Minha História de Amor escrita por Kay


Capítulo 4
Capítulo 3




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Ao chegarmos a São Paulo, fomos direto para a casa da vovó. Era óbvio que teríamos de morar lá até acharmos uma casa.

-Oh! Como você está grande Alexandra! – disse vovó assim que me viu descer do carro do papai. – Seu cabelo está muito bagunçado! Corra arrumá-lo, tenho uma surpresa, e acho que você vai querer estar bonita pra isso.

Mal perdi tempo. Enquanto vovó abraçava mamãe e mandava o papai e o Sr. Kellbs descansarem antes de tirarem as coisas do caminhão, entrei em casa correndo, direto pro banheiro.

Mal entrei, e quase dei um pulo de susto! Meu cabelo não estava só bagunçado, estava parecendo uma montanha de nós!

Peguei a escova da vovó na gaveta e penteei todo o cabelo. Mesmo assim, tive de usar o pente para tirar alguns nós malvados presos no meu cabelo.

Ao terminar fui correndo ver o que era a surpresa.

Todos já estavam na sala, sentados. Vovó havia interrompido o Sr. Kellbs de tirar nossas coisas do caminhão e obrigado todos a sentarem no grandioso sofá da sala de estar.

-Então, o que você dizia vovó? – eu disse sorrindo enquanto entrava na sala.

-Bem, o nosso vizinho, Sr. Jonatas, faleceu há alguns meses... – vovó fez uma pausa, parecia estar triste com isso. – E, sua filha queria vender a casa... Eu pensei que poderíamos ser vizinhos então... Feliz Natal! – vovó disse rindo ao entregar uma chave para mamãe.

-Ah, de novo não! O próximo feriado é a Páscoa galera! – eu disse desesperada.

Quem será que estava ficando maluco? Eu, ou minha família? Bem, quem se importa. Vou adorar ser vizinha da minha avó.

Saímos pela porta lateral da sala e fomos caminhando até uma enorme casa pintada de um tom de laranja bem clarinho.

Enquanto nos aproximávamos da porta da frente, avistei que esta estava aberta.

Junto à porta, uma mulher alta e muito bonita, aguardava junto com um homem robusto e bem arrumado.

-Bom dia dona Clara! – disse a mulher.

-Olá Lucília, esta é minha filha Clarice e seu esposo Carlos. – vovó disse sorridente. – E está garota linda, é minha neta, Alexandra.

-É só Alex vovó! – eu disse piscando pra ela.

Lucília abraçou mamãe, papai, e a mim. E depois, deu um abraço forte na vovó.

-Sua avó sempre fora boa amiga. E estava sempre conosco! – disse Lucília com os olhos marejados. – Bem, vamos ver a casa.

Nós entramos na casa e visitamos cada cômodo. Era enorme!

A entrada tinha uma sala bem espaçosa, e depois vinha a cozinha e a lavanderia. Atrás tinha um jardim pequeno e uma vista incrível.

Subimos as escadas e demos de cara com um garoto sentado ouvindo música num mp4. -Ah, achei você! Clarice, Carlos, Alex, este é meu filho, Arthur. – ela disse sorrindo.

Vovó rapidamente estava ao meu lado me beliscando... Ah, então essa era a real surpresa.

-Arthur, a Alex vai estudar na sua escola! Eu que indiquei para a avó dela! – Lucília disse sorrindo.

-Ah, que legal! Bem-vinda então Alex! – ele disse sorrindo.

Legal. Pelo menos ele é simpático. Não vou falar as outras qualidades. Ok, tudo bem que ele é loiro, e eu amo olhos castanhos, mas, a pele dele é tão clarinha... Para! Concentra.

-E ai, vai começar na Leonfert amanhã mesmo? – Arthur perguntou se levantando.

Ficamos para trás de propósito enquanto mamãe via a suíte onde ela e papai já até planejavam a decoração.

-Não. – foi o melhor que consegui dizer.

Eita timidez, droga. Porque eu não podia falar, de uma vez?!

-Hm.. Então vai só na segunda? – ele perguntou.

Ai, como eu sou idiota! Responde decentemente, responde decentemente.

-Sim. – consegui dizer com um sorriso. – Espero que não tenha matemática. Ou gramática. Ou ciências. Ou geografia. Ou história... A propósito... Quantas aulas de educação física vou ter por semana?

Sim. Desesperada e com medo eu falo tudo, rápido, e sem parar. O resultado foi óbvio, ele riu da minha cara.

-Você é engraçada. Vai ser bom dar umas risadas na sala, as outras garotas são todas tão entediantes. – ele piscou pra mim. – E, de terça e quarta, segunda aula.

Ai meu Deus. Meu coração começou a acelerar e eu senti um frio na barriga anormal. Para Alex, você sabe que isso é problema!

-Que droga. Vou ter que arranjar um.. er... Atestado. - beleza, agora você esquece palavras óbvias como atestado. Legal Alex, o menino vai rir de você de novo.

-Que nada Alex! O professor é maneiro, a quadra é enorme, então nos dividimos em vários grupos cada um fazendo um esporte. Você pode escolher aquele que você for melhor. - ele sorriu.

Simpático, bonito... Essa minha avó, não posso esquecer de agradecer.

-Ou em qual sou menos pior... - eu disse baixinho.

Infelizmente, acho que ele ouviu, deu uma risada gostosa, e disse:

-Não gosta de nenhuma matéria ?

-Não! - respondi rápido de mais. - Quer dizer.. Depende. Matemática, Gramática, Ciências, Geografia, História e Educação Física. Agora Geometria e Artes, eu adoro. É bem relativo. Acho que vai de cada pessoa, mais muitas pessoas também odeiam essas matérias e adoram essas...

-Gosta de Artes ? - ele me interrompeu.

Pois é, são nesses pequenos momentos que você percebe que está tagarelando.

- Sim. - timidez novamente.

-Que legal. Eu também adoro. Toda segunda, quarta e sexta eu e uns garotos da cidade vamos num muro enorme que tem, lá no centro, e re-pintamos ele. É muito legal! Você podia vir com a gente... Já que é nova aqui. - ele disse sorrindo.

Engraçado como um simples sorriso deixa qualquer garota boba.

-É... Sim. Vou sim. - eu me atrapalhei pra dizer.

Ele deu risada, uma gargalhada alta e depois disse:

-Vou dar muita risada. Você é bem engraçada! E vai adorar os meninos, são todos uns bobões.


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Notas finais do capítulo

Maior capítulo até agora, um dos meus favoritos da história..
Espero que tenham gostado

Logo trago mais capítulos,
COMENTEM,
Beijos, Kay.



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