A Pessoa Errada escrita por beatrizmiranda


Capítulo 11
Capítulo 11 - Nowhere But Up


Notas iniciais do capítulo

Demorei um pouquinho mais para atualizar, sorry girls! Esse capítulo foi difícil de escrever, muitas coisas complicadas pra solucionar, mas não queria deixar de lado aquelas cenas fofinhas que todas amam ; ) Tenho uma novidade pra contar!!! A fic "A Pessoa Errada" agora também é "The Wrong Person"! Isso mesmo, ganhamos uma versão em INGLÊS, linda e maravilhosa! Traduzida bela Mari_0909 e pela GabriellaBillio, foi publicada em três sites: Fanfiction.net, Justin Bieber Fanfictions e Justin Bieber Org! Será que vamos fazer sucesso com as americanas? Por enquanto o movimento está meio fraco. Muito obrigada pela enxurrada de reviews que recebi, recomendações, mensagens! Tudo! Estou amando escrever essa fic e não penso em abandona-la nem por um segundo, é só lembrar de vocês que o ânimo volta e eu escrevo mais animada! A fic está crescendo muito e isso tudo é graças a vocês. Obrigadaaaaa! Amo muito todas vocês! Chega de falação, e vamos lá! Capítulo 11 na área!



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Capítulo 11 - Nowhere But Up

Jeremy resmungava baixo enquanto caminhava pelos corredores do hospital. Pattie tinha o poder de tirá-lo completamente do sério! Ele devia ter ignorado o pedido de Kenny para que todos sentassem juntos na lanchonete! Sabia que não tinha como ser civilizado com a sua ex-mulher, era sempre a mesma coisa, ela vivia jogando coisas na cara dele!

Quando ele chegou ao quarto do filho abriu a porta devagar. Justin e Emily estavam brigando pelo controle remoto.

- Ah qual é! Eu fui baleado, deixa eu assistir o que eu quiser - pediu Justin rindo.

- Você pode assistir qualquer coisa, mas a maratona de clipes da Beyonce está fora de cogitação Justin! - retrucou Emily tentando arrancar o controle da mão dele.

- Ah, assim não dá. Estou repensando seriamente, você não me avisou que iria querer exclusividade - disse ele colocando a mão no queixo e fazendo uma cara que arrancou um sorriso de Emily.

Os dois pararam a briga quando viram que Jeremy Bieber havia acabado de entrar no quarto.

- Oi pai!

- Oi - disse Jeremy de mau humor, a discussão com Pattie ainda ardia em sua mente - Emily, eu posso conversar um pouquinho com o Justin?

- Claro! - disse a garota se levantando com um sorriso no rosto - Eu vou tomar um café.

Quando Emily deixou o quarto, Jeremy ocupou a poltrona em que a garota estava sentada antes, ao lado da cama.

- Aconteceu alguma coisa? - perguntou Justin estranhando o clima.

- Sua mãe...

- Vocês brigaram de novo?

- Justin, precisamos conversar, ok? Pra mim nós dois já estavamos entendidos, mas pelo jeito, sua mãe insiste em falar um monte de abobrinhas e eu só quero passar tudo a limpo, pra ela parar de me pertubar.

Justin não disse nada. Sabia muito bem o que incomodava Pattie e no fundo, no fundo, concordava plenamente com ela. Mas o que ele podia fazer? Brigar com o próprio pai não era uma boa opção, não queria que ele se afastasse mais ainda.

- Filho, você tem algum problema comigo? Alguma coisa está te incomodando entre a gente? - perguntou Jeremy sem graça.

- Não - mentiu Justin repentinamente, surpreso com a pergunta - Está tudo bem.

- Ótimo - disse Jeremy se levantando - Agora a sua mãe vai me deixar em paz.

Justin assistiu o pai caminhar até a porta, havia tanta coisa pra ser dita, por que ele nunca tinha coragem? Já havia conversado tanto com Emily sobre aquilo, ela sempre dizia que a solução era ter uma conversa franca, deixar o pai saber o que ele pensava de verdade. Ali estava a oportunidade perfeita e ele a estava perdendo por covardia. Quando Jeremy alcançou a maçaneta ouviu Justin chamar:

- Pai! Espera!

It's a big big world

It's easy to get lost in it

FOTO:

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- O que foi? - disse Jeremy se virando para encara-lo.

- Na verdade... Eu... eu... queria que a gente passasse mais tempo juntos, sabe?

- Mais tempo juntos? Bom filho, você sabe, você mora em outro estado, tem toda essa loucura de cantar acontecendo, fica difícil.

- Eu sei pai, eu sei que moramos longe, mas se realmente quiséssemos...

- Além do mais - interrompeu Jeremy - Eu tenho uma família no Canadá.

- Eu não sou da família também? - perguntou Justin magoado, queria controlar, mas já estava com vontade de chorar, odiava essas conversas.

- Claro que é! - respondeu Jeremy arrependido pelo que havia dito antes, ele se aproximou do garoto e sentou-se na poltrona novamente.

- Então porque você não pode dedicar um pouco de tempo pra mim também? Você me ama menos?

- Justin! - exclamou Jeremy horrorizado com o que o filho havia dito - Por favor, não diga isso.

- Eu preciso dizer, eu nunca digo nada, mas é exatamente isso que você me faz pensar.

- Filho, quando eu soube o que aconteceu com você, eu fiquei desesperado. Quando eu pensei que podia te perder, foi a pior sensação que eu já senti. Eu te amo muito, exatamente do mesmo jeito que amo seus irmãos. Me desculpe por não passar muito tempo com você, eu não tinha idéia de que isso te incomodava tanto.

