N/A: Meninas, as vezes me pedem para escrever algumas fanfic então tive uma ideia. Pensei em fazer uma "Saga" de cncomendas. O que acham? Vocês escolhem o shipper, o tempo e tudo. Pode ser no universo de HP, alternativo ou um crossover (Claro, nesse eu daria as opções). Se quiserem digam nos reviews que explico melhor.

Capítulo 38: Voando alto.

Hermione´s Pov:

“Tryna keep my feet on the ground
But my head is in the clouds
Love's so hard to find
But you know that it's on my mind”(Alicia Keys)

Fiquei parada com os dedos sobre os lábios com um sorriso bobo no rosto. A cada instante me sentia mais desnorteada perto dele. Como um garoto tão incrível podia parecer tão frio? Escutava os comentários das pessoas ao redor e sorri mais ainda ao ver que ele nem mesmo se importou com isso. Senti meu rosto corar por ter sido beijada na frente de todas as pessoas que estavam ali. Merlin, Draco me fez perder a noção de tudo. Depois de tanto negar os meus sentimentos confessar assim é bom, muito bom.

-Mione?

-O que foi Gina? – Perguntei preocupada notando que estava ali.

-Precisamos nos apressar.

-Por quê?

-Esse sábado vai sair com o Draco e precisa estar perfeita.

-Como sabe?

-Ele me contou e...

Vi um Harry e Rony virem em nossa direção nada contentes. E Gi parou na mesma hora sua resposta olhando do mesmo jeito que eu para os dois. Achei estranho o comportamento deles agora que estava tudo bem. Outro problema? Pensei preocupada, olhei melhor para eles. Rony estava vermelho da cor de seus cabelos e Harry também estava tão vermelho quanto o nosso amigo. Eles pararam cruzando os braços e o moreno apontou um dedo em minha direção.

-Por você, mas é bom ele não se acostumar.

Gina e eu nos entreolhamos confusas e esperamos para ver o que aconteceria. Aquele “aviso” não parecia muito claro. Franzi o cenho e arqueei a sobrancelha tentando acompanhar a linha de raciocínio deles, ainda mais, que a minha não andava muito coerente.

-Acreditam que o Malfoy veio conversar com a gente? – Continuou ao ver a expressão em nosso rosto.

-Pedir uma trégua. – Debochou Ron.

-Ai que lindo!- Soltou Gina abrindo um sorriso bobo.

Efeito Draco, pensei rindo por dentro da atitude. Merlin, não me deixe falar isto na frente dele. Balancei a cabeça tirando a conclusão que não tinha importância no momento. Procurei por algo para dizer, porém fui interrompida por uma voz.

-Ei Granger. – Alguém falou ainda longe.  

Virei para ver quem era e arregalei meus olhos. Blásio Zabini. Gin me deu uma empurradinha para eu falar algo. Mas o quê? Quis perguntar a ela. O Zabini nunca tinha falado normalmente comigo. Será que veio arrumar confusão? Não, Hermione ele te chamou de Granger.  Hesitante respondi.

-Hmm... Zabini.

-Viu o Draco?

Nem precisei responder Parkison apareceu por trás dele.

-Eu sei onde ele está Blás.

O garoto virou para ela e arqueou a sobrancelha esperando terminar o pensamento, e dizer o que ele realmente queria saber.

-Foi praticar quadribol.

-Ah, beleza. – Sorriu para Pansy a puxando pelo braço, mas antes de ficar longe falou comigo. – Até mais, Granger.

-Até. – Respondi surpresa.

Comecei a rir e Gina se juntou a mim.

-Desde quando entramos num universo paralelo? – Perguntei divertida.

E agora os garotos riram com a gente. Os olhos castanhos da ruiva brilharam e ela abriu um sorriso malicioso.

-Vamos meninos, - começou com a voz doce – Mione precisa praticar quadribol.

Rolei os olhos com seu comentário. Não acredito no que estou ouvindo? Até parece que eu iria procurar por ele agora. Antes que soltasse mais alguma gracinha preferi falar a trazer a todos a realidade.

-Vamos entrar logo.

Passei a frente, porém não consegui ir muito longe. Minhas pernas travaram e bufei irritada, cruzando os braços, incrivelmente chateada pela insistência dela. Escutei a risada baixinha dela e não precisei esperar muito para descobrir o que estava aprontando. Colocou as mãos na cintura ao parar diante de mim, Harry resmungou algo que foi totalmente ignorado pela ruivinha. Ron falou mal humorado algo num tom mais baixo que um sussurro. Outra vez, a ruiva ignorou os comentários.

-Ginevra, me solta agora. – Falei num tom baixo, e como eles dizem mandão.

-Se você for procurar pelo Draco... – Respondeu olhando para as suas unhas dando a idéia de uma “sugestão”.

-Por Merlin, Gin! Ele deve querer ficar sozinho.

-Tudo bem. – Deu de ombros. – Quem vai ficar presa é você...

Meus olhos arregalaram.

