- Jo!Espera! - Ela o ouviu gritar ao longe.

Como ele pode fazer isso?Em um dia à disse que amava,no outro se preparava para deitar-se com outra.Foi estúpida o suficiente para acreditar que finalmente alguém à amava.

Triste engano.

Depois de Dean Winchester tirar a sua virgindade,agora se sentia suja por ter se entregado,de forma tão absoluta,à ele.

Como gostaria de ouvir sua mão lhe consolando.Ou então Belle,que apesar de jovem,tinha um enorme coração.

Mas ali estava Joanna Beth Harvelle.Correndo sem rumo,com escrúpulos e culpa à flor da pele.

Nada importava mais.Queria voltar para trás daquele balcão sujo,esperando os sermões de Ellen,e servindo os velhos caçadores.Agora,aquela lhe parecia uma vida confortável,talvez.

Não parava de correr.Corria rápido o bastante para sentir o vento lhe secando as lágrimas que teimavam em cair.

Mas estava fraca.Então o seu corpo cedeu.

Jo caiu ajoelhada,chorava desesperadamente.O rosto já estava rubro e seu corpo pedia um conforto.

Aos poucos,começou à sentir leves pingos de água em sua face.Chuva.

Nada melhor do que a chuva para limpar aquela pertubação.Nada.

- Jo... - Dean se ajoelhou ao lado dela.

- Saí daqui...Dean. - A voz estava abafada,mas dava para sentir cada gota de dor quando ela falava.

- Me desculpe...

- Dean...

Ele à cobriu com o casaco e à pos de pé.O Winchester sentiu o pesar do corpo da loira,e como ele estava quente,mesmo com a chuva.

Caminharam silenciosamente pelo meio da rua.Jo não parava de chorar um segundo.

Aquilo feria profundamente o coração já gasto de Dean.Seu mundo desabou com convicção.Sentia que não perdoaria à si mesmo.

Talvez aquilo fosse apenas um sensação passageiro,mas era avassaladora.

Agarrou fortemente Jo.Talvez depois de uns tapas e algumas cervejas,a relação voltasse ao normal.

Onde estava com a cabeça quando marcou encontro?Iría trair ela,enquanto a loira dormia feito um anjo na cama.

Aguardou ela parar com a respiração descompassada.E isso aconteceu brevemente.

Mas o inesperado aconteceu.

Dean sentiu a loira se afastar,e um tapa pesado lhe tomou a face.

Ela o olhou com fúria,depois com tristeza.

- Como você pode? - Disse.

- Desculpe.

- Desculpe?DESCULPE!QUE BOM SERIA SE EU TE DESCULPASSE.

- Jo.

- VOCÊ PENSA QUE EU SOU O QUÊ?

- Calma.

- Cala a boca Dean.O seu "desculpe" já foi o bastante.

- Bastante?Eu cometi um erro!Todos cometem!

- O quê? - Disse irônica. - Estava bêbado quando olhou para ela?

- Todos cometem erros!

- Sério!

- Sério!Você fugiu do bar,com plena consciência da preocupação da sua mãe!

- É diferente...

- É DIFERENTE?Trair a confiança de alguém?Estamos quites.Agora cala a boca e me beija.

Jo hesitou mas assim o fez.Talvez ele precisa-se de um segunda chance.Caminharam abraçados até o hotel.

Chegando lá,deram de cara com um bilhete de Sam.Dizia :

" Achei novas pistas sobre o caso.Volto logo. "

- Estamos sozinhos em casa. - Dean.

- Vou tomar um banho.

Dito e feito,Jo caminhou para o banheiro e tomou um longo banho.

Pensou em tudo.Desde sua escapada até o momento das desculpas de Dean.Ele...vale à pena?

Dean lia alguma coisas na internet,quando Jo saiu com um roupão cor-de-rosa.

- Venha se sentar aqui.Acho que preciso dar um olhada por de baixo desse roupão.

- Olhe,me desculpe se enganei você.Mas isso,seja lá o que for,tem que parar.Tem que parar hoje,agora.

As sonbracelhas de Dean se ergueram.

- Espere um minuto. - Ele parecia incrédulo,e sua voz também tinha esse tom. - Você está terminando comigo?