- Eu devia ter dito antes...

- Não! Você não precisava ter dito, eu deveria saber. Eu sou um péssimo pai.

- Não é isso...

- Sou sim, eu sei que sou. Justin, eu cometi erros horríveis, dos quais eu me arrependo até hoje. Não sou uma pessoa ruim filho, eu fui imaturo, muito imaturo, quando você nasceu e em boa parte da sua infância, eu ainda pensava como um garoto.

- Pai, eu não ligo mais pra isso, ok? Eu te perdoo por tudo que você considera erros, vamos deixar o passado no passado.

Jeremy abraçou o filho com força e Justin sentiu lágrimas quentes rolarem por seu rosto, junto com elas, um peso enorme parecia sair de seu peito, um alívio incrível.

- Não queria só enterrar o passado, queria recomeçar do jeito certo, ok? Se você ainda quiser.

- É claro que eu quero - disse Justin enxugando o rosto.

- Prometo que vou passar mais tempo com você, pelo menos um final de semana por mês. O que você acha?

- Seria ótimo - disse Justin sorrindo, nem acreditava naquilo.

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- Você é jogo duro mesmo, hein? - rebateu Kenny.

O segurança acompanhava a enfermeira com os olhos enquanto ela examinava uma caixa repleta de fichas, parecia concentrada. Seu nome era Chayenne e ela tinha chamado a atenção de Kenny desde que ele a vira. Era muito morena, com a pele cor de jambo, olhos brilhantes e um sorriso maravilhoso. O uniforme branco, que parecia comum nas outras enfermeiras, realçava mais ainda a pele aveludada dela. Seu cabelo era longo e cheio de trancinhas, naquele dia ela estava usando um rabo de cavalo.

- Poxa, não me ignora - pediu o segurança.

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- Olha Sr. Hamilton, há três dias você está me atrapalhando, ok? Eu preciso trabalhar, não posso ficar conversando com o senhor o tempo inteiro - disse ela tentando forçar uma cara de séria enquanto um riso escapava dos seus lábios.

- Eu não quero te atrapalhar, aceita o meu convite pra jantar, vamos poder conversar fora daqui.

- Ah eu não sei Sr. Hamilton...

- Eu prometo que você vai se divertir.

- Tá bom então - concordou ela por fim.

- Ótimo! - exclamou Kenny animado - Só tem uma condição...

- O quê? - perguntou a morena arqueando as sombrancelhas.

- Pare de me chamar de Sr. Hamilton, tá?

- Eu vou tentar - disse ela abrindo o sorriso que ele tanto tinha gostado.

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Emily sentou em dos bancos do corredor, ia aproveitar o tempo livre para ligar para sua melhor amiga, Lia. Gostava tanto de conversar com ela, era um porto seguro em meio a tanta confusão.

- Como ele está? - perguntou Lia do outro lado da linha.

- Bem melhor - disse Emily - Ainda está sentindo dor, mas é por causa do pós operatório.

- Tadinho. Vocês já conversaram sobre o que aconteceu?

- Conversamos.

- E aí?

- Acho que estamos bem, por enquanto, né?

- Como assim?

- Você sabe Lia, vai virar uma loucura quando ele sair do hospital e tudo vazar.

- Eu pensei que você tinha decidido que independente da loucura que virasse, ficaria do lado dele.

- É claro que eu vou ficar do lado dele! - exclamou Emily ofendida - Não foi isso que eu quis dizer, estou apenas preocupada.

- Ele entendeu o que você fez? O e-mail e a entrevista?

- Entendeu, mas isso não faz eu me arrepender menos, fiz ele sofrer mais ainda.

- Sua intenção foi boa Emy - disse Lia tentando consolar a amiga - Esquece isso.

- Espero que a gente consiga vencer isso tudo, sabe? Muita mágoa, sofrimento, o terror que foi viver aquele sequestro, o fato dele quase ter morrido, tanta coisa! E eu sinto que isso mudou quem nós somos de alguma forma.

- Ninguém passa por isso e continua o mesmo Emily, mas isso não precisa ser ruim, vocês podem superar.

- Eu sei, o hospital encaminhou uma psicóloga pra conversar com a gente todos os dias, principalmente com o Justin. Não sei se está ajudando muito, as vezes quando ele está quietinho, fico observando, ele fica com uma expressão tão distante, como se estivesse preso em uma lembrança ruim.

- Ele vai melhorar com o tempo Emily. Você passou por coisas difíceis e deu a volta por cima, se lembra? Ele também vai conseguir.

- É, tomara que você esteja certa.

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Martha Geller estava sentada em sua sala de estar com a cabeça apoiada nas mãos. Sua mente repleta de reflexões e seu coração tomado por nervosismo. Ela estava com medo, muito medo. Houdson havia pedido pra que ela ficasse calma, mas por mais que ela o amasse e confiasse nele, não estava conseguindo se acalmar.

Ela não parava de pensar que em algum lugar de Atlanta, Emily estava contando que a seguira até o cativeiro de Justin Bieber. Seria o seu fim, ela seria presa. Pensou em fugir, se esconder, mas lembrou-se da voz de Houdson a aconselhando a não fazer nada imprudente. Martha pediu pra que ele a levasse pra casa dele, mas obviamente o homem não quis, falou que isso aumentaria os riscos para os dois. Agora refletindo sobre o assunto, Martha concluiu que somente para ele os riscos seriam aumentados. Ele era bem egoísta quando queria!

