Kagome acordou e se espreguiçou, sentido várias de suas articulações estalarem enquanto ela tomava coragem para acordar. Ela passou os dedos pelos cabelos para controlar o volume indesejável que eles adquiriram naquela noite de sono.

Viu que ainda era muito cedo, o sol ainda nem havia nascido. Amaldiçoou-se por ter dormido tão cedo e agora ela não conseguiria dormir mais.

Respirou fundo e começou a esticar os braços, balançar o pescoço, mexer os dedos para ver se conseguiria espantar o resto de sono que ainda a fazia pensar na possibilidade de voltar a dormir.

Nem mesmo reparou no clima pacífico e estranhamente silencioso que estava seu acampamento, uma vem que num lugar com Sango, Miroku, Inuyasha e Shippou juntos NUNCA que iria ficar em silencio. Mas o sono não a permitiu reparar nisso. Pelo menos, não a tempo.

-Kagome!  - Inuyasha apareceu, aparentemente do nada para a percepção de tempo e espaço de Kagome falando tão alto e inesperadamente que ela deu um pulo de susto.

-Senta! – ela berrou de raiva e ouviu o doce barulho da cara do hanyou batendo no chão – o que diabos você tinha em mente para vim me assustar? Queria me matar do coração?

-Sua maluca, nada disso – dele se sentou enquanto mexia o maxilar com as mãos para conferir se estava tudo em ordem – eu vi que você acordou e quis vim te chamar.

-Precisava me chamar assim? – todo seu sono sumira e ela já estava de pé parada na frente do outro de braços cruzados.

-Não sabia que você ia se assustar – ele deu de ombros – mas vem, está todo mundo te esperando – ele a puxou pelo pulso e os dois começaram a andar pela floresta. Pararam ao chegar num lugar onde todos seus amigos estavam os esperando.

-Então, podemos ver logo o que você achou? – Sango perguntou, um tanto mal-humorada por ter sido acordada contra sua vontade.

-Aproveitem que essa é a minha primeira boa ação – Inuyasha comentou e os levou até uma caverna. Dentro dela havia um templo em ruínas com um belo jardim natural – vocês são os primeiros para quem eu mostro isso.

Lógico que eles eram os primeiros para quem ele mostrava o seu lugar especial. Eles foram seus primeiros grandes amigos. E isso com certeza significava algo.