minha escola eu tinha muitos amigos. O que mais poderia falar? Que meus pais e toda minha família eram superprotetores? Que eu tive uma infância muito boa cercada por todos que me amavam? Que depois da batalha que ocorreu em Forks eu não tive mais problemas com vampiros? Pois eu acabei contando tudo isso.

Ela parecia muito interessada na minha vida. Assim que acabei de contar o resumo da minha história, uma lagrima escorreu do olho dela e ela simplesmente murmurou ‘Sortuda’.

Eu queria saber se eu tinha magoado ela, então apoiei minha mão em sua bochecha e fiz a pergunta de meu jeitinho especial e com seu dom ela explicou toda sua história do mesmo modo.

Ela contou que apesar de sua mãe ter passado por todas as complicações do parto, ela ficou muito fraca e viveu sempre de cama e muito ‘doente’. A mãe não quis a transformação e fez, mesmo que sem querer, a vida de Maddie e de seu pai miserável. Quando ela fez 11 anos, a mãe dela morreu e não se sabia quem estava pior ela ou seu pai. Para não fazer o pai sofrer mais, tendo que ficar com ela e lembrando todo dia do amor de sua vida, Maddie falou para ele ficar com seus antigos amigos e ela resolveu andar pelo mundo a procura de alguém com nós.

Depois de descobrir sua história foi a vez de Carlisle que por sua vez ficou intrigado, e ficava tentando perguntar como a mãe dela sobreviveu sem a transformação sem ferir seus sentimentos.

No que falávamos tanto, nem percebemos que já estava quase na hora da festa. Alice entrou na sala gritando com todo mundo porque não estávamos arrumados e já foi mostrando a todos onde suas roupas estavam. E Maddie ficou lá. Sentada no sofá sem saber muito o que fazer com uma expressão confusa. Parecia que estava tendo uma discussão com si mesma. Aposto que estava usando seus poderes para conversar com meu pai.

Ao vê-la daquele jeito Alice falou que era para EU ajudar ela a escolher uma roupa e que era para EU tomar conta dela. No começo até pensei em falar não dando a desculpa que hoje era o meu dia e que aconteceria a minha festa, mas logo vi que a garota não tinha ninguém no mundo e que ela era umas das poucas pessoas que realmente me entenderia.

Minha mãe resolveu que o melhor a fazer era me ajudar a ajudar Maddie já que não queria se assustar com a decoração da nossa festa.

Mamãe escolheu um vestido tomara que caia, todo preto com uma espécie de faixa azul claro que o envolvia. Ela disse que realçava os olhos dela. Acho que minha mãe esta pegando esse jeito da Alice de escolher as roupas e gostar.

Para mim, ela escolheu um vestido curto, verde claro, tomara que caia também, todo rodado. E eu pude escolher um vestido para ela, afinal era justo. Ele era um longo azul marinho, sem mangas, decotado, muito bonito. A escolha não foi inteiramente minha. Na verdade papai disse que ela ficava bem de azul e eu achei o modelo bonito, então juntamos os dois.