Martha levantou-se um pouco brava e pegou o celular em cima da mesa de jantar. Houdson ia ouvir umas poucas e boas! Quando estava prestes a discar para ele, escutou um barulho alto, como uma bomba. A loira se agachou instintivamente, quando teve coragem de abrir os olhos, viu um grupo de policiais que invadia o seu apartamento com as armas em punho, haviam acabado de arrombar a porta.

- Polícia de Atlanta! Você está presa! Mãos pra cima, não tente reagir! - gritou um deles.

Ela largou o celular e levantou as mãos assustada, seu corpo todo tremia. Aquilo não podia estar acontecendo. Tudo que ela queria era salvar a vida de Houdson, só queria que ele conseguisse o dinheiro pra pagar suas dívidas! Nunca quis que Justin Bieber fosse ferido, não podia acreditar que estava sendo presa.

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Houdson havia deixado o apartamento de Martha há algumas horas, tinha que ficar o mais longe dela possível, ela era o elo fraco da corrente, Emily a conhecia e com certeza a denunciaria, era só uma questão de tempo. Ficando longe dela, evitaria qualquer tipo de associação.

Seu medo era que a própria Martha o entregasse, até que ponto ela era apaixonada por ele? Houdson começou a arrumar sua mala, tinha que ir embora, tinha que ficar bem longe, só assim poderia curtir a grana do resgate sem preocupações. A ausência prolongada de Klaus só podia indicar que ele havia sido pego, Justin Bieber ainda estava vivo!

Ele resmungou com raiva enquanto procurava seu passaporte, devia ter matado Emily antes quando teve chance, devia ter previsto isso, agora era tarde, não adiantaria mais, a garota já deveria ter aberto o bico.

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- O investigador disse que iam prende-la, estavam com uma operação programada pra hoje - explicou Justin.

- Eu ainda não consigo acreditar que a Martha estava metida nisso - disse Emily.

- Eu também não. É estranho Emy, eu sinto como se não pudesse mais confiar nas pessoas a minha volta, sabe? São tantas mentiras, tanta falsidade, nunca pensei que o sucesso traria isso.

Emily suspirou, sabia o que era não poder confiar nas pessoas mesmo sem nunca ter sido famosa. Ela olhou para o chão meio envergonhada e disse:

- Eu já me senti assim. Eu já te falei que morei em uma pequena cidade do estado de Nevada a minha vida toda, lá eramos como um grande família. Foi um choque terrível vir pra Atlanta, onde as pessoas são mais frias e não se conhecem, eu me sentia sozinha no mundo sem meus pais e fora da minha cidade, era incapaz de confiar nas pessoas. Mas isso mudou com o tempo, quando consegui sair da minha casca encontrei pessoas maravilhosas e tudo deu certo.

You've always been my girl

And I'm not ready to call it quits

We can make the sun shine

In the moonlight

We can make the gray clouds

Turn into blue skies

Justin sorriu, gostava quando ela compartilhava coisas com ele, em geral ela se concentrava mais em ouvir os problemas dele. Ele a segurou pela mão e a puxou para que sentasse ao lado dele na cama. Ficaram em silêncio por alguns segundos, Justin segurou a mão dela e disse:

- Você é corajosa.

- Eu? Não mesmo, sou até medrosa demais, só que isso não me impede de viver - concluiu ela enquanto mexia os dedos que estavam presos na mão dele o acaraciando, era tão bom saber que ele estava ali.

- Viver pode ser assustador as vezes - disse Justin.

- É.

- Você acha que eu vou conseguir? - perguntou ele enquanto recostava contra os travesseiros, parecia cansado.

- Como assim?

- Eu estou me sentindo tão mal, Emy - confessou Justin enquanto a encarava, seus olhos cor de mel sustentavam um agústia enorme - Fico lembrando de tudo o tempo todo. Tenho medo de passar por algo ruim de novo. Eu sei que isso soa meio covarde e até gay se você quiser pensar isso, mas eu estou realmente assustado. Estou com medo do que fazer quando a gente sair daqui do hospital.

Emily soltou a mão dele e o abraçou com carinho. Queria poder tirar aquele peso dele, carregaria tudo sozinha se pudesse, livra-lo de qualquer sentimento ruim, mas não podia e isso a frustrava demais. Ela susurrou no ouvido dele sem solta-lo:

- Eu também estou com medo, mas isso é normal depois do que passamos. Não pense que vai ser assim pra sempre, vai passar. Nada de ruim vai acontecer, você não está sozinho Justin.

I know it's hard

But baby believe me

That we can go nowhere but up

From here, my dear

Baby we can go nowhere but up

Tell me what we got to fear

O garoto não respondeu, apenas continuou abraçando Emily, sentindo o calor dela em seus braços, o toque suave da pele dela, a voz dela tão pertinho, como se fosse sua própria consciência, não precisava de mais nada.

We'll take it to the sky

Past the moon through the galaxy

As long as you're with me baby

Honestly,

With the strength of our love

We can go nowhere but up

- Acho que vamos ficar mais tranquilos depois que conversarmos com o Scooter hoje - disse ela se afastando e olhando para Justin.

- É, pelo menos teremos um plano.

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- Você estava certa - disse Jeremy a contragosto enquanto se sentava na mesa da lanchonete do hospital

- Jeremy, eu conheço o nosso filho - respondeu Pattie afastando os olhos da revista que estava lendo.

- Ele disse que sente minha falta, pediu para passarmos mais tempo juntos.

- E?

- E eu prometi que farei isso.

