Ele me ajudou a ir até o banheiro, fechei a porta e comecei a me vestir em um pé só. Não pensei que fosse ser tão difícil assim, mas consegui. Terminei de me vestir e chamei o Gabriel: - Cabei Gabriel!  

- Posso entrar?  

- Se eu acabei de falar que acabei, tu pode né!  

- Ta... e agora, aonde eu levo a madame? *ele falo com uma voz meio grossa*  

- Para com isso! *eu respondi rindo*  

- Aonde te deixo mala? *me pegando no colo*  

- Hum... me coloca na cama pra eu ver o meu pé... talvez eu tenha quebrado, não sei.  

- Seu desejo é uma ordem. *ele falou de novo com a voz grossa* 

 - Abobado u.ú

- Ta, agora é sério... deixa eu ver o teu pé!  

- Ué, como tu sabe se quebrou ou não?  

- Simples... só bater nele!  

- Tu ta louco? D:  

- Calma... só to brincando! *ele disse rindo* Ele com todo o cuidado, começou a analisar o meu pé. Em cada parte que ele tocava doía, tirando os dedos gelados dele... mas isso não vem ao caso. Quando ele terminou de analisar falou: - Corih, acho que seu pé está mesmo quebrado.  

- Ah capeta! O que, que eu faço agora?  

- Não me chama de capeta, não é culpa minha!  

- Não te chamei de capeta... falei só por falar mesmo!  

- A chave do carro da sua mãe está aqui?  

- Sim, ela saiu com o pai e a Nicole no carro dele, por quê?  

- Vou te levar no hospital!  

- Tu só pode ta louco né? Gabriel, nós estamos no Brasil e não nos Estados Unidos!  

- E o que eu tenha a ver com isso?  

- Que tu tem 16 anos e não pode dirigir ainda! - Se nos pararem, eu falo que foi uma emergência e não tinha ninguém em casa com a gente. Pronto.  

- Eu só vou aceitar isso porque meu pé ta doendo muito!  

- Ta ok!  

- Só tem um probleminha...  

- O que foi agora Corih?  

- Eu tenho que ir pro carro...   

- Tu é uma mala mesmo heim...  

- Também te amo u.ú  

- Chata.  Ele foi me pegar pra me levar pro carro, mas a mão dele tava muito gelada, eu reclamei, mas ele mando eu ficar quieta e parar de frescura. Comecei a balançar a perna que estava boa, balançava pra cima e pra baixo, o que fazia bater em sua barriga. Ele reclamou e eu falei pra ele ficar quieto e para de incomodar.  Chegando no carro ele foi me colocar no banco do lado do motorista... mas ele não teve muito a noção da altura e eu bati com a cabeça. 

- Ai Gabriel!  

- O que foi?  

- Tu me fez eu bater com a cabeça no carro.  

- Foi mal, desculpa ai!  

- Ta... mas deixa eu chegar viva até o hospital?  

- Vou pensar se tu merece u.ú  

- Que mau!  

- Só um pouquinho.