Memórias Perdidas escrita por NicoleMartes


Capítulo 7
Capítulo 7 - Bem vinda a Soul Society!


Notas iniciais do capítulo

Eu sei que demorei um ano para postar um novo capítulo. Desculpem mesmo, sei que existem pessoas que acompanham a fic e gostam dela, e espero que continuem gostando e não desistam de mim por causa dessa meu atraso monstro!


Enjoy!



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Chegar em casa depois de muito tempo longe sempre é assustador mas ao mesmo tempo delicioso.

Minha autoria

Minha primeira visão da Soul Society foram seus enormes prédios de pedra branca e a enorme montanha que se ergue no meio do emaranhado de casas e templos. Uma cidade tão branca e tão estéril que me não faz duvidar que os espíritos mandados sejam mandados para cá.

Depois de muito andarmos, chegamos à muralha que separa uma parte da cidade da outra. Adentramos nesse mundo a parte e mais vários prédios brancos surgem, mas sempre intercalados por templos e por mais pessoas com os mesmo Kimonos negros.

- Isso aqui é a Soul Society? - Pergunto olhando tudo como uma criança que vai, não tecnicamente, ao mesmo lugar pela primeira vez na vida. Ele me olha de esguelha, sem parar de andar e responde sorrindo de canto:

- Você quer dizer tudo isso é a Soul Society. - Em resposta dou meu riso.

Seguimos andando em silencio pelas amplas ruas até chegarmos a um enorme templo também branco, trabalhado em madeira e com um enorme símbolo gravado no topo, perto teto. Estamos no esquadrão 10, no esquadrão de Toushirou.

Sem me olhar nos olhos ele pede que eu o acompanhe. Sem razão alguma meus olhos se enchem de lagrimas; tento limpa-los o mais rápido possível, mas meu nariz levemente vermelho e meus olhos marejados me incriminam. A medida que continuamos nosso caminho pelos corredores minha batalha para mascarrar o choro sem justificativa se intensificam.

A comum bola de emoções confusas ainda esta presente, e desconfio que ela vá embora tão rapidamente, mas de acordo com onde estou e com quem estou ela se aperta e como reação (uma reação muito estranha) meus olhos começam a chorar.

- Chegamos. Esse é meu escritório - Aporta de madeira é aberta e uma sala grande de piso de madeira polida se mostra convidativa, e o sofá verde a frente de uma mesa de trabalho mais ainda.

Depois de um pequeno desentendimento envergonhado de quem entra primeiro entramos na sala. Toushirou deixa sua mochila em um canto mais afastado da sala e eu largo as minhas no sofá e me afundo entre os estofados. Meus olhos se prendem em um canto qualquer e minha mente começa a vagar, viajando entre o espaço e o tempo, não percebo que sou chamada.

- Desculpe... - Respondo olhando-o nos olhos, ainda sentada e sem a intenção de me levantar. Esse é meu problema, quando estou quase conseguindo fazer alguma coisa travo. Não consigo me mover, covarde demais para enfrentar o que me aguarda prefiro sentar e esquecer o que me assusta.

- Vamos, temos que encontrar Yamamoto, ele não gosta de atrasos. - Já parado ao lado da porta pedindo que eu saia, ele responde com a voz seria que me agrada tanto.

- Assim como você - Comento sorrindo assim que fico de fronte para ele. Estamos muito perto, mas devo admitir que isso não me desagrada. Na verdade eu iria a qualquer lugar só para tê-lo perto de mim...

Mas o que estou pensando? Hitsugaya é meu amigo de infância, a pessoa que vai me ajudar a reaver minhas memórias a tanto tempo perdidas e uma pessoa superior a mim tanto na força bruta quanto em tantos outros aspectos. Ele não para mim, nós nunca daremos certo... Claro, porque eu não sinto nada por ele, nem ele por mim... certo...?

Quando dou por mim já estamos no meio do caminho. Abaixo a cabeça, na esperança que ninguém me veja vermelha e envergonhada de meus próprios pensamentos.

Braços fortes rodeiam minha cintura. A pele gelada do capitão de gelo fazem meus pelos se arrepiarem, um sentimento de surpresa atravessa meu corpo em uma corrente, os mesmo sentimentos daquele quase beijo surreal me atingem.