- Espero que você não decepcione o Justin. Ele fica arrasado quando você não cumpre suas promessas - disse Pattie com um tom sério.

- Eu não vou desaponta-lo, não mais.

- Eu fico feliz em saber disso - disse ela sorrindo por fim.

- Posso te pagar um café? - ofereceu Jeremy.

- Acho que sim - respondeu Pattie.

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- Cara! Você não vai acreditar! Ela disse sim! - falou Kenny entrando de repente no quarto.

- Han? - perguntou Emily confusa.

- Que ótimo man, eu disse que você ia conseguir - disse Justin animado

- O que tá acontecendo? - insistiu Emily.

- O Kenny estava dando em cima da Chayenne, uma das enfermeiras e agora ela aceitou sair com ele, finalmente! - explicou Justin rindo.

- Humm Kenny garanhão, hein? - brincou a garota.

- Que nada, estou apaixonado, ela é linda, parece uma princesa da savana africana!

Emily caiu na gargalhada, Justin ria tanto que teve que se conter para não romper nenhum dos pontos da cirugia.

- O que está acontecendo aqui? - perguntou Scooter entrando no quarto.

- É o Kenny - disse Justin ainda rindo - Ele encontrou uma princesa da savana africana!

- Ah qual é a graça? - perguntou Kenny meio irritado.

- Desculpa acabar com a diversão de vocês, mas temos muita coisa séria pra conversar.

- Eu sei... Melhor começar logo então - disse Justin.

Scooter puxou uma das poltronas para perto da cama e abriu a pasta de couro que carregava, de lá tirou uma série de papéis. Pegou um deles e entregou para Emily que começou a percorrer o documento com os olhos.

- Parece que a imprensa tem absoluta certeza que você está aqui no hospital por causa do Justin. Somando isso ao fato daquele rumor de antes, acabamos tendo problemas. Alguém fez uma denúncia para o ministério, por causa da sua idade - explicou Scooter.

- Não! - exclamou Justin surpreso.

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- Eu contratei um ótimo advogado, estive com ele essa manhã.

- O que ele disse? - perguntou Emily assustada enquanto devolvia o documento da intimação para Scooter.

- Disse que temos boas chances de vitória. Basicamente se os pais de Justin aprovam, não há motivo para ilegalidade.

- Eles vão perguntar se a gente já... - insinuou o garoto.

- Vão Justin, com certeza vão perguntar se vocês já tiveram relações sexuais - disse Scooter sem timidez.

- Negamos? - perguntou Emily envergonhada.

- Não.

- Não?! - perguntou Justin.

- O advogado disse que é melhor contar a verdade, por que seria pior se vocês fossem flagrados mais tarde.

- Mas não é ilegal? - perguntou a garota confusa.

- É sim, mas ele disse que tem boas chances de você ser inocentada, que isso já aconteceu antes, principalmente por causa do apoio dos pais do Justin e pelos últimos acontecimentos.

- O que o sequestro tem haver com isso? - perguntou Justin curioso.

- O advogado vai usar o sequestro a favor da Emily, para mostrar o caráter dela e o real interesse dela em você, porque o promotor vai tentar aponta-la como uma caça-fama com certeza.

Os dois ficaram em silêncio, ainda assustados com a notícia. Emily sabia que corria o risco de enfrentar aquilo, mas não imaginava que seria tão rápido. Justin estava angustiado, tinha medo de que aquilo tudo não funcionasse, jamais se perdoaria se a garota fosse presa.

- Eu não quero que ela seja presa - falou Justin com ar infantil.

- Ninguém quer, Justin. Vamos fazer de tudo pra evitar isso - disse Scooter - Confia em mim.

- Quando é a audiência?

- Daqui a dois dias.

- Já?! - perguntou Emily ainda mais nervosa

- Sim, entrei com uma liminar pra acelerar o processo, precisamos disso para lidar com a imprensa.

- Ainda tem isso - suspirou Justin.

- Resolver esse impasse judicial é a primeira fase - explicou Scooter - com isso resolvido, não vai haver nenhum problema em assumir o relacionamento de vocês.

- E aí faremos uma coletiva de imprensa ou uma entrevista?

- Exatamente, depois de resolvido esse problema, vocês dois farão uma entrevista e contarão a verdade para acalmar os ânimos da imprensa.

- Contaremos até sobre o sequestro?

- Sim, o investigador Miller disse que até lá já pretende ter colocado todos os culpados atrás das grades.

- Como anda a investigação?

- Bom, o tal do Klaus está aguardando julgamento. A prisão da Martha deve ter acontecido essa tarde e com ela presa, o investigador acha que vai ser fácil achar o terceiro suspeito. Ele disse que provavelmente a Emily vai ter que ir na delegacia fazer o reconhecimento.

- A gente vai ter que participar do julgamento deles?

- Infelizmente sim, mas o crime todo é bem óbvio, vocês não precisarão falar muito, eu prometo.

- E enquanto as fãs?

- Eu acho melhor aguardar a coletiva de imprensa para se comunicar com elas, afinal elas estão com as mesmas dúvidas da mídia.

- Eu não posso nem mandar um recado para acalma-las? - perguntou Justin frustrado.

- Ah não acho uma boa idéia.

- Por que não?

- Não dá pra escrever uma mensagem sem entregar pra elas o que está acontecendo.

- Claro que dá!

- Não é uma boa idéia.