-Você não faria isso... – Comecei num tom ameaçador.

-Experimente. – Sussurrou.

-Ok, que droga! – Soltei irritada.

Senti minhas pernas voltarem a obedecer meus comandos. Respirei aliviada por poder me mexer livremente. Ela apontou em direção ao campo de quadribol e decidi ir para lá. Provavelmente já deve estar treinando e posso dizer que Draco estava ocupado. Chutei umas pedrinhas durante o caminho, e acenei para Hagrid ao passar pela sua casa e o ver na horta colocando produtos contra as pragas. Terminei o espaço entre a escola e o campo, notando que estava vazio. Entrei rindo baixinho por ver que tinha mentido para a Budogue.  E então o vi montado na vassoura e falei para chamar sua atenção antes mesmo de pensar no que fazia.

-O que pensa estar fazendo, Malfoy? – Perguntei num tom fingido de bronca.

No mesmo instante, ele girou o rosto e me deparei com os olhos azuis acinzentados, semicerrei os meus olhos o encarando.

-Acho que não lhe devo satisfações, Granger. –Arqueou a sobrancelha de maneira provocante me fazendo cruzar os braços. – Você fica linda irritada, sabia?

Rolei os olhos descruzando os braços e fui para perto dele.

-Não vai me responder? – Perguntei usando um tom macio.

-Dar uma volta. – Deu de ombros. – Quero relaxar.

Assenti com a cabeça e ia sair de lá quando seus braços fortes me rodearam, fazendo meu corpo se chocar com o dele. Instintivamente levei as mãos ao seu peito, procurando me manter de pé. Um puxão me fez cair sentada em sua vassoura, mas não tive medo. Sabia que Draco não deixaria nada me machucar. Empurrei seu peito de leve, estava pronta para me soltar e pode ir embora. Merlin, por favor, preciso manter a linha de raciocínio. Respirei sentindo o cheiro que vinha dele. Suspirei sem me importar se ele escutaria.

-Mi, quer vir comigo?

Girei em seus braços para poder olhar dentro de seus olhos. Eram verdadeiros. Minha cabeça dizia para levantar e correr para o salão comunal da grifinória e me trancar lá até toda essa loucura acabar, mas meu coração gritava para continuar ali, aceitar a proposta maluca, e aproveitar as sensações que sentia com ele. Tudo era novo. Cada sorriso, suspiro, beijo... Nada parecia igual ao anterior. Puxei o ar lentamente, me focando na realidade.

-Achei que queria relaxar.

-Aham. – Começou e beijou no canto dos meus lábios. – E quero, - parou e desceu os lábios para meu pescoço e passou o nariz até chegar ao meu ouvido, bem devagar, me provocando – mas tenho outros métodos de relaxamente.

Empurrei de leve seu corpo fazendo com que caísse na gargalhada. Fiz um biquinho e ele sorriu de lado.

- Ei, não falei nada errado. – Acariciou meu rosto. - Só conversar com você me relaxa.

-É?

Draco assentiu.

-Certo.

-Ótimo.

Mal tive tempo de me ajeitar, seus braços me prenderem para ficar segura ali, deixei meu corpo se apoiar ao dele. A vassoura se ergueu do chão e a brisa suave passou por nós. Voamos seguindo por caminho que não conhecia. Meus músculos ficaram tensos e com uma mão fez um carinho em meus braços querendo me acalmar.

-Está tudo bem?

-S-Sim. –Gaguejei nervosa.

-Você está segura, amor.

Aquela palavrinha fez meu coração saltar e abri um sorriso bobo, virei para ele e encontrei seus olhos.

-O que disse?

Draco franziu o cenho para minha pergunta, mordeu o lábio inferior querendo se lembrar do que disse. E, de repente, um sorriso lindo apareceu no seu rosto.

-Eu disse: Está tudo bem?

Balancei a cabeça, tentando acalmar as batidas do meu coração. Draco sabia do que eu estava falando somente queria implicar comigo.

-Depois. – Pedi baixinho.

-Ah, isso?  - Perguntou. - Disse: Você está segura, amor.

-A-Amor? –Gaguejei.

-Sim. – Beijou a ponta do meu nariz. – Amor.

-Aonde pretende ir? – Mudei de assunto tentando me manter normal. Suas palavras ainda ecoavam em meus ouvidos, nervosa, mordia o lábio sem saber direito o que dizer.

-Num lugar especial. – Sussurrou. – Estamos quase lá.

Ele girou o cabo da vassoura nos fazendo dar uma volta e entramos no meio de umas árvores. Pouco depois, podia ver um clarão onde tinha um lago de água azul bem clara. Desceu e me ajudou a colocar os pés em terra firme, em seguida, me abraçou se apoiando a uma pedra grande em frente à água. Abri um sorriso encantada. O lugar é lindo demais. Buscava todos os detalhes para poder me lembrar para sempre. Queria poder fotografar e guardar comigo para me lembrar de algo tão incrível.