- Esta tudo bem? – Meu corpo fica rígido em seus braços. – Não tenha medo, eu estarei lá com você.

- Certo... – Meu rosto arde, acho que estou ficando vermelha de novo.

Continuamos porem agora separados. Passamos por vários esquadrões, todos com a mesma arquitetura, paredes brancas, chão de madeira e shinimagi andando apressados. A única coisa diferente é cada símbolo de esquadrão, que é exibido sempre com orgulho e destaque.

Chegamos ao primeiro esquadrão, onde esta comandante Yamamoto, o capitão mais forte da Soul Society. Só de pensar nisso minhas pernas tremem e minhas mãos cheias de suor.

- Calma. Se entrar com essa cara ele vai pensar que esta indo para uma execução. – Toushirou solta um risinho divertido. Se não estivesse tão apavorada eu o responderia.

Uma porta é aberta e um senhor bem velho aparece, sentado em uma cadeira, lê algum documento. Ele tem uma barba enorme e nas sobrancelhas nem se fala. Careca, com a pele marcada pela e idade e por uma enorme cicatriz na testa, tão grande que não posso evitar encarar.

Ele se levanta e caminha até nos que estamos parados bem no meio de seu escritório. Ao contrario do que eu pensei, seus passos são confiantes, firmes e decididos, nada parecidos com os passos dos velhinhos com sua aparência.

- Momo Hinamori – Sua voz de trovão, forte e voraz, enche a sala de formalidade e temor, de minha parte, claro. – Quando me disseram que estava viva não pode acreditar. Mas agora vejo o que todos os boatos são verdadeiros

Olho de esguelha para minha direita onde Toushirou esta ereto, com postura de militar. Mas, no entanto, suas feições são seguras e calmas. Ele já deve ter feito isso mil vezes, para um capitão se encontrar com o comandante Yamamoto deve ser comum.

- Desde que você foi embora o quinto esquadrão esta sendo dirigido pelo capitão Chieko e o tenente Hikaru. Seu poder espiritual esta mais forte do que antes, e acredito que se continuar assim poderá em breve atingir o Bankai. A quanto tempo você treina ?

- Estou treinando a mais ou menos uma semana – Minha voz, estranhamente, soa confiante.

- Você não conseguiria chegar no nível que esta em apenas uma semana – O que ele quer insinuar ? Que eu andei treinado nos anos em que fiquei afastada da Soul Society?

- Comandante Yamamoto, não posso ter treinado como o senhor disse por que eu não me lembro de nada de minha antiga vida de Shinigami – Ele me olha inquisitivamente, continuo: – Quando eu cai no mundo humano, eu estava sem memória. A tenente Rangiku e o capitão Hitsugaya me fizeram relembrar das técnicas, meu Kido esta perfeito e combate corpo a corpo ótimo. A única coisa que ainda não fiz foi conhecer minha Zanpakutou.

- Não sabia que havia perdido a memória – Os olhos dele se fixaram em Toushirou, e depois em mim – Mas mesmo assim é ilógico sua energia espiritual ter aumentado tanto sem treinamento. Temos de investigar isso.

Silencio.

- Senhor, – Pela primeira vez em tempos Toushirou se pronuncia – acho que Hinamori tem plenas condições de voltar a ser tenente da quinta divisão. Até mais do que o atual tenente.

Meu corpo gela. Uma pontada de dor começa em meu estomago e logo se espalha para todo meu corpo.

Ser tenente é uma enorme responsabilidade. Sou inexperiente em todo. Desde no numero de combates dos quais lembro, ou seja, nenhum, quando em liderar. Capitão e tenente são os lideres de um esquadrão, mandam e desmandam, sabem o que é melhor e sabem, principalmente, liderar, e para isso é necessário confiança, coisa que não tenho. Não posso fazer isso.

- O que? – Pergunto em um fio de voz

- Você esta certo, capitão Hitsugaya – Não posso acreditar no que ouço – Hinamori terá uma semana para se preparar para um combate com o tenente da quinta divisão, onde valera tudo, inclusive o uso das Zanpakutou. Desejo-lhe sorte, minha cara jovem. Estão dispensados. 



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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e não se decepcionado!
Bjs ^^