Justin detestava isso, Scooter era um ótimo empresário, mas em geral ele não dava espaço para que o garoto participasse das decisões. Ele já havia conversado com Emily sobre isso, talvez fosse hora de enfrentá-lo:

- Cara, isso é importante pra mim, não quero tratar as fãs desse jeito - insistiu o garoto.

- Tá bom Justin. O que você escreveria então?

Justin puxou o notebook, abriu seu Twitter e escreveu uma mensagem:

Gostaria de agradecer por toda a preocupação e carinho. Passei por momentos ruins, mas estou bem. Jamais mentiria para vocês e é por isso que não farei nenhuma declaração agora. Peço um pouco de paciência, até o fim da semana tudo será esclarecido. Amo vocês, keep believing!

- Ficou ótimo - disse Scooter surpreso - Desculpa Justin, as vezes esqueço que você está crescendo, me assusta ver que você já consegue segurar as rédeas da sua carreira.

Justin sorriu e Emily olhou pra ele orgulhosa, sabia que aquilo incomodava o garoto e estava feliz por ele ter finalmente feito Scooter perceber.

- Valeu man!

- Ah lembrei de outra coisa, eu tenho ficado com o seu celular, você recebeu várias ligações, Usher, Sean, Ryan, os irmãos Beadles e um montão de gente. Eu contei a eles o que aconteceu, porque sei que são seus amigos e que você confia neles. No entando, pedi pra eles não fazerem nenhum comunicado até que a sua entrevista vá ao ar.

- Ok, obrigado. Ah, lembrei... E a turnê?

- Adiada, por motivos de saúde. Você vai ter o tempo necessário para se recuperar.

- Então, tudo resolvido? Alguma dúvida? - perguntou Scooter.

- Não - disseram os dois.

- Ok, vai dar tudo certo, primeiro a audiência da Emily, em seguida entrevista com a imprensa, julgamento dos sequestradores e depois ralar muito na turnê! - falou Scooter parecendo que descrevia uma adorável programação.

- Scooter, na verdade, eu queria saber se podia ter umas férias antes da turnê, umas duas semanas talvez.

- Acho que não vai ter problemas - concluiu o empresário e se levantou logo em seguida - Bom, tenho que ir. Emily, se você precisar ir pra casa procure o chefe de segurança do hospital, ok? Ele e o Kenny montaram um esquema, qualquer um do grupo que precisar sair vai deixar o prédio de ambulância para evitar suspeitas.

- Ok, pode deixar.

- Tenho uma boa notícia também, o processo de patente do programa que você criou pra ajudar o Justin está quase concluído.

- Que ótimo! - exclamou Justin.

- Poxa, muito obrigada Scooter - disse Emily com sinceridade.

- Você vai poder me dar um bom presente pra agradecer quando estiver nadando na grana.

- Até parece - disse Emily.

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- Você deveria acreditar no seu potencial - acrescentou Justin.

- Ah Justin, quase me esqueci, aqui está o que você encomendou - disse Scooter lhe entregando um pequeno pacote - Tenho que ir! Até amanhã.

- Tchau Scooter - disse Emily lhe dando um abraço - Obrigada por tudo.

Justin fez um cumprimento de mãos com o empresário que parecia ter saído de um clipe de Hip Hop e Scooter partiu em seguida. Quando a porta se fechou, Emily sentou novamente ao lado de Justin. A garota embora estivesse nervosa, estava se sentindo bem melhor e mais confiante.

- Ainda bem que agora temos um plano, estou mais tranquila - disse ela.

- Eu também - respondeu ele enquanto segurava a mão dela - Vamos superar isso tudo juntos, tenho certeza.

- O que é isso? - perguntou Emily curiosa se referindo ao pequeno pacote que ele segurava.

Justin respirou fundo. Ele era um garoto bem confiante, bom de cantada, mas quando estava com Emily tudo parecia mais difícil. Sabia muito bem o motivo, podia levar um fora de qualquer uma, mas daquela ali, seria um pesadelo receber um não.

- Eu já vou explicar, preciso te dizer uma coisa antes - falou ele.

- Estou curiosa!

- Bom, é que depois que eu acordei aqui no hospital, fiquei refletindo sobre um monte de coisas. Eu percebi que já tenha algumas semanas desde a primeira vez que a gente ficou juntos, e que nunca tornamos as coisas oficiais de verdade - disse ele com um pouco de vergonha.

- Justin, eu sei que garotos não gostam muito dessa burocracia. Estamos juntos, já entendi, não preciso de rótulos - falou Emily sorrindo.

O garoto sorriu também, era isso que amava nela, era espontânea, segura de si e ao mesmo tempo delicada. Ele colocou a mão no rosto dela e a acariciou, ela tinha as feições lindas, nem parecia de verdade, parecia uma bonequinha.

- Mas eu não quero que você tenha dúvidas de que é pra valer. Sei que não estou na minha melhor forma agora e esse não é o lugar mais romântico, mas isso não importa, certo? - ele tirou a mão da maçã do rosto dela e segurou a mão de Emily.

- Não, não importa. Para de fazer tanto suspense!

- Só quero te perguntar oficialmente: quernamorarcomigo? - disse Justin rápido, o nervosismo o impedindo de fazer pausa entre as palavras.

Emily piscou rápido várias vezes assustada. Não é todo dia que Justin Bieber pede pra namorar com você, certo? Ela o encarou por alguns segundos, ele mordia os lábios com a tensão, uma expressão ansiosa no olhar. Emily sorriu e deu a resposta mais óbvia que seu coração podia fornecer:

- Com certeza!