Ele tinha que estar chocado mesmo.Provavelmente Jo era a única mulher no país que recusaria uma chance de ser a Sra.Winchester por um mês,que era mais ou menos quanto os casos dele duravam.Talvez uma noite.

E ela também seria uma das poucas mulheres a sair da vida dele com o coração intacto.

- Não consigo ir para a cama assim,casualmente,Dean.Nunca entendi o propósito disso direito.E,ainda por cima,fazer isso com o cara que é o rei do sexo casual.

- Não é casual,estamos namorando. - Dean. - Foi isso que eu fui para você,então? - Perguntou.

Se não estivesse ali,vendo a expressão do rosto dele,Jo acharia que ele estava brincando.Mas não havia nem um pouco de humor naqueles olhos verdes.

- Não venha me dizer que você queria que fosse mais do que isso.Queria?

Dean se levantou.

Jo presumiu que ele fosse embora.Ela segurou a cabeça,sentindo o peso das lágrimas sobre as pálpebras."Mas assim é melhor",pensou.

Ela havia dito a verdade para ele.

Para sua surpresa,no entanto,Dean não saiu.Ele deu a volta na cama e parou na frente dela.Jo olhou para cima,perguntando-se o que ele poderia estar querendo.Ela tinha sido bastante clara.

Ela deveria ter adivinhado o que Dean poderia estar querendo.

Devia ter previsto que ele colocaria as mãos nos joelhos dela e que,em um gesto firme,ele ia afastá-los... e deixar que seu rosto se perdesse na intimidade da mulher.

- Dean! - Exclamou ela,colocando seus dedos sobre a cabeça dele e pegando mechas grossas entre os dedos. - O que você...Dean,pare com isso.Você não pode...

Podia sim.E fez.Sua boca estava presa à ela tão firmimente quanto suas mãos.Sua língua quente a inundando.Suas mãos,movendo-se por baixo do roupão,envolviam seus quadris,trazendo-a para mais perto dele,enquanto os dedos acariciavam suas nádegas.

Causaria espanto dizer que elaacabou se deitando na cama,esquecendo todos os argumentos que tinha contra aquilo?Jo segurou as mão dele com força,levando-as para cima até que o seu roupão fosse aberto e seu corpo ficasse descoberto.

Os lábios dele se afastaram do meio das pernas dela,traçando um caminho por sua barriga e suas costelas,passando por ambos os seios,brincando com os mamilos rosados,enquanto uma das mãos ia para o meio de suas pernas,onde sua boca havia estado,os dedos tão firmes e gentis quanto seu lábios.

Quando ele finalmente chegou à ela,trocaram olhares,com seus olhos verdes escurecidos de tanto desejo e um sorriso em sua boca.

- Você pensa demais.Às vezes você tem que parar de pensar e deixar que as coisas aconteçam.

Seus dedos foram substituídos por outra coisa.Ela não teve tempo de pensar em como ele havia conseguido tirar a calça sem que ela percebesse.

O peso dele - sem mencionar seu membro - à prendiam a cama.Era só ver o jeito que Jo se mexia,e estava claro que ela gostava.

Jo com os quadris contra ele,enquanto os lábios dele procuravam seu pescoço e as mãos seguravam-na pelos ombros para que,cada vez que ele à penetrasse,conseguisse ir mais fundo.

Era loucura.Era o paraíso.Aquilo tinha que parar.Sério,não havia possibilidade de ela continuar sendo uma escrava do desejo dessa maneira...

Mas como era bom.Isso era algo que calava sua voz interior,aquela que insistia em dizer que essa história não ía acabar bem.

Finalmente,ali estava uma coisa que calava todos os conselhos ao longo dos anos,todos os aviso sobre homens que só queria uma coisa... ele podia ter tudo,se dependesse de Jo,contanto que continuasse à fazendo sentir aquilo.

" Sim,sim",refletiu Jo,deitada ali minutos depois,sentindo o coração de Dean batendo forte contra o seu,"os meninos malvados são mais divertidos."

- Então - Disse Dean,à toa,erguendo a cabeça. - O que foi mesmo que você falou sobre nós não podermo ficar juntos?