Coração Imortal escrita por isabellatmassei
Notas iniciais do capítulo
GEEEENTE, aleluia que o nyah voltou, ja tava regurgitando aqui. LEEEEIAM, LEIIAM O PENULTIMO CAPITULO DESSA AVENTURA MALUCA!
ASH POV
Acordei em meio ao silêncio. Tudo estava terrivelmente quieto e a única coisa que creio ter ouvido foi a exaltação de Edu ao me ver acordada e bem denovo.
- Cadê minha mãe? – perguntei com uma voz embargada
Silêncio.
- Onde. Está. Minha. Mãe?
- Ela... Ela está ali – disse uma Kathy chorosa
Olhei para onde ela havia apontado e vi minha mãe de olhos abertos e fixos em meu rosto.
- MÃE!
- Asssssssssssh – disse ela em um tom incrivelmente terrível de se ouvir. Tinha dor em sua voz.
- Mãe, o que aconteceu? O que...
- Eu.. Eu... Vou...
- VAI PRA ONDE? – berrei e chorei como nunca
- Ver seu pa-pa-pai – ela disse com um sorriso nos lábios
- E vai me deixar? Você não era imortal? Mãe!
- Nããããão. Você é imortal! – disse ela tocando em meu peito com um tanto de dificuldade – Aqui bate um coração imortal.
Olhei para minha perna, agora totalmente curada e chorando involuntariamente voltei meus olhos para mamãe que agora morria.
- Mas porque você está morrendo? – perguntei em meio ao choro.
Mamãe não me respondeu, mas Kathy, que estava do meu lado, colocou sua mão em meu ombro e sussurrou:
- Ela já devia ter morrido, Ash. O motivo de ela ter ficado viva esse tempo todo é sua imortalidade. Mas ela... Ela sempre esteve...
- Mamãe, você não pode morrer – gritei para que ela me ouvisse – Edu, salve minha mãe, passe seu poder para ela!
- Eu... não posso.
- O QUE? – virei meus olhos para ele e trinquei meus dentes
- Ash, ela queria estar com seu pai – disse ele levantando e passando a mão no cabelo nervosamente
- Mas e eu? – perguntei chacoalhando o corpo inerte de minha mãe – Mãe, você é forte, fique comigo!
- Ela já se foi.
Não distingui quem disse isso, apenas apoiei minha cabeça no peito de minha mãe e chorei como nunca havia chorado. Não, eu não podia acreditar que agora sim havia perdido minha mãe. Mãe, irei sentir tanto sua falta.
- Vamos embora daqui, quantos teremos que matar para encobrir essa história toda? – resmungou Junior
- Vera está viva ainda – disse Edu com um pingo de felicidade na voz
- E?
- E que podemos fazê-la acreditar que foi ela que cometeu os 4 assassinatos.
- E a polícia vai acreditar nisso... – revidou Kathy
- Convencemos eles também.
- Não existe apenas um policial no mundo, seu grande idiota.
Ele a olhou com entendimento e aceitou o fato de que ela estava certa.
- Mas acho que posso dar um jeito nisso... – resmunguei limpando meu nariz todo melecado e levantado do corpo de minha mãe.
Fingi não ouvir os: Hãm? O que? Como? Hein?, e me foquei em meus poderes recém conquistados.
- Acho que posso tentar persuadir a investigação que vai se seguir. Vera fica como culpada e ... por três assassinatos.
- TRÊS? – berraram todos
- Mamãe vai ser enterrada sem ninguém saber que ela morreu.
Kathy se aproximou de mim e tocou minha face hesitante.
- Onde vai enterrar?
- Em nossa antiga casa – sussurrei e voltei a olhar o corpo de minha mãe – Acho que ela iria gostar.
Eles fecharam os olhos e pude ouvir algo nunca ouvido:
Sinto muito meu amor.
Edu tinha falado. E por pensamento. Que casal estranho nós dois viraríamos. O abracei com toda minha força e me deixei chorar por alguns minutos. Tínhamos que mexer com a mente de Vera, juntar os corpos, com exceção do de minha mãe, e eu iria ter de convencer qualquer policial no mundo de que foi a Vera e pronto.
- Vamos – disse ele para a Kathy e os dois saíram pegando os corpos espalhados por aqui.
- Me sinto uma merda- disse Junior se levantando do chão
- Agora você sabe como sempre me senti.
Ele me pegou em seus braços e pude senti-lo chorar também.
- Sinto muito por sua mãe. Ela era uma boa pessoa.
Não pude responder. Estava ocupada tentando não chorar tão loucamente.
- Não vá embora nunca mais – sussurrei contra sua camisa
- Nem por todo dinheiro do mundo.
Me soltei do abraço e o olhei nos olhos.
- Quer me ajudar em uma coisa?
Ele assentiu com a cabeça e desarrumou meu cabelo totalmente desarrumado.
- Vamos levar o corpo de minha mãe até no terreno, e enterrá-la lá.
- E o que a mulher de lá vai dizer? – perguntou ele rindo
Lembrei de Cintia e me perguntei se ela seria a favor de ter um corpo enterrado em sua casa. Bem, ela não precisava saber.
- Vamos – disse entrando no carro e dando partida.
Deixei a seguinte mensagem mental para Edu:
Meu amor, estou fazendo isso como se fosse uma carta, mas só quero dizer que esta tudo bem. Estou indo levar o corpo da minha mãe. Ligue pra policia e faça o que tem que fazer. Te amo muito.