Justin riu do entusiasmo dela. Emily riu também, meio envergonhada da resposta espontânea. Ela se inclinou e deu um selinho nos lábios dele. Era a namorada de Justin Bieber! NAMORADA DE JUSTIN BIEBER! Devia estar sonhando.

- Eu te amo - falou ela olhando nos olhos dele.

- Eu também... É por isso que eu pedi ao Scooter pra encomendar isso pra você - falou ele entregando a caixinha para ela.

- Pra mim? - perguntou ela surpresa enquanto desfazia o pacote.

- É, eu acho que nunca te dei um presente pra valer.

- Não é verdade, você me deu aquele elefantinho quando fomos ao zoológico com a Jazmyn. E também teve o biquini!

- Esses não contaram - brincou Justin - Olha, não é pra criar muita expectativa, eu sei que você merece mais, mas foi a única coisa que eu consegui bolar preso aqui nessa cama.

- Eu tenho certeza que vou gostar - disse ela com sinceridade, se ganhasse um alfinete dele iria achar sensacional.

- Abre logo! - apressou ele vendo ela desembrulhar o conteúdo com cuidado.

Emily pegou o objeto de metal de dentro da caixa, um cordão de prata com um pingente, asinhas de anjo em formato de coração, era absolutamente lindo. Ela sorriu para Justin sem palavras.

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- As asas são pra agradecer por você ter sido meu anjo, por ter salvado a minha vida e me guiado tantas vezes - explicou Justin.

- É lindo - disse ela simplesmente.

- O formato de coração é pra você saber que estou dando meu coração pra você, então agora você tem que cuidar bem dele - disse ele rindo.

- Eu vou - completou ela.

- O pingente abre - disse ele apontando as minúsculas dobradiças.

Emily abriu as asinhas e viu que dentro do coração estava gravada uma mensagem no metal:

With the strenght of our love,

We can go nowhere but up

Justin

- Isso é pra você não esquecer - disse ele por fim.

- Justin, esse é o melhor presente... do mundo - falou ela abobada com a declaração.

- Bota no pescoço! Quero ver como fica em você - pediu ele.

It's a big big world

And I'm gonna show you all of it

I'm gonna lace you with pearls

From every ocean that we're swimming in

Emily afastou os cabelos achocolatados para o lado e colou o cordão. Em seguida sorriu para Justin. Ele sorriu de volta admirando a garota e a puxou para perto dele, queria fazer algo que não fazia a muito tempo, queria senti-la de verdade. Emily pressionou os lábios com pouca pressão nos dele, mas ele não queria parar por ali.

Aprofundou o beijo e sentiu um arrepio percorrer seu corpo quando suas línguas se tocaram. Parecia que não se beijavam há anos, ele desceu as mãos do pescoço dela para o corpo da garota, ansioso por toca-la. Emily correspondeu o beijo com a mesma intensidade, com a mesma paixão, sentiu Justin segurar sua cintura e respirar fundo enquanto rompia o beijo.

- Eu mal posso esperar pra sair desse hospital - disse ele com um sorriso maroto nos lábios.

- Cheguei! - disse Pattie entrando animada no quarto - Trouxe seu violão.

- Ah obrigado mãe - disse Justin meio desconcertado se afastando de Emily.

- De nada. Não esquece que o médico disse que você não pode fazer muito esforço, hein? É só pra matar as saudades da música.

- Eu sei - disse ele tirando o instrumento da capa.

Pattie se sentou ao lado de Emily e Justin começou a dedilhar as cordas enquanto afinava o violão. Sentia suas costelas doerem quando apoiou o instrumento no peito. Teve que erguer um pouco a cama para que ficasse confortável, longe das costelas e da cicatriz da cirurgia.

- Justin, não force a barra, ok?

- O que vocês querem ouvir? - perguntou Justin ignorando o conselho da mãe.

- Uau, um showzinho particular! - brincou Emily.

- Toca Madonna! - pediu Pattie.

- Mãe, quantas vezes eu tenho que dizer que não me sinto bem cantando Like a Virgin?!

- Phil Collins? - tentou Pattie novamente.

- Ok mãe, vamos abrir o tunel do tempo - disse Justin rindo e começou a tocar as primeiras notas de You'll be in my heart.

O tempo passou voando, embora Justin não tivesse tocado Madonna, ele tocou várias músicas, de Gorillaz à John Lenon, e o trio se divertiu cantando juntos. Emily as vezes parava de cantar e ficava só admirando ele, a voz era incrível, mas tudo nele a encantava. 

- Acho que vou indo. Já está tarde - disse Emily após consultar o relógio.

- Ah não - falou Justin chateado.

- Emily, porque você não fica aqui essa noite? - sugeriu Pattie - Estou precisando ir em casa resolver umas coisas mesmo.

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- Tem certeza? - perguntou Emily surpresa.

- Claro - disse Pattie.

Ela abraçou o filho e ele susurrou um obrigada no ouvido dela, sua mãe o conhecia muito bem e sabia como agradá-lo. Quando ela deixou o quarto, Justin deu a Emily um olhar insinuativo e disse:

- E então namorada, o que faremos agora? Nós dois, sozinhos nesse quarto vazio...

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- As vezes você esquece que está com um rasgo enorme na barriga, né?

- Ei! - falou Justin fingindo estar ofendido - É só um cortezinho.

- Não vou ser a responsável por fazer suas tripas saltarem pra fora - disse Emily encerrando o assunto - Vamos ver televisão.

- Como você é má! - reclamou Justin enquanto a garota sentava ao lado dele com o controle remoto nas mãos.

