Minha História de Amor escrita por Kay
Ao chegarmos a São Paulo, fomos direto para a casa da vovó. Era óbvio que teríamos de morar lá até acharmos uma casa.
-Oh! Como você está grande Alexandra! – disse vovó assim que me viu descer do carro do papai. – Seu cabelo está muito bagunçado! Corra arrumá-lo, tenho uma surpresa, e acho que você vai querer estar bonita pra isso.
Mal perdi tempo. Enquanto vovó abraçava mamãe e mandava o papai e o Sr. Kellbs descansarem antes de tirarem as coisas do caminhão, entrei em casa correndo, direto pro banheiro.
Mal entrei, e quase dei um pulo de susto! Meu cabelo não estava só bagunçado, estava parecendo uma montanha de nós!
Peguei a escova da vovó na gaveta e penteei todo o cabelo. Mesmo assim, tive de usar o pente para tirar alguns nós malvados presos no meu cabelo.
Ao terminar fui correndo ver o que era a surpresa.
Todos já estavam na sala, sentados. Vovó havia interrompido o Sr. Kellbs de tirar nossas coisas do caminhão e obrigado todos a sentarem no grandioso sofá da sala de estar.
-Então, o que você dizia vovó? – eu disse sorrindo enquanto entrava na sala.
-Bem, o nosso vizinho, Sr. Jonatas, faleceu há alguns meses... – vovó fez uma pausa, parecia estar triste com isso. – E, sua filha queria vender a casa... Eu pensei que poderíamos ser vizinhos então... Feliz Natal! – vovó disse rindo ao entregar uma chave para mamãe.
-Ah, de novo não! O próximo feriado é a Páscoa galera! – eu disse desesperada.
Quem será que estava ficando maluco? Eu, ou minha família? Bem, quem se importa. Vou adorar ser vizinha da minha avó.
Saímos pela porta lateral da sala e fomos caminhando até uma enorme casa pintada de um tom de laranja bem clarinho.
Enquanto nos aproximávamos da porta da frente, avistei que esta estava aberta.
Junto à porta, uma mulher alta e muito bonita, aguardava junto com um homem robusto e bem arrumado.
-Bom dia dona Clara! – disse a mulher.
-Olá Lucília, esta é minha filha Clarice e seu esposo Carlos. – vovó disse sorridente. – E está garota linda, é minha neta, Alexandra.
-É só Alex vovó! – eu disse piscando pra ela.
Lucília abraçou mamãe, papai, e a mim. E depois, deu um abraço forte na vovó.
-Sua avó sempre fora boa amiga. E estava sempre conosco! – disse Lucília com os olhos marejados. – Bem, vamos ver a casa.
Nós entramos na casa e visitamos cada cômodo. Era enorme!
A entrada tinha uma sala bem espaçosa, e depois vinha a cozinha e a lavanderia. Atrás tinha um jardim pequeno e uma vista incrível.
Subimos as escadas e demos de cara com um garoto sentado ouvindo música num mp4. -Ah, achei você! Clarice, Carlos, Alex, este é meu filho, Arthur. – ela disse sorrindo.
Vovó rapidamente estava ao meu lado me beliscando... Ah, então essa era a real surpresa.
-Arthur, a Alex vai estudar na sua escola! Eu que indiquei para a avó dela! – Lucília disse sorrindo.
-Ah, que legal! Bem-vinda então Alex! – ele disse sorrindo.
Legal. Pelo menos ele é simpático. Não vou falar as outras qualidades. Ok, tudo bem que ele é loiro, e eu amo olhos castanhos, mas, a pele dele é tão clarinha... Para! Concentra.
-E ai, vai começar na Leonfert amanhã mesmo? – Arthur perguntou se levantando.
Ficamos para trás de propósito enquanto mamãe via a suíte onde ela e papai já até planejavam a decoração.
-Não. – foi o melhor que consegui dizer.
Eita timidez, droga. Porque eu não podia falar, de uma vez?!
-Hm.. Então vai só na segunda? – ele perguntou.
Ai, como eu sou idiota! Responde decentemente, responde decentemente.
-Sim. – consegui dizer com um sorriso. – Espero que não tenha matemática. Ou gramática. Ou ciências. Ou geografia. Ou história... A propósito... Quantas aulas de educação física vou ter por semana?
Sim. Desesperada e com medo eu falo tudo, rápido, e sem parar. O resultado foi óbvio, ele riu da minha cara.
-Você é engraçada. Vai ser bom dar umas risadas na sala, as outras garotas são todas tão entediantes. – ele piscou pra mim. – E, de terça e quarta, segunda aula.
Ai meu Deus. Meu coração começou a acelerar e eu senti um frio na barriga anormal. Para Alex, você sabe que isso é problema!
-Que droga. Vou ter que arranjar um.. er... Atestado. - beleza, agora você esquece palavras óbvias como atestado. Legal Alex, o menino vai rir de você de novo.
-Que nada Alex! O professor é maneiro, a quadra é enorme, então nos dividimos em vários grupos cada um fazendo um esporte. Você pode escolher aquele que você for melhor. - ele sorriu.
Simpático, bonito... Essa minha avó, não posso esquecer de agradecer.
-Ou em qual sou menos pior... - eu disse baixinho.
Infelizmente, acho que ele ouviu, deu uma risada gostosa, e disse:
-Não gosta de nenhuma matéria ?
-Não! - respondi rápido de mais. - Quer dizer.. Depende. Matemática, Gramática, Ciências, Geografia, História e Educação Física. Agora Geometria e Artes, eu adoro. É bem relativo. Acho que vai de cada pessoa, mais muitas pessoas também odeiam essas matérias e adoram essas...
-Gosta de Artes ? - ele me interrompeu.
Pois é, são nesses pequenos momentos que você percebe que está tagarelando.
- Sim. - timidez novamente.
-Que legal. Eu também adoro. Toda segunda, quarta e sexta eu e uns garotos da cidade vamos num muro enorme que tem, lá no centro, e re-pintamos ele. É muito legal! Você podia vir com a gente... Já que é nova aqui. - ele disse sorrindo.
Engraçado como um simples sorriso deixa qualquer garota boba.
-É... Sim. Vou sim. - eu me atrapalhei pra dizer.
Ele deu risada, uma gargalhada alta e depois disse:
-Vou dar muita risada. Você é bem engraçada! E vai adorar os meninos, são todos uns bobões.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Maior capítulo até agora, um dos meus favoritos da história..
Espero que tenham gostado
Logo trago mais capítulos,
COMENTEM,
Beijos, Kay.