Cheguei em minha casa em poucos minutos. A casa era perto, até demais. Estacionei o carro na esquina e com a ajuda do Junior carreguei minha mãe até a parte de trás da casa.
- Precisamos de algo para cavar – resmunguei indo até o carro procurar por algo que ajuda-se
- Um cinzeiro ajudaria? – disse ele estendendo-o para mim.
MAS QUE DIABOS ISSO FAZIA AQUI?
- Acho que não te contei que ando fumando...
- Você não me contou muita coisa – peguei o cinzeiro e comecei a cavar e cavar a terra molhada pelos irrigadores.
- Deixe-me fazer isso.
Assisti Junior cavar a terra e arrastar minha mãe para o buraco. Quando vi minha mãe lá dentro, torta e sozinha no escuro, podia jurar que algo ainda brilhava nela, algo o qual eu nunca esqueceria nem que vivesse 1.000 anos. Mamãe mesmo morta ainda fazia sua aura brilhar. Não sei se ela brilhava em mim, mas seu rosto, seu simples sorriso e olhar me dava um reconforto gigante.
Joguei a ultima parte de terra e, apesar de nojento, beijei a terra em que mamãe estava.
- Eu não sei porque vivemos essa loucura toda, mas sei que se teve alguém que passou por minha vida e me abençoou, essa pessoa foi você. Mãe, você é e sempre será o motivo de minha vida, ou imortalidade, que seja. Eu sempre te amarei e te levarei dentro de mim, literalmente. Você, como meus amigos, foi embora pra um lugar melhor e te peço aqui e agora, que me ilumine como sempre fez. Sinto sua falta desde já...
Levantei cambaleante e agarrei Junior pela cintura para irmos até o carro, e sim, os dois choravam como criança.
- A vida nem sempre é como queremos – sussurrei já no carro
- Mas o que queremos faz uma vida – disse ele arrancando de mim vários suspiros de alivio. Pelo menos tudo estava acabado.
Segurei meu amuleto bem forte e gritei para o Ju parar o carro.
- PRECISO DEIXAR MEU AMULETO COM MAMÃE – berrei e sai correndo de volta à casa
Arranquei com um puxão o amuleto e depositei em cima da terra. Fiquei ali admirando o brilho que emanava e decidi que era melhor deixar embaixo da terra. Quando estava cavando um pouco para depositar ali, eis que ouço uma voz:
- Ashley? – era Cintia
Sentei em cima da terra mexida e voltei os olhos para ela.
- O que faz aqui? – ela viu minha face mais de perto e reforçou a pergunta – Porque está chorando?
- Eu... – não pude terminar porque ela agora olhava para o cinzeiro na minha mão – Cintia, não estou fumando, ok?
- Aconteceu alguma coisa, estou certa?
Assenti com a cabeça e levantei do terreno. Com o cinzeiro desfiz todo o trabalho de Junior e mostrei o corpo inerte de minha mãe para Cintia.
- Eu estou...
- Me desculpe por isso, prometo tirar o corpo dela daqui, só que eu... Aqui é... Ela gostaria...
- Ash, acalme-se. Eu não quero que a tire daqui. Enquanto eu viver aqui a manterei escondida, é só que...
- Só que...?
- Sonhei muito com sua mãe, quero dizer, eram sonhos com essa mulher aqui – disse ela apontando para mamãe
- SONHOS?
Ela assentiu e se abaixou para tocar o rosto de minha mãe.
- Eu achava que estava ficando louca, sonhava com ela e era como se fossemos melhores amigas. Ela falou tanto de você, e disse que viria aqui naquele dia, e aconteceu, você veio.
Engoli em seco e peguei meu amuleto no chão e o coloquei nas mãos de mamãe.
- Cintia, eu nem sei por onde começar... Muito obrigada.
- Criança, eu que lhe agradeço por existir. Você trouxe algum sentido para essa vida humana em que o único sentido é destruir a natureza. Você é diferente de tudo o que já vi e... Sua mãe era como uma protetora para mim – e então ela começou a chorar.
Não sei em qual parte aquilo me comoveu, mas sei que a abracei com tanta força que podia sentir seu peito tremendo a cada choro desesperado.
- Vai ficar tudo bem, nós vamos superar – e acho que assim eu entendi que o amor por Cintia era um amor de irmã. Cintia era a irmã que mamãe nunca havia me dado.
Peguei seu rosto entre minhas mãos suadas e lhe depositei um beijo na testa.
- Tenho de ir, tem muitos problemas pra enfrentar ainda e ... vamos manter contato.
- Obrigada por deixar ela aqui comigo – foi o que ela pôde responder
Levantei e corri até o carro.
Encontrei um Junior sonolento apoiado no volante e quase ri, se não fosse tudo de ruim ter acontecido hoje.
- Vamos até o galpão – pedi e avançamos até lá
Quando estávamos bem próximos, pude ouvir a suplica mental de Edu e Kathy que não parássemos o carro e que fingíssemos que não sabíamos de nada, porque ali era algo com o qual eles teriam que dar conta.
- Vamos para o colégio – e assim dito, um Junior um tanto confuso nos levou embora.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
GOSTARAM? SÉRIO? SÉEEERIO MESMO? ah, ta. Então, eu quero enrolar pra postar o resto, mas sei que seria sacanagem então... ok, eu posto loogo. BEIJOS ♥ reviews?