- Não sou nada, estou até pensando em deixar você assitir um pouquinho da maratona de clipes da Beyonce.

- Se ao menos a Beyonce pudesse vir aqui no quarto fazer alguma coisa por mim... Ai! - exclamou o garoto quando Emily cutucou o braço dele com o controle remoto.

- Ei! Eu estou com um rasgo enorme na barriga! Você não pode fazer isso!

- Ué! Não era só um cortezinho? Decida-se! - disse ela rindo.

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Martha não aguentava mais, estava trancada a horas naquela sala minúscula, com uma luz forte perto de seu rosto. O homem a sua frente no entanto, não parecia nem um pouco cansado:

- Podemos ficar aqui a noite toda se você quiser - disse ele relaxado tomando um gole da xícara de café.

- Eu já disse que não fiz nada!

- Sra. Geller temos o registro da camêra da festa! Vimos você saindo com um homem! Infelizmente a filmagem não permitiu que o identificássemos, mas você sabe quem ele é.

- Por favor, não me pressione - pediu ela desesperada.

- Você quer ser cúmplice de uma tentativa de homicídio?

- É claro que não!

- Então é melhor abrir a boca e começar a falar a verdade. Essa pessoa que você está tentando proteger não se importa com você, ela te largou para ser condenada por um crime que você diz não ter cometido. Você vai deixar isso ficar assim?

A loira começou a chorar copiosamente, aquele assunto era tão doloroso pra ela. Sempre tinha sido uma mulher forte, trabalhadora e independente, mas quando conheceu Houdson, tudo mudou. Ela se apaixonou perdidamente por ele, e o homem sempre a menosprezava. Havia terminado com ela por várias vezes e decidia voltar derepente. Ela, por amor, sempre aceitava. A grande verdade é que ela faria qualquer coisa por ele! E o que ele havia feito por ela? Nada. Ela estava ali, com uma acusação humilhante e não havia mais volta.

- De que adianta? Nada vai mudar.

- Sra. Geller, eu lhe dou a minha palavra, vamos chamar um advogado e fazer um acordo, ok? Reduziremos a sua pena, você não será condenada por um crime que não cometeu. Caberá ao juiz julgar somente o que você realmente fez pra contribuir com o sequestro.

Ela pensou em Houdson por uma última vez. Por que ele não vinha salva-la daquela enrascada? Não é isso que as pessoas apaixonadas fazem? Seguem sequestradores e invadem cativeiros? Por que ele não estava ali? Assumindo a culpa, a inocentando completamente. A resposta era óbvia, ele não a amava e isso doía muito.

- O nome dele é Houdson. George Houdson, ele é um empresário que trabalha no ramo da música - disse ela finalmente.

O interrogador a sua frente pegou um rádio comunicador na cintura, apertou um botão e falou em seguida:

- Miller! Temos o nome, George Houdson! Avise a Interpol, aeroportos e rodoviárias, não quero que esse homem saia do país!

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- Ai Justin troca disso por favor - falou Emily afundando o rosto no ombro dele - Eu detesto filmes de terror!

- Ah para com isso - disse ele rindo - Olha pra tela, não é nada demais, é até engraçado.

Emily se virou para a tela novamente. Arrasta-me para o inferno! Isso lá era nome de filme? Não precisou que muitas cenas se desenrolassem pra que ela levasse um susto e se virasse novamente.

FOTO:

http://i193.photobucket.com/albums/z235/biazinhaaa/APessoaErrada/77.jpg?t=1289181010

No entanto, dessa vez Justin estava no meio de um gole do suco de laranja que a enfermeira havia trazido, e o suco se esparramou todo pela camisa dele.

- Ah não! Eu sou tão estabanada - disse Emily vermelha como um pimentão, parecia que essas situações ridículas a perseguiam.

- Tudo bem, Emy. Foi sem querer. Você tentou me avisar que estava com medo - falou ele rindo enquanto tirava a camisa e enxugava o local.

Emily viu um curativo grande que ocupava boa parte do abdomem dele, pelo menos não tinha sujado ali. Justin passou a mão no peito depois que o enxugou:

- Nossa, tô todo grudando!

- Ah desculpa - pediu ela de novo nervosa.

- Você me ajuda a lavar isso? - perguntou ele fazendo menção de se levantar da cama.

- Ajudo, mas não é melhor chamar uma enfermeira?

- Estou gostando de ter você como enfermeira - disse ele com um sorriso.

- De qual parte você está gostando? De ter derrubado suco em você?

- Para com isso e me ajuda logo!

Justin levantou com a ajuda de Emily, ele caminhava com dificuldade, a cirurgia ainda estava dolorida e suas costelas doíam um pouco. Chegaram ao grande banheiro, os azelujos reluziam de tanta brancura, era realmente uma ótima suíte. Justin desabotou a bermuda confortável que usava. Emily o encarou surpresa e perguntou:

- Porque você está tirando a bermuda?

- Vou tomar banho, oras. Como você deduziu que eu ia limpar?

- Não dá pra passar só um paninho? - tentou ela.

- Dá, mas vou aproveitar o esforço de ter vindo até aqui e tomar banho de uma vez, assim fico mais descansado amanhã de manhã - explicou ele.

- Ai Justin, tô com medo de você se machucar.

- Tá tudo bem Emy - disse ele jogando a bermuda no chão.

Ele estava agora só com uma boxer preta, ele tentou tirar a peça, mas parou logo em seguida.

- Não posso abaixar - explicou ele.

Emily se aproximou e tirou a peça com um movimento rápido enquanto olhava pra baixo, tinha ficado ainda mais nervosa.

- Só isso? Nem vai dizer oi pra ele? - brincou Justin.

- Engraçadinho - falou Emily tentando não encará-lo, ele ficava completamente irresistível quando estava assim - Entra logo nesse chuveiro!

Justin se virou bem, não estava muito dependente. Emily passou a maior parte do tempo espiando ele por uma brecha da cortina enquanto conversavam.

- Você pode lavar as minhas costas? Dói quando eu forço os braços pra trás.

Emily abriu a cortina e pegou o sabonete da mão dele. A água estava quente, a pele dele tinha uma textura deliciosa. Ela deslizou o sabonete e começou a massager as costas dele com a outra mão, Justin inclinou a cabeça pra frente deixando a água cair, estava completamente relaxado.

- Vou te chamar pra fazer isso mais vezes - disse ele.

A garota não respondeu, desceu a mão para o bumbum dele, tão durinho, subiu pela lateral da barriga dele, desceu novamente e parou assustada. O que estava fazendo? Justin parecia ter percebido as intenções dela e não fez nada para impedir. Emily colocou o sabonete na saboneteira e disse com a voz abalada enquanto fechava a cortina:

- Também estou doida pra você sair desse hospital.

Justin riu, enrolou a toalha na cintura e saiu do chuveiro. Emily o ajudou a se vestir e os dois foram para o quarto. Ele deitou na cama e se espreguiçou um pouco.

- Tô com sono - disse ele.

Emily desligou a televisão e se sentou na poltrona, pronta para assiti-lo dormir como havia feito várias vezes.

- Deita aqui comigo - pediu Justin.

- Justin!

- A cama é enorme, mais do que suficiente pra nós dois. Eu estou me sentindo bem melhor hoje, não tem problema.

- As enfermeiras podem achar ruim - falou Emily.

- Não vão não, a Chayenne só vai vir trazer meu remédio às 8 horas da manhã e ninguém vai brigar comigo, sou Justin Bieber - concluiu ele.

- Não Justin.

- Por favor, Emy - falou ele fazendo cara de carente.

Ela não conseguia resistir, conseguia? Tirou os sapatos e se enfiou embaixo do cobertor dele. Ele estava tão cheirosinho depois do banho. 

- Se comporte, ok?

- Eu estou comportado, você que ficou se aproveitando de mim no banho - disse ele rindo.

- Eu não fiz isso! - mentiu Emily envergonhada.

- Relaxa - disse ele a puxando mais pra perto - Quero só dormir com você aqui, pertinho de mim.

Eles estavam um de frente para o outro, Emily segurava uma das mãos de Justin enquanto a outra destribuía cafunés e carinhos delicados pelo corpo da garota. Começaram a conversar, coisas bobas, sobre a infância deles, Emily contou de sua cidade natal em Nevada e Justin contou sobre o Canadá. Os bocejos foram ficando mais frequentes, até que os dois caíram no sono, satisfeitos e felizes. As mãos não se soltaram, haviam ficado separadas por tempo demais, era hora de compensar.

Baby we were underground

We are on the surface now

We are gonna make it girl

I promise

If you believe in love

And you believe in us

We can go nowhere but up

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Houdson encarava nervoso a fila a sua frente. Detestava aeroportos, sempre aquela confusão. Quando sua vez chegou, ele respirou aliviado.

- Boa noite - disse ele educadamente - Quero uma passagem para o próximo vôo de Cancun, por favor.

- Claro senhor. Seus documentos, por favor.

O homem entregou seu passaporte e viu a mulher digitar os dados no sistema. Ele olhava distraído o movimento do aeroporto, nem se quer percebeu a surpresa da atendente quando ela encarou a tela do computador. A mulher fez um sinal incisivo para o segurança mais próximo. Quando Houdson percebeu o que acontecia, era tarde demais, o homem já estava atrás dele e outros o seguiam, não havia pra onde escapar.

FOTO:

http://i193.photobucket.com/albums/z235/biazinhaaa/APessoaErrada/78.jpg

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~ No próximo capítulo: Emily encara o juri (agora vai!). As fãs botam a boca no trambone. Kenny está meio enferrujado. Jazmyn em Atlanta. Os paparazzis não deixam de fotografar nem as calorias perdidas! Julgamentos podem ser cruéis. Justin está animadinho, finalmente saiu do hospital ; ) Não perca!

~ Quer ler um trecho exclusivo do próximo capítulo? É só fazer uma recomendação para a história^^

. Uma recomendação = Todos os trechos exclusivos até o fim da fanfic.

. Cerca de 1200 palavras.

. Enviados por mensagem privada.

Obs: Sei que essa situação dos trechos estava gerando muita dúvida por causa dos pontos de popularidade, então resolvi simplificar, ok? Quem mandar recomendação (incluindo os que já mandaram antes) receberá todos os trechos exclusivos dos próximos capítulos até o fim da fanfic, independente do nível aqui no Nyah = ) Vou corrigir essa informação nos outros capítulos pra não gerar dúvidas.

DEIXEM REVIEWS^^

e muitas estrelinhas (siiim! conseguimos, elas estão de volta! valeu meninas)


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Notas finais do capítulo

*Conviteeeeee!
Ok, eu sei que eu não tenho sido muito rápida pra atualizar ultimamente, então vou sugerir algo maravilhoso que vai ajudar a fazer o tempo passar, ok? Leiam RICH GIRL! É uma fic super criativa da Juup_s e da Miss Malfoy! Tenho certeza que vocês vão curtir